O Legado do Dragão - degustaç...

By VivianneFair

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"Os dragões eram a lenda. Temidos, admirados. Viviam entre as pessoas disfarçados de seres humanos. ... More

Prólogo
Capítulo 1 - Ninguém mais percebe?
Capítulo 2 - Não fale mal dos dragões
Capítulo 3- Ele quase conseguiu
Capítulo 4 - Mas eles não estavam...? Tipo, mortos?
Capítulo 5 - Seres lindos, seres perigosos
Capítulo 6- Caverna dos segredos? Ou perigos?
Capítulo 7- Acorrentado...por que motivo?
Capítulo 8 - Mulheres irritantes!
Capítulo 9 - E o meu passado?
Capítulo 11 - Guerreira, mas sozinha
Capítulo 12 - Você está falando sério?
Capítulo 13 - Yo-ho-ho
Capítulo 14 - A beleza de Lantis
Capítulo 15 - Amigos por todos os lados
Capítulo 16 - A história dos dragões
Capítulo 17 - O coração do dragão
Capítulo 18 - Uma tremenda ameaça
Capítulo 19 - O Dragão das Neves
Capítulo 20 - A Batalha final
Epílogo
Capítulo especial

Capítulo 10 - Uma amiga bipolar

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By VivianneFair

         "Não importa de que raça seja. Estamos acima de todas as raças.

E podemos destruir qualquer uma"

- Denatheor, rei dos dragões

Ela moveu-se tão velozmente que era impossível fugir. Subitamente colocou-se na frente deles, fitando-os com fúria.

– Intrusos! Intrusos no meu lar! Vocês também estão zangadas, meninas? Eu estou muito, muito zangada!

Os olhos dela mudaram do tom amarelado para um tom vermelho. Era a primeira vez que Lantis via Dhalek engolir em seco.

– Sheera, sou eu! Dhalek! Não lembra de mim?

– Dhalek? – pelos olhos dela passou uma sombra de reconhecimento – Você não era aquele... não... não pode ser...

– Sim, sou eu! Não se lembra das jóias que eu trouxe? Dos brincos? Dos pentes?

– Oh, presentes... sim... sim, eu lembro de você! Lembro que ficou de me trazer o o pergaminho secreto dos druidas e falhou miseravelmente!

– S-sim... eu acabei sendo capturado... me desculpe!

Ela virou seus olhos vermelhos para Missandra e Lantis.

– E esses dois? Estou sentindo um grande segredo pairando aqui! Algo não está certo, não está certo!

– Desculpe a invasão, madame Sheera... – apressou-se Missandra em responder – mas viemos porque soubemos que é muito sábia.

– E muito linda – comentou Mane rapidamente.

– Temos certeza que se há alguém aqui no mundo que saiba de coisas que todos precisam ouvir é a madame – acrescentou Lantis.

Ela piscou rapidamente. Subitamente suas feições suavizaram e ela abriu um largo sorriso.

– Oh, que gracinhas eles são! Eu gosto de companhias tão gentis. Venham comigo, devem estar tão cansados, oh, pobrezinhos, tão cansados! E vejam como são lindos, meninas, não são?

As cobras que se faziam de seu cabelo sacudiam-se olhando ora para um, ora para o outro. Detiveram-se em Lantis e depois em Missandra.

– Eu sei, eu sei. Um desses dois tem tantos segredos, não tem? Vamos descobrir todos, um por um.

Missandra deu de ombros. Ela não costumava esconder nada de ninguém; sempre aprontou às claras. Ela percebeu que Lantis engoliu em seco ao vê-lo pelo canto dos olhos.

A mulher preparou cômodos para todos em sua caverna de cristal, sendo tudo feito de cristal puro em alguns cômodos e de utensílios de madeira. As banheiras eram de água quente e fresca, mas pareciam meio tétricas. A água refletida na superfície de cristal dava a impressão de estarem nadando em sangue.

Missandra refrescou-se em seu cômodo muito alegremente e encontrou Lantis no meio do caminho do corredor para a sala de jantar. Apesar de tudo estar muito parecido, puderam identificar a direção de alguns recintos por algumas estátuas que apontavam os caminhos.

