Abro os olhos, sentindo a claridade me cegar, me fazendo os fechar novamente.
Sinto alguém apertar minha mão e curiosa, me esforço para abrir os olhos, virando minha cabeça para o lado e o vendo ali, segurando minha mão forte enquanto dormia meio desajeitado, na cadeira ao lado da cama hospitalar, onde eu estava.
Aperto sua mão e tento chamar sua atenção._____Rodrigo...-Sussurro, fraca e com a garganta dolorida, talvez por está muito seca.
_____Rodrigo!-Forço um pouco mais e ele se remexe na cadeira. Logo abre os olhos e se espanta ao se deparar comigo, o encarando e já acordada.
_____Safira! Ah! Safira.-Beija minha mão.
_____Meu amor, que bom que acordou.-Beija minha testa com cuidado.
Tento me sentar na cama, mas a dor em minha cabeça, me impede. Fazendo assim, me obrigar à deitar novamente.
_____Está tudo bem? Sente alguma dor?-Pergunta ele, evidentemente preocupado.
_____Minha cabeça doi muito.-Digo e ele concorda.
_____O médico tinha razão em dizer que poderia acordar assim. Eu vou chama-lo.-Diz se retirando do quarto.
Observo o quarto claro onde estava, e me pergunto sozinha oque poderia ter acontecido de fato comigo, para aquele acidente todo se concretizar.
Aquele ar de hospital, máquinas ao meu ouvido, não me faziam bem.
Oque mais queria naquele momento, era está em casa, com minha pequena e só.
______E então, como se sente?-O médico adentra o quarto já me examinando.
______Minha cabeça dói muito.-Digo e ele concorda, me analisando.
______A dor vai passar. Isso que está sentindo é só resultado do acidente. Bateu com a cabeça, provavelmente na hora e, por isso a dor.-Ele explica.
______Mas oque tenho, de fato?
-Pergunto, cansada.
_____A senhora confirma que passou muito mal ao dirijir, certo?-Confirmo que sim.
_____Também confirma que, isto não é a primeira vez que sente, estou certo?
_____Não entendo. Onde quer chegar?
-Ele sorrir e com um pequeno gesto de cabeça, indica minha barriga, onde eu estava com minhas duas mãos pousadas ali.
_____Parabéns!-Se aproxima da porta.
_____Deixarei os dois conversarem um pouco. Logo estarei de volta para fazer uns últimos exames.-Termina e sai.
Suas palavras para mim, não paressiam verdades. Ainda não conseguia acreditar que esperava outro filho. Que estava grávida pela segunda vez.
Grávida!
Oh Céus! Encaro Rodrigo que até agora não havia se pronunciado, oque estava me deixando ainda mais nervosa.
Ao me virar por completo o encontro quieto, parado.
_____Rodrigo...Eu...
_____Promete para mim que agora vai ser diferente. Promete que vamos ter esse filho e, vamos ficar juntos. Promete, por favor.-Ele pede, com voz suplicante. Por cada cantinho de seus olhos escorriam lágrimas, pequenas lágrimas que, só me faziam ver o quão homem, ele era.
______Eu prometo. Prometo.-Sussurro, passando a mão pelo seu rosto molhado. Nossas bocas coloram uma na outra, em um beijo leve e cheio de carinho.
Mais tarde o médico retornou ao quarto e fizemos os últimos exames necessários.
Comi um pequeno lanche e, naquela mesma noite tive alta. Claro, teria que ficar de repouso por mais mais uns três dias, para não haver problemas.
Fiquei na casa de Rodrigo, e no dia seguinte liguei para Arthur e o comuniquei do ocorrido. O mesmo veio me visitar junto à Leila que, também foi de grande ajuda para mim.
Os três dias de repouso custou à passar, foram cansativos mas tive pessoas que amo ao meu lado à todo instante, oque fez passar esses dias voando.
Uma semana depois do ocorrido...
______Agora minhas duas grávidas, deixe-me ajudá-las.-Arthur se põe no meio de mim e Leila, nos guiando até a sala principal. Nós duas gargalhamos alto.
______Você é um mané, Arthur.-Dou língua para ele.
______Então sou mané, né?-Pergunta indignado.
_____Depois não reclama.
Chegamos à sala e nos sentamos. Procurei Laura mas não à encontrei, logo ela e Rodrigo saem da cozinha correndo.
