Viola e Rigel - Opostos 1

By NKFloro

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Se Viola Beene fosse um cheiro, Rigel Stantford taparia o nariz. Se ela fosse uma cor, ele com certeza não a... More

O Sr. Olhos Incríveis
A Cara de Coruja *
A segunda impressão
O pesadelo *
O Pedido
O Presente
O Plano
O Livro
A Carta
O Beijo
A Drums
A Raquetada*
O Queixo Tremulante
Cheiros
Os Pássaros *
O Pequeno Da Vinci
O Mundo era feito de Balas de Cereja
O Dia do Fundador
BOOM! BOOM! BOOM!
A Catedral de Saint Vincent
Ela caminha em beleza
Anne de Green Gables
O Poema
Meu nome é Viola
Cadente
Noite de Reis
Depósitos de Estrelas
70x7
Ó Capitão! Meu capitão!
E se não puder voar, corra.
Darcy
Cupcakes
Capelletti e Montecchi
Ensaio sobre o beijo
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Metamorfose
Perdoar
Natal, sorvete e música
Anabelle
Clair de Lune
Eu prometo acordar os anjos
Red Storm
Purpurina da autora: O que eu te fiz Wattpad?
Palavras
Como dizer adeus
Macaco & Banana
Impulsiva e faladeira
Sobre surpresas e ameixas
Infinito
Como uma nuvem
Sobre Rigel Stantford (Mad Marshall Entrevista)
Sobre Viola Beene (Mad Marshall Entrevista)
Verdades
Rastejar
O Perturbador da Paz
Buraco Negro
O tempo
Show do Prescott
A Promessa
O tempo é relativo
Olá, gafanhoto
Olhos de Safira
O caderno
De volta ao lar
A Missão
A pior noite de todas
Grandes expectativas e frustrações maiores ainda
Histórias de amor e outros desastres
Sobre escuridão e luz
Iguais
Sobre CC e RR
Salvando maçãs e rolando na lama
O infame
PRECISAMOS FALAR SOBRE PLÁGIO
Promessas

A loucura é relativa

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By NKFloro


Eu estava realmente me esforçando e, embora ignorar a maldita Cara de Coruja não fosse uma tarefa das mais fáceis, estava indo muito bem. O fato dela chamar meu pai de dementador facilitara bastante a minha tarefa de mandá-la pastar. A última coisa que eu queria era ser amigo de alguém que considera o meu pai um monstro, se bem que a maioria da cidade compartilha desta mesma opinião.

Eu me lembro de uma vez em que um homenzinho magro de cabelos grisalhos e pele seca o parou na porta da igreja e o chamou de "miserável sem coração". Ele ignorou o velhote e continuou andando em direção ao carro, onde minha mãe e eu o esperávamos. Mas o homem não desistiu, o seguiu por alguns metros, cuspindo palavras grosseiras e atraindo os olhares das beatas.

─ VOCÊ VAI ARDER NO INFERNO. ─ gritou.

Meu pai se virou para ele, e meus olhos se arregalaram diante da perspectiva de vê-lo amassar a cara do velho - não que já o tivesse visto fazer algo assim. Ele tem uma montanha de defeitos maior que o Everest, mas não é um cara violento. Acontece que nem sempre é possível prever quando um vulcão entrará em erupção, o Vesúvio é prova disso.

Eu fiquei quieto, as sobrancelhas levantadas, a cara colada no vidro, ele se aproximou do velhote, deu dois tapinhas em seu ombro curvado e disse:

─ Nos vemos lá, então.

Meu pai era assim, apenas não se importava com a opinião das pessoas. Uma vez ele me disse: Sempre deixe bem claro quem você é nos primeiros quinze minutos, assim não correrá o risco de decepcionar quem quer que seja. As pessoas costumam esperar demais umas das outras, esperam mais do que elas mesmas têm a oferecer, isso acaba gerando algumas frustrações.

Acho que ele está certo.

Mas voltando ao meu inferno pessoal, - Cara de Coruja -, foi em uma fria manhã de Novembro, durante o café da manhã, que eu senti o tridente do capeta.

─ Eu não sei o que ele viu nela, ela parece uma assombração. ─ Emily Dawson disse. Estava sempre dizendo algo, não conseguiria manter aquela boca melecada de gloss fechada nem que a própria vida dependesse disso.

Brigit lhe lançou uma olhadinha cúmplice e as duas desataram a rir.

─ Do que estão falando? ─ o enxerido do meu melhor amigo quis saber.

Emily levantou um garfo e apontou algo às minhas costas. - esperava que não fosse o balofo do Reynolds enfiando comida no nariz outra vez, porque aquilo era nojento. - Dois pares de olhos seguiram seu movimento.