– Essas estátuas não parecem assustadoras, Lantis?

Ele as fitou sem sentimento no olhar.

– Hum? Sim... parecem vivas...

– O que há com você? Parece preocupado desde que chegou.

– Não me sinto bem neste lugar, Miss. Acho que algo muito ruim está para acontecer.

– Pressentimento?

Ele não respondeu. Seguiu com ela pelo corredor e adentraram um grande salão esculpido no cristal, com um magnífico lustre de cristal vermelho pendurado no teto refletindo mesa, cadeiras e copos de cristais vermelhos. Missandra acomodou-se ao lado de Mane. Ele sussurrou quando olhou ao redor.

– Você também não acha que isso fica um pouco tedioso com o passar do tempo?

Ela sorriu. Realmente tudo feito no cristal parecia ser repetitivo, mas ainda estava fascinada pela beleza daquela decoração inusitada.

A mulher serpente parecia muito alegre. Sozinha, ela carregava diversas travessas de cristal vermelho saindo fumaça com iguarias dos mais diferentes tipos.

– Não recebo muitas visitas – ela avisou, enquanto colocava os pratos na mesa – então não é sempre que tenho oportunidades de cozinhar para alguém.

Ela saiu cantarolando para a cozinha.

Missandra sussurrou para Dhalek.

– Ela não parece ser o tipo de pessoa que não gosta de companhia.

– Não se deixe levar – ele avisou – Ela pode mudar de um momento para outro. Estejam preparados para correr se isso acontecer.

– Acho que você está exagerando.

– Para o nosso próprio bem, espero que sim. Normalmente as pessoas não duram até o fim do jantar.

Missandra arregalou os olhos.

– O que quer dizer?

Sheera entrou com outras duas travessas cantarolando o quanto elas estavam quentes. Todos se serviram, inclusive ela, que parecia feliz de contar o quanto dera uma bela arrumação na casa, que suas belas estátuas estavam mais lindas do que nunca, o quanto o tempo parecia melhor.

Lantis esperou que Dhalek dissesse algo como o motivo deles estarem ali, mas o homem parecia ponderar sobre que perguntas iriam fazer. O guarda-costas não entendia. A mulher realmente parecia ser muito simpática.

Missandra pegou uma colherada de algo que parecia um purê de batatas com muitas ervas e adorou. Mane se serviu novamente de um prato de arroz com molho. Lantis e Dhalek se encheram de carne. Estavam todos com muita fome e nem se lembravam disso.

– Oh, viu como eles gostaram da minha comida, meninas? Eu disse que cozinhava bem. Nistite, não coma de boca aberta – ela bateu na cabeça de uma das cobras que enfiara a cabeça dentro de seu prato – mas também parece que não comem há dias! O que aconteceu?

Mane procurou não falar de boca cheia para também não receber um tapa da mulher serpente.

– Estávamos viajando há dias. Nossa última refeição foi um punhado de frutas secas.

– Oh, pobrezinhos! E por que viajavam tanto?

– Bem, queremos saber o que levou um dragão à nossa cidade.

Eles se entreolharam esperando a reação da mulher às palavras de Missandra. Ela piscou os olhos rapidamente.

– Oh, isso é terrível, terrível! Eu soube, eu soube... precisei contactar as elfas, mas... não sei se a mensagem chegou. De qualquer forma, não sei o que elas podem fazer.

– Sabe por que ele retornou? Por que esse dragão ressurgiu, Sheera? – perguntou Dhalek diretamente.

– Vocês, humanos, achando que podem eliminar o mal da face do planeta! Ninguém pode. Não assim, não dessa forma! Aquele rei tolo invadindo o covil deles e tentando...

Ela parou. Missandra engoliu ácido por ouvir falar mal do pai e não poder abrir a boca.

– Por que ele ressurgiu, Sheera? – insistiu Dhalek.

Ela subitamente entrou em uma espécie de transe.

– Ainda há um coração de dragão. Não foram todos destruídos.

