My little, sweet and loyal Em...

By Marta___Tata

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Dipper Pines acabara de ser despejado de casa. Sem ter para onde ir e acolhido por um homem macabro, agora t... More

A história de como eu fui totalmente apanhado por um triângulo - Literalmente.
The Madness
Well, hello "Persons who I need to work with"
Trust no one, é confiar numa ruiva relaxada e num cara que parece um texugo.
Impressão minha, ou eu entrei num jogo de provocações com o meu inimigo?
Tornando-me praticamente um escravo, parte 1
Motivos porque eu odeio o oxigenado triangular demónio
Eu fui praticamente morto por quem?!
Okay then. Let's play, Cipher
O demónio mais sem sentimentos da história toda!
O oxigenado dorito está a virar-me a cabeça ao contrário!!
Pacífica - Uma menina com um sorriso tão falso como o seu segredo.
As memórias de Bill Cipher.
Um beijo, várias memórias, muitos segredos e um sentimento - CONFUSÃO!
Um verdade ou desafio com amigos retardados... O que pode correr mal?
Um plano feito por Mabel e uma personagem principal cu doce. Nada de novo.
Um suco de limão, tomando juntamente com Cipher.
Se achavam que a minha vida estava confusa, então ainda não leram este capítulo.
Yahooo!! Vejam um capítulo super-ultra-mega DIVERTIDO! ...Ou então sofrido.
A peça final do meu puzzle de teorias.
E o traidor é.... Tambores, por favor!
Literalmente... Estamos todos lixados. Enfim. Que tal uma missão suicida?
A batalha final. E o final épico.
O registo de Pines.
Algumas curiosidades finais do livro!
A pedido de leitores.

Num só capítulo eu tirei boas notas, humilhei e descobri uma loli misteriosa.

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By Marta___Tata

{200 FUCKING COMENTÁRIOS NO CAPÍTULO ANTERIOR

EU AMO-VOS TANTO <3 CAPÍTULO DUPLO HOJE PARA COMPENSAR!]

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Acorda-mos, naquela mesma tarde (Que se prolongou por tantas horas que me esqueci de jantar) a nunca mais omitir sentimentos um do outro, se queríamos restabelecer uma boa relação de inimigos... Ou sequer, se isso fosse possível.

A verdade é que ele continua a chatear-me e eu continuo a chateá-lo. Mas eu acho que isso faz parte da nossa relação de dois inimigos idiotas e retardados que só gostam de encher o saco um do outro.

Ah, e claro. O jogo das provocações.

Oxigenado – 3 x 1 – Dipper

Eu precisava, aliás, preciso de virar esse score. Agora.

Estava perdido em pensamentos, a andar calmo pelo corredor da mansão, enquanto bocejava de sono e várias lágrimas noturnas me invadiam os olhos. Não levava nada comigo para além do meu fato de empregado e a tatuagem que Cipher me fizera obrigar a admitir que eu gostava (Ele tem um feitiço qualquer que faz com que as verdades sejam ditas da boca para fora das pessoas. Foi horrível. Não perguntem. Continuemos).

Então, eu vi um aglomerado de pessoas tão grande como se fosse um jantar. Era bem raro encontrar muitas pessoas reunidas, não só por ser uma mansão enorme, mas também porque todos estavam sempre ocupados com os seus afazeres domésticos.

" – Oh, é o Dipper!!". – Gritou Charlie, apontando freneticamente para mim. Todos os pares de olhos viraram-se na minha direção, com sorrisos enormes e várias palmas, gritos, como se fosse uma festa qualquer surpresa.

" – Ah... Olá?". – Sussurrei, coçando a nuca, enquanto libertava um sorriso amarelo.

" – As tuas notas do combate de magia saíram, Dipper!!". – Exclamou Wendy, entusiasmada e com Soos, animado, ao lado dela e só a bater palmas.

Aproximei-me calmamente do aglomerado de gente, olhando para Wendy, com uma sobrancelha levantada e um sorriso brincalhão.

" – Calma aí, eu nem sequer sei como é que isso funcio...".

