Camila POV
Depois que levaram meu filho dali eu não pude deixar de sentir o vazio em meu peito, ainda mais quando Lauren teve que sair da sala também para falar com Dinah que já estava lá com Samantha e ver quem ainda precisava ser avisado sobre o nascimento. Provavelmente meus pais e os pais de Lauren só chegariam na manhã seguinte, pois já era madrugada.
Imediatamente comecei a pensar em como Samantha devia estar eufórica para ver seu irmão e um sorriso preencheu meu rosto até que senti minhas bochechas começarem a doer.
-Nós vamos te levar para o quarto agora e monitorar enquanto passa o efeito da anestesia, ok?
-Tudo bem.
Quando chegamos ao quarto ele estava vazio, me colocaram na cama e a enfermeira me informou que logo haveria alguém ali comigo e isso não demorou a acontecer. Alguns minutos depois ouvi leves batidas na porta e então aquele dois seres que eu amo mais do que tudo no mundo adentraram com grandes sorrisos sendo seguidas por Dinah.
-Mami! –Samantha cumprimentou animada vindo até mim. – Você está bem?
-Eu estou ótima, meu amorzinho. –Respondi enquanto Lauren colocava nossas bolsas sobre o sofá que havia ali e então veio até mim beijando minha testa.
-Babe, eu acho que vai ser melhor a Dinah te levar para casa para você dormir...
-Nãããoo!! Eu quero ver o Léo mãe! Eu esperei até agora com a tia Dinah, não é justo! E eu não estou com sono. –Então ela veio até mim segurando a minha mão. – Mami, fala para mamãe deixar eu ficar, por favor. –Fez sua melhor carinha pidona deitando seu rostinho em minha mão. -Somente olhei para minha esposa e ela entendeu.
-Okay então. Dinah você...
-Eu vou ficar aqui para ver esse garotão. –Sorri.
-EBA! –Samantha comemorou se jogando ao lado de Dinah no sofá.
-Filha! Não pode gritar aqui, as pessoas estão dormindo.
-Ops, desculpe! –Ela disse cobrindo a boquinha com as duas mãos.
- Quando passamos no berçário ele não estava lá. Espero que eles o tragam logo. –Lauren comentou animada.
-Sim! – Exclamei.
Nossa filha pediu se podia se deitar comigo e eu rapidamente permiti. Claro que após Lauren colocá-la junto comigo naquela alta cama, Sam caiu no sono em cinco minutos, então todas nós aproveitamos para descansar um pouco até que uma meia hora depois ouvimos batidas na porta e uma enfermeira adentrou informando que estavam trazendo nosso bebê. Sam desceu da cama e ficou esperando ansiosa ao lado de Lauren que me ajudou a reclinar a cama para que eu ficasse sentada.
Em seguida a enfermeira entrou trazendo o berço com nosso pequeno bebê ali dentro. A vontade de chorar novamente se instalou em minha garganta fazendo meus olhos ficarem marejados assim que o vi. Leonardo era extremamente pequeno e quase parecia sumir por entre a pequena manta branca que o envolvia. Ele estava com a roupinha azul claro que trouxemos para ele e a touca branca do hospital
.
-Iti meu Deus. Ele é tão pequeno... –Samantha sussurrou ao chegar perto.
-Ele é lindo, não é? –Foi a vez de Lauren comentar.
-Ele logo deverá acordar e sentir fome, então eu volto para ajudar com a primeira amamentação.
-Obrigada! –Agradeci a enfermeira que passava meu filho para o meu colo. Ele era tão pequeno e quentinho, coube perfeitamente em meus braços. Léo tinha a expressão calma e mais parecia um anjo para mim. Acariciei sua mãozinha e então seu rostinho com as costas do meu dedo indicador. Eu estava apaixonada por ele. Cheirei sua cabecinha e senti aquele cheiro maravilhoso de bebê.
-Eu quero ver mãe... –Samantha pediu manhosa. Lauren a pegou e colocou sentada na cama ao meu lado. –Oi príncipe. –Ela disse depois de observá-lo por um tempo para então se abaixar e deixar um beijinho em sua testa, o que fez com que Léo começasse a acordar fazendo umas caretas. –Não, não. Não era para ele chorar... –Ela disse tristonha.
-Calma Sam, está tudo bem. –Lauren a acalmou. –Esse é o jeito dele de se comunicar, ele não sabia que você estava dando um beijinho. –Falou e beijou a bochecha gordinha de Samantha.
