Capítulo 36

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Lurch não para nem um minuto se quer. Griffin já estava fraco a ponto de desmaiar.  Eu gritava pedindo para parar, mas como eu já sabia.... Era inútil.

De repente escuto barulhos altos e duas pessoas invadem a sala matando alguns vampiros. São eles, Victoria e Kaio. Meus pais aproveitam e também matam os homens que estavam lhes segurando. O vampiro que também estava me segurando   morreu. Sofia aproveitou a adrenalina e imobilizou Lurch. Agora ele estava sob suas mãos.

- Corram! - ela grita segurando Lurch.

Desamarrei Griffin com a ajuda da minha mãe e saímos todos correndo. Chegamos lá fora e ficamos alguns minutos esperando Sofia, mas nada dela.

- É melhor irmos Eliza, ela não pode...

- Ela está viva sim! E eu vou esperar!

- Você nem conhece essa mulher, ela não é nada sua! Por que tanta importância com ela? - minha mãe pergunta.

Olho para ela e suspiro.

- Ela é a minha mãe biológica.

Todos que estavam ali me olharam, eles estavam surpresos. Principalmente meus pais.

- Como você pode esconder isso de nós Eliza? - minha mãe parecia mais desapontada do que brava.

- Eu...

- Vamos! - Sofia de repente aparece correndo em nossa direção.

Não se preocupamos no momento sobre o assunto de Sofia. Apenas corremos, ainda tinha muitos vampiros e pela quantidade eles poderiam nos matar.

Vejo vários vultos pretos me fazendo parar.

- Tarde demais. - Lurch diz a minha frente.

Mas que cara chato!

- Vocês não deveriam mecher comigo, agora vão aguentar as consequências. Principalmente esse tola. - ele aponta o dedo para Sofia.

Ela rosna de raiva.

Lurch se aproxima dela rapidamente, mas Sofia usa seus poderes e o arremessa para longe. Lurch se levanta com muita raiva e limpa seu sobretudo delicadamente. Ele faz um jesto com as mãos e dois vampiros seguram Sofia. Ela não consegue se defender. Lurch se aproxima e a ergue pelo pescoço. Tento ajudá-la mas novamente sou segurada por um de seus vampiros.

- Nãããooo!!! - grito chorando desesperada.

Lurch olha para mim com um sorriso nos lábios e de repente... Quebra o pescoço de Sofia.

Não, não, não, não... Mil vezes não. Isso não pode estar acontecendo. O que eu vi não pode ser real. Eu não posso acreditar. Não consigo. Meu peito dói, minha respiração falha, e o pior, é como se tudo estivesse em câmera lenta para me fazer sofrer mais ainda.

Sofia e eu não eramos tão proximas, por culpa minha. Eu não acreditei nela. Eu achava que ela era uma pessoa má, e quando eu percebi o contrário já foi tarde demais. E isso é o que me dói, eu fui uma completa idiota com ela e infelizmente ela foi morta por esse desgraçado sem ao menos eu poder me despedir, dizer para ela pelo menos um obrigada por me ajudar.

Choro muito, ela não poderia morrer dessa forma. Isso foi cruel demais para uma pessoa que só quis me ajudar.

- Eu vou te matar! - me esperneio gritando. Minha garganta começa a doer, mas não ligo.

Ele se aproxima de mim com um ar de superioridade.

- Tenho pena de você. - ele ri.

Não me contenho e cuspo com prazer no seu rosto. Ele pega um lenço preto no seu sobretudo e limpa delicadamente. Ele guarda o lenço, me analisa e de repente me da um tapa muito forte no rosto. Caio no chão e fico um pouco desnorteada, minha cabeça dói, e no lugar onde ele deu o tapa arde muito e lateja.

- Eliza! - Griffin corre ao meu encontro. Ele me ajuda a me levantar.

- Que lindo os dois pombinhos, pena que esse romance todo vai acabar em poucos minutos.

Tento me recompor. Lembro-me do papel que Sofia me entregou. Pego no meu bolso disfarçadamente e começo ler as palavras em voz alta.

- Envoco maleficis praeter te... - começa a ventar muito forte, sinto algo estranho, mas não paro. - Et auxiliatus sum tibi, quia ego morior, obsecro miserere animabus vestris. - de repente uma luz branca sobe até o alto das nuvens. Fecho os olhos, pois é  brilhosa demais.

Começo a escutar gemidos, barulhos de socos e de ossos se quebrando. Fico assustada e curiosa ao mesmo tempo para saber o que está acontecendo. A luz se apaga repentinamente e tudo volta ao normal. Me deparo com meus pais e meus tios lutando contra outros vampiros. Griffin não está mais ao meu lado. Ele está no chão gemendo de dor. Corro ao seu encontro mais sou impedida, alguém me segura fortemente e me puxa para trás, é Lurch Lambertucci.

- Você já me causou problemas demais garota, agora é a hora de você pagar por tudo. - de repente sinto algo estranho, uma dor aguda e forte me invadiu. Paralisei, eu não conseguia piscar.

Olho para baixo e vejo braço inteiro de Lurch atravessado no meu corpo.

- Elizaaaaaaa! - a voz do meu pai encoa no fundo da minha mente.

Sinto sua mão sendo retirada de mim com tudo, foi um sensação horrível. Não consegui respirar mais, cai no chão e gemi de dor. Griffin correu até mim e colocou minha cabeça no seu colo. Minha visão foi preenchida pelo rosto de Griffin, ele gritava desesperado e suas lágrimas caiam no meu rosto.

Eu buscava forças para poder respirar, mas eu não conseguia. Meu coração parecia estar parando aos poucos, o que me dava medo. Eu não queria morrer.

- Vai ficar tudo bem okay? Eu vou cuidar de você. - suspirou e chorou mais um pouco. - Quando você acordar, estaremos juntos novamente. Eu te amo Eliza.

Em seguida senti uma dor forte no meu pescoço, eu tentava abrir os olhos para entender o que estava acontecendo, mas infelizmente minha visão ficou escura e apaguei.

A Nova VampiraWhere stories live. Discover now