7 - parte 2

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Ei amoraaaaaas!

Avisoooo: A partir de amanhã Sublime volta. \o/\o/\o/

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Maria tentou ligar para Cláudia, mas a tia havia bloqueado o telefone, então esperou mais uns minutos para ver se Cláudia retornaria, como não aconteceu, foi para a casa de Jessica, que já a aguardava na varanda.

— Você demorou! – reclamou ela puxando Maria para dentro de sua casa.

— Você tem alguma ideia do que ela quer me mostrar?

— Nenhuma, ela não me deixou ver.

As duas encontraram Ester sentada em sua poltrona na sala, com uma caixa velha no colo.

— Sente-se, Maria.

Maria sentou-se de frente para ela e Jessica sentou-se ao seu lado.

— Eu pedi que você não se envolvesse com isso, mas o que mais se pode esperar de jovens curiosas? Você queria saber o que aconteceu lá. Pois bem, eu vou te falar para que você não precise mais mexer nessa história.

Assim Ester retirou da caixa um plástico com uma folha velha de jornal dentro e entregou a Maria. Os olhos de Jessica brilharam e Maria entendeu que se tratava das reportagens que Jessica mencionou uma vez que a família guardava sobre a tragédia da Rua Londrina. Maria leu a folha velha, quase apagada:

Tragédia em Passaredo...

Na noite de ontem, 18 de junho, uma mulher foi brutalmente assassinada em frente sua casa na Rua Londrina. A mulher foi morta a machadadas e pedaços de seu corpo foram espalhados por toda rua como aviso aos demais moradores. A polícia local não revelou ainda a identidade da vítima, mas desconfia-se que o assassino resida na mesma rua onde o crime ocorreu.

Ao final da pequena matéria havia uma foto em preto e branco de um corpo coberto por uma lona preta. Maria e Jessica ficaram sem ar por um tempo. Depois, Jessica foi quem quebrou o silêncio, devolvendo a folha para a avó e gaguejando a pergunta:

— O assassino foi preso?

— Não. Mas foi embora. O que não quer dizer que não voltará se vocês procurarem por ele. Agora podem imaginar porque ninguém mais mora lá. Em cada pedaço daquela rua há sangue inocente e o aviso que qualquer um pode ser o próximo. Nós nunca vimos tanta crueldade, em respeito a ela, aquela rua foi desabitada.

— Mas os crimes lá não pararam por aí — comentou Maria, percebendo que sua voz saía baixa e falha.

— Não. Isabel Damasceno era amiga da vítima. Ela e o marido disseram para todo mundo ouvir que colocariam o verdadeiro assassino na cadeia. Poucos dias depois, eles desapareceram. Uns anos depois dois corpos foram encontrados boiando em um lago que fica atrás daquele castelo, mas a polícia nunca confirmou se eram eles.

— Espera, a senhora disse colocar o verdadeiro assassino na cadeia? Por quê? Prenderam o homem errado?

— Sim, prenderam o proprietário do castelo, Inácio Edenhal. Mas logo descobriram que ele tinha um álibi e ele foi solto.

Era informação demais para uma noite na cabeça de Maria. Lembrou-se do que Moisés havia dito: um homem cruel que assassinou a própria esposa. Se Inácio havia sido inocentado do crime, a vítima não era Alessandra. Ou o álibi dele era falso.

— As pessoas têm essa mania de culpar as pessoas erradas por comodidade, para ter quem odiar — disse Ester.

Nesse momento um trovão gritou no céu enquanto um raio clareou a noite escura.

O assassino - DEGUSTAÇÃOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora