Oioi!
💫boa leitura💫
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Acordei sentindo frio e o peso da cabeça de Louis sobre meu peito. Seus olhos estavam fechados e um sorriso bobo dominava sua boca.
De olhar pela janela, podia dizer que estava quase amanhecendo. O céu estava começando a clarear, naquele momento entre a madrugada e a manhã. No horizonte, o sol logo começaria a apontar, para enfim tomar todo o céu e deixá-lo azul.
Olhei novamente para Louis e ele ainda sorria. Me espantava o quanto às vezes ele conseguia ser simplesmente perfeito. Deixei meus olhos passearem por seu corpo nu, observando cada detalhe, cada pintinha, cada curva... Ele era tão lindo. Nossas roupas estavam espalhadas pelo chão do quarto. Não importava.
Fechei os olhos e voltei a dormir, imitando o sorriso de Louis.
⚜⚜⚜
Acordei pela segunda vez, dessa vez, sozinho. Olhei para os lados procurando Louis, em vão. Eu estava sozinho naquele quarto de hotel. As roupas de Louis haviam sumido e as minhas estavam dobradas na beirada da cama.
Levantei e fui em direção ao banheiro lavar o rosto, escovar os dentes, o tipo de coisa que todos fazem quando acordam. Abri a mala e peguei uma roupa mais casual. Após me vestir, notei um bilhete, rasbicado por Louis.
Harry,
Você dorme feito uma pedra!
Eu estava morrendo de fome, então fui comer alguma coisa no restaurante.
Vou ficar te esperando lá
Louis S2
PS: você ronca.
- "Ésse dois"? - RI em voz alta com a marquinha que ele havia deixado.
Desci o elevador, esperando encontrar Louis sentado em alguma das mesas, mas não obtive muito sucesso. Peguei algumas torradas e um copo de café preto, sentando sozinho. Após alguns minutos e uma refeição terminada, decidi voltar para o quarto, na esperança de que Louis estivesse lá.
No meio do caminho, porém, ouvi a voz de Louis, falando apressadamente em um sussurro nervoso.
- Assim que eu voltar para Los Angeles, eu dou um jeito.
- Não acho que seja uma boa, Louis. - Reconheci a voz de Charlotte, que soou incerta.
- Eu também não, mas... Não posso continuar com isso. Ontem... A gente...
- Pelo amor de Deus, Louis. Não preciso saber os detalhes sórdidos do seu relacionamento! - Lottie exclamou e ouvi um barulho de tapa seguido pela risada de Louis.
- Idiota! Eu só estou falando que ontem... Ontem eu cometi o maior erro de todos. Eu nunca deveria ter feito aquilo. Nunca.
- É a primeira vez que eu te vejo assim.
- É a primeira vez que eu fico assim. - Louis riu sem humor. - Isso está me fazendo um mal da porra.
- Você realmente acha que voltar para Washington vai resolver?
Meu coração pareceu ter congelado. Sabe aquele momento no filme em que alguém descobre alguma coisa muito importante e entra em choque? Não consegue se mexer, parece que tudo fica em câmera lenta, os sons ficam abafados... Eu estava passando por aquilo.
- Eu espero que sim. - A voz de Louis soou abafada demais.
Voltei a caminhar, indo em direção ao elevador. Não queria continuar ouvindo aquilo, não queria saber onde aquilo iria parar. Eu simplesmente precisava sair dali, respirar pensar. Assim que cheguei no quarto, sentei na cama, com as pernas estendidas, apoiando as costas e cabeça contra a cabeceira. Olhei para o teto e suspirei. Que merda era aquela que eu tinha acabado de ouvir?
Um erro? O maior erro? Eu? A gente? Ele ia voltar para Washington? E era a primeira vez que ele ficava como?
Reprimi a vontade de gritar que tomou conta de mim. Ali estava eu, com um milhão de perguntas e nenhuma resposta. E a única pessoa que poderia fornecê-las evitava aquele tipo de conversa a qualquer custo.
- OOOOOI, HARRY! - Ouvi Louis abrir a porta do quarto e entrar todo feliz. Um puto ator bom.
- Oi. - Respondi, mais frio do que desejado.
- Eita. O que houve, gato? - Ele se sentou ao meu lado. - Acordou com o pé esquerdo?
- Algo assim. - Dei de ombros, fazendo Louis uma sombrancelha.
- Viu meu bilhete? - Acenei positivamente. - Por que não desceu?
- Desci, mas não te encontrei.
- Harry. - Ele suspirou como se eu o cansasse. Depois se arrastou para mais perto de mim, passando a perna pelas minhas, se sentando em minha coxa, de frente para mim. - Eu vou perguntar de novo: O que houve?
- Não sei.
- Harry. - Ele repetiu meu nome e segurou meu rosto. Trouxe seus lábios para perto dos meus me dando vários selinhos na boca, na bochecha, no queixo. - Me fala o que aconteceu. - Ele preenchia o intervalo de cada palavra com um selinho, sua voz muito baixa.
