Sassy Cupid

themarriage02 द्वारा

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Certamente você já se apaixonou por alguém a primeira vista, já se viu perdidamente louco de amor ou desejo... अधिक

Capítulo 01 - The Lover
Capítulo 02 - Coffe and Conversations
Capítulo 03 - The Party
Capítulo 04 - Cruel Cupid
AVISO
Capítulo 05 - The Judgment (Part I)
Capítulo 06 - The Judgment (Part II)
Capítulo 07 - The Fallen Angel
Capítulo 08 - A Real Mess
Capítulo 09 - Trying To Fix Everything
Capítulo 10 - The Plan
Capítulo 11 - Roses
Capítulo 12 - The End
Capítulo 13 - The Beginning
Capítulo 14 - The Date
Capítulo 15 - Sweet Redemption
Capítulo 16 - Sweet Disposition
Capítulo 17 - It's all about love
Capítulo 18 - Where are all the answers?
Capítulo 20 - Making the right things
Capítulo 21 - Do you accept?
Capítulo 22 - Fênix

Capítulo 19 - Give Me The Fucking Truth

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themarriage02 द्वारा

Olá meus amores!

Apresentamos a vocês nossa Elena!

Este é um capítulo que foi muito difícil para nós escrevermos, por diversos motivos. Algumas coisas serão reveladas então leiam com atenção.

Recomendamos ouvir a música What Now da Rihanna quando for indicado.

Bem, espero que estejam preparados.

Boa leitura!

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Lauren's Point Of View

Após receber uma mensagem de Camila dizendo que estava cansada e que já havia chegado em casa, respondi que ela deveria descansar e nós deixaríamos para nos ver no dia seguinte, desejei uma boa noite, tudo isso caminhando em direção ao meu quarto. Eu havia estranhado o jeito que Camila tinha agido mais cedo, mas preferi dar espaço a ela, afinal quando sentisse necessidade, ela me contaria o que havia acontecido durante o almoço que poderia ter deixado-a incomodada com algo. Adentrei em meu quarto, liguei a luz e fui recebida por uma voz que eu já estava me acostumando, e até apreciando em ouvir.

- Eu sabia que um dia seu apreço por mim cresceria, maninha. - Disse Lucas usando o maldito poder de ler mentes.

- Você sabia que é bem irritante fazer isso? - Questionei divertidamente, retirando o casaco que estava usando.

- Eu imagino que sim, mas me divirto com os seus pensamentos. - Lucas sorriu debochadamente. Sorri maliciosamente. - Não Lauren, não invente de ter pensamentos sujos! - Gargalhei.

- Okay... Agora diga Lucas, qual o motivo de sua visita? - Perguntei direta. Eu sabia que ele estava aqui por algum motivo, eu sentia isso. Lucas respirou fundo.

- Quero que me conte tudo sobre a primeira vez que fostes julgada. - Lucas foi tão direto que me senti um pouco atordoada.

- Não. - Caminhei em direção a cama, eu queria sentar.

- Lauren, não perguntei se você quer me contar, eu disse que quero. Eu exijo saber sobre tudo. Absolutamente tudo. - Olhei firmemente para Lucas que devolvia o mesmo olhar. Parecia um pequeno duelo.

- Lucas, escute-me, não há necessidade para isso. - Tentei fugir, como sempre.

- Lauren se eu estou aqui exigindo isso, é porque há necessidade sim. - Lucas disse firme, levantando da cadeira que estava. - Não sei o porquê de todo o caos que está se instalando, mas eu exijo que me conte absolutamente tudo, com detalhes, para que eu possa lhe ajudar de alguma forma. - Lucas parou de se aproximar, nos deixando frente a frente. Eu estava encurralada. - Não me venha com rodeios, só sairei daqui com a maldita história completa. Portanto, não prolongue essa discussão inútil, e conte-me tudo o que aconteceu. - O olhar penetrante de Lucas era o mesmo que o meu, e vi que não havia saída, eu tinha que contar a história que me destruía a cada dia que se passava. Respirei fundo.

- Okay, você tem razão. - Fechei meus olhos - Sente-se, a história é um pouco longa.

