Saturno e o Astronauta Azul [...

By smfreire

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Nicholas é um garoto prodígio. Mais alto, mais bonito e mais inteligente que os outros de sua idade, pivô do... More

Prólogo
PARTE UM: Aurora
Azul
Ovelha negra
Plutão
Utopia
Pé-no-chão
Os melhores
Esporte sangrento
Melhor música de todas
Dinastia
Tudo em mim
Guerra de corações
Mistério do amor
Paraíso
Diamantes
Nossa conversa
Música de amor escondido
Amor no cérebro
Dois pedaços
Rouxinol
Mar negro
Florescer
Incondicionalmente
Vênus
Mascarado
Visões de Gideão
Fique comigo
PARTE DOIS: Ocaso
Amaldiçoado
Antigravidade
Cruel
Atlântida
Sozinho
Azul e amarelo
Ambulância
Os céus nos ajudem
Pássaro de inverno
Despedaçando
Fantasma
Cidade da morte
Instável
Resgate-me
Um lugar solitário
Oceanos
Fugitivo
Raízes antes de frutos
Seu fantasma
Virando páginas
Árvore da misericórdia
Astronauta
Embalado no amor
Aleluia
Parque enferrujado
Estrelas
Blusa
Leve-me a uma igreja
Demônios
Garoto perdido
I: Nós nunca aprendemos
II: Já passamos por isso antes
III: Por que estamos sempre presos
IV: Fugindo das balas?
V: É o sinal dos tempos
VI: Temos de fugir daqui
Iluminado
Abençoado
Entregue e negado
Sortudo
Sonho ruim
Redenção
Como salvar uma vida
Coelho Roger
Farelo de pão
Correndo com lobos
Não tenho um coração
Famosas últimas palavras
PARTE TRÊS: Alvorada
Respire
Pedaços do coração
Voar para longe daqui
Única exceção
Monção
Consequência
Carruagem
Dispositivos Inúteis
Perseguindo carros
Asas
Destino
Terra
Mercúrio
Saturno
Anéis de Saturno - Epílogo
(passe o bastão)
E o astronauta decola.

Netuno

92 19 4
By smfreire

(N/A: os próximos capítulos são músicas da banda Sleeping At Last, com seus respectivos títulos, e eu particularmente acho mais interessante lê-los ouvindo as quatro!)



Nicholas não tivera tempo de imaginar como seria o reencontro com o pai e madrasta. Matt chegara ali há apenas um dia, assim como todos os outros, e parecia diferente de tudo que esperava. Parecia... um homem normal.

— Oi, pai — disse baixinho, trêmulo ao abraça-lo. — Não sabia se você viria.

— Você é meu filho. É óbvio que eu viria. — Matt soava mais fraco que se lembrava. É. Atingiu nós dois.

— Obrigado por isso. Eu precisava de você aqui. — O ruivo deu um passo para trás para encontrar a madrasta, mas não tocou nela. Nicole, a maior das irmãs, esticou as mãos, uma pequena bolina azul — Eu...

— Claro. Pegue.

Nicole agarrou-se no cordão em seu pescoço e riu, olhando para os pais. Matthew balançou a cabeça para os sorrisos dos filhos e deixou que fossem, acariciando a adormecida Claire.

A menina juntou flocos de neve em suas minúsculas mãos quando saíram da lona que protegia as cadeiras. Juliet terminava de prender os piscas-piscas na gigante árvore no topo da colina, suas folhas escondidas em branco. A floresta de Arien parecia um paraíso de inverno naquele dia.

— Ela parece com você — observou sua mãe, arrumando a saia do vestido pérola. Encarando-a agora, conseguia entender todas as vezes que Elliott a chamava de "a mulher mais linda do mundo".

— Ela é grande para um bebê — comentou o homem, acendendo as luzes. A colina brilhou em azul.

— Jacob era maior, de acordo com aquelas fotos. — Juliet muxoxou. Nicole esticou os braços para ela. — Eu...

