Obsessão Perigosa

By LaraGPF

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A historia se baseia no abuso constante que Emily sofre pelo seu irmão, Miguel. Ele é louco por ela e desde q... More

Notinha:
Introdução:
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
NÃO É CAPÍTULO/ É NOVIDADE:
Capítulo 25
Livro novo!
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Desabafo:
Capítulo 29
Divulgação?
Capítulo 30
Recado!!!
Capítulo 31
Bônus
Capítulo 32
Capítulo 33
Bônus
Capítulo 34
Bônus
Capítulo 35
Capítulo 36
td na paz?
Capítulo 37
Capítulo 38
Bônus:
Capítulo 39
Capítulo 41
Bônus
Capítulo 42
Bônus
Bônus
Capítulo 43
Capítulo 44
Bônus
Capítulo 45
Bônus
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Fatos sobre mim. Opa
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
capítulo 62
notícia urgente ;)
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Agradecimentos

Capítulo 40

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By LaraGPF



Emily narrando

Sexta- feira, 10 horas da manhã.

Bufei. Meus cabelos voavam enquanto as hélices do ventilador rodavam de um lado para o outro na minha frente. Mais uma vez estava sozinha nessa casa que não tinha muito que fazer. Já tinha arrumado ela e tudo estava perfeitamente organizado.

—Agh. —Resmungo, jogando a cabeça pra trás.

Fico desengonçada no sofá olhando para o teto e esperando ansiosa para Arthur ou Bruno chegar e me tirar desse tédio.

Com um deles aqui, até esqueço-me da minha vida e de que não posso andar na rua sem usar a peruca loira que me pinica mais do que deveria.

O silêncio daquela casa me fez reviver momentos de felicidade ao lado do meu pai e da minha mãe. E uma angustia se estala em meu peito. Será que mamãe está bem?

Gostaria tanto de falar com ela, mesmo que seja a ultima vez. Só consigo lembrar-se dela no chão, quase morta chorando e machucada por causa do monstro do Miguel.

Balanço a cabeça espantando as minhas lembranças ruins. Ela deve estar bem. Assim espero.

Olho para a porta com esperança de que Arthur entra por aquela porta trazendo o meu sonho que eu pedi para ele comprar na padaria. Ultimamente ando comendo igual uma Drácula. Arthur me chama de ''buraco sem fundo'' por que como quase tudo o que tem na geladeira, especialmente se for algo muito gostoso.

Ontem mesmo Bruno quase jogou um vaso na minha cara por ter comido o bolo de chocolate que ele fez quase tudo, só deixei um pedacinho da finura de um dedo para ele. Eu ainda tive consideração de deixar um pedaço e mesmo assim ele queria me matar. Não tenho culpa se o bolo estava bom e dando bobeira na geladeira.

Se estiver lá é pra comer.

Bufo novamente.

Levanto-me e vou à cozinha, bebo um pouco de leite e dou uma espiada melhor na geladeira. Tinha uma torta de frango, porém estava escrito ''PROPRIEDADE DO BRUNO'', com uma letra enorme, grande o suficiente para deixar claro que não posso tocar naquilo, apesar de aparentar estar uma delicia.

Te odeio, Bruno.

Franzo o cenho e encolho as sobrancelhas.

Fecho a geladeira e escuto o barulho da campainha tocar. Assusto-me.

Quem seria?

Vou até a porta e penso duas vezes antes de abrir, depois de alguns minutos, escuto a voz dela.

Aquela voz doce e calma que muitas vezes sempre me ajudou quando mais precisava.

Abro a porta imediatamente e quando a vejo com os olhos cheios de lágrimas e uma expressão triste, me assusto ainda mais. Só consigo ver o cano da pistola apontada para a cabeça dela e uma risada assustadora se intensificar.

Quando o vejo tão nítido na minha frente dou um passo para trás. Ele estava mais assustador, seus olhos azuis estava brilhando como nunca. Parecia que acabara de ver um baú cheio de tesouro.

Meu corpo tremia, o gosto salgado das lágrimas tocava em meus lábios fazendo trilhos pelo me rosto. Não sabia se olhava para a senhora Ferraz ou para o monstro do Miguel que sorria feito um louco com a arma apontada para a cabeça da Senhora Ferraz.

Ela erguia as mãos em forma de rendição. Estava apavorada, assim como eu, mas tentava se controlar.

—M-mi-gu... —Gaguejo.

—Olá irmãzinha, sentiu muita falta de mim? —Ele abriu um sorriso de lado. —Pois eu senti muita falta de você, sua pestinha. —Seu sorriso desapareceu em segundos.