-Ele está abrindo os olhinhos. –Falei e as duas rapidamente olharam para o bebê que começava a se mexer levemente até que abriu os olhinhos e foi aí que pudemos ver pela primeira vez os seus lindos olhos castanhos.
Ficamos perdidas dentro de nossa bolha e nem ao menos percebemos que Dinah filmava nossos primeiros momentos com Léo.
-Ei família, ela chamou nossa atenção e bateu a nossa primeira foto juntos Nós quatro. –Parabéns, Lo! –Dinah disse ao de abraçar minha esposa apertado.
-Amor, pega ele um pouquinho. –Eu indiquei a Lauren que se aproximava.
Lauren veio até mim e então cuidadosamente pegou o bebê em seus braços. Leonardo observava atentamente o rosto dela.
-Olha como ele olha para mamãe! –Samantha que estava sentada ao meu lado na cama comentou.
-É mesmo. Lo, ele tá vidrado em você.
-Oi amor da mãe. –Lauren sorriu para o bebê que não tirava os olhos de seu rosto e então lhe mandou um beijo.
Depois disso Dinah quis pegar Léo e Samantha acabou dormindo. Lauren a colocou deitada no sofá e me trouxe um pouco de água, sempre se certificando de que eu estava bem.
-Ele tem o seu nariz... -Ela beijou meu nariz. - E a mesma pintinha que você bem aqui. –Lauren afastou o cabelo da minha testa para mostrar do que ela estava falando.
-Sério?
-Uhum.
-Traz ele aqui Dinah!
-O que foi? –Dinah se aproximou com Léo.
-Veja! –Lauren segurou meu cabelo para que ela visse a marca.
-Nossa! Que demais Dinah comentou chocada e nós observavamos a expressão serena do bebê.
Alguns minutos depois Léo começou a chorar, como da primeira vez que ouvimos seu choro logo que nasceu. Era tímido no início, mas então ganhou força e eu fiquei impressionada como era possível um ser tão pequeno chorar tão alto. Dinah então saiu para chamar a enfermeira.
-Com licença... –Beth, a enfermeira que vinha nos acompanhando entrou. – Uou, alguém está agitado por aqui. -Riu
-Ele estava super tranquilo até agora. –Eu comentei.
-Bom, então vamos colocá-lo para mamar, não é? –Perguntou e eu apenas assenti. A enfermeira posicionou Léo em meu braços e me explicou algumas coisas sobre o processo de amamentação rapidamente já que meu filho chorava em plenos pulmões ficando até um pouquinho vermelho.
Lauren estava de pé do outro lado da cama apenas observando. Leonardo demorou um pouquinho para entender o que estava acontecendo e como ele devia se alimentar, mas logo compreendeu. Assim que ele sugou meu peito senti uma pequena dor, mas logo me acostumei e meu bebê já estava mamando tranquilamente.
Nós não poderíamos estar mais felizes ou alegres. Meu coração batia tão fortemente e ao mesmo tempo eu sentia que ele poderia parar com tamanha tranquilidade que se instalava em mim.
Logo quando Léo terminou de mamar, Beth assistiu enquanto minha esposa colocava nosso filho para arrotar.
-Me diga se eu estiver fazendo algo de errado. Já faz 8 anos que não faço mais isso, posso ter perdido a prática. – Comentou e nós rimos.
Infelizmente, depois de algum tempo Beth teve que levar Léo de volta para o berçário, então nós aproveitamos para descansar um pouco. Lauren fez com que Dinah e Samantha fossem para casa, até porque não podiam ficar mais do que um acompanhante no quarto comigo durante a madrugada.
Assim que amanheceu meus pais chegaram e estavam muito ansiosos para conhecer Léo, ele estava dormindo no pequeno berço ao lado da minha cama no hospital.
-Então você já amamentou? E eu perdi esse momento? -MInha mãe perguntava ofendida.
-Mãe, eu não tive culpa, ele teve que mamar de madrugada. -Minha esposa e meu pai apenas riam da situação.
-E já trocaram a fralda?
-Ainda não, ele mamou há algumas horas.
-Eu acho que alguém quer conhecer o vovô e a vovó! - Lauren disse ao perceber que Léo estava acordando. Ele não chorou, só abriu seus olhinhos e se mexeu levemente observando tudo à sua volta.
-Oh que coisa mais linda da vó, não é Leozinho? -Minha mãe falava com voz de bebê enquanto fazia um carinho em sua mãozinha. Enquanto meu pai se esforçava para tirar uma foto do meu filho.
