Mantenha Distância

By LucySaycer

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Jéssica Hernandez não compreende o motivo de ser odiada por Brandon Scott desde que pisou no ensino médio. Br... More

sinopse
personagens
epígrafe
capítulo 1: de volta à escola
capítulo 2: lembranças do primeiro encontro
capítulo 3: intimidação
capítulo 4: sobre garotas legais versus garotas ruins
personagens | parte 2 |
capítulo 5: aceitar ou... revidar?
capítulo 7: ultrapassando barreiras
capítulo 8: um novo aliado
capítulo 9: um dos motivos
capítulo 10: minneapolis
capítulo 11: uma péssima ideia?
capítulo 12: pare de olhar!
capítulo 13: sobre alguém incompreensível.
capítulo 14: ajudando o carrasco.
recadinho🔥
capítulo 15: olhares intensos
capítulo 16: observador perverso
capítulo 17: sucumbindo
capítulo 18: muito além do prazer
capítulo 19: palavras surpreendentes
capítulo 20: momentos...
capítulo 21: devolvendo algo
capítulo 22: ruídos suspeitos
capítulo 23: êxtase
capítulo 24: visita inesperada
capítulo 25: perguntas convenientes
capítulo 26: um tempo juntos
capítulo 27: a semente da dúvida
capítulo 28: sobre pedidos e declarações
capítulo 29: transparência
capítulo 30: sobre pertencer a alguém
capítulo 31: completamente entregue
capítulo 32: provocações
capítulo 33: confiar ou [não] confiar
capítulo 34: o confronto
para sempre, Juliet
capítulo 35: sobre atitudes que machucam
capítulo 36: revelações
capítulo 37: esse é o motivo?!
capítulo 38: sobre eventos do passado - parte 1
capítulo 39: sobre eventos do passado - parte 2
capítulo 40: sobre eventos do passado - parte final
capítulo 41: satisfeito?
capítulo 42: um novo ciclo
capítulo 43: ligação misteriosa
capítulo 44: aproveitando oportunidades
capítulo 45: submetendo-se
capítulo 46: sobre desfechos inusitados
capítulo 47: finalmente a sós
capítulo 48: queda épica
capítulo 49: acontecimentos importantes
capítulo 50: situação inquietante
capítulo 51: reencontro desagradável
capítulo 52: agindo rapidamente
capítulo 53: sintonia perfeita
epílogo

capítulo 6: acontecimentos que antecedem uma reação inesperada

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By LucySaycer

Amy Mitchell com certeza está levando a pior.

Esmurro as partes que alcanço do seu rosto enquanto ela tenta se defender dos golpes. Confesso que não estou me reconhecendo nessa garota corajosa, mas não estou odiando. É até algo que leva embora o estresse. E seu efeito é estranhamente recompensador.

— Tirem-na de cima da Amy! Por favor, alguém. — ouço os gritos histéricos de Pamela misturados com os urros dos demais alunos.

Depois de um breve momento, sinto mãos me puxarem de cima da Mitchell e ainda luto para me soltar e voltar para o que estava fazendo, mas alguém é muito mais forte e consegue me impedir.

Pamela e outras garotas seguem até a Amy e uma delas a abraça enquanto ela chora. Quem não presenciou seu ataque inicial contra mim até pensaria que ela é um anjo, mas a conheço o suficiente para entender que suas lágrimas não passam de um teatro barato para comover a plateia que se formou ao redor.

E para meu azar, o diretor está nesse exato momento na entrada do refeitório.

Engulo em seco.

— Pode me soltar? — resmungo para o garoto enorme que ainda me segura, e ele faz isso relutantemente.

Não parto para cima de Amy outra vez. Nathaly se aproxima de mim, perguntando se estou bem. Assinto.

— Podem explicar o que acabou de acontecer aqui?! — é a pergunta do diretor.

O refeitório fica em completo silêncio, e Pamela é a primeira a quebrá-lo:

— Tudo culpa da Hernandez. Ela espancou minha amiga e merece punição.

Cerro os punhos, indignada. Claro que não fui a única responsável pela confusão atual. Pena que quase ninguém parece disposto a me ajudar.

— Nada disso. A Mitchell começou a briga ao jogar milk-shake na Jessie. — Nathaly entra em minha defesa.

— Ela está distorcendo as coisas. — Amy diz em lágrimas para o diretor, e minha vontade é partir para cima dela outra vez. Ela aponta um dedo furioso para mim. — A Hernandez se descontrolou quando derramei o milk-shake nela de forma não proposital. Eu estava apenas passando e tropecei. Isso fez com que eu derrubasse a bebida, mas não foi por mal. Eu não seria capaz de ferir uma formiga.

