Boa Leitura! ❤
“Quando perco a paciência só me resta o sarcasmo e ironia para me defender da estupidez de algumas pessoas...” – Eduardo Volpato
Jungkook P.O.V's
Antes de sair para mais uma reunião tediosa, prometi a Jimin que o levaria ao cinema. Nada nos impede de sermos livres agora que nosso relacionamento já não é um segredo, apenas preciso ter cuidado para protegê-lo de pessoas desnecessárias. Disse que lhe daria o mundo, e encontros românticos é o primeiro passo para cumprir tal promessa. Meu namorado precisa aproveitar mais a vida, não há absolutamente nada que o prenda em casa exceto suas horas de estudo. Convivendo com ele percebi o quanto meu garoto se dedica a algo, é exatamente o que mais me chama a atenção.
Já na empresa os acionistas vieram com as mesmas discussões de sempre, a enorme taxa no mercado exterior, cenário que é comum para uma empresa que ainda não se estabeleceu contra algumas concorrentes. Claro, alguns deles me parabenizaram pela vitória nos tribunais, afinal suas fortunas estariam em risco se eu realmente tivesse agredido aquela mulher. Por isso procuro manter minha conduta em dias, mesmo que alguns irão perder a confiança vendo minha relação com outro homem. Minha sexualidade não interfere em meu desempenho profissional, porém os mais antigos infelizmente não enxergam dessa maneira.
A única coisa que a tal reunião me trouxe foi o tédio, principalmente tendo de lidar com reclamações e não poder recorrer e uma dose de licor. Hoseok permaneceu o tempo inteiro ao meu lado, em suas mãos havia o projeto da publicidade de um novo produto, a ideia brilhante que ele me apresentou durante a viagem. Em momento algum me arrependi de ter lhe dado o cargo de diretor do setor de marketing, assim como nenhum dos velhos se opuseram à minha escolha. Não puderam negar o talento de meu antigo assessor, Jung vem trabalhando há dois anos por tal reconhecimento profissional.
Agora terei a confiança de que meus produtos estarão em mãos certas, afinal ele sempre teve um olho clínico para o público alvo de cada lançamento. Quando a reunião se encerrou, inventei uma desculpa qualquer para não ficar conversando com aqueles senhores. Disse que precisava atender uma ligação urgente, porém meu destino foi direto ao elevador. Confesso que apenas vim até a empresa para evitar futuras reclamações, caso contrário ficaria em casa dando um pouco mais de carinho ao meu garoto.
Fiz uma pausa no caminho para a casa, passei em uma joalheria para pegar uma coisa que havia encomendado mais cedo. Não é um modelo exclusivo, porém o que pedi para gravarem na parte interna das joias é o que as torna únicas no mundo. Coloquei a embalagem no bolso de minha jaqueta, e aproveitei o trânsito livre para acelerar sem me importar em quebrar algumas leis de trânsito. Meu desejo é de estar em minha propriedade, onde curiosamente meu coração insiste em sentir que é onde preciso chegar. Então minhas suspeitas se confirmaram, vi o carro de minha mãe parado em frente ao hall de entrada, e seu motorista particular encostado na porta do mesmo.
– Senhor, Kyung. – disse, e em seguida me curvei para cumprimentar o mais velho. Há anos ele trabalha para minha família, principalmente aturando os surtos de senhora Jeon. – Trouxe apenas ela?
– Sim, senhor Jeon. – o mais velho respondeu, mas sua expressão me deu a entender que minha mãe acordou mais atacada que o normal hoje.
Antes mesmo de abrir a porta já pude ouvir o tom de voz elevado da mais velha, mas quando ela chamou meu namorado de michê, o resto de paciência que havia em mim se foi junto ao respeito. Quando entrei em casa minha primeira visão foi do mais novo visivelmente constrangido e amedrontado, Jimin permaneceu recebendo todos aqueles insultos, mas em momento algum pensou em reagir. Meu namorado acredita que devo respeitá-la, mas só pode exigir respeito aquele que sabe fazer o mesmo, certo? A cortei ali, sem paciência alguma para seus dramas ou julgamentos.