Desta vez o susto foi coletivo. Mane deixou cair o garfo, Missandra engasgou. Lantis parecia estático.

– Impossível – arguiu Dhalek firmemente – Eles foram todos destruídos no covil. Se um coração ainda está vivo, isso significaria...

– ...que um dragão poderia retornar – ela sorriu.

– Onde está? – Missandra sentiu a voz tremer – Onde está esse coração?

– Acredito que o dragão também está procurando. Ou talvez ele saiba e está esperando para matar a pessoa que o detém.

– Matar? – Mane assustou-se – Por quê?

– O coração só é do dragão se ninguém o possuir. Se o dono morrer...

– ...ele pode reivindicar a posse – Lantis concluiu.

– Esse coração... o que acontece se ele for destruído? O dragão morre?

– Sim – a mulher serpente inclinou a cabeça, de modo que seu rosto ficava nas sombras – mas ele levará o mundo à destruição.

Dhalek sacudiu a cabeça.

– Um dragão sem coração enlouquecerá. Ele destruirá tudo antes de morrer consumido em chamas. Deve ser morto antes disso.

Missandra irritou-se.

– Mas por que agora? Por que ele não surgiu antes?

– Um dragão pode viver sem coração por um tempo, Missa – explicou Lantis – agora ele deve estar perdendo a cabeça.

Eles ficaram em silêncio.

– Então vamos achar esse coração – ela anunciou.

A mulher serpente sacudiu a cabeça.

– Que criança corajosa! Louca, vai acabar morta, mas não é corajosa, meninas? Colocar-se no caminho de um dragão!

– Bem, a senhora sabe onde está? Parece um segredo para todos nós...

Ela subitamente travou no lugar e seus olhos ficaram brancos. Dhalek se ergueu.

– Acho que abusamos de sua hospitalidade, não é, Sheera? Vamos andando, pessoal...

Ela virou-se para ele e falou com uma autoridade que nenhum deles havia escutado até então.

– Sente-se.

Ele sentou-se um pouco encolhido.

– Alguns de vocês guardam segredos. Segredos grandes.

– Bem, todos podem guardar segredos... – tentou explicar Dhalek.

– Não! Ninguém pode confiar em alguém que guarda segredos sobre si mesmo! Ninguém pode confiar...

Ela abraçou o corpo e começou a murmurar um dialeto estranho. O homem ergueu-se e procurou chamar todos para acompanhá-lo.

– Vamos, vamos, levantem-se desta mesa! Hora de ir!

Eles ergueram-se lentamente, temerosos, mas de súbito a mulher serpente gritou "não!" e grande portas de cristais saíram batendo em todos os aposentos.

– Vocês vêm até mim querendo saber segredos e guardam os que têm para si – ela sibilou quase cantando – e depois acham que têm o direito de ir como se nada houvesse acontecido... não é, meninas? Não é, meninas?

As cobras em sua cabeça começaram a balançar enlouquecidamente. Os olhos de Sheera começaram a ficar vermelhos. Ela apontou para Dhalek.

– Você! Você se juntou a eles, mas guarda um grande mal no coração! Quer saber sobre o passado, mas nega o presente! Como pode querer ser curado?

Dhalek gritou quando suas pernas travaram no lugar e começaram a se transformar em cristais vermelhos que subiam para o corpo.

– E você, guerreiro! – ela apontou para Lantis – Você, preso a uma promessa! Você que tem que decidir se alguém que ama deve morrer ou deve viver! Tudo por causa de uma promessa a um morto! Um morto!

Ele trincou os dentes. Ela sacudiu a cabeça furiosamente.

– Todos os que guardam segredos no coração devem congelar para sempre!

Uma corrente intensa e pesada de ar rompeu o recinto, abrindo novamente as portas de cristais com tanta força que elas quebraram com violência, espatifando-se em milhares de pedaços. Ventos e fumaça avermelhada começaram a cobrir os amigos em meio aos gritos. Lantis tentou correr para Missandra, mas estava congelado no lugar.

– Segredos, segredos! Não há nada oculto que não vá ser revelado!