Que dissimulada!

— Entendo, senhorita Mitchell. — fico boquiaberta com a reação do diretor. Como ele pode ter acreditado na mentira da Amy?! — Tenho certeza que você não seria selvagem o suficiente para provocar uma confusão dessa magnitude.

— Ele enlouqueceu? — Nathaly sussurra ao meu lado, furiosa.

— Houve um equívoco na confissão de Amy. Jessie não começou a briga. Vi com meus próprios olhos quando a Amy ofendeu e jogou milk-shake nela. — esboço um pequeno sorriso de gratidão quando Whitney se pronuncia após se aproximar do senhor Brown.

— Whitney está certa. — Zara Chen murmura, ganhando um olhar aborrecido de Pamela e Amy. — Rachel também viu e pode confirmar. — encara a garota de cabelos cacheados.

— Sim. Eu vi. Jessie não começou a briga. Ela estava apenas se defen...

— Mesmo que todas vocês estejam certas, isso ainda não apaga o caos que Jéssica Hernandez provocou. — o diretor comenta. — Mas eu não devia esperar bons modos de uma simples bolsista.

Que babaca arrogante e preconceituoso!

— Mas... — tento dizer algo em minha defesa, mas ele me interrompe:

— Chega! — é categórico. — Siga-me até a coordenação. Temos algo a conversar.

Esfrio interiormente, pensando em uma provável detenção ou algo pior. Espero que não seja nada disso. O mais irritante é que ele sequer chamou Amy Mitchell, o que prova que ela está livre dessa, enquanto eu não sei o que me espera.

— Eu vou indo. — murmuro de forma tensa para Nathaly.

Ela me olha com compaixão.

— Me conta como foi depois que sair.

— Ok.

Sigo em direção ao diretor e deixo o refeitório, temendo o pior.


***


Não acredito que isso está acontecendo.

É decepcionante a forma como o diretor vê Amy depois de tudo.

Mesmo assim, eu não devia me surpreender com a atitude dele, afinal a corda só pesa para o lado do mais fraco e dessa vez sobrou para mim.

— Não toleramos qualquer ato de selvageria nessa escola. O conselho estudantil é totalmente contra e você devia saber. — decido permanecer em silêncio, ou posso acabar falando algo que vai piorar minha situação. — Além disso, você conhece as regras presentes em seu contrato. E mau comportamento não é uma delas.

— Sei disso. — murmuro simplesmente. — Mas eu não...

— Está expulsa!

Amplio os olhos.

— O quê?

— Isso mesmo que ouviu. Não permitiremos alguém como você em nosso corpo de alunos. Regras são regras e devem ser seguidas na Greene Marshall. E eu não acho que uma simples detenção resolveria seu problema.

Meus olhos se enchem de lágrimas e sinto o desespero me tomar. Estou processando a situação que se desenrola na minha frente. O diretor provavelmente teme os pais de Amy que são influentes no meio político, e por isso está me dando uma punição tão injusta como essa. Eu devia aceitar e ir para casa, mas não consigo digerir essa notícia. E imaginar o semblante de decepção da minha mãe, quando souber, só piora tudo.

— Por favor, senhor Brown. Não creio que seja preciso a expulsão. Eu apenas estava me defendendo das atitudes cruéis de Amy. Por favor...

Ele me ignora, claramente insensível. Encara os papéis em sua mesa antes de olhar para mim.

— Vá até a secretaria para agilizar o processo de expulsão. Não leve para o lado pessoal, senhorita Hernandez.

Ele acha que sou uma pedra de gelo? Como não levar para o lado pessoal quando está clara a injustiça presente em suas palavras? Eu até poderia tolerar uma detenção, mas expulsão já é demais.

— Por favor. Dê-me uma segunda chance.

— Você me ouviu, Hernandez. Seu tempo está acabando, então siga até a secretaria e faça o que ordenei. Está claro que...

Ele é interrompido por batidas na porta.

Permaneço na cadeira, analisando minha situação enquanto o diretor murmura um: — Entre!

O visitante se aproxima da mesa do diretor, e eu ergo o olhar, surpreendendo-me ao ver Brandon Scott.

Franzo o cenho.

O que ele está fazendo aqui?

— Olá, senhor Scott. Como vai sua mãe e seu irmão? — é a pergunta animado do diretor.

— Muito bem.

— Acredito que estão muito ocupados com as empresas, certo?

— Estão. Isso tem tomado boa parte da atenção deles. — diz, mas os olhos castanhos estão presos em mim, e creio que ele notou minhas lágrimas.

