Um tapa, um choro, chegou.
Sem consciência...
Dias depois sem saber onde estava.
Cadê você!
Como cega tateando,
Se alimentando...
A visão embasada dissipando.
Ouviu falar, não sabia como encontrar.
Muito barulho naquele lugar.
Nem sua forma conseguia enxergar.
Não sabia se estava sozinha, não sentia...
A primeira vez uma presença fria, numa tela de TV.
Na década de 70, ouviu falar de você.
Tuas formas...Emocionou...
Na florescência algo próximo da experiência,
Enganou-se!
Andou por terras áridas, pessoas
Sedentas, famintas como ela.
Nesse solo rechaçado, gente sofrida.
Buscando fora por ter sido expelida.
Num encontro de desvairados,
Aumentou a dor neste mundo,
Por não ter sido provocado.
De tanto caminhar,
Encontra autoridade.
Na maturidade a busca é continua, não no outro, mas em si.
Por falta de você, o próprio amor.
vvelasco