Quando mundos colidem |ACASOS|

By luezao

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(Plágio é crime) "As pessoas se adaptam, mas sua natureza nunca muda; o destino é uma conversa mole que te le... More

Cap. 1
Cap. 2
Cap. 3
Cap. 4
Cap. 6
Cap. 7
Cap. 8
Cap. 9
Cap. 10
Cap. 11
Cap. 12
Cap. 13
Cap. 14
Cap. 15
Cap. 16
Cap. 17
Cap. 18
Bônus delegacia
Cap. 20
Cap.21
Cap. 22
Cap. 23
Cap. 24
Cap. 25
Cap. 26
Cap. 27
Cap. 28
Cap. 29
A colisão
Cap. 31
Cap. 32
Cap. 33
Cap. 34
Cap 35
Cap. 36
Cap. 37
Cap. 38
Cap. 39
Cap. 40
Cap. 41
Cap. 42
Cap. 43
Cap. 44
Cap. 45
Cap. 46
Cap. 47
Cap. 48
Cap. 49
Cap. 50
Cap. 51
Cap. 52
Cap. 53
Cap. 54
Cap. 55
Cap. 56
Cap. 57
Cap. 58
Cap. 59
Cap. 60
Cap 61
Cap. 62
Cap. 63
Cap 64
Cap. 65
Cap. 66
Cap. 67
Cap. 68
Cap. 69
Cap.70
Cap. 71
Cap. 72
Cap. 73
Cap. 74
Cap. 75
Cap. 76
Cap. 77
Cap. 78
Cap. 79
Cap. 80
Cap. 81
Cap. 82
Cap. 83
Cap. 84
Cap. 85
Cap. 86
Cap. 87
cap. 88
Cap. 89
Cap. 90
Cap. 91
cap. 92
cap. 93
Cap. 94
Cap. 95
Cap. 96
Cap. 97
AEROPORTO
CAPÍTULO FINAL
Bônus

Cap. 5

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By luezao

                           Hauana

Vou em direção ao bar e peço uma dose.

Logo vejo ela entrar na sala com o Apolo e o meu casaco, os dois se dão bem, devem ser grandes amigos. E sim, tenho que admitir que nenhuma garota caiu tão bem no meu casaco quanto ela.

Meu próprio corpo me traiu essa noite, meu autocontrole foi inteiro pelo ralo, não senti a Hauana que conheço, perdi a fala, me perdi. Ela de sutiã em minha frente, ela me olhando na piscina e segurando meus ombros, ela sendo ela. Sorrindo, brigando, respirando. Um combo de reações perigosas para o equilíbrio de alguém.

Preciso apagar essa garota, vai ser simples, eu só preciso me enfiar em alguma outra garota, nada que a adrenalina do sexo não resolva.

Nossos olhares se batem, eu tenho que me sair dessa carga.

A Luanna aparece e me puxa dos pensamentos.

Ela bebe do meu copo e eu assisto impaciente, torturas me deixam a mil.

"Quanta audácia." comento e ela passa a língua na borda do copo.

"Então aquela ali foi a garota que lançou na piscina?" ela aponta e ri em seguida quando eu afirmo com a cabeça

"Gesto lindo da sua parte lançar a garota na piscina e em seguida dar um casaco."

Permaneço calada. É um pouco maluco, mas ela não sabe o tamanho da língua daquela baixinha. Não sabe o que realmente me fez perder o controle.

"E você curte garotas?" pergunto na inocência.

"Curto quem me convence de que vá valer a pena.."

"Mas isso só depois de uma prova não acha?" sussurro em resposta.

"Me ganha primeiro.." ela diz e eu a puxo contra mim, pressiono enquanto nos beijamos lentamente, apenas deixo a excitação tomar conta de mim.

"Continuação?" pergunto baixinho ainda tonta pelo efeito do beijo, com os lábios inchados e um sorriso cafajeste.

"Sim ou claro?" ela confirma e nos beijamos novamente.

Posso sentir os olhares em nós duas, o da Duda principalmente que está surpresa e doida pra saber o que vai rolar depois, consigo ver de relance a garota do casaco e tento não ser levada pelo seu olhar.

Olho para mim mesma, sem camisa, ainda com as calças molhadas e descalça. Hauana original.

"Minha casa é aqui perto." fazemos o esquema, ela sai na frente e eu espero um pouco. Sumo em seguida.

A rua da é deserta, silenciosa, trás uma energia horrível, e eu sem camisa nesse frio. É um perigo e tanto. Mas não me causa medo. Não mesmo.

