Lena acordou tremendo. Ela estremeceu antes de abrir os olhos para completa escuridão, e felizmente encontrou-se em sua cama.
Pelo menos, meu eu bêbado era decente o suficiente para não dormir no chão.
Ela notou que não tinha calças e só usava uma blusa muito folgada, embora não se lembrasse de ter descartado suas roupas. As cobertas foram jogadas para fora da cama e a janela estava deixando entrar uma suave brisa fria, fazendo-a tremer mais uma vez. Ela se levantou e se arrependeu imediatamente quando foi atingida por uma dor de cabeça tão forte que ela pensou que poderia derrubá-la. Ela beliscou a têmpora e fechou os olhos enquanto respirava fundo, esperando que a tontura diminuísse, para ela pudesse chegar à janela. Ela finalmente conseguiu se arrastar para fora da cama e trancar a janela apenas para cair lentamente sentada na beira da cama.
Suspirando, ela olhou para o relógio de cabeceira e viu que eram 5:00 da manhã, o que significava que ainda tinha mais de uma hora antes de precisar ir ao escritório. Ela deveria voltar a dormir, seu corpo gritou para ela se deitar. Mas sua mente estava inquieta. Reproduzindo tudo o que havia acontecido na noite anterior, com lembranças indesejadas de um embaraçoso confronto com a Garota de Aço.
Ela esticou o pescoço dolorido, esticando-o para um lado e depois para o outro e trazendo a mão para massagear as costas. Ela se concentrou em tentar lembrar o que aconteceu depois de voltar para casa. A última coisa de que se lembrava era de deitar no chão da cozinha. Ela finalmente se levantou e pegou os óculos que haviam sido descuidadamente descartados, decidindo investigar seu paradeiro na noite anterior ao ir ao local do crime. Assim que ela entrou em sua sala de estar aberta, ela parou em seu caminho. Papéis e livros estavam em todas as superfícies de sua sala de estar, assim como no balcão da cozinha.
E então ela se lembrou!
Ela cochilou no chão da cozinha, mas foi recebida com um sono inquieto, cheio de pesadelos dos últimos dias. Lembrou-se de sonhar com o exército daxamita matando pessoas, torturando aqueles que não seguiriam o regime atroz. Ela tinha acordado sem fôlego, a mão pressionada sob a cabeça no chão, criando marcas na bochecha avermelhada. Ela se lembrava de se sentir determinada a consertar seu erro, e, por mais que ela estivesse horrorizada com o pesadelo, isso lhe dava uma ideia de como melhorar as coisas. Ela decidiu construir a máquina de reconfiguração de matéria, mais uma vez, mas com alguns novos ajustes.
Lena olhou para o local onde estivera deitada na noite anterior e, como se estivesse assistindo a um vídeo sendo reproduzido, lembrou-se de levantar-se lentamente do chão e começar a trabalhar. Colocando o cabelo em um coque bagunçado, ela rapidamente desabotoou a blusa, tirou o sutiã e vestiu uma camiseta do Linkin Park com uma calça moletom cinza. Ela havia desaparecido no banheiro, lavando o rosto e tirando as lentes de contato para colocar os óculos de aro preto.
Em seguida, lembrou-se de ter ido à biblioteca da sala de estar, retirando diferentes livros sobre entrelaçamento quântico, duas pastas de trabalhos de pesquisa impressos que ela mantinha, e vários jornais discutindo teorias sobre ânions polares atômicos. Com a mente ainda juntando as peças dos acontecimentos da noite anterior, Lena foi até a mesa, onde o laptop ainda estava aberto e abriu a tela para encontrar os diagramas esquemáticos da máquina que construíra para Rhea. Em sua mesa, havia inúmeros papéis com anotações rabiscadas e esboços de novos esquemas e ajustes para a máquina. Ela tocou o copo de vinho tinto pela metade na mesa, lembrando-se de que estivera frustrada com uma certa fórmula e decidira que um copo de vinho poderia ajudá-la a clarear sua mente. Foi quando o álcool começou a deixá-la sonolenta,
Finalmente a atingiu. Isso é exatamente o que ela precisava. Um projeto para se enterrar e evitar toda e qualquer situação emocional. Ela iria reconstruir a máquina, tornando-a muito menor em tamanho, e tendo a restrição de apenas permitir que coisas não vivas passassem. Ela queria que a máquina fosse usada apenas para uma coisa de cada vez. Por enquanto, ela queria que fosse capaz de enviar remédios e alimentos para países que necessitassem gravemente. Então, ela trabalharia para que a máquina possuísse a capacidade de enviar suprimentos mais pesados, mesmo com seu tamanho menor, o que provavelmente limitaria suas capacidades.