O vento cessou. Aos poucos a neblina começou a desfazer e Missandra tossia copiosamente. Mane estava um pouco distante dela, tossindo na mesma intensidade.

– Mane? Você está bem?

– E... estou! E os outros?

Missandra ergueu a cabeça e pode distinguir as silhuetas dos outros em meio à fumaça. Entretanto, eles não se moviam.

– Lantis? Dhalek? Vocês estão bem? – o coração da princesa batia descompassadamente. Algo estava errado... muito errado.

– Lantis?

Ela caminhou até o guerreiro e o tocou. Lantis estava parado, com a mão para frente, em direção a ela. A outra mão estava na bainha da espada e estava com a boca aberta em um grito silencioso.

E totalmente feito de cristal vermelho.

Ela colocou a mão na boca horrorizada e sentiu as lágrimas quentes escorrendo pelo rosto.

– La... Lantis?

Olhou para o lado. Dhalek também parecia assustado, apertando o peito como se estivesse sentindo algum sufoco na hora da transformação em cristal.

Mane correu até a princesa e a abraçou.

– Ainda bem que você está bem, Missa! Mas o que vamos fazer?

Ela abraçou o amigo ainda em estado de choque. Não conseguia falar. Sentia a voz presa no começo da garganta.

A mulher serpente parecia mais calma, fitando as estátuas e balançando a cabeça.

– Mas vejam isso, eu fiz de novo. Ah, se as pessoas não aparecessem aqui cheias de segredos...

Missandra sentiu-se cheia de uma coragem intensa. Confrontou a mulher com os olhos ardendo.

– Por que fez isso? Por que congelou meus amigos nessa forma?

– A culpa foi deles de viram aqui! Você e seu amigo foram poupados por não carregarem segredos. Mas esses dois, ah, esses dois!

Mane deu alguns passos para trás, enquanto as deixava enfrentando uma à outra. Lembrara-se das palavras de sua mãe harpia: "Mane, você é querido pelos animais. Procure falar com eles. Eles podem te entender. Mas animais, Mane. Não tente seres místicos, eles podem se irritar."

Ele não tinha intenção de comunicar-se com Sheera, mas as cobras que formavam sua cabeça pareciam ter vida própria. A própria mulher dera um tapa na cabeça de uma que avançou em seu prato. Deu a volta em torno dela e uma das serpentes virou-se para fitá-lo.

– Você pode me entender? – sussurrou Mane.

A serpente fitou-o com interesse.

– Droga... você pode me entender, mas como entenderei você?

Sssse eu quisssser, vocccccê pode me entender, humano.

Ele deu um pulo para trás, quando ouviu uma voz sibilar dentro de sua cabeça.

– Aah, isso é um pouco assustador. Como eu nunca soube disso? Diga-me... como posso fazer meus amigos voltarem à forma normal?

Isssssso é bem difíccccil... minha dona fica um pouco possessa diante de grandesss sssegredosss.

– Não queremos fazer mal algum. Por favor, nos ajude.

Vocccccê é um bom humano. Essssstá bem, pressste atenção. Minha dona não é má, ela ssssó esssstá ssssofrendo de alguns ssssurtos por conta da perda de esssscamas.

– Perda de escamas?

Ssssim, nós cobrasss trocamoss de pele e ela também troca de essscamasss. Ssssó que ela recolhe todasss. Um dia, ela foi atraída para algum lugar e viajou para muito longe. Para além dass fronteirasss de Halah. Para Ayala... e uma de sssuas essscamasss se dessssprendeu. Mas ela não sssse lembra. E agora ela esssstá nervosssa o tempo todo. É bem canssssativo.

– Então... se encontrarmos essa escama... ela fará nossos amigos voltarem ao normal?

Ssssim, com ccccerteza. Ela não é má. Ssssó essstá nervossa porque ssse ssente incomodada. Masss talvez não. Talvez elesss não voltem. Ela é muito volúvel.

Mane fitou o corpo da mulher serpente. Realmente, havia um pequeno buraco perto da cintura onde outra escama ainda ia se formar, mas estava vermelha.

