Diga Que Não Quer (larry styl...

By supershook

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Um dia, por causa de um descuido e uma cabeça nas nuvens, Harry perde sua carteira. Quem a encontra? Louis. P... More

Sinopse
Prologue
•• Chapter One: O Ladrão de Carteiras 🌸
•• Chapter Two: Um Estranho Convite 🌸
•• Chapter Three - Apresentando: Louis Tomlinson 🌸
•• Chapter Four - Filmes E Algumas Besteiras 🌸
•• Chapter Five - Importantes Decisões 🌸
•• Chapter Six: Consolidando A Amizade 🌸
•• Chapter Eight - Reconciliação E Proposta 🌸
•• Chapter Nine - Mistérios 🌸
•• Chapter Ten - Uma Nova Conquista 🌸
•• Chapter Eleven - Vegas, Baby! 🌸
•• Chapter Twelve - Uma Confusão De Sentimentos 🌸
•• Chapter Thirteen - Perguntas 🌸
•• Chapter Fourteen - Respostas 🌸
Epilogue
Agradecimentos
Nova Adaptação; Broken Hills!

•• Chapter Seven - Bem Vindo À Santa Monica 🌸

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By supershook

Oioi!

💫Boa Leitura💫
---

Acho que minha vida sempre foi composta por clichês. Clichês sempre, para todos os lados. O mais comum era acordar com o celular tocando, e, claro, aquela manhã não seria diferente. Em algum lugar daquele quarto, no meio de roupas no chão, meu celular tocava. Meu maior problema era descobrir onde o maldito estava.

Levantei com cuidado, já que Anthony ainda dormia serenamente ao meu lado. Segui o som do celular, mas parei no meio do caminho para colocar minha boxer, tempo suficiente para que o toque cessasse. Bufei, me sentindo frustrado, o que não durou muito, já que logo a música começou a tocar novamente.

- Ele está aqui. - Ouvi a voz sonolenta e ao mesmo tempo divertida de Anthony soar. O olhei e vi que ele segurava meu celular. Sorri e pulei novamente na cama, dando-lhe um rápido selinho antes de pegar o aparelho de sua mão e atender.

- Alô?

- Por favor, o senhor Harry Styles. - Uma voz masculina soou do outro lado da linha.

- Sou eu. Quem está falando? - Perguntei e logo senti as mãos de Anthony deslizando levemente por minhas costas nuas. Era só o que faltava.

- Bom dia, Sr. Styles. Eu trabalho na empresa Builds & Bricks. Estamos ligando referente ao currículo enviado ontem. Gostaríamos de marcar uma entrevista com o senhor no próximo sábado. Está de acordo?

Minha cabeça começou a girar rapidamente; uma parte pela proposta que estava sendo apresentada, outra parte por Anthony, que agora começava a alternar beijos e mordidas pelo meu pescoço.

- Eu... Claro, só preciso... Do endereço. - Virei-me para Anthony e fiz sinal para que pegasse um papel e uma caneta para mim.

Ele atendeu prontamente, mas logo voltou aos beijos, como se nada tivesse acontecido. Do outro lado da linha, a pessoa citava o endereço, que eu anotei cuidadosamente no papel. Desliguei o celular e virei para Anthony, sorrindo e o deitando na cama, dando-lhe vários selinhos seguidos.

- Deus, Harry! - Ele exclamou rindo. - O que te falaram para te deixar de tão bom humor assim?

- Consegui uma entrevista de emprego. Na minha área! - Sorri mais, como se fosse possível.

- Isso é maravilhoso! Fico feliz por você.

- Obrigado.

- E... - Ele jogou aos mãos em meu pescoço, envolvendo-o. - Acho que sei a maneira perfeita de comemorar. - Sussurrou em meu ouvido, me fazendo sorrir.

Levei meus lábios de encontro aos dele, beijando-o ternamente, para então descê-los até seu pescoço, onde fiz questão de deixar algumas marcas. Senti as mãos de Anthony percorrerem meu corpo, indo parar em minha boxer, que o ajudei a tirar rapidamente. Continuei os beijos por seu corpo nu, mas fui interrompido por meu abençoado celular.

- Acho você popular demais... - Anthony falou enquanto eu saía de cima dele e pegava o aparelho. Seu tom era de riso, mas pude perceber a frustração que ele tentava esconder; eu também não estava muito diferente.