- Louis... - Passei meus braços por sua cintura, o trazendo para mais perto de mim. - Eu realmente não sei.
Sua boca envolveu a minha, unindo nossas línguas, explorando os cantos, que já nos eram tão familiar. Sua boca estava com um gosto doce, maravilhoso, tão característico. Os beijos de Louis haviam se tornado perfeitos, capaz de me acalmar e deliciar. Ele se afastou e começou a beijar meu rosto, queixo, pescoço.
- Louis... Eu amo você.
Louis levantou a cabeça apressadamente. Seus olhos me encararam assustados. Por alguns segundos, ele apenas me olhou, esperando alguma outra palavra, procurando entender algo. E, quando entendeu, sorriu, triste.
- Eu sei. - Ele passou a mão pelo meu rosto carinhosamente, me fazendo fechar os olhos. - Eu também amo você.
⚜⚜⚜
A viagem de voltas para Los Angeles foi extremamente divertida. Louis não parou de falar um segundo e eu o acompanhei na conversa. Era uma ótima maneira de eu não pensar no pedaço de conversa que eu havia ouvido.
Assim que chegamos em L.A., Louis me deixou em frente à portaria de meu prédio. Eu não queria descer do carro, tinha uma sensação ruim. E se ele continuasse na estrada e voltasse para Washington? Ele realmente faria isso sem se despedir?
- Está entregue! - Ele sorriu.
- Valeu. Foi muito divertido.
- Eu sei. - Ele sorriu e me encarou. - Que cara é essa?
Subitamente o puxei para mim, tomando seus lábios em um beijo tão desesperado quanto eu. Tudo que eu queria naquele momento era transmitir para Louis o quanto eu o queria comigo, todo o tempo, sempre. Ele havia se tornado simplesmente a pessoa mais importante da minha vida.
Comecei a correr a mão por sua coxa, a apertando por cima da bermuda. Soltei seus lábios e comecei a beijar e sugar seu pescoço enquanto massageava seu membro. Louis soltou um gemido baixo, que só soube que havia acontecido por sentir sua garganta vibrar.
- Harry... A gente não vai transar no carro. - Sua voz saiu fraca quanto ele me afastava lentamente.
- Por que não? - O olhei nos olhos e sorri maroto.
- Porque não. - Ele riu, tentando se recompor.
- Estraga prazeres. - Cruzei os braços e fiz bico, agindo feito a criança que eu, no fundo, ainda era.
- Não fica me tentando. Estou tentando ser racional aqui, colabora.
- Pra que racionalidade? - Me aproximei dele novamente, colocando minha mão em sua coxa, acariciando a parte interna. - Vai dizer que o carnal não foi bom?
- Foi maravilhoso, realmente. - Ele mordeu o lábio e afastou minha mão. - Mas eu preciso mais do que nunca fingir que penso antes de agir.
- Você é quem sabe. - Sorri e me afastou. - Quando vai ser nossa próxima loucura?
- Eu te ligo. - Ele piscou.
Dei-lhe um selinho rápido e desci do carro. Acenei enquanto ele se afastava e depois entrei em meu apartamento, me jogando no sofá. Fiquei encarando o teto pelo que pareceram horas, revivendo todo o final de semana em minha mente. A festa, o ataque de ciúmes de Louis, o sexo, a conversa dele com Charlotte, a nossa despedida.
Ele iria para Washington. E ainda não tinha me falado sobre isso.
Eu realmente não sabia nada da vida daquele rapaz que tinha surgido e mudado minha vida. Suspirei alto. Ao mesmo tempo em que eu sentia conhecê-lo muito bem, eu sabia que eu não entendia nada de Louis Tomlinson. E aquilo me deixava nervoso.
Levantei-me em um pulo, tomando uma decisão. Eu iria resolver tudo com Louis, iria conversar com ele e descobrir tudo o que eu queria, fazer todas as perguntas que estavam guardadas em minha garganta.
Peguei minha moto e fui em direção ao prédio em que ele morava. O porteiro já me conhecia, nem pedia mais por identificação. Subi dois andares e bati na porta de Louis.
- Harry! O que você está fazendo aqui? - Ele disse meio nervoso.
Antes de responder, consegui entender o motivo. Olhei para sua sala, tudo havia sido guardado em uma mala gigante. Todos os enfeites, roupas, que às vezes ficavam espalhados, tudo havia sumido. Tudo dentro de duas grandes malas. Eu sabia exatamente o que aquilo queria dizer.
Louis estava indo embora. Ele ia embora e nem ao menos iria se despedir.
- A gente precisa conversar. - Eu disse com raiva enquanto o empurrava e entrava no apartamento. - Sem desculpas, sem segredos. Já passou da hora de você me contar tudo.
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• Louis planeja deixar o Harry!!!
• As verdades sobre o Louis virão no próximo capítulo!
Até a próxima...
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