Viola e Rigel - Opostos 1

By NKFloro

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Se Viola Beene fosse um cheiro, Rigel Stantford taparia o nariz. Se ela fosse uma cor, ele com certeza não a... More

O Sr. Olhos Incríveis
A Cara de Coruja *
A segunda impressão
O pesadelo *
O Pedido
O Presente
O Plano
O Livro
A Carta
O Beijo
A Drums
A Raquetada*
O Queixo Tremulante
Cheiros
Os Pássaros *
O Pequeno Da Vinci
O Mundo era feito de Balas de Cereja
O Dia do Fundador
BOOM! BOOM! BOOM!
A Catedral de Saint Vincent
Ela caminha em beleza
Anne de Green Gables
O Poema
Meu nome é Viola
Cadente
Noite de Reis
Depósitos de Estrelas
70x7
A loucura é relativa
Ó Capitão! Meu capitão!
E se não puder voar, corra.
Darcy
Cupcakes
Capelletti e Montecchi
Ensaio sobre o beijo
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Metamorfose
Perdoar
Natal, sorvete e música
Anabelle
Clair de Lune
Eu prometo acordar os anjos
Red Storm
Purpurina da autora: O que eu te fiz Wattpad?
Palavras
Como dizer adeus
Macaco & Banana
Impulsiva e faladeira
Sobre surpresas e ameixas
Infinito
Como uma nuvem
Sobre Rigel Stantford (Mad Marshall Entrevista)
Sobre Viola Beene (Mad Marshall Entrevista)
Verdades
Rastejar
O Perturbador da Paz
Buraco Negro
O tempo
Show do Prescott
A Promessa
Olá, gafanhoto
Olhos de Safira
O caderno
De volta ao lar
A Missão
A pior noite de todas
Grandes expectativas e frustrações maiores ainda
Histórias de amor e outros desastres
Sobre escuridão e luz
Iguais
Sobre CC e RR
Salvando maçãs e rolando na lama
O infame
PRECISAMOS FALAR SOBRE PLÁGIO
Promessas

O tempo é relativo

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By NKFloro

Não sei quanto as outras pessoas, mas eu odeio despedidas.

Todo esse lance de lágrimas, adeus e até logo me deixam um bocado deprimido, e toda vez que fecho os olhos ainda vejo a Cara de Coruja choramingando ao soltar a minha mão e se afastar. Foi estranho pra cacete, por um segundo eu senti como se aquilo não fosse uma despedida qualquer, foi quase como jogar um monte de terra sobre o caixão de alguém que você ama.

Num instante ela estava me abraçando e, no instante seguinte estava se afastando, sorrindo de um jeito triste enquanto virava no corredor adiante. Eu fiz um esforço danado pra retribuir o sorriso, ignorando o aperto e a dor que começava a despontar no meu peito.

Pra variar está chovendo aqui em Londres e o vento intensifica a sensação gelada. Após constatar que está tudo bem com a minha cabeça, meu pai resolveu que isso merecia uma comemoração, motivo pelo qual agora estamos abancados à mesa de um restaurante no centro da cidade.

Apesar de tentar a mamãe não consegue disfarçar o mau humor, ela pediu vinho branco mais cedo, mas o meu pai não apenas barrou o pedido como solicitou ao garçom que trouxesse apenas água.

― Então, como anda o desenvolvimento da nova coleção? ― ela pergunta à tia Miranda.

Foi ideia do meu pai convidar a tia Miranda e a família dela para jantar conosco, infelizmente o tio Theo ficou preso em uma reunião de negócios e não pôde vir. Uma pena, ele é bem legal, com certeza daria um jeito de aliviar o clima pesado.

― A todo vapor ― tia Miranda responde, toda sorridente. ― Você precisa ver as bolsas, ficaram incríveis.

Henri permanece alheio à conversa, tagarelando baixinho com a garota ao lado e rindo como um tapado. Pudera, eu também estaria assim se tivesse uma namorada como a dele.