" – Típico". – Sussurrou Gideon, irritado, e encolhendo os ombros. Olhei-o de lado, percebendo que crescera muito mais do que eu estava à espera; Mas continuando da altura do meu estômago.

" – Cala a boca, minion. Eu estou aqui há dias e tu, provavelmente, anos". – Retorqui, vendo Robbie, na outra ponta do corredor, mirar-me mortalmente pelo sorriso que havia dado a Wendy. Engoli em seco e decidi ir diretamente ver a minha nota, afinal, Robbie e eu nunca tivemos... Uma lá muito boa relação.

Pacífica Northwest também estava ali, de braços cruzados e com a camisola de Llama que Mabel lhe havia feito, no Weirdmaggedon, criado pelo nosso nada amado oxigenado, na época que era um dorito zarolho.

" – Pacífica...". – Sussurrei o nome dela. Ela parou de olhar par amim fixamente e olhou para baixo, envergonhada. Libertei um sorriso leve, aproximando-me dela. A loira não ousou olhar para os meus olhos, com lágrimas nos cantos deles. Eu pousei delicadamente a minha mão no ombro dela, sem retirar o sorriso dos meus lábios. – "...Não chores. Vai borrar-te a maquilhagem".

E ela libertou uma risada, entre o leve choro. Ri-me também com ela, vendo os seus olhos verdes chocarem com os meus castanhos.

" – Está tudo bem. Nós voltamos a ficar mais amigos depois do fim do mundo, lembras-te...?". – Ela assentiu. – "E isso não mudou. Toda a gente pode mudar, então, não te preocupes... Está tudo bem".

Ela assentiu, sorrindo também e limpando as lágrimas no canto dos olhos, provavelmente envergonhada com as atitudes passadas dela.

Toda a gente pode mudar.

O sorriso morreu-me nos lábios, quando percebi o que tinha dito.

Toda a gente pode mudar.

Mas ele é considerado... Gente?

Toda a gente pode mudar.

Abanei a cabeça com força, para os lados.

" – Dipper?". – Sussurrou a voz de Charlie, preocupada. – "Está tudo bem?".

Forcei um sorriso.

" – Está sim". – Menti. – "Então, vamos lá ver essa nota que cativou toda a gente a vir ver antes de mim!".

E, maioria, lançou uma gargalhada. O lado bom da companhia seria Wendy, Soos, Pacífica, Charlie e... Carlie? Eu não sei mais o que a considerar agora.

O lado mau era, obviamente, Gideon e Robbie. Mas eu também decidi ignorá-los.

Atlantic, o rapaz parente de Pacífica, estava ao lado do quadro de notas afixado no corredor, de braços cruzados e encostado à parede, com uma roupa de empregado semelhante à minha.

" – Vamos lá despachar isto...". – Sussurou o rapaz, estalando os dedos. Rapidamente, o quadro de notas ganhou números e letras, com vários critérios de avaliação escritos.

A lista era extensa, já que o número de alunos (Se é que eu posso chamar-nos assim) também o era.

Atlantic Southwest – S+

Carlie Brownie – S

Charlie Brownie – F

Dipper Pines – A

Gideon Gleeful – B

Lunger Streetlung – C

Robbie Valentino – E

Soos Ramirez – E

Pacífica Northwest – D

Wendy Corduroy – D

" – Wow!!". – Gritou Charlie, de espanto e a apontar para o meu nome. – "O Dipper passou o Gideon!".

Vários gritos e palmas surgiram no local, enquanto Gideon só me lançou alguma praga em latim e saiu, batendo os pés. Robbie, encolheu os ombros e foi para o lado oposto, a resmungar algo.

Sorri de orelha a orelha, animado. Não era todos os dias que eu era alvo de tanta atenção e também não era muito de gostar de ser o centro das mesmas mas, ainda assim, sabia bem de vez em quando.

" – Parabéns, Dipper!!". – Exclamou Wendy, aos saltos e abraçando-me. – "És o terceiro melhor da mansão!".

Senti o meu rosto corar, não pelo abraço e sim pela afirmação em si, deixando uma risada nervosa escapar.

