Traga-me para a Vida (Os Thom...

بواسطة OllyMolinari

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Alice Kaufmann teve a sorte de encontrar um pretendente na sua primeira temporada em Londres. Lucius Oldenber... المزيد

Prólogo
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Lançamento
Pré-venda aberta!
Livro físico 😍

Capítulo 1

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بواسطة OllyMolinari

"Você levou meu coração

Me enganou desde o começo

Você me mostrou os sonhos

E eu desejei que eles se tornassem realidade

Você quebrou a promessa e me fez perceber

Que tudo não passava de mentira."

Angels - Within Temptation

Heartfordshire, Inglaterra

1882 (Dois anos depois)

O pequeno aposento localizado numa antiga hospedaria parecia não comportar seus acontecimentos recentes. A cama rangia mediante o movimento das pessoas que nela estavam.

Phillip sentiu as unhas da prostituta descendo por suas costas numa vã tentativa de arranhá-lo. Com movimentos rápidos, pegou seus braços e os prendeu acima da cabeça.

― Não pare... - ela gemeu, porém, ele não estava ali para dar o mínimo de prazer para ela, mas sim para cumprir seus próprios desejos.

― Shio... acalme-se. - disse ele com a voz baixa. Ela abriu mais as pernas para que ele pudesse ir cada vez mais fundo.

E ele não perdeu tempo. Com força se movimentou mais e mais rápido, fazendo com que ela gemesse seu nome, buscando pelo ápice do prazer. A mulher abriu os olhos e tentou beijá-lo.

Phillip não parou seus movimentos, entretanto, segurou o pescoço da mulher e a encarou friamente. ― Eu já disse que não compartilho beijos.

A mulher assentiu mediante o olhar frio e relaxou, quando Phillip soltou seu pescoço e desceu os dedos em seu lugar frágil, massageando-a com a destreza de um mestre da sedução.

― Agora é a sua vez... - ele disse, com a voz calma e estranhamente assustadora. A mulher não conseguiu pensar em mais nada a não ser nos toques gentis distribuídos em seu ponto sensível, que a fizeram se retorcer, alcançando níveis que jamais atingira.

Phillip assistiu a cena satisfeito. Raramente dava prazer algum à uma prostituta, entretanto, aquela merecia por ter sido gentil durante toda a noite. Ele a olhou mais uma vez e ela era bonita. Corpo bem desenhado, seios fartos, olhos verdes e cabelos loiros.

― Quantos anos você tem? - perguntou docemente, sem deixar de acaricia-la.

A mulher abriu os olhos estranhando a pergunta, sua mente girava e não conseguia raciocinar bem.

― Vinte.

Phillip abriu um sorriso diabólico. ― É uma pena que esta será a sua última noite... - sussurrou. ― Mas foi bom conhecê-la.

A prostituta não havia entendido direito, seu corpo foi atingido por espasmos e o cansaço a pegou. Nunca havia se deitado com um homem tão formoso quanto aquele.

― O que você disse? - perguntou depois de um tempo, quando seu corpo se acalmou e pôde vislumbrar os olhos dele perfurando-a.

Phillip a encarou por longos segundos e soltou um suspiro alto.

― É uma pena, mas eu estou com fome e você me parece um bom alimento.

Ela ainda não havia entendido uma só palavra quando viu os olhos que a perfuravam tomarem uma cor avermelhada. Ele sorriu e seus dentes revelaram duas presas assustadoras.

― O... quê?

Tentou dizer algo, mas era tarde demais. Phillip se colocou sobre ela novamente e enfiou suas presas sedentas em seus pescoço, sugando todo o liquido viscoso de suas veias. A prostituta tentou lutar, mas suas forças a deixaram no instante que ele sugou com mais força.

E quando ela já não tinha um resquício de fôlego, Phillip rasgou seu pescoço e a soltou. Rapidamente se levantou, formoso com seu porte musculoso e secou os cantos dos lábios. A luz da luz invadia o aposento e ele se sentou numa poltrona próxima ao leito.

Fechou os olhos e se sentiu mais uma vez vivo, coisa que era irônico, na verdade. Há alguns dias não se alimentava e já corria riscos de atacar alguém próximo. Infelizmente a escolhida fora aquela prostituta que ele nem sequer se deu ao trabalho de perguntar seu nome.

