Operação: não Caso - (DEGUSTA...

By Lihezzy

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Segundo livro da Série Armações de uma Mãe casamenteira.? *Livro 1 está disponível na Amazon. * LIVRO 2 COMPL... More

OPERAÇÃO: não CASO (Sinopse)
PRÓLOGO - DIA COMUM
1 - TRUNFO
2 - APOSTA
3 - PALHAÇADA
4 - ADMITE
5 - SÓ VAI
PRÉ-VENDA - MAMÃE QUER ME CASAR 🎉🎆
AGRADECIMENTOS

6 - SUA MENINA

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By Lihezzy

           Só vai.
           Só vai.
           Só vai
 
       Fui o caminho inteiro repetindo isso como um mantra enquanto dirigia o carro da minha irmã pelas ruas da cidade. Até ele chegar do trabalho às 18:00 horas. Eu teria tempo pra pensar o melhor jeito — se é que existe um jeito — pra dizer para ele que o amo. Poderia fazer algo gostoso pra comer. Um jantar romântico sei lá, mas ele detesta minha comida. Pura implicância, sou uma excelente cozinheira, se eu precisasse cozinhar, óbvio. Poderia pedir um japonês ou uma pizza com vinho. Sou péssima em tentar ser romântica devia ter pesquisado algo enquanto tava em casa, talvez pesquise lá na casa dele, ou posso me poupar do trabalho e só fazer um brigadeiro, tirar a roupa e esperar ele completamente nua em sua cama. Pronto uma coisa gostosa e prática. Sem risco de ficar ruim. Sorrio com a ideia enquanto estaciono em frente a casa dele. A primeira coisa que noto é a luz acesa. Estranho. Parece que tem gente em casa. Será que ele chegou mais cedo ou é ladrão? Pelo amor do Adonai! Não sei o que é pior. Se for ele terei que falar agora, assim de qualquer jeito, sempre preparar o coração e se for ladrão... Pensando bem a primeira é pior. Não estão roubando nada meu mesmo. Só esperar saírem e... Espera! Ladrão não iria acender a luz, mas Tommy também não. Ainda nem é 17 horas e ele leva a sério a economia de energia e recursos naturais. Há algo errado, nada certo.

      Desço do carro e fico a espreita no portão para ver o que está acontecendo. Pode ser a família dele e se for eles vou embora. Deus me livre da minha sogra. Prefiro cutucar onça com vara curta ou entra descalça no ninho de cobras. Vejo um vulto na janela e demoro menos de um quarto de segundos para reconhecer a silhueta. Preferia que fosse um ladrão.

      O que essa prima vadia faz aqui? Na casa dele e eu não fui informada. Tommy eu vou comer seus ovos!

      Entro na casa com minha chave, como se fosse a dona da casa, afinal se ela que nem parente é, pode imagine eu que sou quase dona. Como mamãe diz: tenho tanto tempo com ele que se nosso caso terminar metade de tudo é meu.

      Cristina, a prima vadia, parece não me ver ou ouvir só agora percebi que o som está ligado e ela canta distraída de olhos fechados. Poderia já dar uma voadora na fuça dela e nem ia saber o que a atingiu mas estou calma hoje e opto por ser menos agressiva.

— O que faz aqui, vagabunda? — Indago cruzando os braços.

— Que susto menina. — vira com mão no peito, que praticamente se jogam pra fora da blusa mega apertada junto com a barriga. — Dormir aqui. — responde simplesmente. Ela parece não se importa com o xingamento.

— Não dormiu não. — Cruzei os braços na altura dos seios — Eu dormir aqui.

— Brincadeirinha. Vim ver como Tom está. A mãe dele está preocupada. — ela solta o cabelo preto que consegue ser maior que o short que usa.

— Não há razão pra preocupação. Tommy está ótimo.

— Falei isso pra mãe dele, mas sabe como mãe é né?! Disse que está com um mau pressentimento.

       Do jeito que aquela mulher tem cara de bruxa. Tenho até medo desses pressentimentos dela. Deus é maior.

