O assassino - DEGUSTAÇÃO

נכתב על ידי Carlie_Ferrer

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Sobre o livro
Introdução
Capítulo 01
Capítulo 02
2 parte 2
Capítulo 03
Capítulo 05
5 - parte 2
Capítulo 06
Capítulo 07
7 - parte 2
Capítulo 08
8 - parte 2
8 - parte 3
Agradecimento
3 anos de sonho...

Capítulo 04

31.8K 3.2K 449
נכתב על ידי Carlie_Ferrer

Olá amoras, mil perdões não ter postado ontem, mas a internet não funcionou de jeito nenhum! E o técnico só veio hoje.

Vou postar agora o 4 e o 5.

Um beijão pra vocês!

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Quando Maria abriu os olhos já estava quase anoitecendo. Sentou-se na grama do castelo sentindo uma terrível dor no corpo e na cabeça, e a garganta ardendo. Usou a força que lhe restava para se levantar e cambaleou até a porta. Bateu com toda força que pôde naquele momento, mas não ouviu resposta. Voltou vagarosamente para frente do castelo, nenhuma luz acesa, nenhum sinal de nada. Será que ele havia saído? Bateu novamente, agora na porta da frente, mas não houve nenhum sinal de dentro do castelo. Pegou sua bolsa e resolveu ir embora, sua cabeça parecia que ia explodir.

Ao invés de ir para casa, passou numa farmácia e foi para a biblioteca. Precisava falar com Jessica. Assim que entrou na biblioteca, Jessica correu para que ela se apoiasse e a sentou numa cadeira.

— O que aconteceu com você? Maria, por que está assim? — Jessica parecia em pânico.

— O lago — Maria queria responder, mas sua garganta ardia muito.

— Que lago? Onde?

— No castelo — sussurrou ela.

— Ele tentou matar você? Tentou te afogar?

Maria negou com a cabeça, tentou falar que ao contrário, ele havia salvado sua vida, mas sua garganta doía muito e não saiu som algum de sua boca.

Um rapaz que estava sentado numa mesa próxima lendo, abandonou o livro e se aproximou para ajudar.

— O que aconteceu?

— Moisés, você pode levar a minha amiga para a casa da dona Marta? Ela não está passando muito bem.

Moisés concordou e pegou Maria no colo saindo com ela dali.

Maria pegou um forte resfriado e uma inflamação na garganta. Juntando com a dor de cabeça que já estava sentindo, estava derrubada, de cama, sem conseguir falar. Cláudia havia ligado tantas vezes, que Marta desligou o telefone fixo, já que Maria não poderia falar com ela. Jessica passava todos os dias na sua casa para ver como ela estava, e Maria agradeceu muito a amiga em pensamento por não ter dito nada a Marta sobre onde ela esteve. Até mesmo Moisés, que Maria descobriu, trabalhava no mercado, na área do sacolão, passou a visitá-la, e muitas vezes, levava frutas deliciosas e macias, que eram as únicas coisas que Maria conseguia engolir. Já não aguentava mais o mingau aguado da tia. Talvez por causa da febre que se instalou nela por três dias, Maria viu quase todas as noites a figura da mulher loira que pedia ajuda, então quase não conseguia dormir.

Oito dias após o ocorrido, Maria finalmente conseguiu falar, sua febre estava sob controle e a inflamação na garganta bem melhor, a incomodava só mesmo na hora de engolir. Desde que acordou, ficou esperando anoitecer para que Jessica fosse a sua casa, precisava falar com ela. Para a sorte de Maria, assim que Jessica chegou, Marta pediu que ela tomasse conta dela, pois precisava sair para fazer umas compras, e assim, teve a oportunidade perfeita para conversar com ela.

— Obrigada por não dizer nada — foi a primeira coisa que Maria disse a Jessica.

— Você já consegue falar! Ótimo! Agora me explica pelo amor de Deus o que aconteceu com você? Tem ideia de quantas coisas passaram pela minha cabeça?

— Eu caí no lago, que fica atrás do castelo.

— Tem um lago atrás do castelo? Eu não fazia ideia que havia um lago nessa cidade. E por que estava perto do lago que fica atrás do castelo? Você não disse que o jardim fica na frente?

— Do começo, pode parecer loucura demais, mas tudo bem. Eu tenho tido uns pesadelos com uma mulher que eu nunca vi. E ela me pede para tirá-la do castelo. É como se ela estivesse presa lá.

Jessica pareceu muito confusa.

— Espera aí, como assim uma mulher que nunca viu? Quantas vezes sonhou com isso?

— Eu tinha sonhado umas três vezes antes do incidente. Mas depois, acho que por causa da febre, sonho quase todo dia.

— Você acha que há uma mulher prisioneira no castelo?

— Achava. Foi por isso que fui investigar o castelo e caí no lago. Mas depois desses dias pensei que se houvesse uma mulher trancada no castelo, não faria sentido nenhum ela aparecer para mim e pedir ajuda. É muito, surreal.

— Com certeza. Pode ser o mistério todo que ronda esse castelo e o homem estranho, isso está mexendo com sua cabeça. Por falar nisso, a dona Lucena andou me perguntando a semana inteira onde você estava quando se molhou daquele jeito.

— E o que você disse?