Absorvi um gole de suco e mordi um croissant antes de finalmente ceder e dar uma olhadela por cima do ombro, E praticamente congelei ao avistar a Cara de Coruja sentada ao lado do imbecil Porter, rindo. Rindo como se tivesse acabado de ouvir a piada mais engraçada que alguma vez já fora contada.

Meus punhos se cerraram por baixo da mesa, e o coração batia na garganta.

─ Jason Porter e Viola Beene, ─ Brigitt murmurou. ­─ um casal bem improvável. Sinceramente, não sei o que um cara como ele viu na Cadente, porque vamos combinar, ela é mais feia que a peste-negra.

Mais risadas.

Deixei a comida de lado e olhei para a garota loira à minha frente.

─ Eles não são um casal.

─ Se ainda não são, é só uma questão de tempo até se tornarem um.

─ Eu concordo com a Brigitt. ­

─ Você não sabe de nada, Arran. ─ minha voz saiu chiada. ─ Ele não é o tipo dela.

Emily garfou um pedaço de morango e o balançou em frente ao rosto, me fitando com uma expressão azeda. Por um momento cheguei a pensar que ela se inclinaria sobre a comida e enfiaria o garfo na minha jugular.

─ Eu diria que ele é o tipo de qualquer uma. -- provocou.

─ Acontece que ela não é qualquer uma. ­─ esclareci, me arrependendo antes mesmo de fechar a boca.

Qual era a porcaria do meu problema? Por que eu não podia ficar quieto? Calado? Eu era bom em ficar calado, sempre fui.

Arran parou de mastigar, me encarando com as sobrancelhas franzidas, enquanto Emily e Brigit se entreolhavam. Havia surpresa nos olhos de Brigit, mas Emily parecia apenas brava, as narinas contraindo e dilatando.

─ O que você disse? ─ a voz de Arran era como uma corda que fora esticada demais.

Dei uma risadinha, apenas uma tentativa inútil de aliviar a tensão.

─ O que eu quis dizer é que a Beene é esquisita, que ela não é como as outras garotas. ─ Fiz uma pequena pausa, não estava convencendo nem a mim mesmo. ─ Basta olhar para ver que ela não é normal, que não é como a Brigit ou a Emily, por exemplo. Ela tem mais parafusos soltos que uma oficina de beira de estrada.

Arran riu.

─ Nisso eu concordo.

─ Tanto faz, o boato é que Jason Porter está apaixonado por ela. ─ Brigit deu uma olhadela por sobre meu ombro. ─ E, pelo que eu observei nos últimos dias, a recíproca é verdadeira.

Eu senti como se um nó do tamanho da China houvesse se formado na minha garganta. Deixei a comida de lado, sabia que depois daquilo tentar comer qualquer coisa seria pura perda de tempo.

─ Quem te disse essa bobagem?

─ Eu nunca revelo minhas fontes.

─ Não faz o menor sentido. ─ afirmei. ─ Me corrija se eu estiver errado. Mas por mais imbecil que seja, o Porter ainda é o artilheiro do Madison F.C, o cara pode ter a garota que quiser. ─ Duas cabeças assentiram, Emily adorava ser do contra. ─ Por que ele perderia tempo com uma esquisita como Viola Beene?

Emily continuava quieta, com os olhos verdes entrecerrados, parecia uma cadela raivosa prestes a rasgar minha carne em tiras.

─ Tem gosto pra tudo. ─ Arran chiou. ─ Minha tia Clarissa, por exemplo, se casou com um velhote barrigudo e careca que mais parece bisavô dela.

Brigitt o encarou.

─ Cala a boca imbecil, é da minha mãe que você está falando.

E enquanto os dois discutiam, deixei a mesa e andei para fora do refeitório. As palavras de Brigitt dando voltas na minha cabeça.

Passei o final de semana inteirou enfiado na quadra, rebatendo bolas e tentando não pensar em nada além dos slices, cruzadas e forehands. E a estratégia estava funcionando - sempre funcionava -, até o Domingo à tarde, quando ao mandar uma bola em direção à arquibancada vazia me deparei com a Cara de Coruja empoleirada em um dos bancos.

Ela riu amistosamente e ficou de pé, balançando a mão como se limpasse um vidro embaçado.

Ignorei seu gesto e apertei forte o cabo da raquete

Não adiantou. Seus passos ecoaram pelo lugar, mandando minha concentração pelos ares. Liquido frio percorria toda a minha espinha enquanto ela se aproximava, arrastando o corpo magricela entre os bancos até parar no saibro azul.

