Renegados do Inferno - Selada...

By Sleep_Amy

285K 28.7K 7.6K

Envolvente, Misterioso, Romântico, Poderoso e... Diabólico! Séculos atrás uma horda de demônios que comanda... More

Sinto Muito
Sobrenormais
O Anjo Salvador
A Honorável Novata
Os Renascidos da Luz e da Escuridão
Os Olhares Demoníacos
Blake
A Palavra Alucard
Sem controle
Um momento angelical
A vingança
Por um fio
Succubus
Castigados Pelo Destino
Dividida
Castelo de Sentimentos
O Forte Negro
O Segredo de Becca
Consequências
A Ameaça
Quem está no poder?
O Que é o Amor?
Aurora
A Tumba
A Serpente Pontuda
E o pesadelo se torna realidade
The angel or the devil side?
As Chamas do Inferno
A Morte do Anjo
Selada
A Queda do Anjo
As Bruxas da Tumba
This Is not a Goodbye!
It's not over
Marcada!

Sombras de Preocupação

7K 714 178
By Sleep_Amy

Capítulo Revisado

***                

    Depois do meu.. Hã... Compromisso com Handriel, acabei voltando ao meu quanto para tomar um banho, não havia acreditado no que fiz a princípio já que nunca me vi tão... Poderosa, é como se eu tivesse todo o  controle sobre eles, seria isso o que uma súcubos sentia ao se deitar com alguém? Lembrei de Lucy com o professor, o rosto dela, a expressão que ela fazia era de poder, era de saber que ali ela estava no controle, e foi assim que me senti com Handriel.

  Seria assim com Blake também? 

  E lá estou eu me perguntando se terei isso com Blake! Bom mas eu deixei claro ao Handriel da minha confusão e que eu também gostava de Blake, que tinha de me decidir, certo? Ele sabe, e Blake também... Agora a parte difícil era decidir...

— O que ela quis dizer com isso? — Perguntou Dany preparando-se para injetar seus remédios, mas escutando as palavras de Lyssa atentamente.

— Mais importante, por que está indo injetar isso sendo que a lua cheia é amanhã à noite? — Perguntou Lyssa impondo-se ao ver que Dany já estava preparada.

— Ah, precaução é tudo. O problema é eu não acordar amanhã de manhã. — Dany sorriu.

— E a sua colega de quarto, ela não vai...

— Acordar? — Dany interrompeu. — Ah não! Relaxa, a Yuko é uma kanashibari. Uma Sobrenormal cujo poder é dormir. — Respondeu e logo juntou as sobrancelhas refletindo sobre. — Por que esse não pode ser o meu poder?

— Como assim? Ela dorme o dia inteiro?

— Mais ou menos isso. Ela precisa atacar os sonhos das pessoas dando pesadelos a elas, mas quando não faz isso acaba dormindo profundamente, até mais do que um defunto. Ela não vai escutar. Então, o que essa tal Aurora quer com a Becca?

— Ah... Eu não faço a mínima ideia. Ao que parece ela sempre esteve na escola, mas nunca é vista por ninguém, dei uma passada no quadro de aulas e ela não está em nenhuma sala...

— Como uma aluna daqui não está em nenhuma sala?

— Não sei... Ela me contou que é a última bruxa negra viva...

— Meu deus Lyssa! Bruxa negra?

— Sim, mas ela não me machucou, apenas disse que não é como as outras de sua raça. Não quer machucar, ela disse que quer ajudar a Becca. — Respondeu Lyssa cruzando os braços.

— Como assim? — Dany franziu o cenho segurando a agulha.

— Não sei Dany, ela é estranha. E me dá muito medo... Ela me pediu pra falar com a Becca que ela não pode ir para a excursão amanhã...

— Eu hein, bruxa doida. Se eu vou por que ela não pode ir?

— Não sei, isso foi tudo o que ela me disse. Acha que devo ir falar com a Becca?

— Vamos ver com Adam primeiro. — Disse colocando o seu remédio em cima da cabeceira da cama sem injetá-lo.

— Adam?

— É ele é um médium, vai saber o que dizer!

— Tá, mas no dormitório masculino?

— Vai me dizer que nunca quis dar uma fugidinha para bisbilhotar o dormitório masculino?

— Mas nós nunca fomos lá, e se a coordenadora Jones nos ver?

— Ela não vai. Relaxa. — Respondeu abrindo a porta.

