Julieta Fields é a garota mais certinha que Los Angeles conhece. Ela nunca se atrasou, nunca quebrou regras e nunca saiu da sua zona de conforto, ao contrário da sua irmã mais velha que é considerada a mais popular da escola.
As férias de inverno...
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Thomas narrando
— ACORDA! ACORDA! — escuto alguém gritar no meu ouvido.
Abro os olhos lentamente dando de cara com a Hillary puxando os meus pés para fora da cama.
— Deixa eu dormir, Hillary! — bufo tacando uma almofada nela, mas a mesma desvia e ri da minha tentativa falha de ataque.
— Eu preciso da sua ajuda! — ela reclama cruzando os braços, fazendo bico e subindo na minha cama. — Ei! Você deveria deixar de ser tão chato.
— Eu não sou chato. — Hillary tenta tacar o travesseiro no meu rosto, mas eu o seguro no ar. Taco o travesseiro no rosto dela fazendo-a cair da cama.
— VOCÊ ESTÁ VIVA? — grito e gargalho ao mesmo tempo vendo-a caída no chão do meu quarto com os seus cabelos ruivos grudados no rosto. — PIRRALHA, VOCÊ ESTÁ HILÁRIA!
— Deixa de ser idiota. — ela levanta bufando. — Machucou sabia?
— Você é tão levinha, não fiz força alguma e você já caiu que nem um daqueles bonecos de posto, sabe?
Ela não responde, só me mostra a língua.
Escuto alguém bater na porta. Eu e a Hilly olhamos diretamente para ela com as sobrancelhas arqueadas.
— Quem é? — grito.
— Sou eu, Nathalie. — ela responde atrás da porta.
Reviro os olhos sem muita animação.
— Pirralha, preciso conversar com a sua irmã, tem como eu te ajudar mais tarde? — pergunto.
Ela bufa e desvia os olhos, como se estivesse brava comigo.
— Tudo bem. Te encontro na pista de skiing, temos aulas hoje. — Hillary vai até a porta em passos duros, sem nem se despedir de mim. Ela está brava.
Assim que Hilly sai, a Nathalie entra com o seu sorriso forçado.
— O que você quer agora, docinho do meu coração? — pergunto ironicamente.
— Vim continuar a nossa conversa, e lhe entregar isto. — ela me entrega uma carta e eu a coloco em cima da escrivaninha, sem dar a mínima.
Levanto da cama e coloco a minha camisa que está ao lado do criado mudo. Nathalie observa o meu corpo. Isso é sério? Ela vai continuar com o joguinho dela?
— Perdeu alguma coisa aqui? — eu revido sem muita paciência.
— Por que está tão grosseiro? — ela pergunta se aproximando cada vez mais de mim com o seu sorriso.
— Não vem se fazer de santa não! A Julieta já ocupa esse cargo. — eu me afasto. — Eu já te falei, Nathalie, nós não ficaremos juntos de novo. Ontem tivemos essa mesma conversa, e eu já disse não!