Olhou para a mulher mais uma vez. Seu trabalho estava bem feito com aquele rasgo em sua garganta, e um pouco de sangue que ele deixou propositadamente, pensariam que fora atacada por um maníaco.

O que não deixava de ser verdade. Muitas vezes Phillip se sentiu um maníaco, entretanto, o que lhe restava a não ser aprender a viver com aquela maldição?

Levantou, vestiu suas roupas e tirou do bolso algumas moedas. No final das contas, a mulher lhe atendera muito bem e apesar de não precisar mais do dinheiro, alguém precisaria para velar seu corpo.

~

Alice chegou ao Palácio da família Thompson e se impressionou com a magnitude do lugar. O cocheiro parou a carruagem e levou algum tempo para que descessem suas malas.

Enquanto aguardava pacientemente correu os olhos pelo local. Era uma belíssima construção que deveria carregar anos de história. O cocheiro abriu a portinha e um dos criados se apresentou.

― Senhorita Kaufmann, sou Joseph e vou ajudá-la a chegar até seu aposento.

Alice assentiu e permitiu que o jovem criado a pegasse no colo. Apesar de jovem, ele era muito forte e a levou para dentro. Ele subiu um lance de escadas e a guiou pelo corredor do lado esquerdo.

Não teve tempo de reparar muitas coisas, afinal, estava tão cansada pela viagem e tudo o que queria era descansar um pouco. Joseph a colocou sentada no leito e outra criada entrou logo após.

― Peço licença, sou Joann e estou aqui para ajudá-la no que precisar.

Alice sorriu mais uma vez e observou seu novo aposento. Era praticamente o dobro de tamanho do seu em Londres. Uma decoração bem feminina, com móveis de cor mogno e duas janelas exorbitantes. Em baixo de uma delas tinha uma escrivaninha e vários papéis.

― Só preciso que tragam minha cadeira. - pediu docemente. Joann sorriu para ela.

― Claro, Joseph já está se encarregando disso.

Alice assentiu mais uma vez e observou a mulher que tirava suas roupas das malas. Torceu suas mãos uma na outra, um pouco nervosa e temerosa pelo que estava por vir.

Quando sua mãe lhe anunciou que a enviaria para ser dama de companhia de uma moça de família distinta, Alice não imaginou que ela lhe ocultara o fato de que não poderia andar.

Como eles reagiriam?

Perguntou dezenas de vezes para sua mãe se mesmo nessa condição podia se tornar dama de companhia de alguém. Viviana, louca como era, lhe disse que se não servisse para isso, não serviria para mais nada.

A criada saiu do aposento e pediu que descansasse. Pelo que entendeu a família tinha saído para algum lugar e logo retornariam. Alice ficou sozinha com seus próprios pensamentos.

Dois anos se passaram desde o acidente que lhe tirou os movimentos das pernas. Dois sofridos anos teve que aguentar sua mãe chorando pelos cantos dizendo que além de inválida, nunca conseguiria arrumar um outro casamento tão distinto quanto aquele.

Alice chorou por inúmeras noites até o dia em que as lágrimas não desceram mais. Já havia se acostumado com as gritarias da mulher, com os olhares de pena que recebia e com sua situação. Nada poderia mudar aquilo, e somente lhe restava ser forte e viver a sua vida, mesmo com a certeza de que nunca mais encontraria o verdadeiro amor.

Arrancaram seu coração e o destruíram. Penélope com sua falsa amizade e Lucius com suas falsas promessas de amor verdadeiro. Suspirou e olhou para as grandes janelas.

Esperava que pudesse recomeçar longe de sua família e que a irmã do Duque fosse uma boa pessoa que a aceitasse mesmo com todas as suas limitações.

~

Phillip Thompson apontou mais uma vez a flecha atada ao seu arco e aguardou até que estivesse seguro o suficiente para atingir o alvo. Concentrou sua mente e disparou de uma só vez.

― Santo Deus! Até eu atiraria melhor!

― Você não sabe nem manusear um arco e flecha, Evelyn. - resmungou, encarando sua irmã mais nova.

― Sai daí que é a minha vez. - disse Charles enquanto pegava das mãos de Phillip o arco e a flecha. ― Aprenda comigo, irmãozinho.

Phillip revirou os olhos. Seus irmãos eram umas pestes e faziam de tudo para atazanar sua vida. Evelyn era uma doce jovem, tão bonita quanto sua mãe.

