Obsessão Perigosa

By LaraGPF

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A historia se baseia no abuso constante que Emily sofre pelo seu irmão, Miguel. Ele é louco por ela e desde q... More

Notinha:
Introdução:
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
NÃO É CAPÍTULO/ É NOVIDADE:
Capítulo 25
Livro novo!
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Desabafo:
Capítulo 29
Divulgação?
Capítulo 30
Recado!!!
Capítulo 31
Bônus
Capítulo 32
Capítulo 33
Bônus
Capítulo 34
Bônus
Capítulo 35
Capítulo 36
td na paz?
Capítulo 37
Capítulo 38
Bônus:
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Bônus
Capítulo 42
Bônus
Bônus
Capítulo 43
Capítulo 44
Bônus
Capítulo 45
Bônus
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Fatos sobre mim. Opa
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
capítulo 62
notícia urgente ;)
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Agradecimentos

Capítulo 61

12.9K 1.7K 501
By LaraGPF

Estamos quase chegando a 500k. Vamos lá galera, me ajude. Essa vitoria é nossa.

Boa leitura.

***

Emily narrando:

Sou acordada abruptamente pelas mãos agitadas de mamãe, que faltava berrar no meu ouvido para eu acordar de uma vez. Ainda estava com sono, só consegui dormir às três da manhã porque Teodoro não dormia de jeito nenhum, nem mesmo depois de eu nina-lo quatro vezes.

—O quê foi? —Questiono de olhos fechados.

—A policia está aqui. —Disse me acordando de uma vez da sonolência.

Esfrego as mãos nos olhos limpando-os. Suspiro fundo e encaro mamãe, dando de ombros.

—O que aconteceu pra policia está aqui... —Olho o relógio no criado mudo, perto da cama. —Às sete horas da manhã?! —Digo com um tom indignado na voz.

Minha mãe se aproximou de mim com os olhos arregalados, ela segurou as minhas mãos e me olhou por uns cinco segundos tentando de alguma forma arrancar alguma expressão minha. Sabia que ela iria fazer isso. Desde pequena, quando eu fazia algo errado acabava me entregando apenas com a maneira que eu olhava, mas esse tempo todo convivendo com Miguel aprendi a maneira mais fácil de ocultar qualquer sentimento.

—Você realmente não sabe? —Indaga intrigada, agora com os olhos estreitos.

—Se eu soubesse não estaria perguntando, não acha? —Digo de forma insolente. —Cadê Teodoro? —Olho para o bercinho do mesmo e ele não estava. Verônica. Aposto que ela acordou o coitadinho.

—Está com a Verônica.

—Sabia. —Digo abrindo um sorriso preguiçoso. —Já que ele está com ela, eu posso voltar a dormir?

—É claro que não. Tem dois investigadores lá em baixo querendo falar com você. —Disse nervosa.

—Por que eles querem falar comigo? —Pergunto novamente, já imaginando a resposta.

É claro que depois da morte daquele porco velho, a primeira pessoa que eles iriam investigar seria eu, primeiro porque não temos um bom relacionamento e segundo pela ordem de restrição que exigi da justiça. Simples.

Mamãe demorou uns minutos pra falar o real motivo, antes ela me analisou, não como mãe e, sim como juíza.

—Fala o que houve. —Peço novamente, com a voz calma.

—Aluísio Ferraz foi assinado ontem à tarde.

Arregalei os olhos, fazendo o possível pra parecer surpresa. Pus a mão na boca, depois respirei fundo e acenei com a cabeça.

—Eu não sei se fico feliz ou mal. Eu não sei... —Viro o rosto de lado, negando com a cabeça lentamente. —Nunca gostei dele, mas... como que ele foi assassinado?

Mamãe ainda me olhava.

—Por arma de fogo. O laudo médico vai determinar corretamente a causa da morte ainda hoje.

Assinto com a cabeça, perplexa.

—Minha mãe Luíza já sabe? —Pergunto, preocupada com a mãe Luíza.

—Ela está lá em baixo, conversando com os investigadores. —Mamãe se levantou e pôs a mão na cabeça, preocupada. —Eu estou tentando acreditar em você, Emily. Eu quero saber se foi você ou não. Diga a verdade pra mim, olhando nos meus olhos. —Exigiu, sentando novamente na cama a minha frente.