 
                            Kiara

O Apolo descreveu ela numa frase, e descreveu na forma correta, é notável seu comportamento com garotas.

"Devia tomar algo." umas das minhas amigas, a Bia, me oferece.

"Não, de verdade, não bebo."

"O Pedro não ligaria, ele é tão tranquilo contigo." a Bia tenta me convencer.

"Não é o Pedro, sabe como sou em relação a bebida.."

"Aquela é a garota que te jogou na piscina, não é?" a Ju aponta e olhamos para a garota em frente o bar da sala, que está beijando uma outra garota.

"Ela é muito gostosa." a Bia comenta e a Ju ri.

"Ela parece novinha." a Ju diz.

"E a Luanna uma mulher." a Bia comenta.

"Vou aqui fora rapidinho." me retiro.

Saio um pouco, vejo o André todo empolgado dançando.

"Se anima Kia." ele tenta se manter de pé.

"Estou animada, qual a sua sugestão?"

"Vamos dançar." ele me puxa.

Danço algumas músicas com o André, ele manda bem, e não me gabo, mas não fico para trás quando o assunto é esse.

Resolvo ir, já está ficando tarde e esse clima de festa não é dos meus favoritos.

Entro para me despedir das garotas e do Apolo, que está com uma garota nova, sempre é uma nova.

"Já estou de saída." aviso pra eles.

"Mas já?" eles dizem em um coral.

"Sim, tenho mesmo que ir."

"Quer que eu te leve?" o Apolo oferece.

"Não, tudo bem seu bobo, eu sei me virar."

"Posso ir sem problemas."

"Não, realmente não precisa. Tchau turma." me despeço de todos.

Vou seguindo, minha casa não é longe daqui, é logo em uma rua próxima.

Lembro que tem uma rua antes, que é deserta, pouco iluminada, e me arrependo de não ter aceito a carona do Apolo, só não queria incomodar na verdade.

As pessoas somem, e sinto escurecer, uma energia forte sempre que passo nessa rua. Avisto dois caras fumando e meu coração faz um nó. O medo toma conta de mim. Mas decido seguir, já estou aqui, e correr não ajudaria muito.

"Boa noite gatinha." o maior diz e joga o cigarro no chão.

"O que faz sozinha na rua a essa hora?" o menor pergunta e eu já estou sem chão.

"Licença." peço e tento seguir mas o maior agarra meu pulso.

"Me solta! É melhor me deixarem em pa.. " grito com o restante de forças que ainda havia em mim e um deles tapa minha boca.

"Fica calminha aí gata, não adianta desespero, vai ser pior pra você." o maior diz eu tento fugir, mas um deles segura meu pulso com força. Eles começam a me tocar, e não consigo controlar o choro, que vem com toda força pela garganta. Penso em tudo, em tudo que pode acontecer depois daqui. Nunca passei aflição pior que essa antes. As lágrimas começam a rolar.

                           Hauana

Saio do banho com a roupa que trouxe na mochila. A Luanna já está na cama apenas com as roupas íntimas e eu sinto meu corpo ferver.

Era disso que eu precisava, era apenas isso.

Nos beijamos novamente, e dessa vez é rápido e ofegante. Deslizo minha mão pelo seu corpo e já consigo arrancar seus gemidos.

Posso sentir seus seu corpo pedindo toque cada vez mais.

Ela rebola em cima de mim e suspiro.

Estamos a mil mas estou com um pressentimento ruim, e no silêncio daquela noite consigo ouvir uma voz de fora.

"Me solta! É melhor me deixaram em pa..."

Paramos ali. A Luanna está assustada, e eu mais ainda, eu conheço essa voz porra, eu sei de quem é essa voz. Ela. É ela.

"Fica aqui!" peço e a Luanna assente em pânico.

"Liga pro Apolo, manda ele vim agora, fala que eu quero ele aqui em questão de segundos." digo rapidamente enquanto pulo da cama e vou em direção a porta.

"Tudo bem, cuidado pelo amor de Deus." Luanna me pede assustada.

Procuro pela voz. Procuro por ela. Meu coração entra em pânico, eu sei do que se trata, sei o que significa um grito de uma mulher em uma rua deserta a meia-noite, eu sei. Eu preciso encontrar com ela. Ela com certeza estava indo pra casa. Apenas indo pra casa porra. Qual o problema em ir pra porra da casa?

Avisto dois caras e uma garota, a baixinha da festa. É ela. Graças ao universo. Ela está viva e inteira. Meu coração salta pela guela e não posso negar as emoções. Não agora. Corro.