— Ele está trabalhando agora. Só chega às 18:00 horas. — Informei mas queria mesmo era colocá-la daqui pra fora dando de bicuda só na cara. — Como você bem deve saber, já que faz um século que a rotina dele é essa e apesar da roupa infantil, você não nasceu ontem. — Provoco. Só pra não perder o costume.

— Você é uma figura — uma figura que deseja ardentemente desfigurar você — É, eu sei dos horários dele. — Passa por mim indo em direção ao sofá. — Farei uma surpresa pra quando ele chegar.

— Achar você morta e esquartejada no meio da sala, seria uma baita surpresa. — Digo com um sorriso de lado.

— Telly, você sempre tão engraçada. — se joga no sofá.— Vou fazer o prato favorito dele. Você sabe, ele sempre gostou da minha comida.

    Só eu que vi duplo sentido nisso?

      Ela sorrir me provocando. Fingindo que não se importa com meus comentários.

— Claro! Fique a vontade, aproveita e limpa o chão. Ele deve adorar sua limpada também. Eu sendo você pediria um salário de diarista, trabalhar de graça é foda.

— Ah não, eu faço por puro prazer.

         1, 2, 3, 4 Ela não vai me tirar do sério. 1, 2, 3, 4, 5 Ela não vai fazer eu cometer um crime.

— Vou pro quarto, enquanto você se diverte limpando e cozinhando...— zombo.

— Telly não precisa forçar simpatia comigo. — eu forçando simpatia? — Thomas está contigo, e eu quero ele e você sempre soube disso. Não há porque fingir agora que me suporta.

    Que vontade de meter a mão na cara cínica dessa vaca.

— A única que está tentando forçar algo é você e não é porque quer ele e jamais vai ter que serei mal educada. Pra tomar meu homem terá que fazer bem mais que usar roupas curtas, afinal seios e bunda grande eu também tenho. E limpar, lava, cozinhar. Também posso fazer. Tenta outra porque só com isso jamais vai tê-lo.

— Veremos se jamais vou ter.

       Aperto as mãos em punho imaginando ser no pescoço dela. 1,2,3 Mantenha a calma, Telly. 1,2,3!

— Escuto isso há tantos anos e de mulheres melhores que você, no entanto ele continua comigo. Então, boa sorte.

       Saio para o quarto do Tommy. Saco o celular do bolso do meu short jeans e escrevo uma mensagem pra ele " Sua prima está aqui. Tem quinze minutos pra chegar ou vou matá-la com minhas próprias mãos. " envio e jogo o celular sobre a cama.

     Droga. Isso só mostra que o plano da mamãe daria certo. Eu sou ciumenta. Muito ciumenta. Extremamente ciumenta. Ciumenta nível hard.

         Ainda bem que mainha não contratou essazinha pra me fazer ciúmes. Poderia funcionar. Porque não suporto essa tal perto do Thomas, e se pra mim livra dela for preciso colocar uma aliança no dedo dele. Colocarei com prazer. Não admitiria pra ela, mas Cristina é uma morena muito bonita e desejada. Mesmo que seja vulgar tem um corpo bem moldado e admito, com mais curvas que eu. Já peguei inúmeras vezes Thomas admirando discretamente. Só não pegou porque é muito certinho para pegar a própria prima. Amém.

    Deito na cama e o cheiro do perfume dele me invade quase me acalmando. Esta aqui é tão familiar tão certo que fico imaginando se realmente não já vivemos uma relação estável há muito tempo sem eu ter me dado conta. Fico uns dez minutos de olhos fechados apenas respirando ignorando totalmente o motivo do meu ciúmes e o motivo que me trouxe até aqui. 

— Oi. — sou despertada por Tommy à porta do quarto de braços cruzados.

— Ela está na cozinha. — entrego. Posso ouvir daqui o barulho das panelas. Ele provavelmente também consegue.

       Thomas revira os olhos e sai em direção a cozinha, e eu vou atrás só pra garantir que ela vai ser chutada daqui.

— Oi Tom, vir... — começa limpando as mãos na blusa mas Tommy interrompe.

— O que faz aqui Cristina?

— É assim que me recebe?

     Por que mulheres oferecidas tem uma voz tão chata e faz uma voz ainda mais chata quando quer ser sexy ou fazer drama?