- Não se preocupe, terei bastante tempo e paciência para ouvir cada vírgula dela. - Lucas disse ao dar meia volta e caminhar em direção a cadeira que há instantes atrás ele estava sentado. Sentei em minha cama, de frente para ele.

- Procure não me interromper, só se for realmente necessário. - Lucas afirmou com a cabeça. - O ano era 1942, lembro de ter me materializado para observar melhor os humanos, sempre tive um fascínio inexplicável por eles. Lembro-me até hoje do dia que a vi pela primeira vez - Sorri ao lembrar - Era 2 de dezembro, haviam decorações natalinas por todos os cantos, mas o momento vivido ali não era o dos melhores. As pessoas esperavam e tentavam promover e proclamar amor, mas tudo que enxergavam era o ódio. Os humanos nomearam esse terrível momento de Segunda Guerra Mundial. Um dos piores marcos históricos, onde milhares de pessoas foram assassinadas por diversos motivos, mas para mim, é algo como um período de tempo que vivi momentos de glória e de total terror. - Lucas estava atento a cada palavra que eu dizia, e inconscientemente eu estava prolongando a história, pois no fundo, não queria ter que desenterrar tal fato, mesmo tendo ciência de que era injusto deixá-lo sem a verdade. - Enquanto eu caminhava calmamente, senti alguém esbarrar em mim, em seguida ouvi sua voz melodiosa pedindo-me perdão, e essa foi basicamente a primeira vez que vi Elena. Sorri para ela como uma forma de tranquilizá-la, e lembro-me bem dela nervosa por supostamente ter manchado minha roupa. "Quem em todo Berlin sairia com uma roupa toda branca? Nem mesmo eu fico assim senhorita." Foi o que ela me disse após tantos pedidos de desculpas. Eu apenas sorri. "Lauren", lhe disse calmamente, e ela me fitou confusa, com seus lindos e encantadores olhos, onde naquele dia estavam acinzentados. - Sorri ao relembrar cada segundo do nosso primeiro encontro.

- Ela lhe disse o nome dela sem desconfiar de nada? Não deveria ser contra as regras ter qualquer tipo de contato com humanos? - Questionou Lucas confuso e curioso. Sorri para sua inocência.

- Eu nunca fui muito de seguir todas as regras a risca. Na verdade, essa foi a primeira vez que eu quebrei completamente uma. E não, na verdade ela só me disse o nome dela, lá pela terceira vez que nos vimos, o que foi cerca de duas semanas depois.

- E você armou esses encontros? - Lucas semicerrou seus olhos, eu ri de seu jeito.

- O segundo sim, o terceiro não. - Lucas fez uma cara de confusão - É que na verdade, eu estava tentando ajudar um garoto com um amor impossível, acabou que nenhum dos dois obteve sucesso no fim das contas. - Lucas bagunçou ainda mais seus cabelos.

- Lauren você não está sendo concreta, está sendo malditamente enigmática, e eu vou socar a sua cara se você não contar essa história direito. - Ele proferiu zangado, tentando arrumar os cabelos que caiam em seu rosto - Porcaria. - Levantei-me, caminhei até ele, passei a mão em seus cabelos atraindo sua atenção para mim novamente.

- Corte um pouco as pontas, mas só um pouco. - Sorri - Essa parte da história não interessa muito a você. Resta saber que eu e Elena nos aproximamos de fato somente no ano seguinte. - Fechei meus olhos. Continuei acariciando seus cabelos. - Passamos a nos encontrar em um café, o seu favorito em toda capital. Ela me contava tudo sobre sua família, seus olhos brilhavam de orgulho ao falar sobre eles. Era uma família pequena, somente ela, um irmão mais velho, seu pai e sua mãe. - Sorri tranquilamente - Seu pai era alemão, grande empresário, e sua mãe era de origem cubana. Eles haviam se conhecido numa das viagens que ele havia feito para descobrir novos investimentos na América Latina, e viveram um amor arrebatador. - Lucas olhou para mim e sorriu - Lembro-me dela dizer que eles viveram alguns contratempos na relação deles, pois a família do pai dela não queria aceitar o relacionamento dos dois, por ela ser cubana e por não ser judia. Após grandes discussões, a família dele acabou cedendo, mas até aquela época eles a tratavam diferente.

