Viola e Rigel - Opostos 1

By NKFloro

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Se Viola Beene fosse um cheiro, Rigel Stantford taparia o nariz. Se ela fosse uma cor, ele com certeza não a... More

O Sr. Olhos Incríveis
A Cara de Coruja *
A segunda impressão
O pesadelo *
O Pedido
O Presente
O Plano
O Livro
A Carta
O Beijo
A Drums
A Raquetada*
O Queixo Tremulante
Cheiros
Os Pássaros *
O Pequeno Da Vinci
O Mundo era feito de Balas de Cereja
O Dia do Fundador
BOOM! BOOM! BOOM!
A Catedral de Saint Vincent
Ela caminha em beleza
Anne de Green Gables
O Poema
Meu nome é Viola
Cadente
Noite de Reis
Depósitos de Estrelas
70x7
A loucura é relativa
Ó Capitão! Meu capitão!
Darcy
Cupcakes
Capelletti e Montecchi
Ensaio sobre o beijo
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Metamorfose
Perdoar
Natal, sorvete e música
Anabelle
Clair de Lune
Eu prometo acordar os anjos
Red Storm
Purpurina da autora: O que eu te fiz Wattpad?
Palavras
Como dizer adeus
Macaco & Banana
Impulsiva e faladeira
Sobre surpresas e ameixas
Infinito
Como uma nuvem
Sobre Rigel Stantford (Mad Marshall Entrevista)
Sobre Viola Beene (Mad Marshall Entrevista)
Verdades
Rastejar
O Perturbador da Paz
Buraco Negro
O tempo
Show do Prescott
A Promessa
O tempo é relativo
Olá, gafanhoto
Olhos de Safira
O caderno
De volta ao lar
A Missão
A pior noite de todas
Grandes expectativas e frustrações maiores ainda
Histórias de amor e outros desastres
Sobre escuridão e luz
Iguais
Sobre CC e RR
Salvando maçãs e rolando na lama
O infame
PRECISAMOS FALAR SOBRE PLÁGIO
Promessas

E se não puder voar, corra.

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By NKFloro


Eu não conseguia parar de rir, esconder a minha alegria seria tão difícil quanto esconder o próprio Sol. Qualquer pessoa que olhasse para mim veria que a felicidade tinha me feito uma visita.

Cai na poltrona da sala de estudos cercada por estantes abarrotadas de livros, o lugar parecia uma segunda biblioteca. Quis ler alguma coisa, mas o teto me parecia estranhamente interessante, e capturou toda a minha atenção enquanto viajava em pensamentos.

─ O que há de tão interessante? ­­─ Ouvi Jason perguntar.

Me ajeitei.

─ Oi, Jason.

─ Não respondeu a minha pergunta, Sardenta. ─ disse, sentando-se no braço da poltrona, os olhos perscrutando a cúpula sobre nossas cabeças. ─ O que há de tão interessante no teto?

─ No teto nada, mas acontece que um morador de Madison Place decidiu adotar, pasme-se... dez lêmures-ratos-pigmeus de uma só vez

─ Alguém adotou dez lêmures-alguma-coisa? Quem?

─ Não tem como saber, a SULRP não revela a identidade de quem faz a adoção. Eu recebi um e-mail dizendo que alguém tinha me presenteado com a adoção de dez lêmures. Eles continuarão no parque, mas será como se eu os tivesse adotado, entende? O dinheiro ajudará a mantê-los protegidos. Pensei que pudesse ter sido a mamãe, mas ela me disse que não, que adotara apenas um, há cerca de uma semana. Talvez tenha sido o padre Cadence, vou falar com ele. A propósito, você já adotou o seu?

─ Ainda não tive tempo... ─ ele inclinou a cabeça para o lado. ─ por causa dos treinos, mas vou fazer. Eu prometi, não prometi?

─ E você sempre cumpre todas as suas promessas, não é? ─ completei com um sorriso.

─ Sempre. ─ Sua mão deslizou pelos meus cabelos, os olhos firmes nos meus. Me afastei.  ─ A Lilian me contou que você e o panaca estão estudando juntos, é verdade?

─ O Oli não é um panaca, é meu amigo.

─ Amigo? Pensei que ele tivesse recusado a sua oferta de amizade.

─ Recusou, mas as coisas são diferentes agora, estamos recomeçando.

─ Recomeçando? Depois de tudo que ele aprontou? Você só pode está de brincadeira. ─ disse, pulando do braço da poltrona para longe de mim, agindo como se eu tivesse uma doença contagiosa. ─ Até quando vai continuar bancando a idiota?

