Alexia narrando...
Como o tempo passou rápido. Minha filha que a pouco tempo eu estava trocando fralda agora está uma moça, já namorando. Eliott tenta não demonstrar, mas quando e tramos no quarto ele começa a falar que sente falta dela pequena, e claro, eu rio muito. Agora ele está com esse jeito mais bravo, protetor. Na maior parte do tempo tenho que controlá-lo. Eliza está crescendo e cada vez mais Eliott está ficando mais atento e preocupado.
Eu também estou pegando isso dele. Sobre Griffin no começo eu não queria aceitar, eu já sabia que ia dar confusão e ela é apenas uma garota, quero que ela aproveite essa única chance de ser uma adolescente normal. Mas não foi bem como eu pensei, ela realmente está gostando dele e agora vejo que Griffin é um bom rapaz. Os dois merecem ficar juntos, não quero mais impedir. Tenho que aceitar que Eliza não é uma pessoa normal, desde que ela entrou pra essa família eu já sabia que seria assim, eu só estava evitando o inevitável.
Enfim, agora nossa proteção com ela está em dobro. Griffin está sendo caçado, os Lambertuccis vão querer matá-lo. E não queremos que isso aconteça, Eliza vai sofrer demais. Vamos caçá-los antes que eles matem Griffin. Devemos isso a ele por ter salvo nossa filha.
- Oi, por que está aí sozinha? - Eliott chega por trás colocando suas mãos na minha cintura e apoiando seu queixo no meu ombro.
- Só estava pensando em algumas coisas. O céu está bonito hoje né? - digo sorrindo e observando as estrelas pela janela.
- É... - escuto seu riso. - Está tão bonito quanto você.
Me viro para ele.
Nesses últimos anos nossa aparência quase não mudou. Meus cabelos continuavam da mesma cor, apenas mudei o corte. Comecei a usar umas roupas mais maduras, e ao invés de passar maquiagem para rejuvenescer eu passava para envelhecer. Uso umas makes mais formais, usadas pelas mulheres de mais idades. E não ficou tão ruim assim. Apesar dessas coisas, muitas pessoas, vizinhos e amigos do trabalho perguntam o que eu faço pra manter uma aparência tão jovem. Cada vez que o tempo passa fica mais difícil de manter as mentiras, daqui a pouco tempo teremos que mudar de cidade.
Já a aparência de Eliott mudou um pouco. Seus cabelos que antes eram um bagunçado sexy agora estão formais, suas roupas também estão formais, nada de tênis e nem calça muito colada.
- Você é um bobo. - sorrio. Ele me puxa para mais perto.
- Você me deixa bobo.
Seus lábios se encontram com os meus. Seu beijo é caloroso e envolvente. Passo minhas mãos pelo seu cabelo e causo uma grande bagunça. Mesmo depois de tanto tempo nunca perdemos essa química, esse calor que nossos corpos passam um para o outro. Eliott me deixa louca cada vez que nos beijamos. Ele nunca me faz perder essa sensação. O amo muito, cada dia que passa esse amor só aumenta. O tempo não foi ruim, o tempo apenas foi uma forma de me mostrar que quando uma pessoa ama de verdade a outra esse amor nunca morre.
Afasto meu rosto do seu mas continuo com meus braços em volta do seu pescoço. Eliott me olha com um sorriso nós lábios.
- Você é tão linda sabia?
- Oh, obrigada. - brinco e ele ri.
- Não, agora é sério. Você é muita linda, cada vez que olho para você tenho vontade de te beijar e não parar nunca mais. - ele me puxa novamente e me da outro beijo. Só que um pouco mais caloroso.
Eliott me deita na cama e fica por cima de mim me beijando.
- Espera. - coloco minhas mãos no seu peito e o afasto.
- O que foi? - questiona.
- Senti o cheiro da Diana.
- Agora que você falou eu também senti.
- Só agora? - sorrio.
- É... Eu estava ocupado demais beijando sua boca.
Começo a rir e o puxo novamente para mim. Lhe dou um beijo acompanhado de vários celinhos.
- Agora temos que ir. - digo.
- Ela pode esperar um pouco. - ele torna a me beijar mais eu o afasto.
- Não Eliott... Vem, vamos logo. - saio de baixo dele.
Ele bufa e arruma os cabelos. Nos ajeitamos e descemos a escadas. Diana e sua família toda estavam na sala conversando com a Eliza e minha mãe. Assim que nos vê ela e Taylor se levanta.
- Olha só os dois pombinhos. - Diana abre um sorrio. Ela vem ao meu encontro e me abraça. - Como você está?
- Estou bem e você?
- Também.
Me aproximo de Taylor e o comprimento. Logo em seguida abraço Amber e bagunço o cabelo de Nick. Ele já está um rapazinho.
Assim que todos nos comprimentamos Eliza desceu as escadas e se aproximou.
- Minha deusa chegou. - Nic diz provocando risadas de nós todos.
- Garoto como você é chato em. - Amber lhe da um empurrão.
Os dois são bem engraçados. Quando olho pro jeito da Amber sempre lembro de Diana, de como ela era.
- Deixa ele Amber. - minha filha sorri.
- Deixa minha linda, ela só tá com ciúmes. - Nic se aproxima de Eliza e abraça sua cintura.
Nos ajeitamos todos na sala.
- Então... Eu vim trazer isso. - Diana pega um envelope branco de laço vermelho. Ela me entrega.
- Isso é um convite?
- Sim. Aniversário da Amber.
Abro o envelope e tem uma foto. Ela está linda.
- Vocês vão né? - Amber pergunta.
- Claro que vamos. - Eliza responde.
- Ótimo. - ela sorri.
Ficamos todos conversando por um tempo na sala. Quando ficou um pouco tarde, Diana e eu resolvemos sair para tomar algo em algum bar. Nós fazíamos isso a tempo.
Sentamos no balcão do bar e pedimos coquetéis.
- Eu precisava disso. - Diana diz e toma um gole da sua bebida.
- Por que? Você não está bem?
- É... Mais ou menos. É que estou cansada do trabalho, essa semana me estressei muito. Preciso relaxar.
- Entendo.
Ela começa a rir de repente. Percebo que a bebida já está fazendo efeito.
- Lembrei de nós duas quando eramos adolescentes. Bons tempos em.
- É... As vezes sinto falta.
- Você continua mó bonita né? Queria ser uma vampira igual a você.
O garçom escuta e nos olha estranho.
- Efeito do álcool moço, liga não. - sorrio sem graça para ele.
- Desculpa, foi sem querer. - ela diz.
Conversamos bastante sobre o passado, nossas vidas agora e sobre o aniversário de Amber. Deixei ela em casa já eram 02h00 da manhã. Quando cheguei em casa Eliott estava deitado na cama lendo um livro.
- Oi. - digo.
Ele me olha e sorri.
- Oi amor.
Tiro meus saltos, minhas roupas e deito só de lingerie ao seu lado. Coloco a mão na testa e suspiro.
- Como foi lá?
- Legal.
- Que bom.
Nos entreolhamos por alguns segundos e me aproximo dele. Pego seu livro, fecho e coloco em cima do criado-mudo ao lado da cama.
Fico por cima dele e lhe dou um beijo quente.
- Vamos repetir a noite de ontem?
- Com certeza.