– Céus! No que você transformou meu filho? – ela indagou, se fez de vítima ao jogar a culpa inexistente em Jimin. – Colocou meu garoto contra mim. Isso é tudo sua culp...
– Chega, porra! Vá destilar seu veneno no inferno, senhora Jeon! – a mais velha se assustou quando elevei o tom da minha voz, assim como Jimin me encarou com os olhos cheios de lágrimas. – Sua palavras e falta de amor que estão me colocando contra a senhora, esse julgamento estúpido de achar que é melhor que todos. Ele não me mudou, eu nasci assim. Se não consegue aceitar o fato de seu filho ser bissexual, lhe convido a se retirar da minha casa. – apontei em direção a porta ainda aberta. – Não importa quem seja, não aceito que insulte meu namorado na minha propriedade e em lugar algum.
– Está me trocando por ele? – disse ela, novamente fazendo drama para tentar encher Jimin de culpa. – Eu sou a sua mãe.
– Você é minha progenitora, nunca foi uma mãe presente. – mantive meu tom de voz firme, deixando evidente que não voltarei atrás. – Jimin é o meu namorado, a pessoa que eu amo. Não me importo com sua aprovação, sou eu quem faço minhas escolhas.
– Jungkoo...
– Senti mais amor e carinho vindo dele do que da senhora durante todos esse anos. – segurei as lágrimas ao meu recordar das vezes que precisei de um colo de mãe e não tive. Diferente do que meus pais pensam, o afeto de um filho não se compra em uma loja de grife. – Por que nunca fica feliz com a minha felicidade, mãe?
– Porque você nunca age de maneira certa. – respondeu, logo ajeitando a bolsa de grife em seu antebraço. – Estou decepcionada com você, Jeon Jungkook. Como sempre, não é? – disse a mais velha, sem sequer apresentar uma lágrima em seu rosto.
– Não, senhora Jeon. Eu estou decepcionado com você. – ela passou por mim, mas sequer fez questão de me observar. – Obrigado por ser a melhor mãe do mundo. – a ironia na frase foi tão forte que cheguei a acreditar que fosse real.
Acompanhei com os olhos seu trajeto até o carro, tão implacável sobre aquele salto fino, sem mostrar sequer uma reação além daquela expressão fria. Me permiti chorar apenas quando o veículo deixou a propriedade, desta vez não me importando em permitir que Jimin veja esse lado. Por mais ausente que ela seja, sinto como se estivesse acabado de enterrá-la. Então minha atenção foi tomada por uma mão em meu ombro, e quando me virei meu namorado estava lá. O mais novo pareceu um pouco receoso talvez com medo de uma nova briga, porém não recusei seu abraço. Não quero deixá-lo preocupado, mas sei que é inevitável.
– Não precisava fazer isso, Jungkook. Ela é sua mãe. – Jimin sussurrou, tentando me confortar com seu jeitinho. – Por favor, tente consertar as coisas com ela. Eu não quero ser o motivo de deixar sua família superada.
– Você não é o motivo, meu anjo. – murmurei, logo deixando um beijinho em seus lábios. – Estou cansado de ser fantoche nas mãos dela, não posso viver seguindo as regras de minha família. Não somos um exemplo de felicidade, é tudo uma fachada. – suspirei pesadamente, afinal sempre quis essa libertação. – O casamento dos meus pais é a merda de um acordo, não há amor ali. Quando finalmente encontro o significado ela quer tirar isso de mim?
– Eu estou aqui por você. – disse ele, e no fundo senti o alívio de contar com seu apoio.
– Obrigado, bebê. – segurei seu rosto entre as mãos, em seguida selei seus lábios em um beijo calmo. – Vamos esquecer isso, sim? O que acha de uma sessão de cinema?
– Deixa o cinema para outro dia. Senhora Lee nos preparou um jantar incrível, não podemos recusar. – disse ele, conseguindo me convencer com aquele jeitinho manhoso. – Eu também comprei o sorvete, estou curioso com seus planos para mais tarde.
