O Homem dos tanques

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Eu vi uma cena poética.

Que ninguém se atreveu a escrevê-la.

Da ironia do destino que se deu em uma praça.

Não uma praça qualquer,

 A Praça da Paz Celestial.

Até hoje me emociono profundamente...

 É de vir lágrimas aos olhos da gente.

Gente igual ao "O Homem dos Tanques."

Que não escreveu, mas postulou a sua aflição, sua indignação. 

Amor pela a vida ou de uma nação.

A poesia é assim, é arte e se faz na escrita, na música ou na atuação do artista.

Seu artesão.

Aquela cena do jovem de 19 anos à frente daquele canhão, tanques de guerra.

Com sua expressão, interpretou sua poesia contra a repressão.

De peito aberto coração na mão.

Deixando fluir entre a coragem e o medo seus anseios e desejos por mudanças.

Democratização!

Naquela praça que falava por si.

Escreveu sua poesia com atitude. Ousou!

Com seu corpo frágil e juvenil fez o protesto genuinamente.

Cercou aquele monstro de ferro, gigante!

 Diante de sua altivez, não de soberba ou arrogância.

Fez o mundo se emocionar.

Fez o mundo chorar.

Tocou fundo o mundo.

Com sua nobreza e dignidade.

Dizendo para o mundo parar.

Refletir e pensar.

Seria pecado lutar contra a maldade sem armas?

Podemos dialogar.

Saiu de cena carregado por outros.

E até hoje não sabemos onde foi parar.

Sua identidade é desconhecia.

Mas sua coragem é poesia para aqueles que sabem enxergar.

E poesia está a todo tempo em vários momentos a se apresentar.

É só olhar para a história que ela estará lá.

VVelasco

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