60 dias com eles

De dreamervick

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Julieta Fields é a garota mais certinha que Los Angeles conhece. Ela nunca se atrasou, nunca quebrou regras e... Mai multe

Intro + apresentações
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Epílogo
Agradecimentos

Capítulo 37

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De dreamervick

Patinar no gelo foi uma boa opção como eu já deveria imaginar. Nós passamos o dia inteiro fora do hotel. Primeiro patinamos, e depois minha mãe se animou ainda mais e decidiu que nos levaria para esquiar, e para variar ela me tirou do castigo. Pela primeira vez eu pude esquiar com a minha família. Foi muito engraçado. Thomas à cada três minutos me fazia ter uma crise de riso diferente. Até guerra com bolinhas de neve nós fizemos. Posso confirmar que o dia de ontem entrou para a minha lista dos melhores dias que já passei no Chile. Foi incrível.

Logo em seguida nos despedimos do Aidan e voltamos para o hotel. O meu pai pediu uma pizza gigante e foi só aí que o Matthew apareceu. Pelo que eu saiba, ele estava treinando e por isso não foi para o passeio com todos, mas conseguiu chegar para a pizza. Meus pais, a Nath e todos os meus amigos continuaram no refeitório do hotel  conversando por bastante tempo enquanto eu e Hillary fomos para os nossos devidos quartos. Ela queria fazer uma vídeo chamada com o seu amigo Aidan e eu só queria dormir e descansar.

Agora já são três horas da manhã. E hoje é o último dia para passearmos e nos divertimos, porque amanhã é a competição de skiing, e domingo é a festa de comemoração à todos os participantes da competição e os seus acompanhantes. Segunda feira de madrugada é o nosso vôo de volta. Infelizmente será a hora de dizer um grande "Até logo" para o Chile. Juro que queria ficar aqui por mais tempo.

— Anda logo, Julieta! Você não vai poder ficar deitada nessa cama até o dia acabar. Já estamos atrasadas. Tia Susi pediu para estarmos na recepção às três e dez e você sabe disso. — A Kylie reclama enquanto arruma suas coisas dentro da sua mochila.

Deu a louca na Kylie e por isso ela invadiu meu quarto hoje mais cedo e simplesmente se arrumou aqui enquanto eu continuei dormindo até ela estar pronta, mas infelizmente agora ela quer que eu, Julieta Fields Williams, levante da minha própria cama para me arrumar. É muito abusada mesmo.

— O que iremos fazer hoje? — Eu pergunto levantando da cama e indo lentamente até o banheiro. A minha cara deve estar toda amassada.

— Vamos para o Glaciar Grey em uma cidade vizinha. Nós iremos andar de barco e veremos as geleiras e a linda vista. Será divertido, e tem horário marcado, então anda logo. Por isso precisamos ir cedo, a cidade é bem longe e todos precisamos ver o sol nascer.

Assinto e entro no banheiro. Tomo banho, escovo os dentes, penteio o cabelo e acabo optando pela roupa mais confortável e quentinha para passear pelas geleiras. Lá deve ser muito frio, muito mesmo. Acabo não demorando e por isso surpreendo a Kylie que fica de boca aberta com a minha rapidez.

— Todos estão nos esperando na recepção. Trouxe uma maçã e uma banana para você comer durante o caminho. É horrível passar fome e infelizmente não ter nenhum lugar para comer. — Kylie tira as frutas do saco e taca na minha direção.

Eu seguro e agradeço. Pego a minha bolsa e sigo a minha amiga Kylie na direção da saída do quarto. Tranco a porta e deixo a chave do quarto com um dos recepcionistas quando nós chegamos ao térreo, ou seja, na recepção.

— Bom dia, querida! — Minha mãe como sempre sorridente, vem me dar um abraço. — Dormiu bem?

— Felizmente. — Sorrio. — Na verdade é boa madrugada, mãe.

— Estamos atrasados. É melhor corrermos logo. — Meu pai interfere com a expressão preocupada, mas ela logo se alivia quando me vê. — Oi, querida, boa madrugada.

— Boa madrugada, pai! — Rio. É tão estranho dizer boa madrugada.

Eles começam a conversar entre si e eu acabo ficando perdida. Decido ir até os outros e desejar bom madrugada, e é isso que eu faço.

— Boa madrugada, gente!

— Boa madrugada, ruiva! — Thomas vem até mim e me dá um abraço bem quente por conta do seu casaco gigantesco.

Todos os outros me cumprimentam também. Parecem animados para o passeio de barco em outra cidade. O Matthew é o último a chegar, ele está com um copo de café na mão, veste uma calça jeans escura, um casaco como o de Thomas, um tênis casual e uma touca cinza simples que tampa uma parte dos seus cabelos. Está bonito. Muito bonito. Ele vem até nós com um sorriso brilhante no rosto.