"Solta ela porra!" grito antes de chegar e os caras se assustam.

                             Kiara

"Solta ela porra!" ouço uma voz familiar, em meio a tanta escuridão, é aquela luz no fim do túnel, eu conheço essa voz, essa mania de falar um palavrão a cada frase. É ela, ela me ouviu de algum lugar, ela sentiu, assim como um pedaço meu acreditava em uma saída.

Eles começam a rir.

"Ora ora se não é a amiguinha do Apolo." eles atiram.

"Eu mandei soltar ela." ela diz em um tom alto e eles continuam rindo.

"Você está só agora, somos dois, e você, uma garota." eles provocam.

"Eu já mandei soltar ela porra não quero ter que pedir de novo." ela grita já vermelha de raiva. E agora eu acho que eles vão machucar ela também. Sinto meu coração apertar mais.

"Parece que não entendeu o recado.. perdeu Hauana, vamos apagar você." eles dizem, e suponho que já brigaram alguma vez. Eles também conhecem o Apolo. Estranho.

O menor me segura. O maior da alguns passos em direção a Hauana e ela acerta um soco na cara dele. Vejo ele perder o equilíbrio e cair ao meu lado com a mão no rosto.

A esperança só aumenta, e eu torço pra que a gente consiga sair daqui bem. O menor me empurra pra trás e eu bato com a cabeça na parede. Ainda meio tonta, consigo assistir a cena ao redor.

A Hauana parece perder o controle quando me vê no chão sem forças, percebo que suas veias saltam pra fora e o mel de seus olhos já estão fechados com o preto das pupilas. Eu consigo ler o corpo dela.

"Covarde da desgraça, vou fritar sua cara no óleo quente." ela grita e ele acerta a boca do estômago dela. Ela cambaleia para trás tentando esconder a dor e logo em seguida ele estoura a boca dela. Aí meu Deus. Isso é doloroso.

Ela vai pra cima e estrategicamente acerta o meio das calças dele, imobiliza o cara.

"Acha mesmo que vou apanhar pra playboy de bairro chique?" ela atira e cospe na cara do menor que está se contorcendo no chão.

"Vadia! Quebrou a porra do meu nariz." o maior se recupera e levanta com o nariz ferido. Ele vai pra cima dela e acerta seu rosto com um murro. Ouço barulho de osso sendo quebrado, e vejo a Hauana dar o melhor de si para não cair e ficar vulnerável a esses monstros. Começo a chorar, e não é mais pela dor, meu corpo dói, mas dói mais ainda ver a Hauana apanhar por tentar salvar uma garota de uma coisa que ela também não tem a menor culpa.

"É isso que se faz com uma vadia como você, sua filha da puta desgraçada." ele provoca enquanto ela limpa o sangue do nariz.

Preciso fazer algo.

"Ordinário covarde, você é um covarde, sua mãe deve ter nojo de você, desgraçado." tento distrair ele. Ela percebe o plano e quando ele se vira, o derruba.

"Eu vou acabar com você Tony, eu vou rasgar essa carinha toda." ela diz com raiva na voz e eu sinto pânico.

Ela sobe em cima dele e começa a bater, sem parar, no rosto. Eu só consigo ver sangue e mais sangue.

"Hauana por favor para." grito e ela parece não ouvir, a raiva tomou conta dela. Seu rosto já não é o mesmo. Sua respiração está falhando e ela apenas o acerta na cara. Ele defende algumas e desconta. Mas ela está por cima totalmente sem controle.

O carro do Apolo aparece e eu corro em direção a ele. Ele freia e desce desesperado.

"Kia!" ele grita e vem em minha direção.

"Eu estou bem, só faz alguma coisa!" grito tentando não chorar pela milésima vez, corremos em direção a eles. O Apolo separa os dois. A Hauana está com o nariz sangrando e o Tony meio que desacordado.

"Chega cara! Chega!" ele puxa a Hauana pra trás. Ela ainda nervosa tenta se soltar.

"Seu burro imbecil! Eu mandei a porra da Luanna te ligar e era pra você estar aqui pra me ajudar com essa porra toda, eles machucaram ela.." Hauana grita quase sem voz e acerta um murro no peito do Apolo que se espreme um pouco. Posso ver o sofrimento do Apolo por não ter vindo a tempo e por ter levado um murro também.

"Para, por favor!" eu grito e seguro o braço dela. Ela se vira rapidamente ainda com raiva e me assusto. Ela abaixa a guarda quando percebe que sou eu.

Sinto seu ritmo diminuir.

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