─ É preferível ser uma idiota feliz, a ser uma espertalhona infeliz. Para que ficar perdendo tempo com orgulho bobo, quando posso perder tempo com os olhos mais incríveis de todas as galáxias?

Jason esfregou o rosto e voltou à poltrona, soltando lufadas de ar pelo nariz.

─ Ele vai quebrar seu coração, eu sei que vai, e você vai sofrer. Vai sofrer quando perceber o tipo de pessoa que ele é de verdade, quando se der conta de que desperdiçou anos com alguém que não merecia sequer um segundo do seu tempo. Viola, pode parecer apenas implicância da minha parte, mas... Eu só quero que você seja feliz. ─ concluiu com um suspiro pesado, e apertei sua mão.

─ Mas é quando estou com ele que sou mais feliz.

─ Isso é que é subestimar a felicidade.

Assim como a maioria das pessoas Jason não entedia, estava olhando apenas para a superfície, descrevendo o que havia no fundo antes mesmo de mergulhar. Não o culpava por isso, por olhar superficialmente, quase todo mundo é assim. Eu tinha pensando bastante sobre o que a mamãe me dissera – que nem todo mundo é o que parece. – e concluí que ela estava certa. O Oli não era o que parecia, não era o que as pessoas diziam que ele era. Ele era mais, muito mais. O Oceano mais escuro, mas também o mais bonito.

─ Nunca entenderá como me sinto até que aconteça com você. Até que se sinta da mesma forma.

Ele afastou a minha mão e ficou de pé, os olhos cerrados praticamente fuzilando a minha testa.

─ Você costumava ser mais esperta. Aquele panaca congelou todos os seus neurônios, ou o quê? Porque é impossível que não veja o tipo de pessoa que ele é, ele é igualzinho àquele verme do Max Stantford.

─ Está errado. ─ disse ultrajada. ─ Completamente. O Oli não é como o pai.

Jason deu uma risadinha irônica.

─ Para mim a única diferença é que ele não sai por ai matando animais e agredindo pessoas... Por enquanto.

─ Do que é que você está falando?

─ Vai dizer que não sabia que o Max Stantford é meio... pirado, para não dizer, um completo sociopata. ─ Meus olhos se arregalaram. ─ É, pelo que estou vendo, não.

Ele passou a língua pelo lábio, colando as costas no espaldar e me inclinei para ouvir melhor fosse lá o que ele tivesse a dizer, mas Jason continuou calado, um sorrisinho debochado dançando em seus lábios cheios enquanto os dedos tamborilavam o braço da poltrona.

─ O Max Stantford não é pirado. Ruim? Sim. Pirado? Não.

─ Aham. ─ disse, virando para mim. ─ O cara foi internado em uma clinica psiquiátrica e tudo quando era mais novo. ─ sua voz ficou baixa, os olhos correndo pela sala. ─ As pessoas não falam mais sobre o caso porque morrem de medo, ninguém quer acabar com a boca cheia de formigas, e o Adolf Stantford meio que abafou o caso na época, pôs panos quentes na coisa, molhou algumas mãos.

Eu estava perplexa. As pessoas costumam inventar um monte de mentiras, principalmente em cidades pequenas como Madison Place, onde boatos se espalham como rastilho de pólvora, o fato de Jason acreditar nessas fofocas me deixava estarrecida.

─ Essa deve ser apenas mais uma das mentiras que as pessoas contam sobre ele. Lembra quando a Lilian passou um dia inteiro escondida embaixo da cama, depois que um amiguinho da escola disse que o sr. Stantford comia cérebros de crianças, e que se ela não fizesse a lição ele comeria o dela?

─ Vai ver ele come mesmo. ─ disse em meio a uma gargalhada.

─ Não tem graça.

─ Desculpa. ─ suas mãos alisaram o braço da poltrona e ele se inclinou um pouco mais para mim, o rosto há poucos centímetros do meu. ─ Não é mentira, ele passou um bom tempo numa clinica psiquiátrica em Londres, eu ouvi quando meus pais falavam a respeito. Era bem tarde da noite, tinha decido para pegar um copo de água e eles nem perceberam minha aproximação, o pai estava ocupado demais com um projeto que o Max Stantford exigira que estivesse em sua mesa até às sete da manhã. A mãe parecia irritada, ela odeia que ele trabalhe para o Stantford porque, nas palavras dela, "aquele infeliz não tem coração." O negócio é que ela não parava de falar e acabou deixando escapar essa coisa de internação. Não deu para ouvir tudo porque meu pai também estava falando e pedindo para ela fechar a boca se não quisesse acabar como um tal de Doug. Ela rebateu dizendo que era nisso que dava vender a alma ao diabo, que aceitar aquele trabalho foi a maior idiotice que o pai já tinha feito e que ele é que devia tomar cuidado para não acabar como o gato da sra. Eisenberg.