—  E lá vou eu me envolver em encrencas... —  Respondeu seguindo Dany que foram simplesmente bem espertas ao passar pela coordenadora sem ser vista.

  Dany com o olfato apurado senti o cheiro de quem estava por perto e então conseguia sair sem ser percebida, por isso entraram despercebidas pelo dormitório masculino indo em direção ao quarto de Adam.

  Ao bater na porta diversas vezes interrompendo sua... Bom sua transa com o Steve, Adam pareceu irritado, em ouvir toda aquela conversa sobre a estranha Aurora.

— Deixe-me ver se entendi bem, queridinhas... — Disse Adam de cueca enquanto o rapaz de hoje mais cedo, que deu o número do quarto dele para o Adam, dormia tranquilamente no quarto do médium, completamente nu. — Estão me dizendo, que uma bruxa negra misteriosa, aparentemente aluna daqui, embora ninguém tenha visto a fuça dela todos esses anos, chega para a Lyssa do nada levando ela para um quartinho secreto e diz que a Becca está segura na escola ao invés de lá fora? — Perguntou e Dany e Lyssa trocaram olhares um pouco pensativas. — Estão me perguntando se devemos confiar nela? É isso mesmo que ouvi?

— Ah... Quando se coloca dessa forma...

— Poupe-me Dany. Essa doida é perigosa, ninguém sabe da onde veio! E se ela querer a Becca aqui pra dar o bote nela? Larguem de ser burras! Ninguém vai fazer nada com ela não.

— Você teve alguma visão do futuro? — Perguntou Dany.

— Não amore, não tive. — ele respondeu.

— Pode dar uma olhadinha para a gente saber se ela está mesmo segura? — Pediu Lyssa.

— Lyssa, amor da minha vida. Bruxinha do meu coração...

— Eu não s...

— Se fosse fácil olhar o futuro, não deixava ninguém andar descalço nesse chão coberto de aids desta escola! Então não. Não posso dar uma olhadinha, agora por gentileza, as duas estão interrompendo meu sono de beleza! Amanhã temos uma viagem para fora dessa prisão e vocês estão aqui fazendo o que? Xô!Xô carrapato. — Disse interrompendo Lyssa.

— Grosso! — disse Dany saindo.

— Falou a garota de TPL. — Disse fechando as portas e deixando os pensamentos das meninas fluírem pelo dormitório.

***

  Eu estava em um corredor escuro, várias criaturas acinzentadas e monstruosamente horrendas surgiram das paredes com aqueles olhos medonhos se aproximando de mim, logo me encontrei junto a alguém que no momento não havia até então reparado, não entendi muito bem, vozes começaram a atormentar o lugar, parecia que elas estavam em uma briga, ou algo do tipo. Só sei que quando menos esperei fui sugada para dentro de um cômodo daquele local completamente vazio e de paredes amareladas de tanto tempo escondidas. Parecia uma caverna egípcia ou era ...sei lá, só sei que era velho.

  Estava sangrando, e ao olhar para o lado, vi Rachel ... Ela estava com aquela face demoníaca de vampira, veio até a mim pronta para me devorar. Ela ia me matar sem dó ou piedade.

  E quando Rachel se aproximou para sugar do meu sangue até a morte, acordei em pânico.

  Abri os olhos.

— NÃO! NÃO! SAI! ME DEIXA EM PAZ! — Gritei me sentando em um pulo assustando até mesmo Rachel que estava olhando a foto do Castelo misterioso em seu guarda-roupa.

— Ei! Ei! — Disse ela guardando a foto e se aproximando me atordoando ainda mais, não era uma das melhores horas para me acalmar, não ela. — Foi só um pesadelo Becca!

  Segurei seu pescoço quase que rosnando com o nervosismo exposto, meus olhos começaram a brilhar.

— Você! VOCÊ ME MATOU! — Gritei e Rachel pareceu confusa, e a arremessei contra a parede.

  Chamas azuis surgiram de meu corpo ao me levantar da cama indo em sua direção.

— Rebecca! Foi só um pesadelo! — Gritou de volta enquanto acariciava o pescoço que aparentemente havia apertado demais. Não escutava mais nada, não ligava, estava fora de mim, apenas finquei minha mão em seu diafragma fazendo-a arreganhar a boca com a dor, minha mão acabou adentrando seu abdômen. — B-Becca... — Tentava dizer com dificuldade devido a dor imensa que ela sentia. — V-Você está... Segurando o meu... Coração. — Seu rosto estava vermelho, assim como seus olhos vampíricos. Ela olhou dentro dos meus olhos e logo percebi que não só estava segurando seu coração (que estranhamente não pulsava) como também estava queimando-a.

