A FILHA DO FOGO : DESPERTAR (...

By Luis_Storyteller

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"O que preciso que você entenda Anne, é que o destino não é imutável. Basta uma decisão, um erro, um encontro... More

Capa
Elenco
Ao leitor
Prólogo - Uma reunião curiosa
Capítulo 1 - Garras, dentes e favores
Capítulo 2 - Nova na cidade
Capítulo 3 - De volta ao lar
Capítulo 4 - Quando as coisas parecem dar certo
Capítulo 5 - Desavenças na matilha
Capítulo 7 - Exposto
Capítulo 8 - Uma recuperação estranha
Capítulo 9 - Conversa de lobos
Capítulo 10 - A sombra do inimigo
Capítulo 11 - Revelações sob lanternas de papel
Capítulo 12 - Um fim de encontro marcante
Capítulo 13 - O mundo secreto
Capítulo 14 - Wulfenkind e o deus do fogo
Capítulo 15 - Uma mensagem
Capítulo 16 - Futuro & Destino
Capítulo 17 - Um sonho real
Capítulo 18 - Uma guerreira
Capítulo 19 - Treinamento e sentimentos
Capítulo 20 - Luta sangrenta
Capítulo 21 - Ataque surpresa
Capítulo 22 - A caçada começa agora
Capítulo 23 - Segredos do mundo secreto
Capítulo 24 - O demônio de Jersey
Capítulo 25 - A filha do fogo
Capítulo 26 - Futuro incerto

Capítulo 6 - Um cliente chato

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By Luis_Storyteller




Anne estava distraída, olhando sem parar para as árvores na beira da estrada pela janela do ônibus que a levava para o centro da cidade.

Naquela manhã John tinha precisado sair cedo com a picape, deixando-a sem carona. Ela ainda pensava no estranho sonho daquela noite. Tinha tentado se convencer de que o incidente com o lobo tinha sido o motivo para aquilo, mas o sonho tinha sido... diferente.

John perguntou sobre o que tinha acontecido com ela e Julia pela manhã e quando descreveram o ataque, ele tentou achar uma forma de racionalizar o que elas tinham visto. Lobos cinzentos não eram algo muito comum de se encontrar na região, mas não era algo impossível também.

Agora, isso ter acontecido na cidade, aquilo era muito bizarro e ele tinha saído cedo para conseguir falar com o xerife em seu escritório sobre o assunto.

John até tinha oferecido voltar antes do horário dela ir para a lanchonete para poder levá-la, mas Anne não queria atrapalhar a rotina dele, por isso tinha ficado para ir de ônibus mais tarde.

Seu turno só começaria às duas da tarde o que a deixava com muito tempo para matar durante a manhã, Julia iria da escola direto para lá e as duas voltariam juntas para casa. Esse era o plano original, mas perto do meio dia ela estava cansada de ficar na fazenda. Já tinha acabado de arrumar suas coisas no quarto e até varrera e passara pano no chão da casa só para se manter ocupada.

Anne estava fazendo seu melhor para não deixar seus pensamentos voltarem ao sonho da noite anterior, mas falhou miseravelmente. Não conseguia deixar de sentir que aquilo era algum tipo de aviso. Sobre o que? Não fazia idéia.

Finalmente, perto das onze horas, decidiu ir mais cedo para o trabalho. Poderia aproveitar para se familiarizar com o cardápio e o salão, não era à primeira vez que trabalhava de garçonete então sabia que isso não tomaria muito esforço. Mas vai me ajudar a parar de pensar nesse pesadelo idiota.


Não demorou muito para chegar a lanchonete e assim que passou pela porta Anne viu que o lugar estava cheio.

Era quase hora do almoço e provavelmente quase todo mundo que trabalhava por perto costumava comer ali. Ela também viu alguns caminhões estacionados em um posto de gasolina no fim do quarteirão e imaginou que viajantes também eram frequentes.

— Nossa, você chegou cedo. — Sarah disse assim que a viu. A mulher tinha uma jarra de café na mão e servia algumas mesas no salão.

Willis estava no balcão, retirando pedidos de um espaço retangular aberto na parede que dava visão para a cozinha, onde ela conseguia escutar o som de fritura e louça.

— Achei melhor começar um pouco mais cedo, para poder me acostumar com o movimento. — Anne explicou com um sorriso meio sem jeito. — Isto é, se estiver tudo bem por vocês.

— A garota já ganhou pontos comigo pela iniciativa. — Willis disse, dando de ombros quando a esposa o consultou.

— Realmente uma ajudinha agora seria ótimo. — Sarah sorriu. — Bom, então dá um pulo na cozinha e pede para o Luc te mostrar onde ficam os aventais e bandejas.