Respirei fundo. Minha vontade de olhar para ela era proporcional à vontade de enfiar alfinetes nos próprios olhos.

─ Ela vai ficar ai? ─ Andreas Murdoch reclamou. ─ Você está atrapalhando, cabeça vermelha.

─ Desculpa. ─ ela pediu, afastando-se sob o olhar atravessado de Andreas.

─ Fica na sua, pirralho. O que você quer, Beene?

─ Vim torcer por você.

─ Quem disse que eu preciso de torcida? Caso não tenha percebido, isto é um treino, não o Torneio de Wimbledon. Sequer tenho um adversário.

─ E eu sou o quê? ─ Andreas berrou. Era um primeiranista narigudo de cabelos crespos e feições que se assemelhavam às de um rato. Mas ainda era melhor que Emily Dawson. Arsênico na veia é melhor que Emily Dawson.

─ Por que você não vai dar uma volta, Andreas?

─ Mas eu quero treinar meu backhand. ─ choramingou.

─ Chega de treino por hoje, amigão. Chispa.

O moleque arremessou a raquete no chão e saiu pisando duro. Insolente.

Me virei para a Cara de Coruja e seus olhos se arregalaram enquanto um sorriso se desenhava em seu rosto sardento. Era impressão ou seus dentes não apontavam mais em dez direções diferentes? Até o canino esquerdo, que até bem pouco tempo, parecia acasalar com o incisivo estava exatamente no lugar.

─ Quer que eu treine com você?

─ Não.

Seus lábios se apertaram e uma longa pausa se seguiu até que ela voltasse a falar.

─ Eu sinto sua falta.

Eu não dou a minima.

Encarei seu rosto vermelho, observando a franja presa por uma faixa branca, as sobrancelhas acobreadas. Era uma figura engraçada, com olhos do tamanho de uma lua cheia, saia no tornozelo e tênis verdes cobertos de desenhos bobos: sóis sorridentes, estrelas sorridentes, árvores carregadas de maças vermelhas sorridentes, uma lua sorridente. No mundo dela não existia tristeza?

─ Estou com saudade. ─ repetiu antes de eu poder dizer qualquer palavra.

─ Beene, por que você não para de falar e desaparece de uma vez? Acho que seu namoradinho não vai gostar nada de saber que está aqui comigo.

Aqueles olhos azuis pareciam bolas de tênis ao me encararem cheios de perplexidade.

─ Na-na-namoradinho? Mas eu não tenho nenhum namoradinho. De quem está falando?

─ Sonsa. ─ disse, andando para fora da quadra. ─ Eu te vi com aquele babaca metido a David Beckham.

─ Jason? É dele que está falando? Somos apenas amigos.

Mandei um gole de água para dentro e a porcaria desceu arranhando minha garganta como se fosse vidro.

─ E eu sou a rainha Elizabeth. ─ Afastei a franja do rosto e cai no banco. ─ Agora volta para o seu amiguinho e esquece que eu existo, tá legal?

Raiva fervilhava por entre as células do meu corpo enquanto me forçava a manter a cabeça baixa e não olhar diretamente para ela.

─ A sra. Dolittle está errada. Vir até aqui foi um erro.

Meus olhos se ergueram à menção do nome da velhota.

─ Como assim a sra. Dolittle está errada?

Eu não queria nem pensar nas coisas que aquela velha havia enfiado na cabeça da Cara de Coruja.

─ Ela disse que você também sente a minha falta..., só é orgulhoso demais para admitir.

Eu ri, ou pelo menos tentei, porque aquilo soou mais como uma crise de asma.

─ Ela é doida.

─ Então não sente mesmo a minha falta? ─ Eu ia dizer que não, estava pronto para dizer que não, mas seu queixo começou a tremer e toda a porcaria da minha coragem foi pelo ralo. ─ Nem um pouquinho?

Ponderei.

─ Macaco gosta de banana?

─ O quê?

─ Esquece.

─ Sim, macaco gosta de banana. ─ Ela parecia o Coringa sorrindo daquele jeito. ─ Você é o macaco. Eu sou a banana. Você sente a minha falta. ─ concluiu, animada.

Deixei o banco e enfiei a raquete na mochila, pensando em uma forma de voltar atrás, mas ela passou por baixo do meu braço e enrolou meu pescoço num abraço. Meu cheiro de suor foi substituído pelo perfume de balas de cereja e meu coração quase pulou para fora do peito.

Achei que não pudesse ficar mais estranho do que aquilo, mas ficou, porque ela deslizou os dedos pela minha nuca como se tocasse preguiçosamente as cordas de um violão e inconscientemente apertei a mão na base das suas costas.