— Merda! — Xinguei ao tirar minha mão de dentro da coitada e me afastando o máximo que pude. Aonde eu estava com a cabeça? — Merda! Merda. — Rachel caiu no chão se contorcendo. Droga, isso não é bom! — Rachel! — Gritei e saí em disparada com as mãos ensaguentadas, ela não conseguia falar... estava morrendo. — Meu deus! Não, não! Por favor... Não morre...

— Mestiça idiota... — Sussurrou sorrindo ainda claramente sentindo dor com lágrimas nos olhos.

— Eu segurei seu coração... — Respondi e ela parecia vagamente estar se curando do meu ataque repentino.

— Imortal... lembra? — Perguntou tossindo sangue.

— M-Mas dizem que... O coração é o ponto fraco...

— É... — Ela se levantou vagamente. — Assim como dizem que vampiros tem medo de alho. — Respondeu se levantando com dificuldade e indo em direção ao seu freezer.

  Como assim?

— Espera... Se o seu coração não é seu ponto fraco... Então como você morre?

— Esse é o problema, Havillard. — Ela bebeu do líquido da sua garrafa preta antes de prosseguir. — Eu não tenho a merda de um ponto fraco. — Aquilo me fez querer trilhar uma discussão de perguntas. Como assim? Quer dizer que quando ela diz que é imortal... É literalmente 100% imortal?

— Estaca no peito?

— Mito. — Ela deu outro gole no sangue ao responder.

— Água benta?

— Isso mal, mal existe. A água só se considerada uma água benta caso um anjo verdadeiro o batize. Homens são pecadores, até mesmo o papa não pode batizá-los. E água benta não me machuca mais, nem mesmo se batizada por um anjo.

— Nada? Forca? ser afogada na água?

— Nenhum desses.

— Fogo?

— Você me queimou, esqueceu? Estou aqui ainda.

— E se eu decapitar sua cabeça? — Perguntei. Dessa vez não era possível, ninguém vive sem a cabeça.

— Bom... Demoraria alguns dias, mas meu corpo se regeneraria a partir da cabeça, e a outra parte iria se decompor. — Fiz cara de nojo. Cruzes, sério aquilo?

— Você já teve a cabeça decapitada? — Perguntei incrédula. Coitada!

— Já. E não foi uma das minhas melhores experiências com a morte, já tentei de tudo colega. Não morro nem por maldição. — Agora eu estava ainda mais intrigada. Ela disse que tentou? Ouvi bem?

— Espera... Você tentou suicídio?

— Até me jogar do penhasco. Nada funciona.

— Rachel. Por que você tentaria suicídio? — Perguntei assustada.

— Isso é mesmo uma pergunta? Becca, sou uma vampira, e embora isso seja retratado como seres fantásticos no seu tempo, no meu não é! Fui transformada contra minha vontade, torturada, queimada, brutalizada, todos com quem me importava hoje estão mortos então eu estou simplesmente cansada! Passei tempo demais nesse mundo. Estou cansada. Entediada. Morta. Só quero paz sabe? — ela pegou um livro em cima da mesinha de madeira e subiu em cima de sua cama.

  Realmente. Não havia pensado por esse lado, aquela época antiga do século XV, realmente era muito rígida, por isso ela sempre parecia não se importar com nada, sempre estava entendiada. Ela cansou. Sabe que não consegue morrer e por isso não adianta tentar, vive apenas por que não tem escolha.

  Nesse momento ouve-se dois toques lentos na porta.

  Olhei para Rachel tentando obter a confirmação se poderíamos abrir a porta e ela fez que sim com a cabeça, completamente desinteressada em saber quem seria.

  E com razão, ela pode aparentemente sentir o cheiro do sangue, portanto sabe distinguir se é um demônio, anjo ou sei lá mais o que.

  Abri a porta. E me arrependi no exato momento.

  Era o maldito diretor. O que diabos ele estava fazendo aqui?

— Sai da minha frente agora ou eu grito por escola abaixo o que você é. — Respondi encarando friamente seus olhos e ele pareceu confuso.

— Como é que é?