" – Eu fico tão feliz por ti, Dipper!!". – Admitiu Charlie, com um saltinho, fazendo as suas pigtails saltitarem, devido aos grandes cachos das mesmas. Sorri ainda mais, agradecendo pelo elogio.

" – E acho que o Gideon não gostou muito disso...". – Admitiu Carlie, falando pela primeira vez e vendo-o sair, já lá muito ao longe, sempre a falar no seu tom de voz normal. Olhei-a, um pouco branco de medo, mas ela não pareceu ligar.

Senti uma palmada com força nas costas, vendo Lunger abraçar o meu pescoço, animado.

" – Parabéns, cara!". – Disse, entre risos. – "É assim que se fala com amigos, certo?". – E perguntou, muito preocupado, logo a seguir. Gargalhei alto, bagunçando-lhe os cabelos.

" – Sim, idiota. É sim!".

E fiquei ali um bom tempo a conversar com boa companhia, com a Carlie sempre muito atenta a tudo e Pacifica muito calada, ao contrário da sua infância. Estranhei um pouco a atitude da loira e decidi, mais tarde e com calma, perguntar-lhe se estava tudo bem.

Atlantic, então, forçou uma tosse.

" – Adoraria continuar a conversar... Bem, na verdade até não". – A sua voz era bem grave e num tom de voz ríspido, chegando a ser irritante, pelo menos, para a Wendy, segundo a sua reação. – "Mas eu preciso de levá-lo e dar-lhe os horários de treinos e alguns testes e carradas de outras coisas que vocês, adolescentes sem cabeça, denominam de 'cha-tas'!". – E terminou, separando a palavra silábicamente e entre aspas no ar.

" – Tu também és um, idiota!". – Respondeu Wendy, com um ar de poucos amigos e cruzando os braços.

Wow. Para Wendy não gostar de alguém, é preciso muito.

O moreno de cabelos bastante escuros apenas encolheu os ombros.

" – Vem, Dipper". – Sussurrou-me, sério. Olhei em volta e vi que todos, ou maioria, pararam de sorrir, na exceção de Charlie, que continuava animada. Mas a sua animação não durou muito até perceber que Carlie lhe sussurrara para se manter quieta e ela obedeceu.

" – Ah... Okay". – Respondi, acenando para toda a gente e seguindo-o.

Uns bons minutos depois e já não era possível ver os outros, nem a placa de notas afixada no corredor.

" – Então...". – Comecei por tentar meter conversa. – "És o Atlantic, certo? Posso te chamar como, hm? Tic? Ou preferes Al? Posso te chamar de South, se preferires...".

Eu era péssimo a tentar meter assuntos.

Tão péssimo que ele nem se dignou a olhar para mim.

" – Não estou aqui para me tratares por isto ou aquilo, Pines". – Respondeu de forma tão fria que parecia sentir até um calefrio, só na voz dele. – "Eu sou o professor e mentor de magia e lutas, nesta mansão. Para tal, exijo respeito".

Que cara bem foda, né?

" – Como queiras, última bolacha do pacote". – E revirei os olhos, cruzando os braços. O Southest não respondeu.

Depois de andar-mos um bom bocado e de já estar cansado de tantos corredores, dignei-me a voltar a tentar conversar.

" – Não é por nada, mas... Já estamos a andar há um bom bocado". – Admiti. Ele parou de andar, olhando-me de lado.

" – Estás a questionar o sentido de orientação do professor, Dipper Pines?". – E levantou uma sobrancelha.

" – N-Nada disso!!". – E sorri de força forçada. Apesar de ele parecer meio chato, eu não queria uma má relação com ninguém, neste sítio. – "Só estava a perguntar onde ficava a sala de aula ou lá para onde vamos...".

Ele ficou calado. Depois, olhou em volta.

" – Eu não sei". – Limitou-se a responder, indiferente. Fiz um forte facepalm.

" – Tu acabaste de te perder?!". – Gritei, sem acreditar.

" – Ouve. Não tenho dos melhores sentidos de orientação, está bem?". – E ele voltou a analisar em volta, completamente perdido. Eu suspirei com força.