- Desde o início essa história tem contratempos. - Lucas comentou. Respirei fundo.

- Sim, mas saber que eles haviam lutado tanto e conseguido viver até o fim de suas vidas aquele amor, é o que me consola. - Suspirei - Ainda que eu acredite que deveria ter sido por um tempo maior.

- Continue.

- Bom, não sei se sabe, mas naquela época, ela não poderia dizer aos quatro ventos que era de família judia, caso contrário eles poderiam sofrer atentados, portanto, foi um voto de confiança ela ter revelado isso a mim. E isso havia sido algo que tocante, me fazendo desejar contar a ela quem eu realmente era, mas preferi manter as aparências e inventar qualquer história simples que eu pudesse manter por muito tempo. Tive que me adaptar a vida humana, com novos tipos de roupas, já que eu não poderia vestir branco todo o tempo. Eu havia dito a ela que eu era alemã também e que trabalhava como arquiteta, meus pais eram falecidos e eu era filha única.

- Desde sempre omitindo a minha existência... Eu deveria me sentir magoado com isso Lauren. - Sorrimos juntos.

- Ora Lucas, nunca me importei com qualquer outro irmão ou irmã que eu tivesse. Sempre foi como se eu fosse filha única. A não ser por Dinah e Ally, para mim, elas eram minhas verdadeiras irmãs. - Puxei os cabelos de Lucas de forma brincalhona - E agora um certo cupido substituto ruivo, petulante, doce e sarcástico passou a ter um pouco do meu apreço. - Lucas sorriu abertamente e abraçou minha cintura. Sorri com seu gesto. - Agora continuando, Elena era médica, trabalhava no melhor hospital de Berlim, e tinha um amor admirável pela profissão que exercicia. Mas estava apavorada com a situação que a capital estava passando. Ela temia pelo o que poderia acontecer com a sua família caso os nazistas descobrissem que eles eram judeus. Por isso, ela havia solicitado sua transferência para o melhor hospital de Miami, pois, de acordo com ela, lá eles estavam sendo um pouco mais tolerantes em relação a crenças religiosas. Ainda em 1943, em meados de julho, nos beijamos pela primeira vez. - Sorri ternamente - Estávamos em seu quarto, tomando chá, quando não resisti e tomei seus lábios para mim pela primeira vez. Eu tinha consciência que ela poderia se prejudicar com aquilo, mas eu já não tinha mais total controle sob meus sentimentos. Eu sabia que estava perdidamente apaixonada por Elena, e o que mais me surpreendeu foi sentir que ela correspondia meu beijo, criando em meu coração a esperança dela também corresponder meus sentimentos.

- E ela correspondia? - Perguntou Lucas apenas em um sussurro.

- Sim, dias depois ela confessou seus sentimentos por mim, e rapidamente começamos a namorar. Entretanto, tínhamos consciência que nosso amor era proibido, ela pensava que era apenas pelo fato de sermos duas mulheres, mas eu sabia que era além disso. Mantivemos em segredo todo instante, e procuramos agilizar sua transferência para Miami o quanto antes, mas o hospital de Berlim era burocrático demais, e eu acredito que eles não tinham interesse de perder mais um membro, ainda mais com toda a situação da época. Então, eu a convenci que era melhor ir embora de Berlim logo e ir rumo a Miami o quanto antes, pois as coisas estavam cada vez piores. As mortes eram cada vez mais crueis, cada vez mais judeus eram descobertos e brutalmente assassinados, os riscos tornaram-se ainda maiores. - Lucas olhou-me assustado, eu tentei acalmá-lo voltando a acariciar seus cabelos. - No dia 04 de outubro, dia de seu aniversário, embarcamos rumo a Miami. Seus pais viriam depois, quando ela já estivesse estabilizada. Desbravamos juntas Miami, fizemos planos para quando ela começasse a trabalhar no melhor e maior hospital de Miami, ela estava extremamente animada. Lembro-me até hoje de quando fomos pela primeira vez ao hospital, vimos as instalações internas, e eu me retirei primeiro para comprar uma rosa num carrinho simples de um senhor que passava por ali, e quando olhei novamente para a entrada do hospital, ela descia as escadas, caminhando em minha direção, de forma graciosa, com um sorriso enorme no rosto, fazendo o meu coração bater forte, e encantar-se ainda mais com a jovem alemã. - Meus olhos estavam com pequenas lágrimas, porém, não as deixei descer, limpei rapidamente.