Puta merda. Eu ia enfartar. Cair duro. Morrer. Conhecer São Pedro mais cedo que o esperado. Qual era o problema com a porcaria do meu coração?

─ Adoro seus cabelos, são macios. ─ ela disse baixinho, quase ao pé do meu ouvido.

A afastei, não ia correr o risco de acabar em uma urna funerária, ou pior, ser visto com a Cara de Coruja e virar a próxima piada do Madison.

─ O que foi?

─ Sem abraços, Beene.

─ Por quê? Eu gosto de abraçar você.

─ E eu gosto de ficar descalço, nem por isso saio por ai sem sapatos.

Agarrei a mochila e joguei sobre o ombro.

─ Você gosta de ficar descalço? Por quê?

─ Na Suíça todo mundo fica descalço dentro de casa, é um costume.

─ Ah, eu não sabia disso. ─ Ela suspirou. ─ Pode ficar descalço agora se quiser, eu não me importo.

─ Mas eu sim.

─ Entendo. Eu também não tiraria os sapatos na frente de outra pessoa se tivesse chulé.

Olhei para ela, estava rindo.

─ Eu não tenho chulé. ─ disse entredentes, andando para fora da quadra.

Seus dedos se enrolaram em volta do meu pulso, e me vi forçado a parar e encará-la.

─ Então por que não tira os sapatos?

─ Você é inconveniente.

─ E você é chato. Se quer ficar descalço, tire os sapatos e fique. Pare de complicar o que não precisa ser complicado.

Me desvencilhei de seus dedos. Por que eu ainda continuava a ouvi-la?

─ Eu não quero ficar descalço. Quem disse para você que eu quero ficar descalço?

─ Você.

─ Não. Não. Não. ─ mordi o lábio inferior. ─ Eu disse que gosto, não que quero.

─ Quando eu gosto de uma coisa, geralmente a quero. Menos pássaros e animais selvagens, eu gosto deles, mas prefiro que fiquem em seu habitat natural. Você é diferente, gosta de ficar descalço, mas não quer tirar os sapatos, gosta de mim, mas não me quer por perto. Para você, gostar é diferente de querer.

Quem disse que eu gostava dela? Eu nunca disse que gostava dela.

─ Beene, é complicado.

─ Não deveria ser.

─ Você não entende que eu não posso ficar transitando pela escola ou por qualquer outro lugar com você? Meu pai arrancaria minhas vísceras.

─ Então é esse o problema? O Dem... Desculpa... Seu pai?

─ Primeiro: meu pai não é um dementador. A menos que pretenda conseguir meu ódio eterno e uma passagem direto para o Mundo dos Mortos, te aconselho a nunca mais se referir a ele neste termo. Segundo: meu pai detesta a sua família com o fogo de todos os sóis existentes, e acredito que a recíproca é verdadeira. Se ele desconfiar que eu ando por ai com você não sobrará nada de mim para contar a história. Então, a menos que queira me ver morto, é melhor manter certa distância. Nada de abraços, acenos, ou conversa fiada na frente de outras pessoas.

O ódio entre nossas famílias nunca me fora tão conveniente.

Ela respirou fundo, pensativa.

─ Quer dizer que não sente vergonha de mim?

─ O quê?

─ Às vezes, você age como se sentisse. ─ disse, apertando os nós dos dedos. ─ Você me afasta e nunca fala comigo quando seus amigos estão por perto.

─ Eu não tenho vergonha de você, Beene. ─ menti. A verdade é que eu tinha sim, e ninguém podia me culpar por isso, a Cara de Coruja era uma bagunça.

Ela riu, e o som da sua risada fez meu coração dar outro daqueles saltos mortais estranhos. Acho que eu precisava de um médico, essa coisa de saltos poderia se revelar uma doença cardíaca grave, vai saber, existem vários casos de pessoas aparentemente saudáveis que de uma hora para outra caem duras.

─ Ah, isso é tão romântico. ─ suspirou, os olhos reluzindo. ─ É como Romeu e Julieta.

Estaquei no corredor. Fala sério.

─ Não, nada de Romeu e Julieta. Nós não somos amantes desafortunados, eu não estou apaixonado por você.

─ Eu sei que não. ─ ela disse. Mas aquilo soou mais como: É claro que está.

Pirada. Doida de pedra.

─ Você parece um pouco com o Romeu.

─ Eu pareço um suicida?

─ Não, o DiCaprio. Principalmente a boca ─ Seus olhos pararam nas minhas pernas. ─... e as canelas finas.