─ Sra. Eisenberg? A professora Eisenberg?

─ Essa mesmo, ao que parece o Max Stantford se divertia um bocado torcendo o pescoço de animais. O cara é tipo, um doente. Se eu fosse você tomaria cuidado. Afinal, filho de peixe, peixinho é.

Digerir aquilo não estava sendo nada fácil. Eu sabia que o sr. Stantford não era a melhor pessoa do mundo, mas dai a ser um sociopata, alguém que se diverte torcendo o pescoço de animais... Eu realmente não sabia o que pensar.

Queria acreditar que não era verdade, que havia algum engano, mas os pais do Jason não tinham porque mentir, eles não eram pessoas mentirosas, dadas a inventar ou espalhar boatos, e tinham frequentado o Madison na mesma época que os meus pais e o Dementador. Será que meus pais sabiam algo a respeito disso? Talvez por esse motivo a mamãe morresse de medo dele, porque ela sabia perfeitamente do que ele era capaz.

Eu tinha encontrado o Oli pela manhã, quando passava pelo jardim da frente para esperar pelos meus pais, ele esticou um pouco os lábios quando me viu, um sorriso quase imperceptível nascendo no rosto perfeito, apenas sorri de volta, me segurando para não quebrar o nosso acordo e pular em seu pescoço, apressei o passo e corri para o portão. Ele não era como o Dementador, provavelmente nem sabia sobre a internação.

Demorou cerca de uma hora até que a Connie apontasse na estrada, papai parou diante de mim e com um sorriso maior que o mundo mandou que eu entrasse no carro. Percebi as risadinhas que ecoavam ao nosso redor e ouvi perfeitamente quando alguns alunos tossiram um "lata-velha". O pessoal do Madison estava acostumado a julgar as pessoas não pelo que elas eram, mas pelo que elas tinham.

Fiz o que o papai disse, não sem antes estalar um beijo em sua bochecha, a barba por fazer espetou meu rosto, e a mamãe acenou para mim, indicando que também estava presente, meu sorriso se alargou consideravelmente. Desde que comecei a estudar no Madison, aquela era a primeira vez que ela comparecia a um evento da escola.

─ Oi, mamãe. ─ disse, agarrando seu pescoço ao cair na poltrona de couro. O cheiro de cigarro penetrou minhas narinas e prendi o ar.

─ Oi, raio-de-sol.

─ Papai, o senhor voltou a fumar?

Ele se virou para mim, o carro avançava pelo cascalho à procura de um lugar entre os lamborghinis e BMWS.

─ Eu precisava de um pouco de nicotina, ou minha cabeça acabaria estourando.

─ O que vai estourar são os seus pulmões se não deixar o cigarro. ─ Olhei para a mamãe, ela parecia perdida em pensamentos, observando as famílias e alunos que transitavam pelo lugar, alheia à nossa conversa, as mãos pesando sobre o tecido florido de seu vestido de verão. ─ Você me prometeu que paparia.

─ E parei. Foi só uma recaída.

─ Mamãe, por que você deixou que ele fumasse? ─ Ela continuava calada, e aquilo era estranho porque ela odiava cigarros tanto quanto eu, o esperado era que estivesse passando um sermão daqueles no papai, não parada e muda como uma estátua. ─ Por que o Liam não veio?

─ Eliza, sua filha está falando com você. ─ papai disse, soltando momentaneamente a direção para agarrar a mão dela.

─ Desculpe, acho que estava um pouco distraída. ─ Ela olhou por cima do ombro. ─ O que disse, querida?

─ Por que o Liam não veio com vocês?

─ Ah, ele está em Kensington para o Festival de Música, foi com uns amigos.

─ Você deixou o Liam ir para um Festival de Música em Kensington? ─ O que estava acontecendo? O papai voltara a fumar e a mamãe permitira que o Liam fosse a um Festival de Música, quando normalmente o mantinha sob uma redoma. Ela nem permitia que ele ficasse na rua até depois das dez sem arrancar praticamente todos os cabelos da cabeça de preocupação. ─ Sozinho?

─ Na verdade, ele foi com uns amigos. ─ ela forçou um sorriso ao ver a confusão em meu rosto. ─ Acho que é o momento de afrouxar as rédeas, permitir que ele saia, que conheça pessoas, faça novos amigos. E não precisa se preocupar com o seu pai, o maço de cigarros foi para o lixo e ele já sabe que se voltar a fumar vai dormir na casinha do cachorro. ─ completou.