" – Esta mansão é enorme!! Pronto, vamos morrer aqui! Está destinado!". – Dramatizei, colocando as mãos na cabeça. – "Vamos morrer de fome por nunca mais encontrar-mos a cozinha ou a sala do jantar! E vou morrer de hipotermia, de frio, sem as minhas cobertas quentes!".

O da minha altura olhou-me, de lado.

" – Nada dramático, hãn?".

Cruzei os braços, gargalhando.

" – Só um pouco!"

Ele deu um leve sorriso para mim, coisa que me descontraiu os braços e retirei-os do peito, deixando-os cair. Fiquei contente por vê-lo sorrir, achando que, finalmente, e lhe conseguira cativar para uma amizade.

Mas ele não estava a sorrir para mim e sim para trás de mim.

" – Hey hey hey!". – Exclamou a voz estridente de Cipher, que gritou atrás de mim. Saltei de susto, olhando-o, depois, com raiva.

" – Ah, vai passear, oxigenado!". – Resmunguei, deixando-o a rir.

Atlantic fez uma cara de chocado, a olhar para nós.

" – Oh, coitadinho do Pinetree~...". – Cantarolou, numa voz como se estivesse a falar com um bebé, baixando-se à minha altura, coisa que ele adorava fazer e eu odiava, de morte, deixando-me vermelho. – "Odeias ser assustado e tratado assim, não é mesmo...?".

" – Tsc!". – E encolhi os ombros, cruzando novamente os braços e virando-me de lado, irritado.

" – Como... Como é que te atreves...?!". – Perguntou retoricamente a voz de Atlantic, agora irritada e pronto para me esmurrar. Olhei-o meio sem entender o que ele estava para ali a dizer.

" – Ah... Oi? Isso é para mim?". – E apontei para mim mesmo, no peito.

" – É claro que é!! Para quem seria mais?!".

Olhei para o dorito e apontei para ele, encolhendo os ombros.

" – Podia ser para a abelha maia". – Respondi, indiferente.

" – Não me chames disso!!". – Irritou-se o oxigenado, cerrando os punhos com força e adquirindo uma coloração alaranjada no olhar.

" – Eu chamo do que eu quiser!". – E fingi colocar uns óculos imaginários de turn down for what.

Enquanto o loiro só reclamava comigo e eu ria da cara dele, Atlantic parecia estar a engolir várias farpas gigantes com os olhos, por nos ver naquela intimidade.

" – O que raios... São vocês...?". – Sussurrou, enquanto questionava a nossa suposta "relação" de respeito.

[...]

" – Não". – Continuou Atlantic, esquivando-se e indiferente, enquanto lia o seu mesmo livro de bolso e eu tentava acertar com uma espada de madeira, pela milésima vez.

" – Po... Podes tomar, ao menos, o mínimo de decência de fingir que te esforças...?". – Perguntei, sentindo gotículas de transpiração a descerem-me da cara. Desta vez, estava vestido com a minha Tshirt laranja e os calções de rotina, que já sentia saudades do conforto, depois de ser espetado naquelas fatiotas de empregado idiotas.

" – E se eu não quiser?". – Respondeu, em tom de pergunta, continuando a ler e eu, desesperado, a tentar acertar-lhe, fosse onde fosse, até mesmo na ponta da roupa.

Bill estava sentado, a um canto da sala de treinamento, numa cadeira simples e preta, com retoques amarelados, aborrecido a olhar para nós.

" – Já posso?". – Perguntou o mais alto.

" – Não, não pode, Master". – Respondeu Atlantic, voltando a desferir um golpe meu, deixando-me a cair no chão. Depois, olhou-me com desprezo. – "Não sei como é que ele tirou um A... Até a Charlie, que tirou um F, fazia melhor".

Olhei-o mortalmente.

" – Não ouse, sequer, chamar nomes dos outros para te rires". – Ameacei, semi cerrando os olhos, levemente irritado. Ele levantou uma sobrancelha.

" – Ou o quê? Vais fazer o quê?".