— Bom madrugada, estão animados?

— Muito. Espero que a gente consiga ver os pinguins. — A minha irmã da pulos de alegria. Hillary ama animais desde que se entende por gente. Ela é fofa, adora ajudá-los. 

— Eu também estou. Vou tirar altas fotos. — Nathalie sorri e abraço o Jason, que está ao seu lado. Nunca entendo a relação deles. Acredito que agora eles sejam só amigos, mas antes eu sempre me confundia.

— E você, Matthew? Está nervoso para a competição de amanhã? — O Jason pergunta.

— Um pouco. — Ele confessa. — Mas acredito que vai dar tudo certo. Estou competindo por diversão, estava com saudades de toda essa adrenalina.

Minha mãe aparece para atrapalhar nossa conversa. Ela nos chama para entrarmos na vã do hotel que nos levará até a cidade. Nós vamos até o estacionamento e logo em seguida entramos na grande vã. Percebo que dentro dela também tem outros turistas e mochileiros que também estão hospedados aqui. Deve ser um pacote do hotel.

— Vou filmar tudo! — A minha irmã avisa com um sorriso no rosto e com a cara colada no vidro da janela.

— Pirralha, para com isso! Vai chegar com a cara toda amassada.

— Não enche, Thomas!

Ele se finge de ofendido e cruza os braços fazendo bico. Thomas apoia à cabeça no meu ombro e eu sorrio.

— A sua irmã está de implicância comigo!

— Foi você que começou, Thomas. Deixa de fazer drama. — A Hillary se vira para olhar em sua direção com a sobrancelha arqueada e com a expressão furiosa.

— Não respira perto de mim porque estou sentido o bafo do Aidan daqui.

Hilly fica boquiaberta e começa a distribuir tapas no Thomas que não consegue conter a gargalhada.

— Eu não beijei o Aidan! Você é um idiota, Thomas. — Ela aumenta o tom da sua voz e cruza os braços.

— Quem beijou quem? — Jason entra na conversa.

— A formiga aqui beijou o Aidan e ainda me chamou de idiota.

— Você beijou o Aidan? — Matthew escuta de longe e também se mete na conversa.

— Não me chama de formiga de novo ou eu mordo a sua canela!

— Cala à boca, formiga! — Thomas brinca com o fogo. Hilly o empurra e sobe em cima dele dando vários tapas em sua barriga e ombro. Thomas parece nem sentir.

— Você beijou o Aidan? — Matthew repete a mesma pergunta, com sua boca aberta como se não estivesse acreditando.

— Parem vocês dois! — Nathalie se mete entre os dois e no final acaba  levando um tapa forte da Hilly sem querer. — VOCÊ QUASE QUEBROU MINHA UNHA!

Thomas gargalha.

— Você beijou o...Aidan? — Matthew pergunta novamente, mas agora faz uma careta.

— EU NÃO BEIJEI NINGUÉM.

Kylie aparece com a expressão impaciente.

— Eu estava dormindo quietinha no meu canto e vocês me acordaram, e se tem uma coisa que eu me odeio é quando as pessoas me acordam sem o meu consentimento. Então, se vocês continuarem com essa briga estúpida eu juro que paro essa vã no meio do caminho, corro para o hotel e pego o meu facão. — Ela avisa e todos nós ficamos silenciosos. Kylie apoia a sua cabeça no vidro da janela e fecha seus olhos lentamente, como se há poucos segundos nada tivesse acontecido.

— A Kylie me assusta muito, e eu não quero morrer hoje, então fiquem quietos.

— Kylie é assustadora. — Thomas sussurra morrendo de medo.

— Eu ouvi isso! — Ela diz ainda de olhos fechados.

[...]

Já fazem umas meia hora que nós estamos dentro do barco. É provável que ele pare agora para andarmos de caiaque. Será tão divertido, mas ao mesmo tempo assustador. Eu nunca andei de caiaque, ainda mais em alto mar. Será bem assustador.

Coloco todos os equipamentos de segurança, os outros fazem o mesmo. Nos preparamos, e os instrutores nos explicam todas as regras que teremos que seguir e também nos ensinam como andar em um caiaque.

— Ótimo! Agora escolham as suas duplas e nos encontrem na parte traseira do barco. — Um dos instrutores diz se afastando com os outros. Devem ter em média uns quinze turistas dentro do barco contando com a gente. Sorte que não são muitos, então não está nem um pouco cheio, apenas com um frio congelante.

— Eu vou com o Mark. A Nathalie acompanhará a Kylie por terem o mesmo peso. Thomas e Jason irão juntos e Julieta vai com o Matt. — A minha mãe diz sorridente e nervosa.