No entanto, a partir das notas que ela estava lendo agora, Lena lembrou de estar frustrada que os recursos da L-Corp não seriam suficientes para financiar tal projeto. O conselho nunca aprovaria um orçamento tão drástico que seria necessário para financiar a pesquisa, muito menos a produção do dispositivo. Ela encontrou uma nota adesiva anexada ao papel contendo uma lista de potenciais investidores e instalações de pesquisa que poderiam apoiar o projeto. Um em particular foi sublinhado. Era uma empresa rival da L-Corp, quando era a Luthor Corp. Lena se lembra de ler sobre o CEO da empresa, sabendo que ela possuía uma história semelhante à de Lena. Sua empresa já foi administrada por seu pai, que não era conhecido por suas decisões éticas de negócios. Após sua morte, sua filha assumiu e prometeu tornar a empresa uma força para o bem.
Lena olhou para a hora em seu laptop. 6h10 Andou na direção da cozinha e ligou a máquina de café expresso, calculando mentalmente diferentes ângulos e fórmulas de uma só vez. Ela encontrou seu telefone abandonado no balcão da cozinha e percorreu as notificações enquanto esperava que seu expresso estivesse pronto. Levando a bebida consigo para a varanda, sentou-se na cadeira e começou a digitar e-mails para se preparar para o dia.
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Lena saiu do elevador, seus saltos anunciando sua chegada e seus óculos de sol equilibrados em sua cabeça. Ela estava lendo a proposta que havia digitado no carro a caminho da L-Corp, pensando em adicionar outro parágrafo à terceira página da informação de fundo do aparelho. Parando em frente à mesa de Jess, ela não ousou olhar para cima do telefone até terminar de editar o último parágrafo, apreciando que Jess não disse uma palavra até que ela levantou a cabeça do telefone e sorriu para ela.
“Bom dia, senhor Luthor”
“Bom dia, Jess. O que temos na agenda hoje?”
Entregando a ela um tablet de sua agenda, Jess começou a narrar: “Você tem uma reunião de orçamento com alguns membros da diretoria às 9, uma reunião com um representante da Lord Industries depois do almoço às 1 e uma reunião com seu advogado às 3 horas. "
Lena estava a lendo de novo sua proposta em seu telefone enquanto ouvia Jess recitar sua agenda e não se incomodou em olhar para o tablet que Jess lhe entregou. “Eu preciso que você cancele tudo. E chame meu advogado. Diga a ele para ir ao meu consultório às 10h e trazer os documentos de patentes que lhe enviei por e-mail hoje de manhã. Ela então olhou para um Jess confuso e exclamou: - E sob nenhuma circunstância vou ser incomodada hoje. Se alguém precisar de mim, diga que estou em reuniões durante todo o dia e que não estou disponível no momento. Sem exceção, Jess ”
Antes que Lena pudesse entrar em seu escritório, Jess interceptou-a levantando a mão e dizendo: - Uhh Sra. Luthor, e sua entrevista com a Sra. Danvers? Ela estava programada para vir depois da sua reunião do conselho.”
À menção do nome de Kara, Lena imediatamente se encolheu e sentiu o peito apertar com desejo de ver o belo sorriso da repórter loira.
Sem problemas emocionais, lembra?
Sendo assim, ela manteve seus sentimentos à distância e empurrou-os para baixo, onde eles não apareceriam. “Eu não disse exceções, Jess. Agora, por favor, comece a trabalhar.”
“Sim, Srta. Luthor.” Ela ouviu Jess exclamar enquanto ela entrava em seu escritório, trancando a porta.
