Tudo está sempre mudando

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Ficou assim então
Ninguém nunca entendeu
Por um tempo nem eu
Serei verdadeiro
Vivia insatisfeito
Um mal estar aqui no peito

De longe incomodava
Sempre que me perguntavam
Se eu teria um plano,
um projeto pro agora
Vivi dificuldades
Ensinamentos de verdade

Lutei para me manter
Sendo amante do aprender
Acredito no fazer
Segui buscando me encontrar
Nunca fui uma pessoa fácil de lidar
Quando percebia que queriam me enrolar

deixava claro para entender
Seja amigo, colega ou patrão.
Que não era objeto de manipulação
Estudei, segui algumas regras
Não sou adepto da conveniência
Não gosto de panelinha
Sempre gostei de andar sozinho

Gosto de ser livre, ter minha posição.
Sendo um tanto realista
Não perco minha utopia
De forma natural
Estou humanista
Não estou em representação
Estou em constante transformação

Defendo a busca de Ser
Hoje, cheguei a conclusão
Nunca vivi pelo apego da ostentação
O sentido está sempre em aprender
Na emoção é que está o meu querer
Nunca gostei de competir
Não vim aqui para diminuir

Nem minha família entendeu
O que gosto de verdade
é fazer parte do viver
Fazer do meu jeito
Sem ter que entubar
o que a sociedade impõe,
para depois me usar

O poder não está no topo
Está nas bases, está no povo!
As massas é que gira a roda
Quanto mais estudo descubro
que por trás do conhecimento acadêmico, tem um pano de fundo
Um mundo obscuro.
Um tremendo absurdo.

Baseado num discurso de um artista de rua, Eduardo Marinho.

VVelasco

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