- Fala. - Atendi não muito amigável.

- Ooooooooiiiiiiiii amooooooooooooooooor. - Ouvi Louis falar de maneira manhosa do outro lado e não pude evitar uma risada. - Tudo boooooooooom?

- O que você quer, Louis?

- Preciso que você me busque.

- Sou seu pai agora? - Revirei os olhos, mas mantive um sorriso que Louis não poderia ver

- Não, é o cara com o meu carro. - Louis riu alto, e depois calou-se, como se não quisesse acordar alguém. - Enfim, vou te mandar o endereço por SMS, você coloca no GPS e me salva, OK?

- Tudo bem... Só vou me recompor e já te busco.

- Se recom... Oh! - Ele exclamou em entendimento. Rapaz inteligente... - Desculpe! Atrapalhei a foda!

- Sim... Mas você recompensa depois que eu sei.

- Com tudo o que tem direito. Mas, para isso, você tem que chegar logo.

- Já entendi. Daqui a pouco tô aí.

- Ai, que lindo você. Beijo, te amo.

- É, tanto faz. - Desliguei o celular, rindo que nem um bobo.

- Acho que você vai ter que ir embora, certo? - Anthony falou do meu lado, e levei um susto. Por um segundo, havia esquecido que ele estava ali.

- Sim... Louis está com problemas e precisa do carro. Desculpe.

- Sem problemas.

Nos vestimos, e alguns minutos depois, Anthony me levou até a porta, despedindo-se de mim com um singelo beijo no rosto. Vi a porta fechar e tive certeza de que nunca mais veria aquele rapaz na minha vida.

                  ⚜⚜⚜

O bairro em que Louis estava não era muito longe, mas era bem estranho, principalmente porque parecia aqueles bairros de gente muito rica. Parei em frente a uma das maiores casas que eu já havia visto em minha vida e mandei um SMS para Louis, avisando que estava em frente a casa. Poucos segundos depois, o vi descer, com a mesma roupa que usava ontem, os cabelos bagunçados, rindo como uma criança travessa.

- Demorou, hein? - Ele reclamou brincando enquanto se sentava no banco do carona. Dei partida.

- Vim o mais rápido que pude, OK? Aliás, como você veio parar aqui?

- Você não foi o único a se dar bem, querido. - Ele mostrou a língua para mim. - E aí, o que vamos fazer hoje?

- HM... - Olhei o céu, que estava completamente azul, e o sol, como de costume naquelas semanas, brilhava forte. Aquele clima era perfeito para uma coisa. - Que tal irmos à praia?

- PERFEITO! - Louis gritou feliz. Abriu o porta-luvas e de lá tirou um óculos de sol. Não entendo essas manias dele.

- Qual praia?

- SANTA MONICA! - Louis tentou jogar os dois braços para o alto, mas falhou miseravelmente assim que eles bateram no teto do carro. - Eu deveria ter comprado um conversível. - Ele revirou os olhos e bufou, me fazendo gargalhar.

- Que tal música?

- Sou a favor. - Ele piscou antes de, novamente, abrir o porta-luvas e tirar de lá o maior porta CD's que eu já havia visto. - Red Hot, porque é muito gostosinho de se ouvir enquanto viaja.

- Porque será uma viagem longuíssima. - Fui sarcástico, recebendo em resposta um dedo no meio da cara. Ah, o amor...

No fim, seguimos uma hora de viagem ouvindo praticamente a discografia completa da banda, e, claro, cantando junto.

                   ⚜⚜⚜

A praia não estava cheia, o que me deixava bastante feliz, porque não queria multidões.

Louis me fez passar em uma loja de roupas de praia, já que ambos estávamos despreparados para nadar. Sugeri que fôssemos a uma praia de nudismo e poupassemos esforços e dinheiro, mas Louis não pareceu gostar muito da ideia. Não sei o por quê.

- Harry, o que acha desse? - Ele me mostrou uma bermuda florida demais pro meu gosto.

- Ridículo. - Dei de ombros.

- Insensível. - Ele me olhou feio e pendurou a bermuda de volta na arara.