— É isso mesmo diretor, eu sei o que você é... Aliás, nem preciso te chamar de diretor certo? — Perguntei quase que rosnando para ele que juntou as sobrancelhas completamente confuso, sem entender as minhas palavras. — Belzebu! — Aquilo foi um espanto para ele que fraquejou tentando entender o que estava acontecendo ou como possivelmente eu saberia de tal informação. Aquilo confirmava a teoria de Blake, ele não era Lúcifer, era mesmo o Belzebu.

— Não sei do que está falando Rebecca. Os renegados do inferno fora... —  O interrompi, chega de mentiras por hoje. Quase matei minha colega de quarto imortal, e meu dia havia mal começado.

— Corta esse papo, sei que você é o demônio que montou a rebelião no inferno, o que não sei é o por que dessa sua obsessão em saber se estou bem! — Respondi aos berros e Rachel arregalou os olhos claramente surpresa do meu mal humor repentino.

— Becca eu... Fiz uma promessa, que protegeria você, por isso fico preocupado.

— Mentira, eu sou útil pra você em alguma coisa, e vou descobrir o que é, mas até la, sugiro que não encoste em mim, caro diretor! — Respondi deixando-o para trás com Rachel, enquanto fui em direção aos portões da escola me preparando para a maldita excursão.

  Droga, era hoje. E eu já estava uma pilha de nervos!

  O diretor respirou fundo como se fosse destruir algo ou alguém a qualquer momento, mas apenas soltou o ar e encarou a vampira deitada tranquilamente, enquanto lia o livro "crepúsculo" em sua cama.

— Rachel... — chamou o diretor e ela fez um sinal com o indicador como se pedisse para ele esperar um momento.

— Agora é a parte que o Jacob se transforma em lobisomem para salvar a Bella. — Esperou mais alguns segundos até terminar de ler para prosseguir a explicação. — Adoro romances clichês de vampiros. Aconteceu algo parecido comigo uma vez, só que no caso eu acabei matando o lobisomem. 

— Rachel por que você não está pronta para a excursão?! — disse o diretor já estressado.

— Oras porque? Porque eu não vou pra lá.

— Como assim não vai? — Ele perguntou querendo estrangular a vampira que fechou o livro e o encarou em tédio.

— Olha Bel. Como você bem sabe, uma bruxa negra assassinou minha família inteira, queimou minha casa, enfureceu meu povo, e me amaldiçoou a andar pela eternidade sendo uma imortal entediada incapaz de morrer então... Não sei se ficou claro pra você, mas odeio bruxas negras, e principalmente, odeio claridade. Coisas de vampiro, então se me der licença irei continuar minha leitura de romance clichê de vampiros enquanto você choraminga no escritório por ter sido humilhado pela Becca na minha frente. — Respondeu abrindo o livro novamente e o diretor insistente prosseguiu na conversa.

— Rebecca está sozinha nessa excursão, Rachel! Você sabe que ela pode perder o controle E pela sua camisa ensaguentada imagino que tenha visto do que ela é capaz! — Disse ele preocupado de que a chave da destruição do inferno fosse sozinha.

— Ela tem os amigos dela, pare de drama.

— Não confio nos amigos dela!

— Problema seu.

  Ele puxou a vampira jogando-a contra a parede e Rachel transformou-se em vampira rosnando ao mostrar suas presas à ele, enfurecida pela atitude do diretor.

— Você vai nessa viagem querendo ou não, Alucard.

— Me dê um bom motivo pra não destroçar sua garganta agora, e obedecer o seu pedido.

— Darei dois. Primeiro motivo: Laura Hollis. Segundo motivo: Carmilla Karnstein. — Rachel voltou ao normal na mesma hora arregalando os olhos surpresa.

— O que?

— Elas estão na tumba. Presas... mas estão lá dentro.

— Laura é uma bruxa iluminada, se está lá durante todo esse tempo então... Laura está... — Respondeu sem conseguir concluir a frase perplexa demais.

  Quem era Laura?

— Não... — O diretor começou a explicar a sua situação. — O corpo dela foi preservado com magia, ela está dormindo, Rachel... e Carmilla está lá também. — Carmilla Karnstein? Do livro que Blake leu e viu ser a primeira vampira a existir antes de Rachel?

— E você resolveu me contar isso agora? Depois de anos desaparecida?! Depois de anos saindo toda santa noite a procura delas, você vem me dizer isso agora, Belzebu?