Franzo o cenho e gesticulo com a mão, me fazendo de sonsa.

—O quê?

—Você o matou ou mandou matar?

Começo a rir sem muita vontade.

—Queria muito que tivesse sido eu. —Digo de forma sincera, olhando em seus olhos claros. —Mas não fui eu, infelizmente.

Algumas lágrimas desceram dos olhos de mamãe, ela secou rapidamente.

—Eu já vi isso acontecer. Antes era Miguel... agora é você. —Ela se levantou, ainda enxugando os últimos vestígios de lágrima. —Espero que você tenha um bom álibi, porque eu não vou suportar ver a minha única filha na cadeia.

—Eu nunca menti pra você. Então por que desconfia de mim? Da sua ÚNICA FILHA?

Ela parecia está confusa, isso é bom. Se minha mãe, que é uma juíza, acreditar em mim, quem mais poderia desconfiar? Ela é especialista nessa área, mas eu aprendi com o melhor a disfarçar. Se eu quero fazer alguém acreditar na minha palavra, tenho que antes de tudo, acreditar em mim. E eu acredito. Eu não matei Aluísio, foi ele mesmo que se matou quando me ameaçou, quando me levou para aquele orfanato, quando simplesmente me negou uma chance de viver outra realidade que não fosse essa. Ele cavou a própria cova, eu apenas dei uma ajudinha de leve, nada de muito grave.

—Todos esses anos você nunca acreditou em mim. Agora, nesse momento, seria ideal para você me dá uma oportunidade. —Digo as palavras antes mesmo de conter a minha língua.

Ficamos em silêncio. Mamãe estava virada de lado para mim, provavelmente pensando ou tentando acreditar.

—Acredite no que quiser mãe. Estou farta de tentar provar algo pra você. —Falo e me levanto. —Diga que irei descer daqui a pouco. Prometo ser rápida. —Pego o celular e sem olhar novamente para ela, caminho em direção ao banheiro.

***

Assim que fecho a porta do banheiro, acesso site de noticias pelo celular e logo de cara encontro o que procurava.

''Empresário milionário é encontrado morto no hotel em Florianópolis. ''

Sorrio, olhando-me no espelho.

Não demora muito e Miguel aparece atrás de mim, de braços cruzados e com um sorriso malévolo, acompanhando-me na minha vitória.

Sorria enquanto pode. —Sussurrou. —Depois terá que fazer a melhor cara de sonsa que conseguir. Ou simplesmente fazer a sua cara normalmente. —Disse me zombando e desaparecendo em seguida.

—Um passo de cada vez.

***

Assim que termino de me arrumar, saio do quarto, antes de descer olho-me no espelho e percebo que eu estou ótima. Nada melhor do que estar maravilhosa no dia seguinte da morte do seu inimigo.

Desço de uma vez e encontro todos sentados na sala, bebendo café ou chá. Assim que entro, todos os olhares se seguem em minha direção.

—Bom dia a todos. —Digo e ergo a mão para cumprimentar os investigadores. Eles deixam a xícara de café e se ajeita na poltrona do sofá.

—Senhorita Lacerda. —Disse o investigador, formalmente.

—Só Emily, por favor. —Corrijo-o.

—Meu nome é Carlos e este é o meu parceiro Frederico. Somos investigadores da delegacia de homicídio de Florianópolis.

Assinto com a cabeça. Eles mostram os distintivos.

O investigador Carlos tinha a pele morena, era careca e tinha uns olhos grandes, enquanto o tal de Frederico tinha a pele clara, altura mediana e cabelos ralos no alto da cabeça.

—Viemos aqui para fazermos algumas perguntas. Não sei se a senhorita sabe, mas ontem a tarde um empresário bastante conhecido foi assassinado, por isso viemos aqui investigar e fazer algumas perguntas, se a senhorita não se importar.

—Fiquei sabendo agora a pouco da morte do Sr. Ferraz.

—Você tinha algum contato com ele?

