Viola e Rigel - Opostos 1

By NKFloro

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Se Viola Beene fosse um cheiro, Rigel Stantford taparia o nariz. Se ela fosse uma cor, ele com certeza não a... More

O Sr. Olhos Incríveis
A Cara de Coruja *
A segunda impressão
O pesadelo *
O Pedido
O Presente
O Plano
O Livro
A Carta
O Beijo
A Drums
A Raquetada*
O Queixo Tremulante
Cheiros
Os Pássaros *
O Pequeno Da Vinci
O Mundo era feito de Balas de Cereja
O Dia do Fundador
BOOM! BOOM! BOOM!
A Catedral de Saint Vincent
Ela caminha em beleza
Anne de Green Gables
O Poema
Meu nome é Viola
Cadente
Noite de Reis
Depósitos de Estrelas
70x7
A loucura é relativa
Ó Capitão! Meu capitão!
E se não puder voar, corra.
Darcy
Cupcakes
Capelletti e Montecchi
Ensaio sobre o beijo
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Metamorfose
Perdoar
Anabelle
Clair de Lune
Eu prometo acordar os anjos
Red Storm
Purpurina da autora: O que eu te fiz Wattpad?
Palavras
Como dizer adeus
Macaco & Banana
Impulsiva e faladeira
Sobre surpresas e ameixas
Infinito
Como uma nuvem
Sobre Rigel Stantford (Mad Marshall Entrevista)
Sobre Viola Beene (Mad Marshall Entrevista)
Verdades
Rastejar
O Perturbador da Paz
Buraco Negro
O tempo
Show do Prescott
A Promessa
O tempo é relativo
Olá, gafanhoto
Olhos de Safira
O caderno
De volta ao lar
A Missão
A pior noite de todas
Grandes expectativas e frustrações maiores ainda
Histórias de amor e outros desastres
Sobre escuridão e luz
Iguais
Sobre CC e RR
Salvando maçãs e rolando na lama
O infame
PRECISAMOS FALAR SOBRE PLÁGIO
Promessas

Natal, sorvete e música

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By NKFloro

─ O padre Cadence jantará conosco amanhã. ─ a mamãe disse, fazendo o papai desistir de levar a colher de vagem à boca.

─ Você convidou o Cadence para a ceia?

Foi a minha vez de esquecer a comida. O papai não é nada afeito ao padre Cadence, acho que esse é o porquê de ele nunca ir à missa e odiar quando a mamãe vai. Uma vez eu perguntei a ele o motivo, e sua resposta foi: Quem se assemelha se junta.

Eu não entendi nada na época, mas com o passar do tempo aquilo começou a fazer sentido para mim, o que ele queria dizer era que o padre Cadence é igual ao Maximilian Stantford.

─ Se ele jantará conosco é porque foi convidado, Fred.

─ Você só pode estar brincando, Lizzie. ─ ele levou a mão à boca, apertando os lábios. ─ Por que não me consultou? Eu ainda sou o dono desta casa, não sou?

─ Somos. ─ ela o corrigiu. ─ A propriedade também é minha, sou sua esposa.

O papai riu entredentes e pousou os punhos cerrados na mesa.

─ Não quer aproveitar e convidar a mulher do padre também?

Os olhos da mamãe se ergueram sérios, encarando-o de volta. Ele até deu uma risadinha, mas ela não achou a menor graça naquilo.

─ Mas o padre Cadence não tem mulher. ─ me intrometi.

─ Ah, tem sim. ─ o papai disse com uma risadinha desafiadora. ─ O Maximilian Stantford.

─ Isso é tão maldoso, Fred. Eles são amigos desde criança, como você e o John eram, antes de decidir parar de falar com ele.

John é o pai do Jason, ele e o papai eram inseparáveis, até ele começar a trabalhar para o Dementador, ou como o papai diz: Ir para o lado negro da força.

─ Viola, você já terminou de comer? ─ Assenti. Eu não estava com muita fome, depois das coisas que ouvi à tarde na igreja só conseguia pensar e pensar sobre, e isso estava dando um nó na minha cabeça. ─ Por favor, suba. Sua mãe e eu precisamos conversar.

Fiz o que ele disse, levei o prato até a pia da cozinha e me arrastei escada acima.

Antigamente, meus pais nunca discutiam; corrigindo, às vezes acontecia uma discussão ou outra, a maior parte por causa do Liam, fora isso eles costumavam ser unidos e apaixonados, o tipo de casal que você só vê nos comercias de TV.

Com a cabeça cheia, acendi a luz do quarto e me arrumei na cama voltando aos adesivos, aquilo me ajudava a ficar calma, e calma era o que eu mais precisava no momento, com o clima tenso entre meus pais e a apresentação do coro se aproximando, isso sem falar no Oli e na conversa que ouvi mais cedo, me sentia um pouco apreensiva.

Eu não conseguia parar de me perguntar qual era o problema com o Dementador e o porquê dele está chorando, não exatamente, mas era como se estivesse. Mas, mais do que nele, eu pensava na Sra. Stantford. Ela caiu no banheiro, foi o que ele disse para justificar o hematoma, acontece que esse geralmente é o tipo de desculpa esfarrapa que se dá para esconder problemas mais sérios, como a agressão domestica. Eu me perguntava se seria esse o caso, se o Dementador era um desses monstros que agride a própria esposa. Esperava que não.

Cerca de uma hora depois eu ouvi a porta do quarto ranger, e ao levantar os olhos avistei a mamãe recostada no batente, ela abriu um sorriso triste e andou até mim, se sentando à minha frente na cama abarrotada de recortes.

Suas mãos deslizaram pelos adesivos ao passo que seu sorriso se alargava.

─ Adoro estas coisas. Para quem são desta vez?

─ Para um amigo. ─ respondi, contornando um desenho com a tesoura. ─ É um presente de Natarsário.

─ E o que seria um Natarsário?

Suas sobrancelhas baixaram em confusão enquanto ela ria. Acho que já sabia a resposta.

─ Uma mistura de Natal e aniversário. Ele faz aniversário daqui alguns dias e estou preparando algo especial.

─ É o filho do Maximilian Stantford, não é?

─ Ah, não, o presente é para o Dean.

─ O filho da Laura? ─ perguntou.

Eu não gosto de mentir para a mamãe, acontece que ela já tem problemas suficientes com que se preocupar, não queria arranjar mais um.

─ É. ─ ela me observou em silêncio, então pegou uma tesoura e começou a me ajudar com os adesivos.

─ Você e o papai brigaram?

─ Não. Conversamos e resolvemos as coisas civilizadamente, é assim que os adultos fazem.

Assenti.

─ Mamãe. ─ chamei depois de um tempo. Se existia uma pessoa que podia me mostrar uma luz, era ela. Seus olhos azuis pararam nos meus, e respirei fundo antes de continuar. ─ Eu ouvi uma conversa hoje mais cedo na igreja.

─ Como assim ouviu uma conversa? Não estava bisbilhotando, estava?

─ Foi sem querer. Eu fui procurar o padre Cadence na sacristia e acabei ouvindo uma conversa entre ele e o Sr. Stantford.

─ Tudo bem, eu não quero saber o que você ouviu. Bisbilhotar a vida alheia é errado e a senhorita está de castigo.

─ Mas...

─ Nada de livros novos por um mês.

─ Eu não fiz nada demais. ─ minha voz subiu um pouco. Ficar sem livros novos? Por que ela não me tirava também o oxigênio? ─ Você está cometendo uma injustiça enorme.

─ Como não fez? Acabou de dizer que estava ouvindo conversa alheia propositalmente.

─ A conversa estava praticamente implorando para ser ouvida, o que eu podia fazer?

─ Ah vejamos, dar meia-volta?

─ Eu teria feito isso, acontece que o Sr. Stantford estava chorando e eu fiquei curiosa...

─ Chorando? ─ interrompeu, finalmente olhando pra mim, soando um pouco chocada. ─ O Maximiliam Stantford estava chorando, Viola?

─ Não exatamente, mas o rosto dele estava vermelho e os olhos superinchados, como se tivesse acabado de chorar um rio.