Anne fez como instruído pela mulher e foi até a cozinha onde conheceu o cozinheiro Luc, um sujeito moreno, de cabelos crespos que andava para lá e pra cá enquanto tentava manter os pedidos em ordem. Ele não parecia ser muito mais velho do que ela.

Anne viu que Luc tinha post-its espalhados em uma bancada cheia de ingredientes onde de tempo em tempo consultava suas anotações.

— Você deve ser a garota nova. — Disse assim que a viu. Ele tinha sotaque latino e seus olhos mal se focaram nela quando falou.

— Eu devo. Meu nome é Anne, prazer.

— Eu sou Lucas, mas pode me chamar de Luc, todo mundo aqui chama. Os aventais ficam naquele armário ali. — O garoto apontou com uma colher.

Anne foi até o lugar que Luc apontou e achou um avental branco com o logo da lanchonete bordado no centro do peito. Também achou uma bandeja e deu uma rápida espiada nos post-its, decorando o que ia onde. Pegou alguns pratos prontos e foi para o salão onde pediu para Sarah ensinar a ordem das mesas.

Só tinha doze delas, então isso não foi nenhum desafio. Não tinha se passado nem meia hora e logo ela já sabia de cabeça cada item do cardápio, nomes dos clientes mais frequentes, gostos particulares de cada um e também já tinha aprendido o sistema de organização que Luc usava na cozinha, assim conseguiu ajudá-lo quando estava livre.

— Você está se dando muito bem. — Sarah elogiou quando o movimento começou a acalmar.

Já era pouco mais das doze horas, as mesas já tinham sido servidas e os clientes almoçavam e conversavam animadamente.

— Eu já tinha trabalhado em restaurante antes. — Anne contou. — É o tipo de coisa que você pega o jeito e não esquece.

— A Julia se atrapalhou tanto nos primeiros dias. — Willis riu, achando muita graça da lembrança.

— Ela não foi assim tão mal. — Sarah interveio.

— Não? A garota confundiu frango frito com um suco! — O velho riu enquanto se lembrava daquilo.

A porta da lanchonete abriu e todos olharam, como de costume, para o recém chegado.

O homem era alto, e sua presença era tão intensa que parecia que salão tinha ficado menor. Tinha um corpo robusto, rosto barbudo com cara de problemas. Seus cabelos desgrenhados davam a ele o aspecto de alguém que não via um shampoo e tesouras a um bom tempo.

Vestia uma regata gasta e suja com uma jaqueta jeans por cima. As calças tinham o tecido amassado e alguns pontos rasgados. Seus coturnos sujos deixavam uma marca de terra por onde pisava e ele não parecia se importar muito com aquilo.

Ele sentou em uma mesa isolada perto do lado do corredor que dava para o banheiro e cheirou o salão, aquilo foi algo muito estranho, porque ele não apenas sentiu o cheiro, seu nariz inalou fortemente o ar. Depois disso ele sorriu, um sorriso de ponta a ponta e com dentes.

As pessoas que o encaravam logo se voltaram a seus assuntos, mas o desconforto que sentiam estava praticamente estampado em seus rostos.

— Eu vou ver o que nosso amigo ali quer. — Willis disse, começando a abrir a porta do balcão.

— Não precisa. — Anne disse, pegando um cardápio no balcão. — Pode deixar comigo.

— Você não precisa fazer isso. — Sarah disse em um tom preocupado.

— Está tudo bem, já vi tipos mais estranhos em Nova York. Posso me virar.

Anne andou até a mesa do barbudo e percebeu que dois homens com o uniforme da polícia local estavam observando a cena, enquanto terminavam seu almoço. Bom, qualquer coisa a polícia já está aqui.

— Bom dia, — disse, ficando ao lado do recém chegado. Ele tinha um cheiro forte de suor e terra e ela achou aquilo bem peculiar. — quer dar uma olhada no cardápio?

— Nah, o que eu quero não deve estar no menu. — ele disse, fungando de maneira grotesca e descartando a folha plastificada que ela colocou em sua mesa. A forma como ele a olhava fez Anne ter vontade de estremecer, mas não ia lhe dar esse gosto. — Manda uma cerveja e um bife.

— Ao ponto? Bem passado?

— Não, quero mal passado. Gosto da minha carne bem molhada e suculenta. — Ele riu, como se aquilo tivesse sido a melhor piada do mundo.

Os dois policiais não tiraram o olhos deles nem por um segundo e o sujeito percebeu aquilo, se virou para eles e deu um sorriso sacana. Anne viu que os dentes dele eram amarelos, tortos e sujos. Ela se virou para ir levar o pedido a Luc quando o homem a segurou pelo pulso.

