Muitos anos se passaram, anos de tristeza para o rei Chanyeol e seus súditos. Finalmente, com a chegada do décimo sexto aniversário do príncipe, a alegria voltou ao reino, pois todos sabiam que enquanto a ira e frustração sacudissem a montanha proibida, domínio de Malévola, sua maldição não fora ainda realizada.
O cenário agora é este. Um lugar assustador e tenebroso, cheio de precipícios e nuvem negras sempre carregadas de raios e trovões. No topo do pico mais alto, encontra-se o castelo de Malévola.
— Mas isso é incrível! — gritou frustrada para seus servos. — Dezesseis anos e nenhum traço dele. — os olhava de forma ameaçadora. — Não é como se ele pudesse ter desaparecido no ar! — recuou, curiosa. — Estão certos de que procuraram em toda parte?
— Por toda parte, sim. — um deles respondeu orgulhoso, apontando para os demais, que assentiram.
— Procuraram nas cidades, florestas e montanhas?
— Nós olhamos nas montanhas, florestas, casas, deixa eu ver... — pensou. — e todos os berços. — sorriu.
— Berços? — o encarou.
— Sim, em todo berço. — gesticulou com os braços, como se ninasse um bebê.
— Você ouviu o que ele disse, meu bem? — indagou a Diablo, acariciando-o. — Durante todo esse tempo eles procuraram um bebê! — riu escandalosamente, sendo acompanhada por eles. — Chega! — gritou. — Idiotas! Imbecis! — enquanto os xingava, usou o cajado para lançar raios neles, que os expulsaram dali.
Sentou-se em seu trono, descansando o a cabeça na palma da mão de dedos longos e pálidos.
— Bando de imprestáveis. — Uma desgraça para as forças do mal. — pousou uma mão no peito, desapontada, enquanto Diablo voava em sua direção e pousava no braço de pedra do trono. — Meu bem, tu és a minha última esperança. — o corvo subiu em sua mão, a encarando. — Corre pelo mundo. Procure um jovem de dezesseis. Cabelos da luz do sol, lábios rubros de rosa. — levantou e ergueu a mão para que ele voasse. — Vai. E não me falhes. — e assim ele sumiu na escuridão.