Ele empurrou à senhora Ferraz para dentro de casa e fechou a porta atrás de si.

Estava em choque com a sua presença, meus pés não conseguia se mover. A senhora Ferraz teve que vir até a mim e me abraçar, acalentando-me em seus braços.

—Minha menina, fica calma, tudo vai dar certo meu amor. —Sussurrava, mesmo estando trêmula.

—Ora, ora, que cena mais linda. Será que estou atrapalhando o momento mãe e filha? —Indagou e em seguida soltou uma risada tão alta que o vizinho da rua ao lado poderia ouvir.

Abri a boca em forma de um ''o'', sem saber o que responder aquele monstro. Ele parou de rir assim que mirou a arma para mim.

—Me largou pra viver aqui? Nesse chiqueiro? —Disse desaprovando.

Sinto mais raiva e ódio cada vez mais quando ele abre aquela boca pra falar merda, acho que essa é a única especialidade dele.

—Me deixa em paz. —Grito, chorando.

Ele riu, e começou a olhar ao redor, talvez procurando alguém.

—Miguel, para com isso e deixa a minha... —A senhora Ferraz tenta me defender, mas para de falar e em seguida olha para mim, arrependida.

—Sua filha? Era isso que iria falar? —Novamente Miguel retorna a falar. —Quer saber de um segredo Emily? —Perguntou dando pequenos passos até a mim.

Ele me puxou dos braços da senhora Ferraz e me segurou a força contra si.

—Olha para ela. —Ordenou. A arma estava apontada para mim dessa vez. —Olha meu amor, olha para ela. —Estava com os olhos fechados, mas tive que abrir quando Miguel destravou a arma fazendo um pequeno barulho. Estremeci. —Não consegue enxergar nenhuma semelhança?

—PARA! —A senhora Ferraz pediu aos berros.

Ela passava a mão na barriga, parecia sentir dor ou algo parecido, mas no momento estava focada em encara-la e quando finalmente enxerguei o que Miguel queria que eu visse, chorei. Chorei tanto que não conseguia me sustentar em pé.

—Ela é a sua mãe, Emily. Sua verdadeira mãe. Ela te deixou, foi ela que te abandonou. —Suas palavras me machucaram mais do que qualquer soco ou chute que ele poderia me dar. —Ela te deixou por ganância. Ela queria dinheiro e conseguiu, mas para isso teve que abandonar você Emily. —Enquanto ele falava, soltava umas risadas diabólicas do meu lado.

—Não, Emily, não. —A senhora Ferraz negava, chorando também.

—Vai negar que é a verdadeira mãe dela? —Gritou

—Não, eu sou a mãe dela sim. Mas não a abandonei. —Ela chorava tanto, mas parecia sentir muita dor.

Quando olhei melhor para a sua calça branca pude ver sangue escorrer pelas suas pernas.

Não tive reação. Não conseguia gritar para ela e mostrar o motivo da dor dela, mal conseguia falar.

—Está vendo Emily? Ela é uma mentirosa. Você não a merece, por isso vou cuidar de você, como sempre cuidei. —Disse, e depois me deu um beijo no meu pescoço, e subiu para o lóbulo da minha orelha.

Senti tanto nojo.

Não conseguia me afastar dele, não conseguia fazer nada.

Ela era a minha mãe...

A senhora Ferraz?

Não...

Por quê?

Tentei encontrar razões para ela ter me deixado e ter me feito viver nessa droga de vida, e mesmo assim não consegui achar nenhuma. Não depois dela saber quem eu era...

(Flashback.)

No dia da festa em sua casa, quando ela me viu e notou a minha marca de nascença, ela soube ali, naquele exato momento, mas se calou e não fez nada para tentar me contar ou pedir desculpas ou algo parecido.

—É ela... —Dizia repetidamente para o marido.

Ela me olhava atenta e com os olhos cheios de lágrimas.

—É ela... —Disse.

—Vá logo Emily. —Ordenou mamãe, me mandando ir buscar uma bebida.

***

(Agora)

Esse tempo todo ela sabia quem eu era e ainda assim me deixou passar por tudo aquilo com Miguel. Ela não fez nada para me ajudar. Que tipo de mãe é essa?

—Minha linda, estava morrendo de saudades de você. —Miguel me tocava e eu não fazia nada para impedi-lo.

Só conseguia olhar para aquela mulher que dizia ser minha mãe.

—NÃO TOCA NELA, SEU MONSTRO. —Ordenou, se arrastando pelo chão com dificuldade por conta da dor que sentia. —EU VOU TE MATAR, MIGUEL.