Ela balançou a cabeça, largou a tesoura sobre a colcha de retalhos e me encarou com mais firmeza.

─ E você sabe o motivo? ─ perguntou quase num sussurro.

─ Eu pensei que não quisesse saber. ─ Eu não entendia o que estava acontecendo ali, o porquê da mamãe agir tão estranhamente e de seus olhos parecerem repentinamente abatidos.

─ Não posso mudar de ideia? -- Ela esboçou um sorriso.

─ Eu não descobri o motivo, mas acho que tem a ver com a Sra. Stantford e algo que ele está escondendo dela. O padre Cadence disse que ele precisa contar a ela o que está acontecendo. Mas ele retrucou dizendo que ela não se importa, que provavelmente soltaria fogos de artifício e daria uma festa. ─ fiz uma pausa na expectativa de que ela tivesse algo a dizer, mas não, nada. Seu rosto parecia uma placa de madeira pálida. ─ Mamãe, você está bem?

─ Claro. -- disse de modo nada convincente. -- E isso foi tudo?

─ Não. O padre disse que ele precisa perdoar a esposa, pelo que eu não faço ideia. Mas isso não é o pior, o pior é que eu acho que ele pode estar agredindo a Sra. Stantford, porque o padre Cadence falou sobre um hematoma em seu rosto e o Maxmilian Stantford usou a desculpa esfarrapada de que ela escorregara no banheiro. Eu achei muito estranho, e foi por isso que resolvi falar com você, queria saber a sua opinião. Vocês estudaram no Madison na mesma época, ainda que seja só um pouquinho, deve conhecê-lo. Você acha que ele seria capaz de algo assim, de agredir a própria esposa?

Ela não respondeu de imediato, ficou ruminando, engolindo em seco uma vez ou outra enquanto fitava a estrela desenhada na parede à sua frente. Eu tinha feito o desenho no verão passado e ao seu redor escrevera as minhas frases favoritas. Adorava olhar para ela e reler as citações antes de pegar no sono, viajando por todos os mundos que já visitei.

─ Não, eu não acredito que o Maximilian Stantford faria algo assim. ─ disse categoricamente. ─ Acho que se ele disse que ela caiu no banheiro, então foi o que aconteceu.

─ Como pode ter tanta certeza?

─ Como você disse, frequentamos o Madison na mesma época, não éramos chegados, mas pelo pouco que conheci dele, posso afirmar que esse não é o tipo de coisa que Maximiliam Stantford faria, simplesmente não é o seu estilo.

Ela ficou de pé, passou a mão pela minha cabeça, e respirei aliviada, confiando em suas palavras, torcendo par que não estivesse equivocada quanto a isso.

Com passos vagarosos, a mamãe caminhou para a porta, e antes que ela saísse resolvi tirar uma última dúvida.

─ Mamãe? ─ Ela se virou para mim, a mão em volta da maçaneta. ─ Você sabe de alguma garota que ele tenha namorado na adolescência e que tenha cara de anjo?

As suas sobrancelhas se ergueram enquanto o sangue do seu rosto evaporava, deixando-a mais pálida que a camisa que estava vestindo.

─ Que tipo de pergunta é essa?

─ O padre Cadence falou que ele não ia à missa porque está correndo de alguém, uma garota que, pelo que entendi, fez parte da sua adolescência e que o Maximilian Stantford deveria superar. Que a vida tinha seguido seu curso e que ele precisa fazer o mesmo. Mas o Sr. Stantford disse para ele parar com esse papo de perdão e esquecer a vagabunda com cara de anjo, assim mesmo, ele a chamou de vagabunda, ou mandaria os remelentos para o olho da rua. Que tipo de pessoa chama órfãos de remelentos e ameaça jogá-los na rua da amargura? E a senhora sabia que ele é o dono do abrigo? Eu não fazia...

─ Por favor, Viola, pare de falar. ─ ela pediu. ─ Eu não quero saber, não sou uma especialista em Max Stantford, e o que ele faz ou deixa de fazer não é da nossa conta. Pare de me perturbar com essas questões. ─ completou antes de arrancar pela porta, me deixando ainda mais perdida.