—Não diretamente. —Falo olhando-o nos olhos. Mamãe Miranda estava me olhando, ou melhor, analisando, ao seu lado estava mãe Luíza.

—Qual era o seu parentesco com ele?

—Nenhum. —Digo rapidamente. Depois olho para mãe Luíza, que tinha o olhar prezo nos meus. —Quer dizer, ele foi marido da minha mãe biológica, a senhora Luíza. —Digo gesticulando para a mesma. —Mas nunca tivemos nenhum parentesco duradouro.

—Deixa ver se eu entendi. A sua mãe biológica, a senhora Luíza que está aqui presente, era casada com ele, porém você foi adotada pela senhora Lacerda?! Eu... não entendi essa parte. —indagou o Frederico.

—Aluísio tirou a Emily dos meus braços ainda quando ela era apenas uma criança e sem a minha autorização a levou para um lar adotivo. —Explicou Mãe Luíza.

—Uau... —Disseram os dois em uníssono. —A senhorita tem motivo de sobra para odiá-lo. Certo?

—Não vou negar. Eu tinha. Mas, agora... —Olho para abaixo, pensativa. Suspiro. —A minha raiva não parece ter mais sentindo.

—Quer dizer que com a morte dele, você não sente mais raiva, rancor, essas coisas?

Espero um pouco para responder. Deixo um mistério no ar e percebo que todos estavam olhando para mim.

—Talvez. Acho que não tem como odiar alguém que já morreu. —Falo naturalmente, porém tomando cuidado com as minhas palavras.

—Sim... —Carlos passou a mão no queixo, incomodado. —Mas soube que você pediu uma ordem de restrição contra o senhor Ferraz. Gostaria de saber qual foi o motivo.

—Você é investigador. Deve saber o por quê. —Digo insolentemente.

Ele deu uma tossida sem graça.

—Soube que ele estava te ameaçando... Mas sobre o quê?

—Ele cismou que queria criar o meu filho. Tive receio que ele aprontasse algo contra o meu filho recém-nascido, por isso juntamente com a minha mãe entramos com uma ordem de restrição.

—Por que ele queria o seu filho?

—Não faço ideia. Talvez quisesse criar uma criança.

—Estranho. —Comentou Frederico. —Ele a pôs num lar adotivo e de repente depois de anos quer criar o seu filho?! Estranho.

—Há uma teoria. —Digo, e eles me encaram. —Minha mãe Luíza estava grávida de um menino, filho do senhor Ferraz, mas a meu irmão, que por sinal era obcecado por mim, bateu na minha mãe e ela perdeu o bebê. Como eu engravidei do meu irmão Miguel, acho que na cabeça dele tirar essa criança de mim seria uma vingança para o filho que ele perdeu. —Expliquei, enquanto os investigadores ficaram de queixo aberto. —Vocês sabem da minha historia, certo? Apareceu até no jornal e tudo mais.

Eles ficam sem graça por alguns instantes, bebem um pouco de café e depois volta às perguntas.

—Poderia me dizer a onde estava ontem as... —Ele olha seu caderninho com suas anotações. —Às 11h: 30?

—Estava no shopping. Fui ao cinema com uma amiga.

—Tem como comprovar isso?

—Claro. Tenho a minha amiga, Gabriela que pode confirmar isso, mais o comprovante do ingresso e também o motorista, que me levou até o shopping.

—Poderíamos ver esse comprovante?

—Claro. Vou buscar. Com licença. —Me retiro da sala e calmamente subo as escadas.

Assim que chego ao quarto, pego a bolsa que levei ontem, retiro de dentro da carteira o comprovante do ingresso. Espero alguns minutos para descer e novamente volto para a sala. Havia um grande silêncio assim que voltei.

—Aqui. —Falo mostrando o papel. Os dois analisam, enquanto eu volto a me sentar.

—Seu álibi confirma. —Disse Frederico. Ele me entrega o papel de volta.

—Eu não preciso de álibi. Eu tenho a minha consciência limpa. —Digo naturalmente.

—Você era uma das grandes suspeitas. —Disse Carlos.

—Não faz um mês que a minha filha trouxe ao mundo o meu neto e ela não teria como matar um homem, principalmente Aluísio que vivia rodeado de seguranças. —Disse a minha mãe Luíza.