Todos no salão olharam na direção deles.

Ele pressionava seu pulso com força e a olhava fixamente em seus olhos. O instinto dela foi torcer o braço dele e socar sua cara, mas respirou fundo e apenas puxou o braço de volta.

— Quer mais alguma coisa? — perguntou, controlando a irritação.

— Só queria dizer que você é uma garota muito bonita. — O homem disse, passando a língua pelos lábios. — Alguém já disse que você tem um cheirinho delicioso?

— Como é? — Ela disse, dando um passo para trás. Aquele cara era nojento e definitivamente tinha alguma coisa muito errada com ele.

Os policiais se levantaram e se aproximaram. Um deles ficou um pouco para trás, com a mão pousada perto da arma.

— Acho que é melhor o senhor ir embora. — O policial mais próximo disse. Era um homem na casa dos quarenta anos e devia ser o veterano da dupla. O outro não parecia ter metade da idade do parceiro e estava mais nervoso do que tentava transparecer.

— Qual o problema sr.Policial? É crime um homem elogiar uma garota por aqui?

— O que você chama de elogio o condado de Erie pode interpretar como tentativa de assédio.

— Tudo bem, eu posso ir comer em outro lugar. — O barbudo riu e levantou de sua mesa com as mãos levantadas, como se aquilo fosse um filme de polícia e ladrão. — Ninguém quer problemas, certo?

O policial olhou para Anne.

— Alguma queixa aqui?

— Eu acho que não. — Ela disse sem tirar os olhos do barbudo maluco. Não ia deixar ele pensar que a intimidava.

Ele saiu da lanchonete com os dois policiais atrás dele. Chegando na porta, deu uma última olhada na direção dela e mandou um beijo. Da onde esses tipos saem?



Depois de todo esse incidente o clima na lanchonete foi voltando ao normal, logo o barbudo tarado não passava de uma lembrança irritante e Anne foi até a cozinha para poder ajudar Luc com a limpeza.

Ele se encarregou de lavar os pratos, talheres e panelas e ela da organização dos armários e geladeira.

— A gente precisa colocar o lixo para fora antes do turno da tarde. — Luc disse, apontando para dois sacos pretos grandes e cheios até a boca com lixo. — Tem uma lei meio que não escrita que diz que o lixo é trabalho dos novatos.

— Aposto que tem. — Anne resmungou enquanto pegava o primeiro saco.

Atrás da lanchonete, em uma rua estreita formada pelos fundos do restaurante e um prédio vizinho, tinha um container metálico verde onde o lixo era acumulado e depois recolhido pelo caminhão de lixo local.

Ela abriu a pesada tampa e impulsionou o saco para dentro. A julgar pelo tamanho ela podia ter jurado que aquilo estaria muito pesado, mas para sua surpresa estava tão leve que nem sentiu o peso.

Ela voltou para pegar o segundo saco enquanto Luc a olhava incrédulo.

— Nossa, eu estava brincando. Não precisava ter feito isso, eu ia carregar esses sacos com o Willis!

Anne deu de ombros.

— Relaxa, só tem mais esse. Eu não tô a fim de ficar parada.

Luc ficou olhando perplexo enquanto ela levantava o saco bem na frente dele.

— Caramba, o que é que você come no café da manhã? Essas coisas estavam bem pesadas!

Anne se permitiu sentir o peso em seus braços e então riu.

— Acho que você está precisando entrar em forma Luc. Isso aqui está bem leve.

Do lado de fora da lanchonete ela abriu mais uma vez o container e jogou o saco lá dentro com facilidade. Escutou o barulho de passos se aproximando dela.

— Sério mesmo Luc, não preciso de ajuda. — Ela se virou e parou no lugar quando viu que não era Luc a pessoa de pé a sua frente.

O barbudo esquisito do salão estava de volta e a encarava com um sorriso irritante na cara.

— Sabe, — ele começou. — não gostei de como deixamos as coisas. Daí resolvi voltar para nos entendermos melhor.

Anne se afastou alguns passos dele e olhou na direção da porta dos fundos da lanchonete, que tinha fechado quando ela saiu. Ela podia gritar por ajuda, mas estava de saco cheio daquele cara e sabia que podia dar conta de um tarado como ele.

Ninguém imaginava quando a conhecia, mas ela já tinha praticado Krav Maga quando estava na escola. Quando tinha doze anos tinha se juntado ao clube de luta de sua escola por causa do único professor de educação física do qual ela tinha gostado, Tom Harris.

Anne sempre foi uma pessoa de temperamento curto e nunca deixou de bater em qualquer um que a perturbasse. Tom já tinha dado algumas advertências a ela por causa disso e um dia decidiu que ela precisava aprender disciplina. Ele ensinava a arte marcial em seus dias de folga e a convidou a se juntar a seus alunos. E o pior é que funcionou.