Ela disse Max?

Na manhã seguinte, a mamãe não apareceu para o café, saiu para ir à cidade e só voltou quando o Sol já estava se pondo. Sabia que mais cedo ou mais tarde ela apareceria para me pedir desculpas, e assim aconteceu. Eu estava começando a me arrumar para a Missa de Natal quando ela abriu a porta e perguntou se eu precisava de ajuda, eu disse que sim. As suas desculpas vieram acompanhadas de uma caneta marcadora brilhante, o novo livro da Meg Cabot e um laço de fita totalmente vermelho que eu tinha visto numa loja e adorado.

Ela disse que foi rude comigo e que não pretendia, mas acontece que estava cansada de ouvir falar do Dementador - ela não disse Dementador, mas acho que o apelido combina mais com ele que o próprio nome. Max é nome de príncipe, não de alguém que estrangula animais. Explicou que ele nos causara danos suficientes para uma eternidade e que o melhor que podíamos fazer era esquecer sua existência e viver a nossa vida.


─ Viola não aperte os lábios, vai estragar seu batom. ─ a mamãe pediu quando entrávamos na igreja.

Eu ri para ela, e com um balançar de cabeça concordei.

A igreja estava realmente bonita, adornada com laços vermelhos, arranjos de flores brancos e enfeites natalinos dourados. O padre Cadence acenou ao me ver e indicou o banco do coro, onde me sentei com o coração na mão.

Desde que consigo lembrar sempre cantei no coro da igreja, mas aquela seria a primeira vez que solaria uma música, e a apreensão e medo de que algo desse errado fazia as minhas mãos suarem frio.

Com olhos atentos tentei localizar o Oli, não sabia se ele realmente viajara e tinha a esperança de que ele pudesse aparecer, mas não. Conforme os bancos se enchiam meu coração esvaziava.

Alisei mansamente o vestido vermelho e mantive a cabeça erguida, a mamãe sorriu quando nossos olhares se encontraram, Liam fez uma careta e chiou um: Manda ver, cabeça de abóbora. O que me fez sorrir um pouquinho.

Por uma dezena de vezes, Paddie Walsh tentou arrancar o laço vermelho que prendia parte do meu cabelo, e tive que ficar me mexendo no banco para evitar que suas mãos treinadas para a bagunça o alcancassem. Eu adoro a Paddie, mas acho que talvez colocá-la no coro tenha sido a pior ideia que o padre Cadence alguma vez já teve.

Quando a missa finalmente começou, a igreja estava cheia, os mesmos rostos conhecidos de sempre se apertavam nos bancos. Lilian se mantinha atenta à tela do seu celular enquanto Dean a observava pelo canto do olho, não acho que ela tenha percebido. Paddie puxou meu laço pela milionésima vez, mas resolvi não me virar para olhar seu rosto de coelho.

Depois do que pareceu uma eternidade, a vez do coro chegou. Eu me pus de pé e enquanto a Sra. Bowie regia as crianças que cantarolavam Noite Feliz com uma graça desafinada, aproveitei para dar mais uma olhada. Eu não vi o Oli, nem seus pais, mas Jason acenou para mim com um sorriso. Estava tão nervosa que mal conseguia segurar o microfone, as pernas tremiam e, por um momento, cheguei a pensar que a voz não sairia, mas saiu, no momento certo ela ecoou pela igreja. Eu fechei meus olhos e apenas deixei a música me levar, sentindo cada nota em minha alma. Não era a melhor cantora do mundo, longe disso, tampouco a pior.

Quando a música esfriou, se aproximando do fim, abri os olhos novamente, e após a última nota voltei para o banco, atentando para os olhares felizes que se mesclavam aos rostos chorosos. Por um instante, me perguntei o que tinha feito de errado, até perceber que as lágrimas não eram de tristeza, mas de alegria. E ao me dar conta disso, senti meus olhos marejarem.