O garoto virou para achar o pai, junto à mãe e o padrasto. Matt pareceu indiferente sobre a filha pedindo pela ex-mulher na frente da atual, mas não era como se pudesse fazer algo. Eles nunca seriam uma família de novo nem se quisessem, e Nicholas entendia isso desde sempre. Os pais teriam problemas e mágoas pela eternidade e ele seria o único elo entre os dois.

Matthew aquiesceu com a cabeça levemente, então Nicole passou para o colo da mulher. Elliott abraçou o pescoço da esposa e alisou o rosto da menina.

— Nós devíamos tentar uma.

— Não ouse. — Juliet ergueu a mão para o marido parar. — E você, vá dar atenção para os outros.

A neve acumulava em seus ombros, o caminho de pedras até a árvore voltava a desaparecer, o vento batia com suavidade e empurrava o balanço num galho.

Nicholas deu a volta no balanço para encontrar os amigos brigando com o isqueiro e as tochas. Lola estava de braços cruzados e olhos revirados no canto.

— Vocês vão incendiar a floresta antes de acender essas porcarias — reclamou ela, cutucando o namorado. — Ty, me dá isso.

— Eu estou quase lá.

— Não está, não.

— Anda, Tyler. — Henry desistiu, limpando o gelo das luvas. Ele não era acostumado com frio. — Não temos todo tempo do mundo.

— Mas...

— Tyler!

Valentine riu do brasileiro e observou a menina Santiago acendeu o lugar em poucos segundos. Não via o melhor amigo há tanto tempo que seria incapaz de listar suas mudanças, e o mesmo valia para Henry.

— E depois eu sou a loira burra. Cara, meus parabéns. — Tyler socou-o no ombro antes de puxá-lo para um abraço quente, corando. — Não te agradeci por ter cuidado dele esse tempo todo. Nem a você, Henry. — Ele virou-se para o loiro. Henry abraçou-o também.

— Somos um time. As coisas funcionam assim.

É. Nós ainda somos.

As tochas foram penduradas nas árvores que rodeavam a coração, a construção de madeira ali perto foi apagada. A floresta era uma mistura de laranja das chamas e o azul-escuro dos piscas-piscas, de neve caindo no fim da tarde e das cadeiras acolchoadas escuras, com toda uma gente colorida e estranha que se protegia sob a lona fina.

— Ei, Nick, o padre está pronto. — Greer surgiu por trás da irmã mais nova, segurando uma caixinha. — Ah, os oficiais chegaram também. Você deveria ligar para o seu irmão.

— Minha avó chegou?

— A senhora acompanhada de dois casais lésbicos? Tá aí.

Ele acompanhou a garota de volta para a frente da árvore para encontrar o padre limpando os cachos longos de Melissa. Owen era um homem pequeno e magro, de cabelos castanhos e olhos esverdeados e... Daniel chamava-o de homem santo. Não era de se admirar.

— Padre? Podemos?

— Quando quiser, meu filho. — Soa como um anjo.

Mel beijou o ruivo no rosto e correu atrás de Greer para a construção de madeira. Elliott ligou para o filho e ajudou os presentes a se posicionarem. Juliet devolveu Nicole para o pai, escapando do olhar dele sem dizer uma palavra.

Nicholas ajoelhou-se na almofada de frente para o padre, esfregando as luvas para espantar o frio. E o nervosismo. Na verdade, estava mais nervoso que gelado.

Henry e Tyler tiraram a lona e deixaram a neve cair sobre as cadeiras. As chamas nas tochas tremeram com o sopro de inverno, o manto negro do garoto balançou atrás dele. À distância, podia ouvir a risada do irmão.

Ah, cara.

— Alguns segundos — sussurrou sua mãe.

Nenhum segundo.

Nicholas sentiu o coração falhar uma batida quando o namorado surgiu com Jake e Sally. Seus dentes começaram a bater.

— Agora — arfou Juliet.

— É, cara — disse Tyler ali perto. — Você vai casar. 

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