Charles era o segundo filho, um poeta por natureza e acreditava que um dia encontraria seu verdadeiro amor. Assim como Evelyn, também herdara a beleza inconfundível de sua família.

Phillip cruzou os braços e esperou que Charles acertasse o alvo. Como era de se esperar, acertou e Evelyn lhe lançou um sorriso cúmplice.

― Deve haver algum tipo de pacto entre meus irmãos para me verem derrotado. - Phillip resmungou. ― Mas se é isso o que esperam, sinto muito em decepcioná-los.

Phillip tomou os objetos da mão de Charles e tão rápido quanto um raio, lançou a flecha que ultrapassou o alvo, perdendo-se na mata fechada.

― Isso não é justo! - Evelyn protestou. ― Já dissemos que não vale usar nossos "poderes".

― Aqui quem faz as regras sou eu. - Phillip devolveu, com um sorriso travesso nos lábios.

― Você seria um péssimo humano, disso eu tenho certeza. - Charles comentou com ironia.

Phillip não respondeu aos comentários de seus irmãos. Estavam na parte traseira do palácio, em um terreno declinado, rodeados por árvores, onde costumavam passar as tardes com seus jogos e diversões.

― Você só não ganha por que não quer, querido. - Evelyn riu abertamente. ― Vejamos só, Joann vem ao nosso encontro como se o mundo estivesses prestar a acabar.

Os três observaram a governanta que corria com suas pernas curtas, quase caindo colina a baixo.

― Seria interessante se ela viesse rolando. - Charles comentou, um meio sorriso nos lábios.

A mulher finalmente chegou, com a respiração ofegante e o rosto vermelho escarlate e fez uma reverência desajeitada.

― Vossa Graça.

Phillip assentiu. ― Creio que minha querida mãe a mandou nos procurar.

Joann ofegou.

― Tens razão. Vim para avisá-los de que a garota já chegou.

― Que garota? - Charles perguntou curioso.

― A nova dama de companhia de Evelyn. - Phillip respondeu, saciando a curiosidade de seu irmão.

― Mal posso esperar para conhecê-la! - Evelyn sorriu ― Tomara que seja uma moça de bom coração... ou terei que tomar providências igual com a última.

Phillip riu descrente. ― Você não era assim, minha querida irmã.

― Será que pelo menos é uma bonita donzela? Estou precisando realmente encontrar meu verdadeiro amor. - Charles se intrometeu. ― Se bem que... - continuou, dirigindo o olhar ao mais velho ― Enquanto não se casar com a senhorita Blanchard, corro o risco de que morras e me deixe a herança maldita do teu título.

― E seria de grande valia para ti. - Phillip comentou.

― Sinto muito em te decepcionar meu irmão, mas não tenho o mínimo de interesse em sequer um terço de suas responsabilidades.

― Acalme-se Charles, sabe que não morrerei tão cedo... ou nunca. - completou mentalmente.

Evelyn se aproximou do banco de madeira e pegou suas luvas.

― Falando nisso, eu soube que a senhorita Blanchard está voltando da França e mamãe está certa de que quando o fizer lhe firmará o compromisso, Phillip. Ela espera por isso há muito tempo.

Phillip se calou. Louise havia nascido na França, mas se mudara para Londres com sua família ainda quando era criança. Sua família era uma das mais importantes daquele lugar. John Blanchard era líder do conselho que Phillip era membro. Os dois mantinham uma parceria inigualável, tanto nos negócios quanto no quesito "segredo de família".

Louise era uma mulher linda, olhos azuis, cabelos loiros, alta e magra. Vestia-se conforme a última moda vigente, falava e se portava como uma Duquesa. Sem dúvidas, era a candidata perfeita depois de muitos anos de solidão. Entretanto, não havia conseguido despertar o coração de Phillip.

― Melhor voltarmos logo, antes que nossa mãe venha nos buscar.

Phillip disse, tentando desviar o rumo daquela conversa. A ideia de se casar novamente não era de toda ruim. Apesar de tudo, sabia que seria impossível encontrar um grande amor quanto no passado. Anne fora o seu primeiro e único, alguém que o marcou de todas as formas possíveis, mas que agora não estava mais ao seu lado.

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Oii pessoal, tudo bem? E aí, gostaram? Espero que sim hehe

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Serão postados 2 capítulos por semana...

Vou definir os dias e aviso vocês! Beijos, até o próximo ;*

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