—Exatamente. Minha filha não pode ser considerada suspeita se não há nada contra ela, e depois de tudo o que ouviu, acho que já é o suficiente. Mas se tiver qualquer dúvida, entre em contato com o nosso advogado. —Disse mãe Miranda, me defendendo. Ela se levantou e esticou a mão, apontando a saída. Eles se levantaram e ajeitaram o paletó. —Espero que encontre o culpado.

—Obrigado por ter respondido as perguntas. Creio que ainda não terminamos, talvez o delegado a intime para ir a delegacia se for necessário, de qualquer forma, obrigado e desculpa pelo o inconveniente. —Disse Carlos. Frederico acenou com a cabeça respeitosamente.

—De nada. —Respondo secamente, enquanto mamãe os guiava até a porta.

Assim que a porta foi fechada, Verônica surge com o Teodoro em seus braços. O bichinho estava devorando a própria mão. Ela veio até a mim e com cuidado entregou Teodoro.

—Bom dia meu amor. —Digo e ele sorrir.

Mãe Luíza se aproximou de mim e beijou a minha cabeça, ela me envolveu em seus braços.

—Acabou. Ele não vai mais incomodar você. —Disse, enchendo o meu rosto de beijo.

Mãe Miranda volta para a sala e me lança um olhar cheio de dúvida, mas logo beija o topo da minha cabeça e dá um beijo casto na bochecha farta de Teodoro.

—Eu acredito em você. —Disse olhando em meus olhos.

—Obrigada mãe. —Só consigo dizer isso.

—Esses investigadores são uns desocupados mesmo. Ao invés de procurar o verdadeiro culpado, fica aqui de conversa fiada com a minha menina, chamando ela de suspeita e tudo. Vê se pode um negocio desse? O mundo está perdido mesmo. —Comentou Verônica, indignada. —Não desejo mal a ninguém, mas ó coisa ruim lá bem que mereceu a sua morte. —Falou.

—Eles só estão fazendo o serviço dele. —Digo e Verônica nega com a cabeça.

—Ora, a menina Emily magra desse jeito, parecendo um esqueleto, até parece que teria força para machucar alguém, não mata nem um mosquito.

Dou o peito para Teodoro que começara a resmungar com fome.

—Estou com fome Vê. —Digo olhando para ela.

—Vou preparar algo pra você porque depois dessa, saco nenhum para em pé. —Disse me arrancando um sorriso.

Mãe Miranda sentou na poltrona com um olhar vago, ela estava concentrada. Mãe Luíza estava do meu lado fazendo gracinha para Teodoro, que mexia as perninhas, animado.

—Quem será que poderia ter matado Aluísio, então? —A voz de Mãe Miranda soou interrogativa.

Olhei pra mãe Luíza, a mesma estava pensando numa resposta cabível para a pergunta.

—Aluísio nunca foi um anjo. —Digo respondendo. —Provavelmente tinha uma rincha com alguém mais poderoso que ele. —Falo.

—Com certeza. Eu mais do que ninguém sei o quanto aquele homem era asqueroso e ganancioso, além de ter muitas inimizades com alguns colegas de serviço. Pode ter sido uma queima de arquivo. —Disse mãe Luíza. —Não quero mais pensar nisso. —Ela passou a mão na testa e em seu rosto tinha uma expressão ruim no rosto.

—Nem eu. Estou farta desse homem na minha vida, agora que ele se foi, espero que pare de me perturbar de uma vez.

—Eu vou subir. Descansar um pouco. —Comentou mãe Miranda. Antes de ir, me deu outro beijo e acariciou a cabecinha do Teodoro. —Não saia de casa hoje, Emily.

—Ok mãe.

—Ela parece está nervosa. —Comentou Mãe Luíza.

—Ela está. —Digo sem ânimo.

***

Passei toda manhã brincando com Teodoro, lhe contando historias e fazendo-o rir. Mãe Luíza ficou ao meu lado, não desgrudava de mim e fazia o possível para eu não pegar no celular. A notícia da morte de Aluísio está por todos os cantos, como eu era uma das suspeitas, ela tem receio de que eu fique nervosa por conta de toda essa repercussão.