- Lauren, e o Olimpo? - Congelei com a sua pergunta. Lucas sentiu meu corpo se tensionar, mas nada disse.

- Somente Ally e Dinah sabiam. E apesar de não aceitarem totalmente, elas me apoiaram e me ajudaram até onde puderam. - Sorri fracamente - Até onde sei, nenhum dos grandes Deuses sabiam, e se sabiam, nada falaram ou fizeram, até alguém pedir que ocorresse o maldito julgamento. - Meu semblante se fechou - Em meados de Janeiro de 1944, o julgamento ocorreu. A sentença não havia sido favorável, como já sabemos. Eu perdi meus poderes antes mesmo de tocá-la por uma última vez - Me afastei de Lucas e caminhei até a janela. - Até hoje, acredito que se a sentença tivesse atingido somente a mim, Elena estaria bem. Ela não deveria ter sofrido um arranhão sequer. Meu maior erro foi nunca ter dito a ela a verdade. - Calei-me. Fitei a paisagem externa de meu quarto. Eu sabia que meu silêncio era agonizante para Lucas. "Leia meus pensamentos." Autorizei mentalmente que Lucas entrasse em minhas lembranças.

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Flashback on

- Lauren! - Elena gritou da sala - Ela deve ter saído - Sussurrou. Vejo Elena caminhar até a mesa de centro e ver uma carta de Berlim. "Não leia" eu sussurro para mim mesma. Ela já não poderia me ver. - 'Senhorita Elena Jauregui, viemos por meio desta, solicitar vossa presença ao Consulado Alemão existente na cidade de Miami, Estado da Flórida, nos EUA, local de sua atual residência, para que vossa senhoria receba toda a família Jauregui, comprovando que reside no País supracitado. Insta salientar que, caso não compareça no horário e data abaixo descritos, vossos familiares não poderão permanecer em solo norte-americano. Nestes termos, dá-se por cumprido.' - Elena mal terminou de ler a carta, e logo percebeu que a data era atual e o horário já se aproximava. A garota estava radiante com a idéia de ter sua família a salvo, visto que desde que saíra de Berlim não se comunicaram e, a espera angustiava minha doce menina. "Não vá. Por favor, não é real." Pensei. Em minha garganta estava um nó enorme. Acompanhei toda a trajetória de Elena, torcendo internamente para que ela não conseguisse ser pontual. Parecia que minhas preces não estavam sendo atendidas de forma alguma.

- Senhorita Elena Jauregui? - Um homem alto a abordou.

- Sou eu. Onde estão meus familiares? - Disse Elena com um enorme e radiante sorriso, o que fez meu coração morrer um pouco mais. O homem sorriu maliciosamente.

- Em nome de nosso Führer, Adolf Hitler, declaro Elena Jauregui capturada. - O homem proferiu tais palavras já tomando violentamente os braços de minha Elena, que começava a ter seus olhos cheios de lágrimas.

- Senhor, há algum engano. - Disse a alemã num fio de voz. - Eu recebi uma mensagem dizendo que deveria vir buscar minha família aqui. - O homem gargalhou.

- Sua judia suja, você achou mesmo que conseguiria fugir de nosso Führer? Você e toda a sua família? - Elena começou a se remexer e o homem afirmou ainda mais o aperto em seus braços. - Você vai fazer companhia para eles. No campo de concentração. E quiçá, no inferno. - O homem gargalhou e saiu puxando Elena que chorava silenciosamente, ainda tentando se soltar das mãos do grande homem. - Durma, judia. - E o homem deu um soco em Elena deixando-a desacordada e a levando novamente para Berlim.

- Filho da puta!! Desgraçado!! - Gritei, mas minha voz não era ouvida por ninguém. - Elena! Estou aqui! Elena!! - Eu já chorava copiosamente. Eu poderia gritar o mais alto que meus pulmões permitissem, eu não seria ouvida. Olhei para a sala em que eu estava. Dinah e Ally estavam logo atrás de mim. - Façam algo!!! Devolvam-me meus poderes!! Eu preciso impedir que a machuquem!!! - Gritei desesperada. Dinah chorava e Ally parecia tão perdida quanto eu.