— Que estava na cachoeira. Mas Maria, e se de repente esses sonhos são uma espécie de aviso? Sei lá, que você corre perigo, que pode ficar presa naquele lugar. Você tem certeza que o estranho não empurrou você lago adentro?

— Pelo contrário, Jessica, ele me salvou. Eu não sei nadar.

Jessica ficou de pé num pulo.

— Vocês conversaram? Como ele é?

— Não, não conversamos. Eu estava desmaiada e depois com dor demais e confusa. Eu só o vi parado perto do lago antes de eu cair, depois alguém me carregou, eu vi uns olhos azuis e depois vi o vulto dele entrando no castelo quando eu já estava a salvo e acordada.

— Olhos azuis? O cara, o bonitão que te falei que morava lá antes tinha lindos olhos azuis. Será que é ele?

Maria ia falar, mas Jessica tapou a boca numa expressão de horror e Maria aguardou que ela dissesse o que estava pensando.

— Ai meu Deus! Maria! Você disse que sonha com uma mulher loira. Como ela é? Ela tem cabelos compridos, com ondas que brilham e olhos verdes?

Maria sentou-se na cama.

— Tem. Por quê? Você a conhece?

— A esposa dele. Eu não lembro o nome dela, mas a esposa do bonitão era assim. Será que é ela que você vê?

— E por que eu sonharia com a esposa dele?

— Sei lá, vai que eles moram lá e ela é uma feiticeira e está com ciúme de você cuidando do jardim e quer te assustar. Talvez ela ache que você está dando em cima do marido dela, o que explicaria essa sua fascinação por aquele castelo estranho.

— Jessica! Eu não estou dando em cima de um desconhecido que pode ser um assassino. Eu só preciso cuidar das flores e descobrir o que aconteceu naquela rua.

— Quanto a isso, eu perguntei disfarçadamente ao Moisés o que ele sabia sobre aquela rua, sabe, ele é exatamente dez anos mais velho que a gente, achei que devia se lembrar. Ele disse que uma mulher foi assassinada brutalmente lá e que isso assustou tanto os vizinhos dela na rua que todos se mudaram.

Maria se lembrou da fotografia do casal de uma das casas abandonadas. Podia ser aquela a mulher assassinada.

Ela se lembrou de Cláudia e do telefone desligado, então se levantou.

— Aonde vai?

— Ligar para uma pessoa.

Maria aproveitou a saída da tia e ligou para Cláudia, que atendeu quase tendo um ataque e falando cinco minutos sem parar que quase morreu de preocupação. Maria queria saber como ela sabia que tinha estado doente, mas sendo Cláudia, isso nem a assustava.

— Escuta, Cláudia, tenho tido uns pesadelos... — Mas antes de terminar de falar, Cláudia a interrompeu.

— Isso! Só pode ser isso. Escuta, eu tive uma visão que você vai receber um aviso, e se ignorar, vai condenar uma pessoa inocente a viver um inferno para sempre. Mas se segui-lo, pode salvar essa pessoa de um destino horrível, mas estará em perigo. Eu te diria para se salvar e deixar isso para lá, mas de alguma maneira, eu não sei Maria, você tem que fazer isso. É como se só você no mundo pudesse fazer, então seja o que for que anda sonhando, faça. Mas tome cuidado.

Maria ficou um tempo sem reação. Despediu-se da amiga com uma desculpa e contou para Jessica. As duas ficaram estupefaças e sem saber o que pensar. Um tempo depois Jessica já estava brincando com o acontecido, para quebrar o clima.

No dia seguinte, Maria acordou muito melhor, não teve pesadelos e dormiu como há muito tempo não fazia. Decidiu tomar café normalmente, mas se arrependeu dessa decisão assim que saudou a tia e começou a comer.

— Já está melhor pelo que vejo. Então, pode explicar onde estava na noite em que adoeceu?

Maria engasgou, nem tinha pensado que teria que se explicar, então resolveu manter a história de Jessica, que com certeza Lucena contara a Marta.

— Achei uma cachoeira, acho que caí nela.

— Acha? Você estava toda molhada!

— Então devo ter caído. Eu não lembro direito.

Marta a encarou duvidosa, mas como não havia outra explicação, concordou satisfeita.

A campainha tocou e Marta foi atender, era um buquê de flores destinado à Maria. Essa, recebeu o buquê da tia tão curiosa quanto ela para saber quem mandara. Mas antes mesmo de ler o cartão, sentiu-se congelando e seu coração acelerando. Conhecia aquelas flores, eram flores raras que Maria só havia visto em um lugar da cidade. Pensou que se abrisse o cartão perto da tia, e fosse mesmo quem ela achava que era, e se a tia soubesse o nome dele, faria um escândalo.

— Não vai ver quem mandou?

Maria tomou o cartão da tia disfarçando.

— Só pode ter sido o Moisés, quem mais seria? — E saiu para colocar as flores em um vaso e cortar o assunto.

Foi para o quarto bem na hora que Jessica havia acabado de chegar com coisas para ela comer e perguntado sobre as lindas flores. Maria abriu o cartão sentindo as pernas tremerem quando leu, então passou a Jessica.

"As flores estão sentindo sua falta, e eu também.

Melhoras."

— Foi ele. Maria, ele te mandou flores.

— Eu sei — respondeu ela sentando-se na cama. Mais uma vez, ele não havia assinado.

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