Enquanto tia Miranda e a minha mãe dissertam sobre o desenvolvimento da tal coleção, eu aproveito para pedir licença e fugir para o banheiro.

Não consigo pensar em nada mais chato do que essa ladainha sobre moda e tendências. Minha tia e minha mãe estão se comportando como versões mais velhas da Emily e da Bridget, e isso dá nos nervos.

Recostado na pia do banheiro, eu retiro o celular do bolso e a primeira coisa que vejo é uma mensagem da Cara de Coruja:

Tudo bem com você? Como foram os exames?

Nenhum problema detectado. Aparentemente vou viver mais uns cem anos e morrer de velhice em uma cama quentinha ao som de Fleetwood Mac.

Que bom que está tudo bem. Eu estava tão preocupada, mal consegui prestar atenção às aulas. Quando você volta?

Ainda não sei, no final da semana, talvez. Minha mãe quer aproveitar a viagem para visitar a nossa antiga casa e uma tia vó na Estônia.

Okay. Só não esquece de mandar notícias, o Dean consertou o meu laptop, está novinho em folha. Pode me chamar sempre que tiver vontade.

Sério que ele conseguiu arrumar aquilo? Eu estava contando que aquela porcaria iria direto para o lixo. Uma pena.

Que bom. Eu falo com você quando chegar em casa, na casa da minha tia quero dizer, preciso voltar para a mesa antes que o meu pai venha atrás de mim.

Aonde está?

Em um restaurante, comemorando o fato de estar inteiro.

E o que você pediu?

Como assim o que eu pedi?

O prato, que prato você pediu?

Isso importa?

Não, mas eu quero saber.

Canard à l'orange.

Isso é pato cozido no caldo de laranja, não é?

Sim.

E estava bom?

É, estava. Que tipo de perguntas são essas?

Não sei, só estou tentando te manter o máximo de tempo possível ao telefone. Estou com saudade.

Viola, não faz nem dois dias que eu estou longe.

O tempo é relativo... e parece sempre se esticar quando estamos longe de quem amamos.

Pronto, ela vai começar.

Suspiro com força, digitando vagarosamente:

Tá legal, eu tenho mesmo que ir agora, falo com você depois.

Sem mais, afundo o telefone de volta no bolso e caminho para fora do banheiro. Se deixar ela continua falando até amanhã.

Mal a porta se fecha às minhas costas avisto o Henri vindo na minha direção com as mãos enfiadas nos bolsos do casaco e um sorriso de mil dentes no rosto.

― Ei ― a voz dele ecoa animada, animada demais para o meu gosto. ― O tio Max pediu pra eu ver se está tudo certo com você.

― Como pode ver, eu ainda estou respirando.

― Percebi. Acho melhor voltar lá pra dentro antes que ele mesmo venha atrás de você.

― Caso não tenha percebido, era justamente isso que seu estava fazendo quando se interpôs no meu caminho.

― Cara, qual é o seu problema? ― Ele interrompe a caminhada, eu faço o mesmo, só pra não deixá-lo parado sozinho feito um tonto no meio do corredor. ― Na boa, ninguém merece esse seu mau humor, tá parecendo o avô Adolf.

― É fácil falar, não é você quem está com o braço ferrado e, como se não bastasse, ainda tem de ouvir seus pais discutirem sobre as coisas mais idiotas possíveis toda vez que um olha na cara do outro.

― Eu sinto muito, pensei que eles tivessem se acertado.

― Como assim pensou que eles tivessem se acertado? Que conversa é essa?

Por um tempo ele não diz nada, só fica me encarando com a maior cara de mané, então se aproxima e põe a mão sobre o meu ombro.

― Qual é, você sabe, casais brigam, seus pais não são exceção.

― Eu tenho cara de idiota por acaso? Está sabendo de algo que eu não sei, desembucha.