Desvio o olhar, constrangida. Confesso que estou uma bagunça, considerando minha roupa e minha pele suja de milk-shake. Nem tive tempo de ir até o banheiro.

— Mas o que realmente o trouxe aqui, sr. Scott?

Brandon respira fundo antes de dizer:

— Não quero tomar seu tempo, e só queria saber como Jéssica Hernandez será responsabilizada pela bagunça no refeitório.

Cretino!

Eu devia saber que ele só quer ver minha derrota. Aposto que vai ficar feliz depois que souber da minha expulsão.

— Ela terá uma punição adequada a seu comportamento. — diz o diretor de forma ácida. — Será expulsa.

— Como é? — é a pergunta surpresa de Brandon. Lanço um olhar abismado em sua direção.

O que há com ele?!

— Isso mesmo que ouviu. Ela estará saindo da escola hoje mesmo e não há nada que possa fazer para evitar isso. Jéssica provocou essa situação e agora terá que arcar com as consequências.

— Diretor... creio que ouve um engano. — Brandon espalma a mesa, e me surpreendo com o seu olhar carregado de ameaças. — Por que não esquece o que houve?

— Esquecer? Não estou entendendo aonde quer chegar, sr. Scott.

— Não entende? — ele esboça um sorriso venenoso, fazendo o diretor engolir em seco. É impressionando como estou viva para ver isso, afinal não é todo dia que o sr Brown perde a pose na frente de alguém. — Então eu vou ser um pouco mais direto. — sou capaz de sentir o temor do diretor à distância. — Tenho certeza que seu emprego é muito importante. Você sabe que a palavra de um Scott tem grande poder na cidade. Somos donos de universidades, hotéis e muito mais. Uma palavra nossa pode elevar alguém de posição, mas também pode estagnar sua carreira. Então, peço que leve em conta que minha família é uma das maiores sócias da Greene Marshall e, se as coisas não correrem como o esperado, você sabe o que pode acontecer. — amplia o sorriso, enquanto estou completamente abismada com a cena na minha frente. — E aí a merda estará feita e adeus carreira, querido diretor.

O sr. Brown acabou de perder toda sua pose e confiança, mas quem não perderia diante de uma ameaça velada como essa?

Só não entendo como Brandon pode ser contra minha expulsão, quando ele é a pessoa que mais me odeia. É totalmente incompreensível.

— O senhor entendeu ou quer que eu repita? — Brandon questiona, afastando as mãos da mesa antes de cruzar os braços contra o peito.

O diretor tenta sorrir, mas sua tentativa é falha.

— Entendi, sr. Scott. Processei muito bem suas palavras e tenho que concordar que o ato de Jéssica não foi tão extraordinário. Creio que não seja necessária a expulsão.

Contenho meu suspiro de alívio, surpresa demais para qualquer outra reação. Ainda é irreal o fato de Brandon ter me livrado dessa.

— Obrigado, sr. Brown. Finalmente estamos falando a mesma língua.

— Claro que sim. — o diretor assente de maneira mecânica antes de me encarar com desânimo. — E a senhorita pode se retirar.

Ignoro sua frieza, ficando de pé.

Brandon me encara sem emoção, então se dirige até a saída em silêncio.

Eu o alcanço do lado de fora.

— Ei, Brandon.

Ele se vira, parando de caminhar.

— O que você quer, Hernandez?

— Por que fez isso? Por que me defendeu?

— Está brincando comigo? — franzo o cenho quando ele sorri de maneira sarcástica. — Eu não defendi você. Aliás, só estava aumentando seu tempo.

— Tempo de quê?

— Tempo de tortura. — solta uma risadinha de prazer, e cerro os punhos. — Acha mesmo que te livrei de uma expulsão porque simpatizo com você? Está enganada se pensa assim. Se você sair da Greene Marshall, minha diversão acaba. E com você aqui, posso brincar um pouco mais.

Sinto a raiva me tomar como algo físico.

— Seu idiota!

— Obrigado pelas doces palavras. — ironiza antes de analisar o meu estado. — Aliás, te aconselho a trocar essa roupa e tomar um banho. Você está horrível. — confessa antes de me dar as costas e seguir pelo corredor.

Encaro seus ombros largos, sentindo-me derrotada. De alguma forma, ele ganhou mais uma vez. Em nossa batalha, ele sempre parece ter vantagem.

O que Brandon não sabe, é que nesse momento estou sendo tomada por uma nova determinação.

E é essa determinação que vai me dar forças suficientes para lutar contra ele.



***

Espero que tenham gostado...

Um beijo do nosso belo, mas malvado Brandon Scott:


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