"Não importa de que raça seja. Estamos acima de todas as raças.
E podemos destruir qualquer uma"
- Denatheor, rei dos dragões
Ela moveu-se tão velozmente que era impossível fugir. Subitamente colocou-se na frente deles, fitando-os com fúria.
– Intrusos! Intrusos no meu lar! Vocês também estão zangadas, meninas? Eu estou muito, muito zangada!
Os olhos dela mudaram do tom amarelado para um tom vermelho. Era a primeira vez que Lantis via Dhalek engolir em seco.
– Sheera, sou eu! Dhalek! Não lembra de mim?
– Dhalek? – pelos olhos dela passou uma sombra de reconhecimento – Você não era aquele... não... não pode ser...
– Sim, sou eu! Não se lembra das jóias que eu trouxe? Dos brincos? Dos pentes?
– Oh, presentes... sim... sim, eu lembro de você! Lembro que ficou de me trazer o o pergaminho secreto dos druidas e falhou miseravelmente!
– S-sim... eu acabei sendo capturado... me desculpe!
Ela virou seus olhos vermelhos para Missandra e Lantis.
– E esses dois? Estou sentindo um grande segredo pairando aqui! Algo não está certo, não está certo!
– Desculpe a invasão, madame Sheera... – apressou-se Missandra em responder – mas viemos porque soubemos que é muito sábia.
– E muito linda – comentou Mane rapidamente.
– Temos certeza que se há alguém aqui no mundo que saiba de coisas que todos precisam ouvir é a madame – acrescentou Lantis.
Ela piscou rapidamente. Subitamente suas feições suavizaram e ela abriu um largo sorriso.
– Oh, que gracinhas eles são! Eu gosto de companhias tão gentis. Venham comigo, devem estar tão cansados, oh, pobrezinhos, tão cansados! E vejam como são lindos, meninas, não são?
As cobras que se faziam de seu cabelo sacudiam-se olhando ora para um, ora para o outro. Detiveram-se em Lantis e depois em Missandra.
– Eu sei, eu sei. Um desses dois tem tantos segredos, não tem? Vamos descobrir todos, um por um.
Missandra deu de ombros. Ela não costumava esconder nada de ninguém; sempre aprontou às claras. Ela percebeu que Lantis engoliu em seco ao vê-lo pelo canto dos olhos.
A mulher preparou cômodos para todos em sua caverna de cristal, sendo tudo feito de cristal puro em alguns cômodos e de utensílios de madeira. As banheiras eram de água quente e fresca, mas pareciam meio tétricas. A água refletida na superfície de cristal dava a impressão de estarem nadando em sangue.
Missandra refrescou-se em seu cômodo muito alegremente e encontrou Lantis no meio do caminho do corredor para a sala de jantar. Apesar de tudo estar muito parecido, puderam identificar a direção de alguns recintos por algumas estátuas que apontavam os caminhos.
– Essas estátuas não parecem assustadoras, Lantis?
Ele as fitou sem sentimento no olhar.
– Hum? Sim... parecem vivas...
– O que há com você? Parece preocupado desde que chegou.
– Não me sinto bem neste lugar, Miss. Acho que algo muito ruim está para acontecer.
YOU ARE READING
O Legado do Dragão - degustação
Fantasy"Os dragões eram a lenda. Temidos, admirados. Viviam entre as pessoas disfarçados de seres humanos. Espreitando. Espionando. Parecendo buscar a paz, mas sempre tendo em vista o domínio. Sua última cartada. Rei Gallad, o mai...