- Você sabe que não temos poderes para isso!! Você acha que já não teríamos feito algo Lauren? Diga-me! - Proferiu Ally. - Dinah, fale com seu pai! Impeça que isso aconteça.

- Eu não consigo falar com ele. - Dinah me olhou - Desculpa. Perdoe-me. Verei o que posso fazer. Espere aqui. Não faça nada.

- Como se eu pudesse fazer alguma coisa, não é mesmo? - Disse sombriamente.

- Você sabe que Dinah fará o que estiver ao alcance dela, não sabe? - Ally perguntou com a voz embargada, enquanto eu procurava manter uma postura imponente.

- Sei Ally. Sei também que essa porcaria é tudo culpa minha. Eu deveria ter contado antes, eu deveria ter a protegido mais. PORCARIA! - Esmurrei um pilar que estava em minha frente.

- Pare com isso Lauren! - Ally correu e me abraçou. - Apenas pare. - Eu não aguentei e comecei a chorar em seus braços.

- Ela irá morrer Ally! E eu não poderei fazer porcaria nenhuma! Você tem noção do quão devastada eu estou? - Solucei - Eu só fiz mal a ela. Minha Elena. - Ally acariciava meus cabelos como uma forma de me tranquilizar.

- Shiiii, calma ok? Vamos ter calma... - Ally começou a me embalar como se faz com um bebê, e chorando eu acabei adormecendo.

---x---

- Filha? - Escutei uma voz longe me chamando - Filha?

- Mãe? - Falei mais confusa que o normal. Será que tudo não passou de um pesadelo?

- Está melhor? - Minha mãe questionou.

- Minha cabeça dói um pouco, mas tirando isso estou bem. - Eu precisava saber se era um pesadelo - Mãe? - Ela fez sinal para que eu prosseguisse - Fui julgada? - Ela respirou fundo, e eu temi por sua resposta.

- Sim minha Lauren, sim. - Disse minha mãe com pesar.

- Diga a ela Afrodite! Diga a ela! - Gritou uma Dinah que adentrava em meu quarto furiosa. - Exijo que diga a ela esse instante, caso contrário juro por nosso pai, que irei queimar cada centímetro de seu precioso rosto! - Minha mãe se levantou rapidamente e encarou Dinah.

- Dizer o que? - Olhei para as duas - Será que uma das duas pode me responder isso?

- Vamos Afrodite, diga. - Ordenou Dinah.

- Eu não direi nada. Ela não deve sofrer. Deve apenas repousar. - Disse minha mãe calmamente.

- Dinah! Mãe! Vamos, falem de uma maldita vez! - Exigi.

- Filha...

- Dinah, onde está Elena? - Recordei-me rapidamente da mulher que tinha consigo o meu coração. - Dinah!! - Vi que Dinah respirou fundo, olhou para mim com pesar. - Onde Elena está?

- Responda Afrodite. - Ordenou Dinah.

- No campo de concentração. - Falou minha mãe com um voz calma.

- Complete Afrodite. - Dinah ordenou mais uma vez.

- Ela não pode ir até a mortal Dinah, porque então prolongar essa história? - Afrodite usou o tom de voz mais calmo que eu poderia ouvir em toda a minha existência. Não esperei um segundo sequer. Levantei-me rapidamente, fui em direção a sala do Guardião dos Mundos, sendo seguida por Afrodite e Dinah. - Não ouse ir até lá Lauren! - Gritou minha mãe - Isso só irá piorar as coisas meu bem! - Isso era para me proteger?

Chegando no salão, exigi ver Elena, e a vi presa contra uma grande e extensa parede, ao lado de toda a sua família. Elena chorava e murmurava algumas coisas inaudíveis. Eu sabia que eu poderia ouvi-la. Eu queria ouvi-la. Aproximei-me, e decidi fazer uma última rebeldia. Teletransportei-me para o campo. Corri em direção de Elena, sabia que ela não poderia me ver, e nem me ouvir, mas eu insistia em gritar seu nome. Senti um abraço apertado, me impedindo de ir até ela.