─ E você parece... Parece...

─ A Julieta?

─ Não, a ama.

Seus ombros caíram, o sorriso desaparecendo enquanto me encarava, se inclinando em minha direção na ponta dos sapatos, as mãos na cintura. Acho que ela tinha crescido alguns centímetros.

─ Você não me acha nem um pouco bonita?

E alguém achava?

─ E-e-eu. ─ Suor escorria pela minha nuca. Eu podia fazer aquilo, já tinha contado tantas mentiras, uma a mais, uma a menos não faria diferença.

Um sorriso perpassou seu rosto e ela explodiu em risadas.

─ Ah, tudo bem, foi uma brincadeira. Quando não se é bonita e alguém gosta de você mesmo assim, significa que está sendo gostada pelos motivos certos.

─ Você é doida.

─ Todo mundo é doido, uns mais, outros menos. A loucura é relativa. O que é louco para você pode ser perfeitamente normal para mim. Assim como a beleza, a loucura está nos olhos de quem vê. ─ afirmou com um sorriso, o olho esquerdo um pouco apertado enquanto o direito se arregalava.

Pirada.

Passamos por um dos cartazes da Emily no corredor, e ao olhar para ele seu sorriso desapareceu. Ela ficou triste, cabisbaixa, e não parou mais de apertar as mãos.

─ Por que os lêmures-ratos-pigmeus são tão importantes para você? Quero dizer, você nunca viu um pessoalmente nem nada.

─ Eles correm risco de extinção, se não fizermos nada deixarão de existir em pouco tempo.

─ A vida é assim, Beene, coisas deixam de existir... Em um momento estão aqui e, no momento seguinte... Pow. Se vão. Eu, você, as estrelas, o Sol, a Terra e até os lêmures-ratos-pigmeus, niguém escapa, estamos todos em rota de colisão com a inexistência. O fim é inevitável.

─ Mas pode ser adiado, pelo menos em alguns casos, como o dos lêmures-ratos-pigmeus. ─ disse, empurrando os óculos sobre o nariz. ─ Se você fosse um lêmure-rato-pigmeu, não gostaria que alguém lutasse por você? Não desejaria que sua existência fosse prolongada?

─ É, acho que sim.

Ela riu, e naquele momento a única coisa que eu queria prolongar era o som daquela risada.





Olá, gafanhotas!

Infelizmente não deu para postar antes, eu adoeci e para completar a internet aqui não coopera, então me desculpem.

Quero agradecer pelos votos, comentários, por adicionarem às suas bibliotecas, por serem umas fofas e me matarem de rir. Obrigada a quem comentou lá no inicio, ainda não tive como responder todos os comentários, mas agradeço demais pela consideração de vocês, vou tentar responder. Obrigada a quem votou e comentou no capitulo anterior, de novo não respondi a todas, vou fazer assim que puder. Mas eu respondi os do capitulo 27 com love no heart.

Agora vamos aos spoilers e as perguntas do capitulo?

Rigel está mesmo a fim da Viola, ou nop?

Ah, antes que eu esqueça, percebi que estão shipando Arran e Lilian. Quantos minutos vocês acham que ela levaria para fazer ele engolir cada dente que tem na boca, pessoas? O love da Lilian já apareceu algumas vezes, poucas. Palpites? A do Arran também.

Qual dos personagens vocês acham que merece uma atenção maior? De qual deles querem saber mais?

Vigel está navegando, aprovam?

Saudades da MQ? Ela volta.

Arran manda beijo.

Viola cedeu mais uma vez, o que me dizem disso? Felizes?

Vamos ter Maliza.

E eu não me esqueci dos lêmures. Quem quiser adotar liga naquele numero que o pai da Vi paga a conta.

Rigel e Viola agarradinhos dentro de um carro... Complete a frase.

Jason e Viola agarradinhos numa noite escura... Complete a frase.

Alguém me perguntou se nossa querida Viola é realmente feia, a resposta é: Rigel não exagera.

Eu perguntei uma vez com quem vocês achavam que seria o primeiro beijo da Viola, quase empatou. A pergunta agora é: Com quem será a sua primeira vez?

Liam filho do coisa ruim?

Eliza traidora?

Fred Beene corno?

Opa!

Apostem.

Jamily?

As pistas estão ai.

Pois é, para que não aconteça algo que vai contra meus princípios eu preciso matar um personagem. Pista: As estrelas mais brilhantes são as que primeiro se apagam. O fim é inevitável. Ok.

Acabou.

Kiss.

Uma ultima pergunta:

Quem tem mais química, Vigel ou Jaola, pessoas?

Nalex.





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