Já eram nove horas, Bruno estava para chegar junto com Arthur, que me ligou preocupado assim que viu a noticia. Disse que iria vir para cá ficar comigo.

Fomos interrompidos quando a campainha de casa tocou, mãe Luíza ficou com receio de que fosse alguém da mídia, mas assim que Verônica chegou na sala anunciando Théo, meu coração disparou.

Será que ele sabe de algo?

Théo passa pelo hall da porta com o semblante carregado, ele veio até a mim com os olhos pregados nos meus. Primeiro ele cumprimentou Luíza, ela por sua vez foi gentil e amável com o mesmo, disse algumas palavras de conforto.

—Obrigado, Luíza. —Disse de forma seca. —Eu vim para falar com a Emily.

—Sente-se. —Digo para ele e o mesmo nega.

—Em particular. —Disse firmemente.

Bufo, deixo Teodoro sobre os cuidados da minha mãe e o levo para o escritório de casa. Assim que entramos, Théo veio para cima de mim. Estávamos tão próximo que sentia o cheiro de bebida. Será mesmo que Théo estava se tornando um alcoólatra?

Pelo que me parece, sim.

—Você se encontrou com ele ontem, não é? —Seus olhos transbordava raiva.

—Com ele quem?

Ele dá uma risada sarcástica e segura o meu braço com força.

—Meu pai. Não se faça de tonta. Encontrou-se com ele?

—Não. Aliás, eu não lhe devo satisfação. Já contei tudo para os investigadores que estão cuidando do caso. —Digo, soltando meu braço da sua mão.

—Você tinha um encontro com ele ontem. Você planejou tudo. Você matou meu PAI.

Franzo o cenho e fico boquiaberta com tamanha acusação. Nego com a cabeça, solenemente.

—Não, Théo. Eu não matei seu pai, apesar de ter desejado muito à morte dele, mas eu não fiz isso. Não foi pelas minhas mãos que seu pai morreu, infelizmente.

—Mentira. Os seguranças que estavam em frente ao hotel por mando do meu pai, disseram para mim que ele iria encontrar você. Não minta para mim. —Sua voz saiu ameaçadora. Ele me encurralou contra a parede.

Nossos corpos estavam colados, seu hálito esquentava o meu rosto. Ele provavelmente não dormiu essa noite, parece que pernoitou bebendo.

—Acredite no que você quiser. Já disse que não fui eu. —Continuo negando. —Seu pai me enviava mensagens marcando encontros, mas eu não fui e nem se eu quisesse iria. —Falo com firmeza.

Ele parecia ainda não acreditar em mim.

—Você arquitetou a morte do meu pai junto com aquele selvagem que você chama de namorado, não foi? Vocês mataram o meu pai para se vingar de mim, não é? —Sua voz saia cheia de rancor.

—Quem está agindo como um selvagem aqui é você. —Digo e sua mandíbula fica rígida. —Não tenho motivo para me vingar de você. —Passo as mãos no rosto, cansada dele. —Eu não matei seu pai, Théo. Depois de tudo o que vivemos você ainda não consegue enxergar quando digo a verdade?

Ele desaba. Seus olhos se enchem de lágrimas e ele chora apoiando a cabeça no meu ombro.

Permanecemos assim, juntos e em silêncio. Passo a mão em suas costas, confortando-o.

—Sinto muito Théo. Sei que dói...

—Eu o odiava, mas ele era o meu pai. Mas...

—Shi... —Ficamos em silêncio, apenas o choro baixo do Théo era ouvido.

Ele se ergueu, limpou as lágrimas com a manga da sua camisa social e me olhou nos olhos.

—Eu achei que...

—Seu pai tinha muitos inimigos, eu era um deles, mas não fui eu. —Repito novamente. —Eu sinto muito.

Ele consente e em seguida me puxa para um abraço. Sinto meu corpo pesar ao colar com o dele. Já não tinha mais encanto por Théo, talvez nem ele por mim. Mas ainda assim, é triste vê-lo no estado em que se encontra, quase um alcoólatra.

—Théo... —Sussurro, enquanto sinto sua mão descer das minhas costas para a minha cintura e lentamente para a minha bunda. —Théo. —Tento afasta-lo.