- Não Lauren! Não! - Gritou minha mãe. - Você se machucará.

- Mais? Diga-me, mais? Impossível!! Elena não deve morrer! Ela é inocente! Eu quem devo estar ali! Eu quem devo ser unicamente punida! Eu! Somente eu!!!

- Não minha filha. Deuses não devem ser unicamente punidos. Mortais nunca são inocentes. - Sua voz era assustadoramente calma.

- Lauren, meu amor... - Ouvi Elena sussurrar - Aonde quer que você esteja, saiba que te amei. - Elena fechou seus olhos, e sussurrou - Eu... Amei. - No segundo seguinte, ouvi tiros.

- ELENA! NÃO! - Gritei. Vi seu corpo ao lado do de seu pai, seu herói. O homem que havia lutado para viver seu grande amor. Ele estava de mãos dadas com sua amada. Bem ao lado dela estava seu irmão, e pela forma que seu corpo havia caído ao chão, ele tinha tentado protegê-la até o último instante, como sempre havia feito. Eu chorava copiosamente. Eu havia destruído toda uma família. - Elena... - Solucei - Eu também amei. - Minhas lágrimas caiam livremente - Me perdoa. - Minha cabeça doía, meu nariz estava vermelho, mas nada superaria a dor que eu sentia no coração. - Elena... - Sussurrei de joelhos no chão, ainda sendo abraçada por minha mãe. - Minha culpa. - Eu sentia meu corpo cada vez mais fraco - Leva contigo o meu coração, minha pequena alemã. - Meu choro foi se estabilizando enquanto eu via o corpo de minha amada sem vida. E agora? Eu não entendia porque tinha que ser daquele jeito. Eu estava perdida.

Fim do Flashback

- Lauren? - Lucas me chamou com a voz trêmula. - O que aconteceu depois? - Permaneci olhando o lado de fora da casa pela janela. Meu rosto estava banhado em lágrimas.

- Voltei para o Olimpo, sem saber de absolutamente nada. Sem saber como seria dali em diante, mas com a única certeza de que eu não era mais a mesma Lauren. - Limpei meu rosto com as mãos, passei as mãos em meu cabelo - Eu já não sabia mais o que sentir. A dor era insuportável. Então, antes de adormecer, depois de tanto chorar, lembrei do que nossa mãe havia me dito assim que saímos de lá: "Amor não existe, Lauren. Relacionamentos sérios não valem a pena.". E foi basicamente por isso que eu acabei arruinando o amor de muitos casais. Porque o amor me destruiu. No fundo, apesar de estúpido, eu não queria que elas se machucassem como eu. O que todos julgavam ser belo e o caminho da felicidade, só me deu dor, angústias e por causa dele, eu perdi tudo. Como propagar o amor, se eu não o sinto, se eu não acredito que ele existe? Como unir casais, se eu não acredito mais em relacionamentos? Porque, naquele momento, eu sentia que nada mais valia a pena. Tudo que envolvesse amor seria doloroso, eu não queria ter que voltar a lidar com algo que só me fez sofrer. Então, como acreditar em algo que foi capaz de me destruir? - Questionei Lucas virando-me lentamente de frente para ele.

- Compreensível. - Disse Lucas num murmuro. - Lauren, você não tem medo de...

- Não ouse completar tal questionamento! - Falei rapidamente. - E sim, tenho.

- Mas dessa vez será diferente. - Lucas murmurou.

- Será diferente - repeti a afirmação de Lucas tentando com todas as minhas forças gravar isso na mente e coração.

- Lauren, eu sei que você teme que algo semelhante ocorra. Eu posso sentir seu medo. Mas, eu não irei deixar que nada de ruim aconteça. - Lucas aproximou-se e tomou meu corpo em um abraço - Você não devia guardar isso somente para você. Guardar algo tão doloroso por tanto tempo é como se cortar profundamente, se ferir incessantemente e não deixar todas suas feridas se cicatrizarem, porque no fundo, você acredita que merece todas elas. Mas, você não merece Lauren. - Lucas acariciava meus cabelos enquanto eu me prendia mais ao seu corpo. Tentei por muitos anos guardar essas lembranças só para mim. Apesar da dor, sentia-me aliviada por compartilhar isso com meu irmão - Você não está sozinha.