– Por que não nasce outra?

Ela arranca. Diz que não permitirá que nasça nada enquanto não ssse sentir completa. Enquanto não achar ssseu pedaççço que falta.

– Ela é louca.

Sssó um pouco.

Ele agradeceu à cobra e lentamente voltou para perto de Missandra. A menina estava chorando copiosamente, abraçada a Lantis enquanto a mulher parecia tentar consolá-la dizendo que era melhor assim; que o segredo de Lantis a chocaria. Mas ela realmente não queria saber. Ele sentiu o coração apertado pela dor da amiga. Sabia o que significava perder alguém.

A mulher afastou-se e começou a recolher os pratos e travessas cantarolando.

– Miss... eu sei como ajudá-los, mas... bem, é impossível. Só para você saber que dá pra fazer.

Ela ergueu para ele seus olhos vermelhos.

– Se dá pra fazer não é impossível, Mane – subitamente pareceu se encher de esperança – O que é?

– Olhe... uma das serpentes que formam a cabeça dela – depois de um olhar confuso da parte de Missandra, ele sacudiu a cabeça – Depois explico. Bem, ela disse que se acharmos uma escama que a mulher perdeu, elá fará todos voltarem ao normal. Ela só está irritada. Bem, talvez. A cobra não tem lá muita certeza.

– Bem, e onde ela perdeu essa escama? Esse castelo é enorme! Levaremos dias procurando! – contudo, seu coração parecia mais leve. Faria o que fosse, mas traria os dois de volta.

– Hã, bem, esse é o problema. Ela não perdeu a escama aqui. A cobra disse que foi além das fronteiras de Halah. Em Ayala.

O coração dela voltou a afundar no peito.

– Mane... isso é cruel. Não podemos encontrar uma escama tão... – ela calou-se subitamente – espere... por que ela foi a Ayala?

– A cobra não sabe. Disse que ela foi atraída por alguma coisa... Missa, você está bem?

– Alguma coisa? Alguma coisa como as harpias que nos raptaram a quilômetros de distância por sentirem o meu colar? Por sentirem uma força maligna? Lantis me disse que ele atrai coisas ruins... mas pode atrair seres místicos! A rainha poderia estar...

– Atrás do seu colar? Pelo amor de Deus, não o tire de dentro da roupa! – ele pediu quando ela o tocou – Talvez enquanto ele não brilhar, ela não possa senti-lo. Mas ainda assim, Missa... Ayala é enorme. Se ela caminhou todo o trajeto até o castelo para encontrá-lo, não há como...

– Mane... há uma pequena, mínima, ridícula chance... mas eu quero tentar. Eu quero olhar para trás e dizer para mim mesma que realmente tentei de tudo.

– Bom, então vamos! Vou procurar essa escama ridícula com você até...

– Não – ela cortou decidida – Essa é uma viagem para mim. Eu acredito que posso encontrá-la. Ela está perto do castelo, eu sei. Mane, preciso que fique aqui e proteja Lantis e Dhalek com todas as suas forças. Não acredito nela. Num acesso de fúria pode quebrá-los e nunca mais os recuperaremos. Prometa que vai ficar aqui e cuidar deles. Que vai convencê-la a levá-los para um lugar seguro.

– Missa! Lantis me mataria se...

– Se eu voltar e Lantis estiver partido, serei eu que vou te matar.

Ele engoliu em seco. Sabia que a amiga não era de ameaçar, mas ficaria mortalmente ferida se algo acontecesse ao seu guarda-costas. E ele sempre torcera pelos dois.

– Está bem, Missa. Eu não concordo, mas eu os protegerei. Por favor, evite riscos. Peça ajuda às harpias.

– Pode deixar comigo, Mane. Alguma vez eu já me meti em furada?

– Alguma vez você não se meteu?

Ela sorriu e o beijou no rosto.

– Não guarde segredos de mim, hein?

Ele estremeceu, enquanto ela corria para seu quarto de cristal e começava a empacotar suas coisas.

Seria uma longa jornada.

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