- Sou sincero. - Mostrei a língua para ele, que me devolveu o dedo do meio. - Mas aquela parece ser bastante interessante. - Apontei para uma bermuda branca com alguns detalhes em vermelho.

- HM... - Ele pareceu ponderar, para então pegar a bermuda e analisá-lá cuidadosamente. - É, gostei, pode ser essa. E agora temos que pegar algo pra você.

E então passamos mais alguns minutos decidindo o que eu usaria, o que era bem babaca, já que uma simples bermuda estava perfeito. Mas não para Louis. Ele queria que eu parecesse "tão bonito quanto ele".

Depois de toda a enrolação de Louis, finalmente compramos tudo o que era necessário e fomos para a praia, tomar sol, nadar e comer camarão. Eu simplesmente amava praia.

                  ⚜⚜⚜

- Harry! - Louis gritou e começou a nadar desesperadamente atrás de mim.

Estávamos no mar brincando de vôlei na água - tenho quase certeza de que existe um nome específico para esse esporte, mas não lembro - fazia algum tempo, quando eu decidi começar a fazer meu amigo de bobinho. Primeiro fingia que ia jogar a bola, mas não jogava, e quando jogava a bola ia longe demais e, antes que ele pudesse pegar, nadava mais rápido que ele e pegava antes, refazendo todos os passos anteriores.

Em algum momento, não sei exatamente quando, Louis ficou bravo demais e começou a vir atrás de mim, e assim acabamos iniciando um pega pega aquático, sei lá como poderia chamar isso.

- Harry Styles, volta aqui AGORA! - Ele ainda nadava atrás de mim, mas eu era muito mais ágil.

Decidi mergulhar, para dificultar a vida de Louis. Como não estávamos muito fundo, decidi fazer uma brincadeira que costumava fazer com minha irmã: passei por debaixo das pernas dele, mas não completamente, de modo que conseguiria levantá-lo e deixar ele sentado em meus ombros. Emergi, ouvindo Louis gritar.

- HARRY! - Ele berrava, enquanto dava tapas em minha cabeça. - ME COLOCA NO CHÃO!

- No chão? Certeza? - Olhei para a areia, que estava a alguns metros de nós.

- Na água, tanto faz! Me desce!

- Hm, acho que não. - Ri e comecei a ir para frente e para trás, como se fosse derrubá-lo a qualquer momento.

- PARA, HARRY! - Ele fala. - Eu odeio você. - Ele de abaixou, deixando seu rosto exatamente de frente ao meu, porém de cabeça para baixo.

- Você bem que queria odiar, né?

- Sim... Mas não consigo, né? - Ele sorriu fraco e eu concordei com a cabeça. - Bom, agora que você já teve uma declaração de amor... Pode me descer, por favor.

- Às suas ordens. - Imergi totalmente, deixando que Louis saísse de cima de mim. Emergi de volta, o olhando e rindo.

- Você é muito palhaço, sabia disso?

- Tudo para te fazer sorrir. - Brinquei, deixando meu amigo totalmente vermelho.

- Vamos... Comer alguma coisa? Tô com fome...

- Obeso. - Brinquei.

- Excesso de gostosura. - Ele me corrigiu, rindo. - Respeita. Anda, vamos logo! - Ele pulou nas minhas costas para que eu o carregasse.

- Ah, agora você quer né? Folgado! - Ri enquanto carregava Louis de volta à areia.

                 ⚜⚜⚜

A noite caiu e nós ainda estávamos na praia. Pouca luz nos iluminava, mas era o suficiente. Estávamos deitados na areia, que não mantinha mais o calor do dia, nos obrigando a nos vestir. Ouvíamos o barulho das ondas quebrando no mar, parecendo mais fortes do que nunca. Entre nós existia apenas o silêncio, e aquilo era maravilhoso; era algo mútuo, bom, um momento nosso, para guardarmos por um longo tempo.

Louis brincava com os dedos da minha mão, passeando os seus por ela; eu estava amando aquilo. Sentia a leve brida com o cheiro salgado do mar batendo em meu rosto.

- Eu odeio o sal que fica no corpo depois que você sai da água. - Louis falou docemente.

- Eu também, mas levando em consideração o dia que tivemos...

- O sal não tem importância. - Ele completou minha frase, me fazendo sorrir.