- Eu tenho medo Lucas - Disse finalmente, afastei-me do abraço do mais novo e fitei os seus olhos, tão parecidos com os meus - Prometa-me que se alguma coisa acontecer, proteja Camila. Interceda por mim, use seus poderes e vá contra Zeus se for necessário. Mas proteja Camila. Eu prefiro o fim de minha vida do que presenciar a morte e sofrimento de quem não merece. - Agarrei a camisa de Lucas, prendendo forte e buscando sua confirmação - Jure que irá proteger Camila, jure Lucas! - Gritei para o mais novo que afirmou com a cabeça.

- Eu juro Lauren. - Depois de suas palavras abracei o corpo de Lucas fortemente. Agora, a minha vida estaria em suas mãos e eu a daria se isso fosse por Camila.

Depois de alguns minutos, o silêncio tomou conta do quarto. Não havia mais palavras para serem ditas, Lucas sentou-se na cama e eu deitei a cabeça sobre o colo de meu irmão, que acariciava meus cabelos. Pela primeira vez, Lucas parecia não ter nada para a falar e eu, desejava intensamente qualquer uma de suas falas irritantes somente para cessar as lembranças que jazia em minha mente. Eu não aguentava fechar os olhos, pois, toda as vezes que assim o fazia, a escuridão era preenchida por imagens de lembranças que por anos eu tentava enterrar. Lembranças do dia que minha vida foi levada junto com a de Elena. Então, os deixei aberto por longos minutos, com medo de todo o tormento.

Em minhas tentativas de tirar as lembranças dolorosas de minha mente, fui me perdendo nas pequenas coisas que me alegravam. Pensei na beleza de todo o globo terrestre, nas estrelas e em pares de olhos castanhos que brilhavam tanto quanto constelações inteiras. Lembrei do sorriso, da língua presa entre os dentes, do cabelo bagunçado sob os lençois. Eu sorri pela lembrança de Camila. Sorri pelo que a latina me fazia sentir. Mas, meu corpo tremeu por medo. Camila era como um sopro de vida, que despertava tudo aquilo que julguei morto dentro de mim. Respirei fundo tentando reunir todas as minhas forças. Tudo será diferente, "Eu te dou a minha vida se for preciso, minha latina." - pensei.

- Lauren? - Fiz um som nasal para que ele continuasse - Agora as coisas parecem fazer sentido de uma maneira muito estranha. - Levantei do colo do meu irmão e o encarei

- Como assim?

- Como eu te disse, as coisas estão um pouco confusas no Olimpo - Lucas começou e tentei questioná-lo mas fui interrompida - Não me pergunte o que está acontecendo, não é o momento para isso ainda. Se concentre somente em sua vida como humana, você não precisa de mais problemas. - Meu irmão disse de maneira calma - Mas, o ponto em questão é que, eu lhe disse sobre a repentina preocupação de nossa mãe sobre sua vivência na Terra, além de sua curiosidade a respeito de seus relacionamentos. - Lucas levantou e começou a andar de um lado para a outro pelo quarto com a mão em seu queixo - Bem, no começo achei que era normal, preocupação como qualquer outra mãe. Porém, - Lucas parou e parecia raciocinar - Seus pensamentos me mostraram um padrão de comportamento oposto do que seria esperado. - Franzi o cenho e Lucas notou que eu ainda não havia entendido seu raciocínio - Lauren, o que aconteceu geraria em qualquer pessoa - ou anjo - sentimentos de revolta e dor. Qualquer ser vivo dotado por compaixão e empatia reagiria com desespero, raiva, tristeza ou angústia e não calma.

- Ainda não estou entendendo aonde quer chegar Lucas.

- Lauren, independente de todo o contexto e motivos que levaram para a situação que me mostrou, todos que presenciasse sofreriam. Ally, Dinah, você, mais do que ninguém, sofreu com isso. Mas, somente Afrodite pareceu lidar com a situação de maneira calma e serena. Nem os mais poderosos deuses da paciência lidariam dessa maneira em uma situação horrenda como esta. - Lucas falou. Estranhei o tom usado por ele.