O papai estacionou o carro entre dois BMWS e fui a primeira a saltar. A mamãe riu quando tropecei em um cascalho e quase cai de cara no chão.

─ Aonde vai com tanta pressa?

─ Se não puder voar, corra. ─ disse, citando Martin Luther King.

─ Se não puder correr, ande. Se não puder andar, rasteje, mas continue em frente de qualquer jeito. ─ completou.

Ela deixou o carro, o vento balançava os cabelos castanhos e o vestido vermelho com estampa floral em tons roxos. Olhei para mim mesma, para os sapatos marrons e o vestido amarelo com estampa de gatinhos pretos, não chegaria aos seus pés nem se vivesse mil vidas.

─ Você parece a Rainha do Verão.

Seu corpo se curvou numa mesura e ela gargalhou, os fios castanhos cobrindo o rosto, os olhos azuis brilhando como safiras.

─ Ah, obrigada, Princesa do Verão.

O papai se aproximou e passou o braço por sua cintura, puxando-a para junto dele.

─ Eu sou ou não o cara mais sortudo do mundo? ─ a mamãe tocou a ponta do seu nariz e depositou um beijinho ligeiro na sua bochecha. ─ Corrigindo, do universo.


─ Ficou linda. ─ a mamãe falou, observando as sapatilhas de gatinho que me trouxera. Apoiei os cotovelos no colchão e levantei os pés para ver melhor, inclinando a cabeça para um lado e para o outro enquanto admirava o presente.

─ Obrigada, são as sapatilhas mais lindas do mundo. ─ disse com um sorriso. E eram mesmo. Amarelas e lindas. ─ Não vou tirá-las nunca mais.

Pulei pelo quarto testando a maciez e antes de começar a suar cai de volta na cama.

─ Quer que eu prenda seu cabelo? Posso dar um jeitinho de esconder suas orelhas, como fazia quando era pequena.

Assenti.

─ Eu adoraria.

Minhas orelhas não eram nem de longe as mais bonitas, pareciam élficas, e embora a mamãe afirmasse que eram apenas "encantadoramente diferentes", eu preferia mantê-las bem escondidas. Não queria nem pensar na possibilidade do Oli por os olhos nelas, não antes de estar perdidamente apaixonado por mim, tão apaixonado a ponto de, assim como a mamãe, achar que eram apenas "encantadoramente diferentes".

Ela ficou de pé, enrolando meus cabelos, exatamente como fazia quando eu era pícola, pícola.

─ Eu também tenho um presente para você.

─ Verdade? E o que é?

Pulei da cama, suas mãos ficaram suspensas no ar, e abri a gaveta da escrivaninha.

─ Aqui. ─ disse, estendendo o envelope pardo na frente do corpo.

Ela o agarrou com ambas as mãos. Estava rindo, e continuou assim até abri-lo. Seus olhos pararam de piscar e ela petrificou como se estivesse diante de um fantasma, uma assombração saída das sombras. Com certeza, aquela não era a reação que eu esperava.  Por que ela não estava rindo? 

Eu fiquei parada, esperando, mas o silêncio nos envolveu como uma cúpula invisível, quase palpável. A mão um pouco trêmula alcançou os lábios corados, os olhos voltaram a piscar, rápido demais, ela deslizou na cama, ainda fitando o papel.

─ Tem mais duas.

Seus olhos pareciam assombrosamente tristes, e meu coração se quebrou um pouco ao olhar para eles, para seu rosto abatido. Ela procurou pelas outras fotos, analisou cada uma, mas sempre voltava à primeira, à do teatro, quieta, absorta em pensamentos.

─ Onde conseguiu isto? ─ quando finalmente decidiu falar a sua voz saiu fraca, mal chegando aos meus ouvidos.

Andei até ela e me arrumei ao seu lado.

─ Eu queria fazer uma surpresa.

─ E fez. ─ afirmou enfaticamente. ─ Quem deu estas fotos para você?

─ Ninguém, eu as encontrei nos arquivos da escola. Você não gostou, não é?

─ Viola ─ ela pôs as fotos sobre o colchão, respirando fundo antes de prosseguir. ─,...eu adorei, querida. Mas é que você me pegou de surpresa.

Ela estava mentindo. A mamãe sempre mordia ou apertava os lábios antes de contar uma mentira enorme, e ela tinha acabado de fazer as duas coisas.

─ Você nunca me disse que o sr. Standford interpretara o Duque, por quê?