_____Mamãe! Que saudades.-Me abraça apertado.
_____Oh meu amor! Mamãe também estava infartando já de saudades suas, minha pestinha.-Ela sorrir.
_____Como está meu irmãozinho?-Se abaixa ficando de joelhos para olhar melhor minha barriga.
_____Vai demorar muito ainda, mamãe?
_____Um pouquinho.-Digo sorrindo.
Minha atenção vai para Rodrigo que nos observa. Damos um selinho rápido e ele nos chama para a cozinha.
Segundo ele, tinha algo à comunicar e eu não fazia idéia do que poderia ser.
Com todos já à mesa, damos início ao almoço que, estava muito bem feito e com um sabor divino.
Elogiamos Leila pelo almoço e a conversa flui normalmente. Logo depois da sobremesa, Rodrigo pede nossa atenção e começa à explicar o motivo do almoço.
______Logo depois que os pais de safira voltaram para o Brasil, me veio à idéia de nos mudarmos para lá também, já que, percebi como ela e Laura estavam sentindo falta dos dois. Sendo assim, depois de muito ter resolvido, com a ajuda de Hernandes consegui a possibilidade de poder administrar a fábrica à distância...
Cada palavra sua dita, só me fazia derramar mais e mais lágrimas. Estava emocionada com sua atitude e feitos e, só conseguia me orgulhar mais e mais daquele homem que eu amava.
Ao ele terminar, Arthur apenas levantou de seu lugar e se dirigiu até ele. O puxou para um abraço longo e apertado e disse Olhando em seus olhos:
_____Tenho o orgulho de te entregar minha irmã. Você a merece.-Rodrigo sorriu de canto e me olhou. Caminhou até mim e me puxou para ele, me fazendo levantar da cadeira. Seus lábios colocaram nos meus rapidamente em um beijo demorado, me abraçando logo em seguida.
_____Então, vamos morar perto do vovô e da vovó?-Laura salta alegre.
_____Parece que sim.-Sorrio para Rodrigo que retribui na mesma intensidade.
_____Então, Brasil espere por nós!-Arthur diz alto e todos nós rimos.
De fato, eu tinha a família mais incrível do mundo.
Alguns dias se passam...
_____Vou sentir tanta à sua falta, Arthur. Ainda não entendo o porquê de você não vir conosco.-Abaixo a cabeça e ele me pede para o encarar nos olhos.
_____Irei visitar você sempre que der. Não precisa ficar assim, está bem? Leila precisa de mim e eu quero ajudá-la.-Concordo, já sentindo Laura puxar minha blusa novamente.
_____Vamos, mamãe.
_____Não se preocupe. Vou ficar bem. Agora vá e seja feliz.-Diz suas últimas palavras e apenas me afasto, sentindo um pedaço de mim ficar ali.
Embarcamos então, para meu tão país Amado, Brasil. Está voltando para lá e com o homem que amo e minha filha, é algo maravilhoso. Não havia palavras para descrever o que sinto. Eu estava feliz.
Assim que chegamos fomos para um hotel, já que era tarde da noite e Laura estava muito cansada.
No dia seguinte, ligamos para meus pais, e os dois quase me mataram pela surpresa inesperada.
Fomos para minha antiga casa e ficamos lá poucos meses. Quatro meses e poucos dias para ser exata e, nesse período Rodrigo havia voltado à pintar suas telas.
Passei a ajudar minha mãe novamente, na floricultura e Laura retomou à escola.
Muito havia mudado, mas a União entre nossa família, prevalecia à cada dia vivido.
Arthur mantia contato sempre que podia e, para minha felicidade, ele estava tentando algo com Leila que, havia ficado de vez em nossa casa.
Os dois paressiam felizes juntos e isso me bastava.
E bom, quando saiamos da casa de meus pais, para morarmos na nossa, foi algo completamente estranho no início, mas logo nos acostumamos com tudo,principalmente Laura.
A mesma havia amado nossa nova casa que tinha como vista, um belo parque que, todos os dias era muito bem cheio por crianças de sua idade.
Estávamos amando aquela nova vida, e para nos deixar ainda mais feliz, Rodrigo trouxe Nina para morar conosco, Oque deixou Laura extremamente alegre por ter sua vó bem pertinho.
Contínua...