—Eu sinto sua falta. Volta pra mim, volta. —Pediu quase que implorando.

—Para com isso. —Peço, enquanto sinto ele me tocar.

—Como antigamente, porém agora mais maduros... certo?

Empurro-o com o restante das minhas forças e seguro as suas mãos.

—Olha para mim, Théo. —Peço, notando seus olhos avermelhados. —Você precisa se tratar. Você está se auto destruindo com bebidas. Não faça isso.

Ele passa as mãos nos cabelos bagunçados.

—Você precisa da minha ajuda? —Pergunto, me aproximando aos poucos dele.

—Não, não. Eu preciso ir. —Ele diz meio atordoado. —Eu não vou contar a policia sobre o seu suposto encontro com meu pai ontem, vou garantir que os seguranças não digam nada. —Ele me segura pelos braços e beija a minha boca. Sentir o gosto da sua saliva me fez lembrar-se do passado, das coisas ruins, das suas mentiras e de todo o nosso relacionamento momentâneo. O empurro rapidamente pelo peito.

—Não. —Digo e ele passa a língua nos lábios.

—Adeus Emily. —Disse melancolicamente.

Ele caminha até a porta, antes de sair, sinto seu olhar pesar sobre mim.

—Eu te amo. —Sussurrou e saiu logo após.

Fiquei estática ouvindo o seu sussurro ecoar na minha cabeça repetidamente, algumas lágrimas escorreram do meu rosto. Não por reciprocidade ou algo parecido, mas por pena dele. Pena de mim. Da minha vida e de todo o resto.

Fixo o meu olhar com o de Miguel parado a minha frente, ele parecia condolente com a minha dor. Estava sério demais para alguém como ele. Olhei para o lado e vi o quadro de fotografia da nossa família. Mamãe, papai, Miguel e eu ainda crianças. Eu sorrindo, mostrando quase todos os meus dentes, enquanto Miguel estava sério de mãos dadas a mim, logo atrás papai e mamãe atrás de nós dois, sorridentes.

—Mantenha a cabeça erguida. Não chore. —Disse se aproximando de mim. Ele ergueu o meu queixo e fixou seu olhar nos meus. —Não tem como voltar atrás. O que está feito, está feito.

—Eu jamais voltaria atrás. —Digo para ele e logo um brilho em seus olhos surge e um sorriso também.

—Minha peste. —Disse sorrindo.

—Emily? —A voz de Arthur me fez desviar o olhar de Miguel. —Você está falando sozinha? —Ele olhou por todo o cômodo, curioso.

Abro um sorriso, olho para Miguel que já não estava mais lá e nego com a cabeça. Caminho até Arthur e o puxo pela gola da camisa, tascando um beijo em seus lábios.

Nosso beijo parece durar uma eternidade e tudo ao nosso redor parar. Sentir novamente em seus braços é me fazer esquecer até mesmo dos meus pecados, nossos corpos pareciam apenas um em dois. Sinto-me leve que às vezes penso que irei flutuar como uma folha após ser levantada por um vento.

Paramos o beijo para respirarmos. Pus o melhor sorriso em meu rosto. Ele me segurava como se eu fosse todo o seu mundo e eu me sentia feliz por finalmente está nos braços do homem que eu amo, sem mais nenhuma interferência. Não mais. Caso houver, eu retiro do meu caminho como uma erva daninha sendo arrancada da terra.

—Eu te amo, ogro. —Me declaro apaixonadamente.

—Eu te amo, minha passa fome. —Disse com um sorriso lindo nos lábios. Dou vários selinhos nele e o abraço o mais forte que podia. —Você está bem?

—Sim. Estou ótima. —Digo, beijando-o. —Ficaria mais feliz se você fizesse amor comigo. —Peço, sentindo meu corpo ficar quente.

Ele queria mais do que eu talvez, mas tinha receio, apesar de querer. Por isso precisava de um empurrãozinho.