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Em algum momento perto do meio-dia, Kara entrou no elevador da L-Corp e lutou para apertar o botão do último andar, evitando deixar cair os sacos de papel que ela carregava nos braços. Ela tinha ficado desapontada quando Jess disse a ela que sua entrevista com Lena tinha sido cancelada, mas ela sabia que Lena não se importaria de fazer uma pausa para almoçar com ela. Ela até mandou uma mensagem para Lena, dizendo que ela estaria passando para almoçar com ela em vez da entrevista, mas Lena nunca respondeu. Ela nem visualizou a mensagem. Kara tinha voado até o outro lado da cidade para pegar a salada de pimenta rosa que Lena realmente amava e a bebida de hortelã matizada gelada que ela fez Kara provar da última vez, alegando que era uma das bebidas mais maravilhosas da vida, embora Kara houvesse odiado. Quando as portas do elevador se abriram, ela cuidadosamente fez seu caminho em direção ao escritório de Lena.
"Senhorita Danvers, eu ... eu pensei que tinha enviado um email dizendo que a entrevista tinha sido cancelada. Eu sou sor ... ”Jess pareceu chocada ao ver Kara, o que a surpreendeu, já que não era a primeira vez que ela entrava no escritório de Lena sem ser anunciada.
Kara deu a ela seu mais brilhante sorriso ensolarado: “Sim, eu recebi seu e-mail, Jess, não se preocupe. Mas eu pensei que ela poderia ter uma pausa pra comer. Tenho certeza de que ela não comeu nada além das doses de cafeína que ela mal sobrevivi!”
Jess parecia envergonhada, e deu a ela um sorriso falso, “Eu sinto muito, Sra. Danvers, mas ela especificamente me disse que ela não quer ser perturbada hoje. Sem exceções. Jess se inclinou, sussurrando: - Com toda a honestidade, eu esperava que ela dissesse para não ser incomodada por ninguém além de você, é claro. Mas ela parecia estressada. Eu até perguntei se isso incluía você, e ela simplesmente disse 'sem exceções'. Ela esteve em seu escritório o dia todo.”
A testa de Kara se enrugou quando ela registrou as palavras de Jess. Esta era a primeira vez que Lena restringiu seu acesso ao seu escritório. Normalmente, Lena estaria recebendo Kara de braços abertos, mesmo em seus dias mais ocupados. "Ela não saiu de seu escritório a manhã toda?"
“Nem mesmo uma vez. Seu advogado veio para uma reunião há algumas horas atrás. Ele foi o único que ela viu durante todo dia.” Jess parecia preocupada com sua chefe, e Kara certamente notou. Se esse comportamento era novo para Jess, então algo estava definitivamente errado.
“Posso ao menos entrar só para lhe dar a comida? Tenho certeza de que ela não comeu nada o dia todo, nem se lembrará de comer pelo resto do dia.”
“Quero dizer ... acho que posso perguntar a ela. Não faria mal tentar.” Jess sentou-se na cadeira, pegando o telefone da mesa e pressionando a extensão do chefe.
"Sim, Jess?" Kara ouviu a voz de Lena de seu escritório. Estava cheio de frustração e ... ela parecia cansada.
"Senhorita Luthor, lamento muito incomodá-lo, mas a Sra. Danvers está aqui para ver se você estaria disposto a fazer uma pequena pausa para o almoço com ela. Ela disse que vai se certificar de não tomar muito do seu tempo ”
Kara ouviu os batimentos cardíacos de Lena e o movimento de seus dedos pelos cabelos, seguido por um suspiro.
“Por favor, peça desculpas à senhorita Danvers em meu nome e diga a ela que eu tenho uma conferência em espera. Sua consideração é apreciada, mas estou bastante ocupada hoje. E agradeça por mim, Jess ”
“Claro, Srta. Luthor.” Jess olhou para Kara, dando-lhe um sorriso culpado e balançando a cabeça, e foi imediatamente puxada de volta para seu trabalho quando o telefone do escritório tocou.
Kara se afastou dela olhando para a porta de Lena, abaixando ligeiramente os óculos para ver o que Lena estava fazendo. Ela viu Lena bebendo uma pequena xícara de expresso e lendo um jornal. Ela então se levantou em direção ao seu sofá, o papel ainda apertado em sua mão, enquanto ela olhava para o chão, as pernas cruzadas na frente dela.
Por que você não quer vê, Lena?
Ela a viu fechar os olhos antes de abri-los novamente, a culpa inundando suas feições. E então, de repente, seu rosto se transformou em uma máscara inexpressiva e ela voltou a ler o papel na mão.
Ela não tem uma teleconferência.