A missa correu como esperado, e eu gostei bastante do sermão do padre Cadence, muito embora Paddie não tenha me deixado ouvir nem a metade. Depois de várias tentativas frustradas, finalmente conseguira arrancar meu laço e agora desfilava pela igreja com ele no alto da cabeça avermelhada, um pouco menos chamativa que a minha porque seus cabelos, ao contrário dos meus, eram lisos e macios.

─ Você foi maravilhosa. ─ a Sra. Dolittle disse ao se aproximar de mim.

Agradeci.

Muitas pessoas vieram me cumprimentar pela apresentação, rasgando elogios ao que chamaram de "voz de anjo". Eu nunca soube que cantava como anjo, e saber disso me deixara surpresa.

Enquanto a Congregação se reunia falando sobre assuntos corriqueiros e tecendo elogios ao trabalho, eu caminhei para fora da igreja. O tempo tinha esfriado consideravelmente, mas não a ponto de se tornar um incômodo, muito pelo contrário, a brisa parecia acariciar minha pele e eu adorava aquilo, seu toque macio e o cantar suave.

─ Você foi incrível. ─ Abri os olhos rapidamente, e avistei Jason se aproximar com seu sorriso perfeito.

─ Obrigada.

─ Eu não sabia que podia cantar daquela maneira, o que foi aquilo? Você fez mais da metade da igreja chorar, até a minha mãe chorou, e ela nunca chora. ─ disse entusiasmado.

Eu ri.

─ Verdade?

─ Caramba, eu dizendo. Foi tipo, nossa!

─ Acho que está exagerando.

─ Não estou não, Sardenta. ─ ele saiu do meu lado, e com um movimento ligeiro parou à minha frente, perscrutando meu rosto.

─ O que foi? Por que está me olhando assim? ─ perguntei, minha voz saiu baixa e desconfiada, quase na defensiva. Do que eu estava me defendendo não sabia, mas algo me dizia para ficar alerta, que havia mais ali do que eu estava vendo.

─ Você está bonita.

Me senti grata por sua gentileza, mas sabia que não era verdade. Eu nunca fui bonita, nem estava desesperada para ser, não que eu não fosse adorar isso, é só que as pessoas dão muito valor à aparência, e eu não quero ser valorizada apenas por um rosto ou corpo bonito, mas por aquilo que realmente conta. A Missie, por exemplo, é linda, mas quando as pessoas olham para ela não vêem mais que isso, que sua beleza, ficam tão hipnotizadas por sua aparência que acabam ignorando o resto.

─ Obrigada, você também não está nada mal. ─ disse, e não estava mesmo. A camisa preta que ele vestia combinava perfeitamente com os cabelos escuros e olhos marrons, ressaltando os músculos em desenvolvimento. Seu sorriso era pretensioso, mas afável, e a pele morena como um pedacinho de verão.

─ A mamãe encomendou um jantar maravilhoso, não quer vir jantar conosco?

─ Eu adoraria, mas a minha mãe também preparou um jantar, e eu quero aproveitar para passar o maior tempo possível com a minha família antes de voltar para o Madison.

─ Entendo. ─ afirmou. ─ Mas o que me diz de sairmos para tomar um sorvete amanhã?

─ Por que quer tomar um sorvete comigo? ─ Aquilo não fazia sentido, tinha quase certeza de que ele estava aprontando alguma, como quando éramos mais novos e ele disse que pagaria um cachorro-quente para mim, eu fiz o pedido e quando chegou a hora de pagar, ele desapareceu, me deixando com a maior cara de nada na frente do vendedor e uma divida de quase duas libras. E foi nesse dia que eu decidi nunca mais confiar em Jason Porter.

─ Borboletinha! ─ a voz aguda de Missie cortou a noite e nos viramos para olhar para ela. Jason chiou um palavrão, mas continuou sorrindo conforme ela se aproximava, até parar à nossa frente. ─ Você arrasou, só não chorei porque isso borraria a minha maquiagem, e não existe nada mais degradante que uma maquiagem borrada. Oi, Jason, você cresceu.

─ Oi, Missie. ─ ele respondeu, repentinamente animado. ─ Você está bem bonita.