Desço a mão para a barra da sua camisa e a tiro com a sua ajuda, eu a jogo no chão, ele fecha a porta atrás de si, com os olhos pregados nos meus. Desço a mão para o seu membro e o sinto endurecer, puxo-o para o sofá, ele se senta enquanto eu fico em pé diante do mesmo. Retiro o meu vestido com tanta vontade que nem me importo mais com as mudanças no meu corpo. Fico apenas de calcinha diante dele. Seu olhar era de admiração por cada parte minha.

Sinto minha calcinha se umedecer e todo o meu sangue ferver.

Arthur abaixou as calças e enquanto me olhava, ele se masturbava. A sua mão livre tocava na minha cintura e lentamente descia para a minha parte intima, acariciando-a. Segurei meus seios, apertando levemente, apesar de estarem cheios de leite, eu pouco me importei. Estava excitada demais para prestar atenção nesses pequenos detalhes. Os dedos ágeis do Arthur brincavam com o meu clitóris por cima da calcinha, me deixando com os nervos a flor da pele.

Seu membro estava duro e reto, pronto para mim. Arthur retirou a minha calcinha, beijando a minha barriga e descendo com os lábios para a minha parte intima. Achei que iria explodir e ir para o espaço igual um foguete, aquilo estava me matando lentamente. Mesmo tendo pessoas demais aqui em casa, eu não me importei. Saber que tem gente logo ao lado, me excitava mais.

A língua macia e úmida do Arthur entrou em contato com o meu clitóris, lambendo-o deixando-o endurecido. Ergui uma das pernas, enquanto a cabeça de Arthur se encaixava perfeitamente nas minhas partes. Puxei seu cabelo de tanto tesão, sentindo que iria gozar a qualquer momento. Ele enfiava a sua língua para dentro de mim, enquanto acariciava o meu clitóris. Contorcia-me, enquanto a minha intimidade pulsava de tanta excitação.

—Arthur... —Sussurrei, enquanto chegava ao clímax.

Meu corpo todo estremeceu, minha cabeça parou por dez segundos, enquanto uma onda de adrenalina percorria por todo o meu corpo. Rapidamente Arthur me fez sentar em seu colo e com cuidado, me penetrou. Movimentava-me em cima do seu membro, duro e grosso, completamente cheia de adrenalina e com muita vontade. Nos beijamos enquanto sentia-me a mulher mais feliz do mundo. Ele pressionava a minha cintura para baixo e para cima, meu coração estava acelerada. Parecia que havia apenas nós dois no mundo.

Ele gemia incontrolavelmente, eu tentava gemer baixinho, mas era quase uma missão impossível. Nossos olhares estavam presos um no outro. Ele apertou um dos meus seios de leve e o abocanhou um deles e com um sorriso bobo, passou a língua nos lábios.

—Amo leitinho. —Sussurrou no meu ouvido, referindo-se ao leite do meu peito. Por incrível que pareça, aquilo me deixou mais excitada do que nunca.

—Arthur... —Ele ia mais fundo, com mais força me deixando ir a loucura.

Mordi o seu ombro para não gemer mais alto do que já estava. Ele apertava meu corpo contra o seu, enquanto me penetrava mais rápido que podia.

—Emily... —Sussurrou. —Estou chegando... —Gemia ao pé do meu ouvido.

Antes que ele pudesse gozar dentro de mim, sai de cima dele e cheguei ao clímax junto com o mesmo. Nossos corpos estavam soados e cheirando a sexo.

—Puta que pariu. —Disse, enquanto gozava.

Puxei seu rosto para o meu lado e selei nossos lábios com um beijo prolongado. Ele apertou a minha bunda e logo em seguida deu um tapa na mesma.

—Senti muita falta disso. Você não tem ideia. —Admitiu.

—Eu imagino. —Digo, sorrindo.

—Eu te amo muito. —Disse me puxando para um beijo daqueles que seria mais que demorado.

Eu o amo em dobro.

Meu ogro. 


***

Votem nesse caralho, porra, puta que pariu. Não tô gostando desses poucos votos, sendo q tem visualizações pra caralho, puta que pariu mano. Votem!! 

Amo vcs <33333 mas porra. 

Espero q gostem.

Quem gostou bate palma, quem não gostou, paciência. -Tati quebra barraco (Diva, né mores?) 

Beijos, Lara <3

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