Mais silêncio. Eu gostava daquilo, me fazia pensar. Enquanto sentia Louis brincar com minha mão, comecei a pensar em como ele já fazia parte da minha vida, de quão importante ele já era para mim, do quanto ele me fazia bem.

Eu ainda não o entendia; não sabia como, nem por que ele havia entrado na minha vida. Não sabia nada sobre ele, de onde ele vinha, quem realmente ele era. Tudo o que eu sabia era que aquele rapaz, em poucos dias, havia se tornado meu melhor amigo.

E, de repente, um medo tomou conta de mim. E se ele fosse embora? E se eu o perdesse? Louis havia entrado muito de repente em minha vida; podia ir embora exatamente da mesma maneira. Percebi que não estava pronto para isso. Em que mundo injusto eu ganhava um melhor amigo perfeito e logo o perdia?

Eu nunca havia feito nada de ruim para ninguém, sempre me esforcei para ser uma boa pessoa. Seria justo perder a única pessoa que me fez sorrir verdadeiramente em meses?

- Louis, quando a gente estava no carro e você disse que deveria ter comprado um conversível... Você estava falando sério? - Sentei-me na areia, sem olhar para Louis, fitando o mar, afastando minha mão da dele.

- Sim... Por que a pergunta?

- Eu só estava pensando... Bom, você claramente não trabalha. - Virei-me, enfim, para ele, que também havia se  sentado e me encarava curioso. - De onde você tira o seu dinheiro?

- Harry, que assunto é esse?

- Um assunto pertinente. Eu não sei nada sobre você. Você sabia meu endereço, consegue entrar em baladas sem pegar fila, sabe tudo sobre os Estados Unidos, na sua vida um emprego é fácil de conseguir e você tinha dinheiro suficiente para comprar um conversível. Como. Louis? Como?

- Isso é realmente importante  Harry? Que diferença faz?

- Toda! Faz toda diferença! Você surgiu na minha vida do nada, você pode sair a qualquer momento. E você é tão misterioso que eu nunca nem saberia onde começar a te procurar.

- Harry...

- Você vai embora um dia, não vai? - O olhei, completamente triste, e ao ver em seus olhos a mesma tristeza que os meus transmitiam, soube que eu havia acertado. - Não acredito.

- Harry, por favor...

- Por favor? Como... Como você tem coragem?... Louis. - Eu respirei fundo. - Não quero que você vá. - Olhei em seus olhos e me aproximei.

- Eu sei o que você quer fazer. - Seus olhos deixaram de encarar os meus e se voltaram para meus lábios. - Mas eu realmente não acho que seja uma boa ideia.

- Tudo bem. Eu não te beijo. - Eu disse, sem me afastar um único centímetro. - Mas você tem que olhar em meus olhos e dizer que não quer.

Ele me encarou, seus olhos possuíam uma mistura de tantos sentimentos que eu não conseguia decifrar. Sua boca abriu e fechou várias vezes, tentando emitir qualquer som e falhando miseravelmente.

- Imaginei mesmo. - Foi o que disse antes de selar meus lábios contra os dele.

O beijo em si não era diferente dos que eu já havia provado, mas a sensação que a língua dele provocava ao tocar a minha, era maravilhosa. Não eram as famosas borboletas no estômago, nem mesmo a eletricidade estranha, o choquinho.

Era um bem estar, a sensação de estar com a pessoa certa, uma felicidade de quem consegue finalmente alcançar um objetivo, um sonho; aquele sentimento de quando você faz algo e se sente orgulhoso, sente a vitória. Era assim que o beijo de Louis me fazia sentir.

Uma pena que ele durou tão pouco. Que ele se afastou de mim e, sem nem ao menos me encarar, pediu para ir pra casa. Uma pena que, durante todo o trajeto até nossas casas, ele não havia tirado os olhos da estrada, não havia se comunicado comigo de nenhuma maneira, não havia nem colocado música.

Uma pena que, ao me deixar em frente minha casa e me ouvir fechar a porta de seu carro, ele deu partida, sem olhar para trás, sem me encarar, sem se despedir.

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• FINALMENTE UM BEIJO!!!!!!

• Essa conversa sobre o Louis ir embora de repente, me deixou bastante apreensiva!

Até a próxima...

Treat people with kindness❤

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