CAPÍTULO SETE | Safira

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Nossas bocas estavam a milímetros de distância. Eu estava confusa, muito confusa com relação a sua pergunta e a tudo que eu estava vivendo naquele momento.
Seus lábios prestes a tocar os meus me deixava sem consciência do que eu estava prestes a fazer. Aquele beijo que estava por vir poderia ser o começo do que talvez iríamos viver novamente. De alguma forma, eu queria aquilo, mas...

E se eu sofrer de novo?

Ahhh mais eu queria tanto aquele beijo. Me aproximo mais dele e fecho os olhos ansiosa pelo o que estava por vim. Mas infelizmente aquilo não iria acontecer.

-Rodrigo, meu docinho! Trouxe um presente para você...

Diz entrando distraída.

E lá estava a pessoa que eu achei que nunca iria mais ver: Danielle.

Tomo distância ficando longe o suficiente do homem que um dia achei que me amava.

-Danielle...

Rodrigo diz, ou melhor, tenta dizer.

-O que essa mulherzinha está fazendo aqui, Rodrigo?

Grita me encarando irritada. Eu hein.

-Danielle, Fique calma.

Diz se aproximando dela.

-Como quer que eu me acalme sabendo que você estava trancando sozinho com essa mulherzinha interesseira?

Grita mais uma vez me olhando com ódio puro.

-Abaixe o tom para falar comigo.

Digo com as mãos coçando. Minha vontade era dar na cara dessa nojenta, mas me seguro.

-Ou então o que?

Diz com um sorriso cínico nos lábios.

-Vai me bater?

-Não vou me rebaixar a você.

Digo com um sorriso cínico nos lábios também e então digo mais um pouco...

-Eu vou indo. Estamos conversados, Rodrigo. Depois com mais calma combinamos um passeio com a nossa filha.

Digo triunfante dando ênfase no "Nossa filha". Vejo seu sorriso sumir e um olhar de preocupação e raiva tomar conta de todo seu rosto pintado.

-Até logo.

Saio da sala rapidamente e já fora da fábrica respiro com mais calma.

Eu não queria ter usado minha filha para provocar aquela nojentinha da cara pintada, mas não consegui segurar, ela me tirava do sério e isso não é nada bom.

Olho ao redor sentindo falta do meu carro a disposição. Eu não tinha vindo com ele já que Arthur me pediu emprestado. Pego meu celular na bolsa, deslizo o dedo pela tela o desbloqueando logo em seguida. Assim que acho o nome de Arthur na lista de contatos, ligo rapidamente para ele. Logo ele atende.

-Arthur poderia vir me buscar?

Pergunto andando de um lado pro outro.

-Claro. Já Chego ai.

-Obrigada.

Dez minutos se passaram e logo Arthur chegou. O caminho para casa foi de muita conversa. Contei tudo para meu irmão e ele ouviu tudo atentamente. Assim que chegamos em casa, subi rapidamente para meu quarto e quando entro no mesmo, vejo minha filha vestida com uma de minhas camisetas de dormir preferida. A olho chocada e me sento na cama assustando a pestinha.

-Mamãe?

Ela diz com a cara mais lavada do mundo. Seu sorriso sapeca aparece rapidamente.

-Já chegou?

-Não, querida. Vim só trocar minha roupa mijada.

Digo irônica, arrancando uma gargalhada sua.

-Que feio, mamãe.

Diz rindo.

-O que achou do meu vestido novo?

Ela rodopia.

-Seu vestido?

Pergunto me aproximando dela.

-Sim. Não é lindo?

-É. É sim e é meu também.

Pego ela nos braços e a coloco na cama. Começo a fazer cócegas nela. Sua risada me contagia e me deixa feliz, muito feliz.

Não sei o que seria de mim sem essa danadinha...

Um Novo Recomeço-Uma Força Do Destino-Continuação De Resgatando para Amar Where stories live. Discover now