Levantei-me lentamente, com a respiração pesada. O zarolho, que devia ter-me lido os pensamentos, começou a tomar o dobro da atenção, com um sorriso enorme. Provavelmente, tinha-me lido os pensamentos e previra algo interessante a caminho.

" – Ouve. Eu estou a tentar, por tudo, manter uma boa relação com toda a gente... Mas preciso que colabores, se não, torna-se complicado!". – Admiti. O interessado encolheu os ombros, desiludido com a minha atitude de tomar um caminho mais soft e pacífico.

" – Hm". – Limitou-se a responder, voltando a olhar para o livro dele. – "Continua a tentar acertar-me. Só vamos sair daqui quando conseguires".

Cerrei os dentes, começando a contrair as sobrancelhas para baixo, como sempre fazia, quando estava irritado.

" – Tenho mesmo de te acertar com a espada?". – Perguntei.

" – Tens sim". – Respondeu, indiferente.

Peguei no pedaço de madeira com a mão direita, afastando-a lentamente de mim, para o lado. Depois, larguei no meio do chão, com um sorriso de canto.

" – E agora? Vais fazer o quê?".

Ele contraiu o punho de raiva, fechando o pequeno livro de capa azul escura.

" – Estás a desafiar-me para um duelo corpo a corpo?". – Perguntou, com a voz áspera. Rapidamente, das suas mãos surgiram chamas alaranjadas. Aumentei o meu sorriso de desafio, enquanto o triângulo parecia bater os pés de animação, pronto para ver uma boa treta antes do almoço.

" – E se eu estiver?".

Foi o suficiente para Atlantic partir para cima de mim, enquanto me desviava por pouco. Rapidamente, assim que me afastei a uma distância consideravelmente segura, evoquei o meu diário num gás dourado, que me surgiu na mão esquerda, na página que eu pretendia.

" – Levitate, in gladio, palpate!". – Gritei, em latim, fazendo os meus olhos adquirirem um tom de azul néon, brilhante. Rapidamente, enquanto o moreno de cabelos quase pretos corria para cima de mim, a pequena espada de madeira levitou, ao meu controlo, enquanto mexia a mão. Depois, ergui a mão e, rapidamente, ela tocou no ombro do meu inimigo, deixando-o paralisado.

Sorri vitoriosamente, fazendo o diário retornar à minha tatuagem. Passei por ele, sem dizer mais nada, enquanto ele ficava ali, paralisado, a olhar para as próprias mãos. Cipher limitava-se a abrir a boca de espanto.

" – O treino acabou, chico esperto". – Disse, em direção à porta. – "E, para a próxima, não te foques tanto em mim". – E olhei para ele, dando uma piscadela. – "Acredita que não vale a pena".

E saí, sem dizer mais nada.

[...]

" – Aquilo. Foi. Fantástico!!". – Gritava Lunger a toda a gente, durante o almoço. Por incrível que parece-se, ele tinha visto tudo de alguma forma que evitou-me contar, assim que perguntei. – "Vocês deviam ter visto! Ele desafiou-o para um duelo corpo a corpo, já que ele não lhe dava a mínima atenção! E, como aqui o nosso Dipper disse, ele só sairia do treino, por ordem de Atlantic, se tocasse com a espada de madeira nele!".

Ele brandava aos sete céus quase a minha pequena vitória a Atlantic, que nem ele, nem o Cipher, estavam presentes, de momento, ao almoço. Todos da mesa prestavam atenção, com a boca completamente aberta. Robbie, a um canto, fuzilava-me com o olhar, por eu ser, novamente, o centro das atenções, num só dia; Já Gideon, era a terceira colher que dobrara e a segunda que partira de raiva.

" – Que sensacional!!". – Exclamava Wendy, completamente eufórica. – "Nunca ninguém conseguiu fazer-lhe frente, Dipp!".

" – Exato!". – Charlie, ao contrário da ruiva, estava chocada. – "Ele é o mais forte de todos nós... Como se fosse um professor!!".

" – Para ser sincera, não estou impressionada".