─ Não havia nada para ser dito. ─ ela ficou de pé. ─ Foi apenas uma peça sem importância, nem éramos bons atores.

─ Mamãe, você tem medo do Max Stantford?

Seus olhos correram na minha direção, os cílios batendo depressa demais, uma expressão confusa.

─ Que pergunta é essa?

─ Eu vi como você ficou aquele dia na igreja, e não está muito diferente agora. Você tem medo dele, é isso?

Sua boca abriu e fechou algumas vezes, ela parecia procurar por uma resposta, mas desistiu.

─ Eu entendo você, mamãe. Jason me contou que o sr. Stantford tem problemas... É por isso que quer que eu fique longe do Oli, não é? Porque você acha que ele é igual ao pai, que ele vai surtar e sair por ai matando animais e agredindo pessoas. Mas ele não é. O Oli nunca faria mal a quem quer que fosse. Ele pode parecer rude e sem sentimentos, mas eu sei que ele nunca machucaria uma mosca, que ele é uma pessoa boa e que...

─ Escute aqui. ─ ela agarrou minhas mãos, a voz adquirindo um tom sério. ─ Eu não a quero falando sobre os problemas do Maximilian Stantford por ai, assim como não a quero perto do filho dele. Esqueça isso, o que o Maximiliam Stantford fez ou faz não é problema nosso. E nem pense em falar com o seu pai sobre esse assunto.

─ Então é verdade que ele foi internado em uma clinica psiquiátrica? Que estrangulou o gato da professora Eisenberg?

Ela levou as mãos ao rosto, por um momento tive a impressão de que choraria, mas apenas puxou o ar com mais força e caminhou até a janela, de costas para mim.

─ Algumas pessoas são como um vulcão adormecido, Viola. ─ sua voz saiu quebrada. ─ Você acredita que ficará assim para sempre, que pode evitar que exploda, mas não. Mais cedo ou mais tarde, a lava é cuspida, ele desperta, e quando acontece, arrasa o que estiver no caminho.

─ Do que você está falando?

─ Por que não mudamos de assunto? ─ ela passou as mãos pelos olhos e quando se virou para mim novamente estava rindo. ─ Por que não me fala um pouco sobre a SULRP?

Eu fiz o que ela pediu, passei cerca de quinze minutos falando sobre a SULRP, mas percebi que ela não estava prestando atenção, por mais que se esforçasse acabava sempre navegando para longe, para algum lugar onde minha entrada não era permitida.

Quando o papai apareceu nos chamando para descer, ela pôs o envelope com as fotos na bolsa e o acompanhou.

Olá, gafanhotas

Primeiro quero pedir desculpas por ainda não ter respondido todos os comentários, estou fazendo aos poucos, conforme rola. Obrigada por votarem, por comentarem e por adicionarem às suas listas, preciosas.

Fui ao médico e estou abarrotada de remédios. Eu tenho um problema no coracão e vivo com uma enorme falta de ar, não consigo fazer quase nada, às vezes até ficar parada, sentada me faz quase cair. Meu coração chega a bater a 180bpms quando o adequado seria 73bpms, mas estou medicada, o problema é que o remédio faz a minha pressão arterial despencar, é difícil.

Agora vamos falar do capítulo.

Altas revelações.

Ninguém acertou a verdade acerca do Max. Algumas pessoas não são o que aparentam, elas são ainda piores do que parecem.

Ficaram surpresas?

Parabéns a quem desvendou parte de Maliza no capítulo passado.

Eu deixo muitas pistas que vocês nem percebem.

Percebi que algumas shippavam maliza, ainda shippando?

Acreditam que o Oli conheça a verdade acerca do pai, ou que seja igual a ele?

Próximo capitulo temos um reencontro.

Eliza ainda ama o Dementador ou tem medo dele?

A pequena Viola deve desistir ou nop do pequeno Rigel?

Aconselhe o personagem.

Você acaba de ser mandada para o Madison e dá de cara com Viola Beene sorrindo para você, vocês se tornam friends, que conselho daria a ela, pessoa?

Agora aconselhe:

Oli.

Eliza.

Fred.

Melisa.

Emily.

Dementador.

Jay.

Lilian.

Liam.

Várias pessoas acertaram o que aconteceu com as fotos. Parabéns!

Me perdoem, caso eu demore a aparecer é pelos motivos citados.

Kiss

Olhando assim, ninguém diz que é maluco.

Olhando assim, ninguém diz que fora despedaçada.

Olhando assim, ninguém diz que herdou alguns genes defeituosos.

Olhando assim, ninguém diz que vai sofrer mais que a mãe, pessoas.

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