Hillary não poderá ir por conta da sua idade, mas ela prometeu filmar e tirar várias fotos. O que ela quer mesmo é ver os pinguins. Acho que até ela gostou da ideia de ficar no barco.

Suspiro. Eu e Matthew no mesmo caiaque. Será tenso.

— Vamos? — Ele pergunta com a sobrancelha arqueada e eu respondo com um movimento positivo com a cabeça. Nós dois vamos até a parte de trás do barco. Jason e Thomas são os primeiros a se preparem e entrarem dentro do mar com o caiaque. Eles se posicionam e começam a remar para longe enquanto gritam de felicidade e emoção. É engraçado. Hillary tira várias fotos, com certeza ela irá fazer milhões de montagens horripilantes com o rosto do Thomas como uma vingança por hoje mais cedo na vã.

Eu e Matthew somos os próximos. Ele fica atrás e eu na frente. Pulamos no mar e depois nos posicionamos no caiaque. Consigo sentir os meus membros congelarem. Está mais do que congelante. Me posiciono da maneira que os instrutores e os monitores me ensinaram e seguro o remo com força. Ele faz o mesmo.

— Está pronta? — Matthew me pergunta, preocupado. Seus cabelos castanhos estão molhados e colados em sua testa. É fofo. Parece um boneco de porcelana.

— Sim. — Assinto e nós dois começamos a remar para longe do barco em que estávamos. Vejo umas geleiras lindas, montanhas gigantes e muitas ilhas afastadas. É uma vista muita bonita.

— Que vista linda! — Escuto Matthew dizer bem atrás de mim. Eu paro de remar e olho para trás concordando.

— Realmente é muito bonita mesmo.

Voltamos a remar rápido, e quando percebo já estamos bem longe de tudo e de todos. Os meus braços já estão doloridos e cansados de tanto remar. Matthew percebe.

— Quer parar um pouco? Eu posso continuar remando. — Ele dá de ombros.

— Tudo bem. Obrigada.

Fico sem remar durante alguns minutos, mas depois devido voltar à ajudar o Matthew, que já deve estar cansado. Quando nós finalmente ficamos longe de todas as montanhas e ilhas eu paro de remar. O instrutor disse que quando chegássemos em um lugar assim seria o melhor momento para pararmos de remar e assistirmos o nascer do sol. Ele disse que seria a vista perfeita.

— Finalmente! — Matthew grita atrás de mim. Ele deixa os remos no canto e deita no caiaque com a respiração ofegante. — Será que irá demorar muito para o sol nascer?

— Será que aqui tem tubarão? — Eu rebato com outra pergunta, fazendo o Matthew gargalhar.

— Se tivessem tubarões nós não estaríamos aqui. — Ele diz como se fosse algo óbvio. — Fica tranquila. Eu pesquisei bastante e descobri que nessa região realmente não tem nenhum tubarão ou algum outro animal marítimo que possa nos matar.

— Ótimo. — Suspiro aliviada virando para frente novamente.

Sinto o caiaque mexer e balançar várias vezes seguidas. Fico com medo e por isso seguro o remo com muita força. Matthew pula em cima de mim me dando um susto. Penso que é um tubarão querendo me morder e grito com muito medo. Matthew gargalha alto da minha expressão assustada.

— Você é um idiota! Eu juro que pensei que fosse algo sério. Não faça isso de novo. Nós podíamos ter caído no mar. Imagina? Poderíamos se afogar. Nós poderíamos morrer.

Ele sorri e balança a cabeça de forma rápida para tirar o cabelo molhado da testa. É engraçado e fofo ao mesmo tempo.

— Eu sei nadar. Fiz curso de salvamento durante dois anos. — Ele dá de ombros. — Relaxa, Julieta.

Eu bufo e desvio o olhar. O sol começa a nascer e eu sorrio de felicidade.

— OLHA! ELE ESTÁ ALI! O SOL.

— Eu não sou cego, Julieta.

Dou-lhe um empurrão e ele quase cai do caiaque.

— Você quase me fez cair! — Ele arregala os olhos.

— Não era você que sabia nadar e que fez curso de salvamento? Então não tem problema. — Sorrio, vitoriosa.

Ficamos em silêncio assistindo o maravilhoso nascer do sol. É muito maravilhoso mesmo. A vista mais bela e perfeita que já vi em toda a minha vida. Parece a obra mais linda que Deus criou. É realmente paradisíaco. Cada detalhe é perfeito. Uma verdadeira obra de arte natural.

Me viro para o Matthew e o encaro. Ele também está encantado com toda essa paisagem incrível, e quando percebe que eu estou o encarando ele desvia o olhar da paisagem e passa a me encarar. Eu coro, e ele abre um sorriso pelo simples fato de saber que tem o poder de me deixar corada.

— Julieta, sabia que você está linda hoje?

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