A voz calma e baixa de Carlie soou, deixando todos a olhar para ela. Indiferente às atenções, continuou.

" – Ele revelou um bom potencial em batalha, pelo menos, contra mim e o Master".

" – Mas ele tem o diário!!". – Gritou Robbie, a apontar para mim, com raiva. – "Assim também eu conseguia!".

Carlie levantou, muito levemente, uma sobrancelha.

" – Ele teve sangue frio suficiente para pensar num plano em questão de segundos. O Dipper calculou o plano perfeito contra o Master, através do que descobriu, naquele mesmo dia". – Ela olhou calmamente para Robbie, agora, indiferente. – "Para completar, ele calculou que fosse precisar do diário, ludibriando o Master nos pensamentos, coisa que, em batalha, é extremamente importante e difícil manter a calma para isso".

O silêncio foi muito longo, tornando-me levemente desconfortável, sem saber como reagir.

" – Além disso, tu jamais terias as capacidades de Dipper".

Foi a gota d'água para Robbie, que se levantou bruscamente e foi embora.

E eu estava tão frito. Posso até imaginar o menu, daquia uns dias – Cozido à lá Pines!

Pacífica, ainda a um canto, não disse nada; Embora tenha sorrido muito a cada vez que mencionavam que eu tinha duelado com Atlantic e vencera.

Eu não via aquela vitória como um grande feito; Não me orgulhava. Tornar-me uma boa companhia com todos era o meu objetivo, não o contrário.

Para além disso, Robbie estava certo – Eu sou dependente do diário.

Sem ele, eu não sou nada.

E é por isso mesmo que eu preciso dele; Que ele está na minha pele.

...Ou lá o que Cipher quis dizer.

O almoço continuou a decorrer normalmente, enquanto Lunger, inutilmente, tentou voltar a falar do duelo – Mas, toda a gente, preferiu ignorar o assunto, pelo menos por agora.

Era melhor que Atlantic nem sonha-se que esta conversa tinha acontecido.

[...]

Tinha-se passado cerca de dois dias.

Eu só lutava às terças-feiras, já que eu tivera uma nota mais avançada e não precisava de tanto treino como os outros. Pelo que Charlie me disse, ela tem todos os dias, menos aos Domingos, que é dia de descanso para todos.

Andava calmamente pelos corredores, carregado de dois cestos de roupa suja do oxigenado, enquanto reclamava, a resmungar.

" – Ele me paga... Tsc, roupa suja... Eu dou-lhe a roupa suja...!!".

Estava a montar um plano mental e genial para me vingar de me obrigar a levar mais de sete cestos de roupa – Exatemente. Sete. – Para eu os levar à lavandaria, onde Charlie trataria delas facilmente, afinal, ela não é muito forte em batalha, mas sei que em magias domésticas e no dia a dia, é a melhor da mansão.

Mas os meus pensamentos foram interrompidos, quando vi uma porta completamente cinzenta e lilás.

Levantei uma sobrancelha, arregalando os olhos. Era a primeira vez que não via algo sem ser das cores amarelo, dourado, preto ou branco assim, no meio da mansão. Obviamente, excluindo o salão de jantar, que era azul.

Aproximei-me dela, curioso.

Mas a curiosidade matou o gato. (Perceberam a piada? Eu... Gato... Okay. Continuemos).

Rapidamente a porta abriu-se com força, sugando-me para dentro da mesma. E, agora, no meio do chão, estavam roupas sujas do oxigenado e eu, com dores no pescoço da forma como caí.

Sentei-me lentamente, observando à volta do local.

Uma sala suja e desarrumada, cheia de papéis e lixo por todo o lado. Era completamente verde e cinza, cheia de monitores por todos os lados e inúmeros computadores.

Arregalei os olhos, quando percebi do que se tratava.

Todos eles. Todos os meus amigos, inimigos, estavam ali – A ser filmados.

A ser controlados.

" – Aham...". – Ouvi uma voz muito fina a forçar uma voz e com as mãos na cintura. – "Posso saber o que fazes aqui, Dipper Pines?".