─ Errado. Bonita é a sua mamãe, eu sou maravilhosa. Agora me contem o que fazem aqui sozinhos. Não estavam, vocês sabem, mandando ver, ou estavam? Porque se estavam, me desculpem por atrapalhar. ─ disparou feito uma metralhadora.

─ Não. ─ me apressei em dizer. ─ Estamos apenas conversando, Missie.

Os ombros de Jason caíram e ele suspirou pesadamente antes de falar:

─ Acho melhor eu entrar. ─ Missie o encarou por uma fração de segundo e abriu um sorriso ininteligível, ao passo que ele depositava um beijo em minha bochecha. ─ Meu convite ainda está de pé.

Depois que Jason desapareceu no interior da igreja, Missie arregaçou a boca em espanto, batendo palmas e balançando o quadril em seu vestido bandage preto.

─ Quem diria que a Borboletinha Ruiva se tornaria uma arrasadora de corações. ─ disse entre risos.

─ Como assim arrasadora de corações? ─ minha voz era um misto de choque e confusão.

─ Não me diga que não percebeu?

─ Percebi o quê?

─ Que aquele garoto está caidinho por você.

Olá, gafanhotas

Deus ajudou e aqui está o capitulo que eu prometi.

Agradeço demais por todos os votos e comentários, pelo carinho de vocês e por serem essas pessoas maravilhosas, pessoas. Amando demais vocês.

Agora vamos às perguntas do capítulo:

O que me dizem da reação de Eliza? No lugar da Viola vocês ficariam desconfiadas de alguma coisa ou nem?

A Emily já volta.

Alguém com saudades do Rigel, ou nem?

Qual vai ser a reação da Viola diante da revelação de Missie?

Alguém ai acha que a Eliza ainda ama o Max? Vejo que vocês se dividem entre as que acham que ela ainda o ama e as que acham que ela tem medo dele.

Muito obrigada por responderem a pergunta que eu fiz sobre os shipps. A maioria esmagadora shippa Vigel, mas tem muitas pessoas divididas. Acho que vocês são mais indecisas que eu na vida.

O que me dizem de Fred?

A Vi arrasou na apresentação, as pessoas acham que ela canta como um anjo. Acham que o Rigel merece ver o vídeo ou não? Vocês enviariam para esfregar na cara dele, ou nem?

Eliza falou que o Max não agrediria a mulher. Acham que é verdade ou que ela queria apenas encobrir algo?

Vocês arriscariam dizer o que aconteceu para o Max odiar a Eliza e sua família dessa forma mesmo depois de tanto tempo. Ele tirou tudo que o Beene tinha e nem assim ficou ok, sua sede de vingança não foi saciada.

Parabéns a quem descobriu quem é o narrador misterioso. Uma pista para quem ainda não descobriu: ele tem cabelos muito, mas muito loiros e uma cicatriz.

Quem você acham que ama mais a Viola: Jason ou Rigel, amores?

Quem merece ficar com ela?

O que vocês querem muito que aconteça na história, pessoas?

E o que não querem que aconteça de forma alguma?

Por que será que a Eliza preferiu o Fred ao Max?

Aprovaram o momento Jaola? Querem mais?

Qual personagem dessa história é o mais detestável, e por quê?

Quem é o mais amável, e por quê?

Acho que é apenas isso, pessoas. Estou apressada aqui e preciso partir.

Volto na semana que vem, se Deus permitir.

Agora, spoilers e reaciones:

A reação da Missie quando o crush passa: ( Já descobriram quem é o tal?)

A reação do Fred quando o assunto é o Max:

A reação do Max após ferrar com o Fred:

Viola vendo Rigel nudes:

Quando o Jason acha que vai beijar a Vi e o Rigel aparece:

As mulheres da cidade quando vêem o Max.

Viola esperando o Rigel beijá-la:

Eu sobre esta história:

Emily Dawson sensualizando para o crush:

Fred: Que raio você fazia com o filho do Stantford, Viola?

Viola: Nada, papai.

Por favor, Eliza mande um recado para o Max:

Tem algo a dizer para a Eliza, Max querido?

Eliza se pronuncie:

Max responda:

Rigel Stantford daqui a pouco:

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