— Precisava de uma carta na manga contra você, eu confesso. — Ele respondeu se acalmando e desviando o olhar de Rachel. — Vá na viagem, fique de olho na Rebecca, e salve suas amiguinhas, todos nós ficamos felizes e fim de papo.

— Você é um covarde nojento, sabia disso Renegado de merda?

— Diretor Queen pra você, Rachel.

— Condessa de Bran, pra você, Sr. Queen. — rasgou a garganta em seguida usou sua velocidade vampírica para se vestir e ir em direção aos portões da escola antes que o ônibus seguisse viagem.

  Eu já estava dentro do ônibus quando Rachel, agora de roupas (um milagre eu sei), porém de couro e decotadas, usava óculos escuros e se aproximou do ônibus, mas foi barrada por um homem que averiguava a lista de formulário dos alunos.

— Você não está na lista. — Disse ele e Rachel rapidamente o imobilizou com um braço, e aproveitou o outro para anotar o seu nome de qualquer jeito na prancheta soltando o rapaz logo em seguida.

— Agora estou. — Respondeu sorrindo e dando ao moço uma piscada sensual por detrás do óculos antes de entrar no ônibus.

  Ela até passou por mim, mas me ignorou completamente indo em direção ao canto do último banco do ônibus onde estava sentado um rapaz que mexia no celular.

— Cai fora. — Disse ela e ele a olhou com tédio estampado no rosto.

— Não. — Respondeu voltando a digitar no aparelho e Rachel o pegou com uma mão pelo colarinho o jogando por corredor a fora do ônibus se sentando no seu lugar.

— Mal humor hoje? — Perguntou um rapaz do seu lado.

— Odeio sol e claridade. — Respondeu fazendo o moço ficar completamente confuso. O que isso tinha haver?

— Ah eu também odeio, prefiro a noite. 

— Você é um vampiro? — Ela perguntou entediada, mesmo já sabendo a resposta.

— Não... — Ele respondeu juntando as sobrancelhas ao encará-la.

— Então você não odeia claridade, pois os seus olhos não explodem como se estivessem pegando fogo e sua pele não descasca como se estivesse passado 6 horas exposto ao sol, sua boca não ressecada como se estivesse em um deserto passando necessidade E VOCÊ NÃO FICA COM VONTADE DE DEVORAR UM BARRIL D'ÁGUA! — Gritou. — Então não! Você não odeia claridade! Eu odeio claridade! — Concluiu respondendo rudemente voltando a sua posição desleixada no meio do banco ao assustar o rapaz ainda de olhos arregalados.

  É. O dia mal começou e temos duas sobrenormais mal humoradas. Ótimo. Perfeito. Sem contar que quando olhei para a menina do meu lado levei um susto. Ela sempre esteve ali? Não havia reparado, mas agora... Olhando mais de perto... Ela era estranha, vestia umas roupas góticas e uma maquiagem pesada. Parecia que iria matar alguém e a sacrificar em um ritual. Sem preconceitos! Eu apenas... Sentia uma energia estranhamente esquisita vindo dela.

— Oi. — Ela disse ao reparar que fiquei a encarando. Corei as bochechas do rosto, não era minha intenção encará-la fixamente, eu apenas estava surpresa de não ter reparado nela antes e tenho essa estranha mania de observar as pessoas, dando a impressão de que estou encarando por motivos pessoais. O que de fato era o que eu fazia...

— Oi. — Sorri tentando não mostrar o medo que ela me dava por dentro.

— Meu nome é Aurora. — Ela sorriu, e um arrepio se passou por todo o meu corpo.

Continue Reading

You'll Also Like

181K 18.4K 61
Jennie Ruby Jane Kim, filha de empresário, muito bem sucedidos e sem preocupações. Sempre consegue o que quer, sempre acima de todos e tudo. Sua últi...
536K 10K 12
Mais uma grande separação no meio artístico: Travis Havilliard, o vocalista da famosa banda de rock Crossing Bones, acaba de anunciar o início da sua...
50.6K 2.8K 8
"História em processo de revisão" Uma garota, uma profecia, e um destino. Essa é uma história de uma menina chamada Clarisse Walter, ela se muda...
15.9K 1.8K 22
Kora é uma loba solitária desde que sua alcatéia foi atacada e todos nela mortos, ela vive sozinha numa pequena e fria toca na base de uma montanha c...