Olhei para a minha frente e vi uma cadeira enorme, de costas para mim, cinza. Ela virou-se na minha direção, vendo uma menina muito pequenina, de cabelos roxos e bastante grandes para a face dela.

Usava um vestido cinza e detalhes brancos, aberto à frente e com collans da mesma cor dos detalhes, por baixo e um grande laço à frente do peito e outro preto, no topo da cabeça. Ela semi cerrava os grandes olhinhos lilás e, ao lado dela, encontrava-se uma bebé de cerca de cinco anos, com um totó alto na cabeça, com as mesmas roupas, mas mais pequenas e a mordiscar uma boneca, com as mesmas roupas .

" – O...O que...?". – E apontei para ela. Ela suspirou, encolhendo os ombros.

" – Pelos vistos, fazes parte da elite do Cipher".

" – Elite? O quê?". – Tornei a olhá-la, para tentar entender o que se passava. Ela cruzou os braços, revirando os olhos.

Foi então que tive de aguentar o riso, já que a menina, para parecer mais alta, estava sentada numa pilha de livros verdes e lilás.

" – Arg!!". – E fez um facepalm. – "Ele deixa-me tudo para ser eu a contar, sempre! Explicando muito resumidamente... A elite do Cipher são os empregados mais íntimos dele com acesso a portas ultra-secretas da mansão dele.... E se só viste esta porta hoje, significa que te tornas-te um membro da elite dele!". - Ela ficou animada, contando pelos dedos enquanto falava, entretida. - "Lunger, Atlantic e agora tu... Gostei desse trio!"

Estava demasiado chocado para me focar nisso. Demasiadas perguntas. Em muito pouco tempo.

Isso da elite eu falo depois com o oxigenado. Preciso de saber outras coisas.

" – Ah... Podes, ao menos, dizer-me quem és? Desculpa, mas eu nunca te vi pela mansão e... Ah!! Já sei! Eu não te vi porque és muito baixinha e não te vi passar, certo?". – E sorri de orelha a orelha. Ela levantou uma sobrancelha, vendo um leve fogo se formar no seu olhar, deixando-me arrepiado.

" – A altura de uma donzela é um assunto delicado, meu jovem... É melhor não ires por aí!". – Exclamou, com uma voz áspera. Assenti, engolindo em seco, com medo. – "Ótimo...".

" – Mas... Podes explicar-me?".

Ela suspirou.

" – O meu nome é secreto. Mas as pessoas que me conhecem chamam-me pelo meu nome de código entre mortais... Violet". – E, depois, olhou para a criança ao lado dela. – "Esta é a minha irmã, supostamente, no vosso mundo mortal. Ela é a Lila".

" – Okay... Então, não pertences aqui, é isso?". – Questionei, levantando uma sobrancelha.

Não valia mais a pena negar as descobertas da minha vida, pelo que aprendi em Gravity Falls. Quando a bizarrisse não pode piorar, aparece uma menina que parece mais nova que tu e chama-te de mortal, enquanto te vigia 24h por dia e com uma irmã que baba tudo.

Típico do Cipher.

" – Sou uma Deusa". – Respondeu, indiferente. – "A Lila é a minha controladora. Fui exilada por alguns... Desentendimentos e, bem... Cá estou eu, presa no corpo de uma adolescente de dezassete anos".

Olhei-a de alto a baixo.

" – De..: Dezassete...? Tens a certeza?".

Ela levantou uma sobrancelha e eu calei-me. Depois, continuou.

" – Ajudar o meu velho amigo Cipher trouxe-me um corpo mortal, que é imortal... Esplêndido, Zeus. Que criatividade!!". – Reclamou, a olhar para cima.

" – Zeus?". – Estranhei.

" – Não ligues! Não faz parte lá muito da história em Gravity Falls. Vocês preocupam-se mais com demónios zarolhos em forma de doritos".

Ponto para ela.

" – Mas, então... Porque é que estás a vigiar-nos?".

Ela rasgou um sorriso.

" – Eu sou a vossa vigilante da mansão, Pines. E as paredes podem não ter ouvidos... Mas têm camaras". 

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