-Pegue ele Sinu. -Minha esposa falou entregando Léo no colo da minha mãe, mas não sem antes deixar um beijinho em sua cabecinha.
Alguns minutos depois meus sogros chegaram e eu não sabia dizer quem é que babava mais naquele lugar. Michael trouxe um urso gigante e eu fiquei me perguntando onde é que iríamos enfiar aquela pelúcia enorme no quarto do nosso filho.
-Achei que ele teria seus olhos, assim como a Samantha... -Clara comentou.
-Mãe! -Lauren resmungou. Não sabia o porque da minha sogra estar fazendo aquele tipo de comentário. Depois que nos casamos e principalmente durante toda minha gravidez minha sogra havia sido ótima comigo, não demonstrava nenhum tipo de preconceito nem nada.
-O que foi? Achei que vocês fossem escolher um doador parecido com você. Afinal, não é assim que essas coisas funcionam? -O comentário de Clara logo me fez suspirar aliviada. Ela não estava querendo criar uma briga nem nada do tipo, havia sido somente um comentário ignorante da parte dela. N/a: ignorante: " Que desconhece a existência de algo; que não está a par de alguma coisa."
-E nós escolhemos, mas essas coisas são relativas mesmo...
-Oh sim. -Minha sogra tinha Léo em seus braços e o encarava com devoção. Quando o neném começou a chorar Lauren o pegou e viu que sua fralda estava suja. Beth logo chegou com os utensílios para nos auxiliar na primeira troca. Bem na hora em que Dinah chegou com Sam.
-Sempre deixem tudo separado e ao alcance da mão antes de abrir a fralda. Os meninos adoram fazer uma sujeira. -Beth nos instruiu.
-Camz, você quer fazer isso? -Minha esposa tinha uma olhar apreensivo direcionado a mim. Sam do outro lado observava tudo em silêncio.
-Pode fazer você, meu amor. -Dei um beijo em sua mão. -Eu não queria nem por um segundo que Lauren se sentisse menos mãe de Léo do que eu.
-Ok! -Lauren abriu o macacão de nosso filho que chorava um pouquinho, tirou suas perninhas para fora então abriu a fralda pegando o algodão que Beth lhe estendia para limpá-lo. Eu observava tudo com um sorriso no rosto e foi quando vi a expressão de choque de Samantha.
-O que foi Sam? -Perguntei segurando sua mãozinha.
-É estranho...-Minha filha comentou fazendo uma careta o que fez com que todos nós caíssemos na risada e Léo que agora não chorava mais virasse a cabecinha procurando a voz de quem falava.
Lauren então passou a pomada e fechou a fralda voltando a vestir nosso bebê.
-Missão cumprida. -Lauren disse com um sorriso no rosto.
Depois que meus sogros foram embora prometendo que nos visitariam quando estivéssemos de volta em casa e tudo estivesse tranquilo, Samantha quis pegar seu irmãozinho no colo.
-Sam, tudo com muito cuidado? Ele é muito frágil, tem que ter apoio para o pescocinho o tempo todo, ok? - Lauren explicava carinhosamente enquanto Samantha se sentava ao meu lado no sofá do quarto de hospital com as costas bem apoiadas e as pernas esticadas devido ao seu tamanho. Eu coloquei meus braços ao redor de seu corpo para ajudá-la com a posição correta. Lauren se abaixou e colocou nosso neném nos braços de Sam.
-Ele é quentinho! -Ela disse sorrindo para mim. -E muito fofo. -Ela cheirou sua cabecinha e deu um beijinho ali. -Oi Léo... Eu sou sua irmã Samantha. Essa é a mamãe Lauren e a mamãe Camila, mas eu gosto de chamar ela de Mami. -Deu de ombros levemente e eu ri. -Você é o nosso príncipe, sabia?
Quando percebi Lauren estava chorando ao assistir a mesma cena que eu.
-Awn amor... -Eu estiquei minha mão livre para secar a lágrima que escorria por sua bochecha.
-Eu amo vocês mais do que tudo nesse mundo. -Ela encarava nossos filhos e então olhou no fundo dos meus olhos. -Obrigada por me fazer a mulher mais feliz do mundo!
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Todos conseguiram ver a imagem??
Me digam o que vocês acharam desse capítulo e o que vocês acham que ainda tem para acontecer na história (porque tem coisa para acontecer, acreditem em mim).
BEIJO!
twitter: @ loveljauregui