Miguel riu debochado. Ele me segurou pelos cabelos e me fez ficar frente a frente com a senhora Ferraz.

—Você quer mata-la Emily? —Perguntou naturalmente.

Ele apontava a arma para cabeça dela.

Seus olhos estavam assustadores, sua respiração acelerada, seu corpo exalava adrenalina. Seu sorriso de coringa mal feito estava estampado pelo rosto.

—Eu vou mata-la por você... —Sussurrou.

Neguei com a cabeça e finalmente consegui reagir. Empurrei a sua mão para longe e a arma foi para o outro lado. Ele me soltou e correu para pegar a sua arma, ergui o ombro da senhora Ferraz e tirei os cabelos do seu rosto completamente molhado de lágrimas.

—Emily, desculpa. —Implorava, enquanto tentava me abraçar.

—SUA DESGRAÇADA. —Rosnou enfurecido.

Levantei-me e pus em frente da senhora Ferraz.

—É a mim que você quer não é? Então me leve logo e a deixa em paz. —Ordeno e ele estreita os olhos.

Ele empurra-me com toda a sua força para o chão, me fazendo bater a cabeça no chão e perder o pouco do meu sentido, escuto seus passos indo em direção à senhora Ferraz, e começa então a chuta-la várias vezes. Ela gritava de dor e mesmo assim ele não parava. Ele apegou pelos cabelos e apertou a sua mandíbula, em seguida deu um tapa tão forte em seu rosto que me arrepiou dos pés a cabeça.

—Não. —Grito, tentando impedi-lo. Levanto-me com muita dificuldade

—NUNCA MAIS VAI CHEGAR PERTO DA EMILY, OUVIU BEM? OUVIU BEM SUA PUTA? —Ele deu mais um chute nela e a soltou.

Não conseguia me controlar, meu coração doía muito. Por que tinha que ser assim?

Estava preste a alcançar à senhora Ferraz que estava no chão, imóvel, sangrando muito.

—Desculpa. —Sussurro, passando a mão em seu cabelo.

—E-emily... —Chamou com a voz fraca.

Miguel me puxou pelos cabelos e me levantou brutalmente.

—Hora de ir pra casa, meu amor. —Diz em tom ameaçador.

—Não, não, não... —Grito, desesperada.

—Não me faça bater em você aqui, logo hoje nesse dia tão especial.

Ele me puxou em direção a porta, e quando ele ia abrir, a porta se abre e numa péssima hora, Bruno entra cabisbaixo.

—EMILY, VOCÊ NÃO SABE O QUE ME ACONTECEU AGORA. OLHA EU TÔ ROSA PURPURINA. —Ele fecha a porta e pega o celular de dentro da bolsa, ainda de costas para a gente. Sua voz mostrava indignação. —Você acredita que o Davi disse para mim que... —Ele se vira e toma um susto ao ver Miguel com a arma apontada para a minha cabeça. —Mas que porra é essa... —Ele estava boquiaberto.

—Bruno, não... —O impeço de tentar qualquer coisa.

—Solta ela agora seu bandidinho de quinta. —Disse.

—Então é com esse gay nojento que você mora? Esperava coisa melhor, Emily. Que decepção. —Disse com ar debochado.

—Emily... —Balbuciou Bruno.

—Ajuda ela, por favor. —Ele passa o olhar para a senhora Ferraz caída no chão.

—Saia da minha frente, seu estúpido. —Ordenou.

Bruno hesitou um pouco, consenti com a cabeça e ele saiu lentamente da frente da porta, com as mãos erguidas e os olhos arregalados.

—Ajuda ela, por favor, Bruno. —Peço e Miguel abre a porta e me arrasta para longe do único lugar que eu poderia chamar de ''meu''.

Não vejo mais nada a minha frente, fecho os olhos e tudo fica escuro, as vozes ao redor iam diminuindo e o barulho cessando aos poucos.

Isso é só um pesadelo...

Logo Arthur estará aqui com o meu sonho de creme e depois vai me encher de beijos como sempre faz... 

Arthur... 

***

E ai? foi bom ou não? 

Votem e comentem o que acharam. 

A música é do filme ''O morro dos ventos uivantes'', e eu só consegui achar ela desse jeito sem legenda, porque a outra parte que eu consegui estava legendado mas era só um pedaço da música. Ela é mt boa para ouvir. Espero que gostem e se souberem a onde achar a música toda e legendada me fale, por favor.

Música: The Enemy - Mumford and Sons 

Bjs, Lara <3

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