— Estou cansado e quero rever um processo antes das seis horas. Ficarei feliz se você viesse outro dia e que avisasse que vem.

       Ficarei feliz se você viesse outro dia, repito imitando sua voz.

— Tudo bem, só que sua mãe está preocupada com você.

— Falei com ela hoje e como pode ver estou bem.

— É... Olhando bem você está incrível. Lindo como sempre. — me provoca o olhando de cima abaixo.

— Cristina.

— Eu vou — dar um beijo na bochecha dele — mas volto em breve.

      Vadia!

— Devolve a chave. — Mando.

— É da minha tia.

— Não perguntei de quem era, falei pra devolver.

     Ela olha pra ele que simplesmente cruza os braços. Como se ele fosse ficar contra mim, bom pelo menos não agora. Tommy não vai brigar comigo com ela como platéia e eu tenho razão. Sem motivos pra ela ficar entrando aqui sem eu saber.

      Mesmo contrariada, Cristina devolve a chave pra ele e sai pisando firme. Tento fazer o mesmo.

— Você fica. — segura meu braço. — Vai embora por quê?

— Não me toque. — Ele solta meu braço. — Porque quero.

— Está brava comigo?!

— Não estou brava, só que você dar muita liberdade pra essas mulherzinhas que te cercam.

— Eu?— Indaga como se perguntasse o preço do bacalhau. A calmaria dele em uma discussão me irrita. Essa cara de advogado negociando um contrato me dar vontade de estrangulá-lo.

— É você. Se não desse ousadia ela não se sentiria dona dessa casa e sua também. — brado.

— Eu nunca fiquei com ela e sempre deixei claro que não ficaria.

— Ela tem o apoio de sua mãe. Que aliás me odeia.

— Tua mãe me ama, né? Nunca tentou te arranjar outro homem. — revira os olhos — Isso muda algo entre nós?Não. Então não seja infantil, Telly.

— Melhor a gente terminar. — grito — Aí você pode achar uma da sua idade.

— Não quero uma da minha idade... — se aproxima de mim — quero você.

     Essa me desarmou me fazendo lembrar do motivo de eu está aqui. Era pra está me declarando e em vez disso estou tendo uma crise de ciúmes. Mesmo eu tendo razão em brigar, não posso permitir que a Cristina consiga o que deseja: me separar do Tommy

— Me quer? — Ele assente. — Por que? — me atrevo a perguntar.

— Como assim "por quê"?

— O que sente por mim?

— Por que isso agora, Telly? Nunca se importou com o que sinto.

— Não fala isso. Claro que me importo. Tudo que vir de você é importante pra mim, Tommy. — Afirmo — Eu só... Eu só não queria te pressionar a falar algo que não sente... E também eu não queria falar...

 — Falar o quê? Eu...

— Não me interrompa, — coloco meu indicador nos lábios dele fazendo com que se cale. — Não precisa dizer senão quiser, mas quero deixar claro que eu me importo e muito com o que você sente. — Digo sincera.

        Nossa não sabia que estava sendo uma vaca com ele ao ponto dele achar isso.

— O que você quer ouvir? — indaga em um sussurro, colando seu corpo ao meu, sua testa a minha antes de completar — Quer ouvir que te amo? É isso?

      Meu coração acelerar e preciso reprimir o sorriso. Não infarta agora ele ainda não afirmou nada, ainda não teve uma declaração completa. No entanto, só de ouvir te amo nos lábios dele já revira meu interior.

— Se for isso que você sente... — Ele continua com a testa apoiada a minha. Abraço sua cintura. Sentindo seu cheiro, sua respiração, seu coração e ali em seus braços me permito dizer — Porque é isso o que eu sinto. — ele me encara e olhando em seus olhos digo com todas as letras — Eu te amo, Thomas. Te amo desde que era apenas uma adolescente. Desde que te vi pela primeira vez. Sempre fui sua. Sua menina. 

*VENDO OS COMENTÁRIOS SÓ CONSIGO PENSAR: NOSSA ASSIM VOCÊS ME OFENDEM! NUM VAI DAR MERDA NÃO... Por enquanto.

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