Graças aos treinos com Tom ela passou a ser uma pessoa muito mais paciente. Raramente permitia sua raiva assumir o controle, mas ao ver o sorriso daquele nojento, decidiu que a hora de ser paciente e educada tinha acabado.

— Eu vou falar uma vez só. — disse, abrindo espaço entre os pés para melhorar sua postura e equilíbrio. — Seja lá o que você acha que vai conseguir aqui, não vai rolar. Vai para casa.

— Gatinha e durona, você é uma coisa incrível mesmo. — Ele respondeu, ainda se aproximando dela.

Quando a distância entre eles ficou pequena de mais e ele esticou um braço em sua direção Anne sentiu a tensão nos músculos e soltou toda a raiva que estava acumulada nela. A melhor defesa é o ataque.

Ergueu a perna direita e viu seu oponente se preparar para um chute, exatamente como esperava.

Então abaixou a perna e acertou o calcanhar com um golpe forte e preciso, onde aplicou todo seu peso. O efeito foi instantâneo. Primeiro veio o som de osso quebrado e depois um grito de dor.

Quando o barbudo se dobrou, perdendo o equilíbrio, ela acertou uma joelhada na cara dele, jogando-o de bruços no chão sujo.

— Quer reconsiderar suas escolhas de vida agora? — Ela perguntou, sorrindo satisfeita consigo mesma.

— Sua vaca! — Ele gritou, se retorcendo de dor. — Olha só o que você fez. Agora eu não vou mais pegar leve com você.

Anne percebeu uma alteração absurda na voz dele. O sujeito falava com um tom mais grotesco e quase incompreensível. Quando ele a olhou de novo, os olhos dele tinham uma cor avermelhada muito estranha e os dentes dele... todos eles... pareciam afiados e pontiagudos. Mas que merda é essa?

O homem, agora em uma versão muito mais feia de si mesma, levantou e avançou com um grito de fúria quase animal. Ela não esperava uma reação dessas, considerando que o golpe que aplicara nele deveria ter inutilizado sua perna. Nem mancando o infeliz estava!

Ele a segurou pelos dois braços e a ergueu como se não pesasse nada, jogando-a contra a parede com toda sua força. Anne sentiu a dor explodir nas costas e bateu a cabeça com força, ficando tonta e sem conseguir enxergar nada na sua frente.

Sentiu as mãos dele se fechar com força em seu pescoço e de repente o ar a abandonou. Ela tentou afastar as mãos dele, mas o aperto era muito forte e ainda estava tonta por causa da pancada na cabeça.

Sua visão começou a clarear aos poucos e Anne viu um rosto monstruoso a centímetros do seu.o bafo quente dele invadiu seus sentidos. O que é esse cara?

— Relaxa, — ele sussurrou em seu ouvido. — para de lutar e isso vai acabar logo. Se quer saber, estou até te fazendo um favor. Conheço coisas que fariam muito pior com uma semideusa tão indefesa quanto você.

— Do que... — A voz dela lutou para sair. —você está falando...

O homem começou a rir.

— Você nem ao menos sabe o que é, não é mesmo?

Anne começou a dar socos e pontapés em seu inimigo, tentando desesperadamente se libertar. Ele perdeu a paciência e bateu sua cabeça com força contra a parede mais uma vez, fazendo o mundo dela perder foco.

...Você não pode salvar nem a si mesma, quem dirá os nove mundos...

A voz sinistra de seu sonho voltou a assombrá-la. Anne não conseguia acreditar que logo em uma situação daquelas a última coisa que iria ouvir ia ser a risada daquele maluco e essa voz sinistra em sua cabeça.

Então alguma coisa atrás do barbudo maluco chamou sua atenção. Um vulto que foi se aproximando cada vez mais e mais deles. Ouviu seu inimigo gemer de dor e na sequência ela estava deitada, de cara no chão, engolindo ar aos poucos.

Viu dois vultos se engalfinhando na sua frente e depois escutou o barulho de... rosnados? Aquilo não podia ser real...

Anne tentou levantar, mas seu corpo não quis obedecer. Só o que conseguiu foi ficar deitada na chão frio e sujo até que alguma coisa a levantou dali.

Ela olhou para a pessoa que a mantinha segura em seus braços e dois olhos azuis profundos a encararam de volta.

— Fica comigo, garota. — Uma voz masculina, forte e intensa falou com ela. Ele parecia realmente preocupado. — Vai ficar tudo bem. Não se atreva a morrer assim.

— Tá bom... eu não vou me atrever. — Ela conseguiu responder antes de perder a consciência.

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