Uma silhueta alvoroçada se dirigia a passos rápidos na direção dos meninos relaxados na sala de jogos.
-Quem é aquele? Um soldado retardado?
Chen riu cutucando Zitao, que olhou apertando os olhos para o homem que gritava algo inaudível.
-É o Wu...
Ele disse para si mesmo levantando-se e encarando ainda mais a sombra que se aproximava, Zhang também levantou e lutou contra a forte luz que machucava sua vista.
-Impossível, o que esse cara quer aqui? Quem deixou ele entrar?
Yixing sacou a arma que antes estava presa em sua cintura definida e ap.
-Não Yixing! Por favor, não atire...e-eu...
Huang não terminou a frase, não era nem preciso, todos viam que ele ainda nutria sentimentos por seu ex-noivo, Zhang apenas abaixou a arma e encarou o homem que parecia desesperado.
-Você não é bem vindo aqui Wu Yifan!
-Não vim falar com você seu babaca! Vim avisar algo importante ao meu Tao!
-Comigo?
O chinês de olheiras delicadas saiu de trás de Zhang e esperou o que seu ex tinha a lhe falar.
-O que eu falar vai ajudar a todos vocês.
-Veio pagar de herói agora? Isso não muda o que você fez.
Yixing cuspiu suas palavras, mas eles pareceram não ter efeito algum sobre Wu.
-Não quero ser herói, só não quero ver vocês morrendo. Nem você Zhang.
-Morrer como assim?
Suho disse suave apertando as mãos de Yixing.
-O exercito vai chegar aqui dentro de duas horas, isso é tempo suficiente pra vocês eliminarem todas as provas que condenam vocês como digitais, papeis e testemunhas.
Kris disse calmo, mas seus sentimentos eram totalmente diferentes. Kyungsoo e Kai correram para a sala de tortura, Zhang, Suho, Sehun e Minseok foram para a sala de informática queimar os arquivos de todos os dispositivos. Os outros foram recolher dinheiros e armas deixando Kris Wu e Zitao a sós.
-Eu senti sua falta Huang.
-Tem certeza que não foi do Junmyeon? Porque que eu me lembre você colocou a merda de uma escuta no quarto deles. Talvez você veio pra avisar o Jun.
-Não diga bobagens, Zitao eu fiquei com você todos esses anos. Me perdoe, eu te amo. Agora vamos, vamos fugir juntos.
-Não é tão fácil Kris... E-eu vou ajuda-los a arrumar as coisas... Agora eles são minha família e não vou abandonar nenhum deles.
-Eu posso te ajudar?
-Tanto faz. Agora temos que ir, eu já perdi muita gente quando o exercito invadiu a sua máfia, não vou perder eles também.
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-O que vai fazer com eles Soo?
Kim Jongin perguntou ao namorado de grandes olhos, que sorria com uma ciringa esverdeada nas mãos e uma escura na outra.
-Vou aplicar essa belezinha em todos que ainda estão vivos, é ácido.
-E a outra?
-Huh?! Esse é pro pai do TaeTae.
-O que é?
-Cimento...
Soo falou com um jeito óbvio.
-Vou colocar em vários pontos do pai do Taeoh...
Ele disse simples e sereno.
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-Yixing... Eu estou com medo.
Suho balbuciou pegando as roupas de seu armário
-Myeonnie, fica calmo okay? Você não está sozinho.
Ele o abraça por trás depositando um beijo suave no ombro dele.
-agora vamos, não temos muito tempo.
*****
Os homens parados na frente do grande depósito, onde passaram a maior parte da vida, teriam que abandonar tudo.
Zhang não poderia proteger seus soldados.
Suho não poderia visitar sua mãe uma última vez.
Kai não poderia se despedir do seu pequeno Taeoh.
Do não poderia manter seus hobbies mortíferos ativos.
Minseok não poderia reclamar da bagunça que faziam.
Jongdae não poderia gritas esbanjando alegria com o de costume.
Chanyeol não poderia sorrir abertamente com sempre fazia.
Baekhyun não poderia fazer piadas para animar aos outros.
Sehun não poderia falar "yehet" com seu grande sorriso.
Não poderia.
Não poderia.
Não poderia.
Tudo o que poderiam era fugir, fugir como covardes, abandonado tudo o que e qualquer coisa importante pra eles.
Pelo menos estariam juntos... Por enquanto. No mínimo até começarem a ser procurados.
Foi isso que a vida na máfia os proporcionou a eles: riquezas, uma boa vida, poder, sorrisos, amores, fama...
E foi isso que a vida na máfia arrancou deles: lágrimas, medo, despedidas, a felicidade, os sonho e o pior de tudo a liberdade.
Agora não passam de criminoso fugindo de uma grande potência de homens bons armados até os dentes, agora Zhang se sente vulnerável pela primeira vez na vida, se sente um inútil que não pode livrar nem ao menos seu namorado dessa sujeira toda.
Eles tiveram que trocar o luxo por uma casa pacata, pequena, escura e sem muito espaço. Seus nomes corriam na TV sempre pronunciado com um "procurado" após. Só conseguiam se concentrar na decepção, uma repórter mostrava a sala de tortura, corpos de homens caídos sem vida ao chão, Soo suspirou e abraçou o namorado.
Desde a hora que chegaram na pequena casa ninguém tinha pronunciado nada, os minutos passavam melancólicos fazendo alguns membros, como Tao, Byun e Chen, derramarem algumas lágrimas pesadas. Todos ali sabiam o que viriam a seguir, teriam que se dividir, fingir ser outras pessoas, trocar de nome e talvez até aparência, o pior de tudo teriam que fingir não se conhecer e abandonar o passado em que viveram.
Nenhum deles estava preparado para isso, todos se amavam eram uma família. Famílias não podem ser esquecidas dessa forma. Mas não havia outro caminho, o destino era cruel e não permitia escolhas.
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Tô triste... Tá acabando
Amo vcs
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