– Estou amando o rumo da conversa. – o abracei por trás, deixando inúmeros selinhos na parte posterior de seu pescoço. – O que faremos até o jantar?
– Vamos jogar um pouco de bilhar. – senti quando ele prensou as nádegas em direção a minha pélvis, sua maneira nada sutil de me provocar. – Seu você ganhar, danço para você hoje à noite.
– Eu se eu perder? – questionei, e logo precisei controlar minha voz diante daquela afronta.
– Se você perder. Hum... – seu olhar vagou por todo meu corpo, mas logo pude ver a expressão suspeita em seu rosto. – Acho que tenho o castigo certo.
– Desafio aceito. – respondi um pouco animado, e em seguida comecei a guiá-lo cuidadosamente até a sala de jogos.
Nos distraímos com aquele desafio, e depois de quase uma hora de jogo, ainda me esforço para manter o foco já que Jimin se mostrou quase um mestre do bilhar. Confesso que meu orgulho foi parar embaixo do pé depois que o mais novo venceu a primeira partida, deixando evidente que ele sempre teve a nação de que consegue me vencer. Meu namorado não perdeu nenhuma oportunidade em me provocar, se esfregou em mim todas as vezes que passava ao meu lado. Acredito que Park saiba o quanto é sensual, porém não faz ideia de como suas ações costumam me hipnotizar.
Não consigo entender em que momento seu lado safado foi despertado, mas confesso que adorei essa versão sem medo ou pudor quando estamos a sós. Jimin não é apenas uma companhia para sexo, na verdade acredito que nunca tenha sido. Precisei aprender a lidar com algumas coisas e perder o medo de outras para saber valorizá-lo, afinal ele não é algo a ser descartado como minha mãe pensa. Sua companhia é extremamente agradável para mim, assim como suas risadas passaram a marcar meus dias. Tal como agora, quando o mais novo ri do próprio erro que acabou empatando nosso placar.
– Qual é a premiação para o empate, senhor? – ele sussurrou, sua voz saiu bem sensual ao lado de meu ouvido.
– Não trabalho com essa hipótese, meu bem. – cansado daquelas provocações, segurei firmemente em sua cintura e o prensei contra a mesa de jogo. – O que acha de uma partida de desempate?
– Que vença o melhor. – Jimin rebateu, em seguida pude sentir seus lábios roçarem levemente sobre os meus. – Nesse caso, eu.
– Isso é o que vamos ver. – murmurei, enquanto isso coloquei os dedos nos passadores de sua calça e o puxei com tudo, ação que causou uma pequena fricção entre nossas pélvis. – Literalmente vou acabar com você.
Seu corpo tremulou diante do meu, e em seguida Jimin se aproximou tentando dar fim ao espaço entre nossos lábios. Ouvi sua reclamação quando me afastei, aquilo me fez sorrir satisfeito por conseguir provocá-lo mais foi que imaginei. Então dei início a nova partida, observando que o mais novo já não estava tão concentrado como antes. Culpa da ereção que lhe provoquei, resposta para toda a tentação que ele usou contra mim. Bom, apesar de todos os seus esforços não fui tão afetado por ele, consegui manter um autocontrole que tanto treinei por um tempo.
Depois de vários minutos de concentração, tive o prazer de dar o último golpe e vencer a partida. Então me aproximei retirando o taco de suas mãos, e em seguida o coloquei no lugar correto. Quando voltei para onde ele estava, não demorei a deslizar as mãos em seu corpo até alcançar a barra de seu moletom. Cada centímetro de sua epiderme pareceu ferver diante dos meus toques quando contornei a cintura abaixo daquela peça, e foi desta forma que sua respiração também perdeu o compasso. Seu olhar se fixou ao meu, logo pude notar a forma traiçoeira que nossos corpos se atraem.
– Seja um bom competidor e me parabenize pela vitória. –sussurrei próximo ao seu ouvido, logo pude senti-lo apertar meu ombro, um reflexo claro das reações de seu corpo. – Mais tarde eu quero minha recompensa, você não vai escapar de mim.
– Ah, Jungkookie. – Jimin arfou, em seguida o senti me puxar pela gola da camisa antes de selar nossos lábios.
Desta vez o beijo iniciou quente, diferente de todos os outros que trocamos até agora. Envolveu desejo de alguém que foi provocando, teve seus limites testados e comprovado que não há um resquício de autocontrole. Então dei impulso para pegá-lo no colo, em seguida o coloquei sentado sobre a mesa de bilhar para dar sequência às minhas ações. Não aprofundei mais o ato para evitar frustrações caso haja interrupção, afinal não me imagino voltando atrás quando estou domado pelo desejo de querer cada parte de seu corpo.
Desci alguns selinhos até seu pescoço, enquanto apertei firmemente suas coxas e esfreguei nossas ereções ainda cobertas. Ouvi Jimin gemer de forma manhosa diante daquela provocação, afinal seu corpo já se encontra sedento demais para não reagir. Deslizei uma das mãos até seu membro protegido pelos tecidos, e quando pressionei um gemido manhoso deixou seus lábios. Lindo de todas as formas, sensível a todas as ações. É incrível como meu namorado se entrega tão facilmente a mim, assim como se sente confortável em meus braços.
– Para, Jungkookie. Alguém vai... Ahh... – outro gemido escapou quando voltei a pressionar seu membro ainda coberto. – Alguém vai entrar.
– Eu não me importo com plateia. - brinquei, ainda não vendo motivos para encerrar aquela provocação. – Queria tanto te fazer gemer mais alto sobre essa mesa. – continuei a friccionar nossas ereções. – Mas acho que não queremos interrupções, sim? – então me afastei, quando percebi que ele já estava totalmente entregue. – Mais tarde vejo você na minha cama, meu bem.
O deixei sozinho naquela sala, mas pude ouvir ele reclamando do calor excessivo que tomou seu corpo. Precisei de um banho frio para acalmar os ânimos, e quando finalmente voltei para a sala, percebi que ele estava sentado no sofá acompanhando um filme qualquer como se nada tivesse acontecido. Queria saber mesmo como o mais novo resolveu o problema que havia deixado, porém meu corpo reage apenas por imaginar. Uma visão sensacional, nada que talvez eu não espere do mesmo, já que Jimin revelou seu lado devasso após perder a virgindade. Não é a toa que essa é sua versão que mais me atrai, tão inocente e ao mesmo tempo tão pecador.
Me sentei no mesmo sofá e puxei seu corpo para ficar entre minhas pernas, então acariciei levemente sua cintura sem segundas intenções, apenas um toque de carinho aquele que tanto quero proteger. Deixei inúmeros beijos em seu pescoço, até sermos interrompidos pelas notificações de seu celular. Notei que era a garota que ajudava a cuidar de sua avó, mas ainda sim fiquei apreensivo por acreditar que Yoona estivesse voltado a importuná-la. A mais nova estava visivelmente preocupada com Jimin, aparentemente não tem notícias de meu namorado desde o enterro de senhora Park.
– Acho que vou me encontrar com ela após a faculdade amanhã. Tudo bem para você? – Jimin questionou, e curiosamente parecia estar receoso com minha resposta.
– Meu anjo, você é livre. Eu apenas não acho viável que você viva naquele lugar, além de não haver segurança, pode te trazer lembranças dolorosas. – disse com calma, em seguida deixando um selinho carinhoso em seus lábios. – Pode visitar seus amigos quando quiser, assim como pode recebê-los nesta casa.
– Obrigado, Jungkookie. – ele sorriu, o gesto que definitivamente salvou o meu dia.
Jimin não sabe o poder que tem sobre mim, e é por essa razão que quero retribuir todo o carinho que venha de sua parte. Sou capaz de lutar contra o mundo por ele, afinal é minha missão proteger esse anjo.
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Olá, Preguicinhas! 🙂
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~ Sweet 🦄