― Eu não sei de nada. ― Ele engole em seco algumas vezes antes de continuar: ― Meus pais também brigam, Rigel, e com frequência, mas no final sempre se acertam e fazem as pazes. Você pode discordar de uma pessoa e, ainda assim, amá-la. Ou vai dizer que você concorda cem por cento com a Viola em tudo?

É o quê?

― Primeiro, não mete a Viola nessa conversa ― peço, voltando a me mover pelo corredor. ― Segundo, eu não amo ela.

― Ah tá ― ele dispara, acompanhando meu passo. ― E eu não amo Star Wars.

― Eu já disse umas cem vezes, mas vou repetir pra ver se você entende de uma vez por todas, a Viola é apenas uma amiga, nem isso na verdade, ela não faz meu tipo. ― digo, só pra ver se ele fecha a matraca e me deixa em paz. ― E para de me perturbar com esse papo de Viola, você nem conhece ela.

― Nós somos amigos no Facebook, a adicionei faz alguns meses, ela faz umas postagens bem interessantes ― diz com voz risonha. ― Sobre olhos cinzentos e passeios no jardim.

― Por que não vai cuidar da sua vida, hein? Se eu tivesse uma namorada com a aparência da sua estaria aproveitando cada segundo ao lado dela, em vez de ficar enchendo a paciência dos outros com essa droga de conversa fiada.

Na maior parte das vezes a namorada do Henri age como uma cópia da Scarlett O'Hara em E o Vento Levou, sendo uma completa mala sem alça. Mas, verdade seja dita, apesar disso, ela é gata até dizer chega, o tipo de garota que qualquer cara teria orgulho em exibir para o mundo. Ela não se veste como um palhaço, o cabelo é bem cuidado e, o mais importante, sabe exatamente como se portar em público.

Se eu trouxesse a Cara de Coruja a um lugar como esse, ela certamente faria do jantar um espetáculo e eu encerraria a noite com a cabeça enfiada em algum buraco, como um maldito avestruz, morto de vergonha.

Olá, gafanhotices

Eu quer agradecer por todos os votos e comentários deixados no capítulo anterior. Obrigada por não me abandonarem e não desistirem do livro. Sei que tenho demorado a concluí-lo, mas as coisas têm estado complicadas de verdade. Peço só mais um pouquinho de paciência, o fim está chegando.

Desde sempre não gosto de postar capítulos pequenos, por algum motivo eles me incomodam bastante, mas depois de muito pensar decidi que talvez essa seja a melhor opção. Ultimamente, eu não consigo mesmo me manter concentrada em nada por muito tempo e se fosse esperar para postar os capítulos só quando estivessem enormes acabaria demorando muito. Então, por enquanto, vou postar capítulos pequenos. Espero que entendam a minha decisão e que não se irritem muito com isso.

Viola e Rigel está chegando ao fim, pelas minhas contas faltam menos de dez capítulos e eu vou postá-los conforme puder, nos dias em que estiver me sentindo melhor. Sim, finalmente descobrirão o que aconteceu entre Max e Eliza e conhecerão o destino de Viola e Rigel. Eu vou sentir saudades da minha lagartixa albina e da minha cara de coruja.

Algum palpite sobre maliza?

Qual será o destino de Viola e Rigel?

Eu jé escrevi a cena final e posso dizer que foi um pouco...

Muitos kisses!

Ah, em breve teremos um livro novo. Eu estou com ele nos rascunhos há uma vida, e só não postei ainda porque não consigo decidir o elenco, a garota está escolhida, mas o garoto é um problema.

Aqui a capa - sim, eu invejei a capa de Para Todos os Capirotos Que Já Amei.

Outra personagem ruiva? Sim, eu gosto de criaturas ruivas - ninguém percebeu.

Quem leu a fanfic, por favor, não dê spoiler, isso pode acabar com toda a graça do livro. Eu vou mudar algumas coisas, muitas na verdade, mas a premissa é a mesma.

Cheiros na alma

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