- Nossa mãe somente tentou me amparar Lucas - Respondi o mais novo que pareceu incomodado com minha frase.

- Lauren, a maneira como ela lidou não foi de um amparo! - Lucas concluiu - Eu não entendo o motivo da morte de Elena ter sido tão cruel, nem posso acreditar que nosso avô concordou com isso. Mas, aquilo não foi algo para se lidar com calma. - Lucas falou rápido voltando a andar pelo quarto - Por Zeus, nem eu, que nem existia na época e descobri isso somente agora, estou lidando com calma!

- Lucas, eu mais do que ninguém achei injusto essa punição. Mas, o comportamento de nossa mãe foi para me sustentar quando eu estava desmoronando. - Respirei fundo tentando lidar com todas as minhas angústias - Ela só estava tentando me proteger Lucas.

- Isso não é jeito de se proteger alguém Lauren. - Lucas passou as mãos em seu cabelo rapidamente - Nada disso faz sentido. Eu preciso de uma explicação da própria Afrodite.

- Lucas, não procure confusão. Você conhece nossa mãe, sabe que não é sábio deixá-la furiosa. - Disse com cautela, preocupando-me com meu irmão.

- Eu estou furioso Lauren! - Lucas gritou - Não faz sentido a deusa do amor agir como... Hades! Se é que nosso tio agiria assim! Afinal, Perséfone intercederia... Talvez - Lucas parou respirando fundo e apoiando as mãos em sua cintura percebendo que havia começado a divagar - Eu vou procurar respostas. Apenas se cuide maninha. - Lucas virou-se, mas logo parou, foi até a minha direção e beijou minha testa - Cuide-se e concentre-se em sua vida aqui. Eu estarei contigo, te velarei e protegerei. Até mesmo sem que você perceba. - Meu irmão afastou-se de mim com um singelo sorriso no rosto e tomou a direção da janela.

- Lucas? - Chamei-o.

- Não se preocupe maninha. Eu cumprirei minha promessa. - Então desapareceu.

---x---

Alguns dias se passaram desde a conversa com Lucas e minha rotina foi amargamente afetada por todas as lembranças e inseguranças que o encontro com meu irmão resultaram. Eu pensava em Elena, na sua morte, no que eu poderia ter feito, pensava em Camila, em como protegê-la, como mantê-la segura, e no fim, eu acabava acreditando que o melhor era que talvez eu não devesse me envolver ainda mais com a minha latina. Nossas conversas eram relativamente curtas, devido a nossa rotina, mas havíamos combinado de nos encontrar, ainda que eu estivesse hesitando em fazer isso.

- Lauren? - Alycia me chamou. Estávamos em casa, ela preparava o nosso café da manhã enquanto eu arrumava a mesa. Fiz um som nasal para que ela prosseguisse. - O que está acontecendo? Já é a terceira vez que você procura as xícaras dentro da geladeira. - A garota disse isso enquanto eu me virava para a geladeira para procurar mais alguns utensílios para colocar na mesa. Bati a mão na cabeça e virei novamente para encarar a mais nova que me fitava preocupada.

- Nada Alycia, eu só me esqueci onde fica essas coisas - Disse tentando dar qualquer resposta justificável pela minha falta de atenção.

- Lauren, já faz alguns meses que você mora aqui e sabe muito bem onde fica cada coisa. Vai, me diz o que está acontecendo. À dias você está área, responde todo mundo monossibálicamente e faz tudo de modo mecânico. Você não é assim Lauren. - Alycia respondeu em um tom preocupado.

- Eu não sei Alycia, eu só... - Respirei fundo e sentei na cadeira a minha frente apoiando a cabeça em minhas mãos - Está tudo tão confuso.

- É algo com Camila? - Alycia questionou sentando-se à minha frente.

- Também... Eu tenho medo de machucá-la. - Levantei a cabeça fitando a garota de olhos verdes que estava atenta às minhas palavras - Lembra quando me encontrou e eu disse que fiz coisas ruins, por isso fui expulsa de casa? - Alycia apenas concordou com a cabeça então continuei - Bem, algumas pessoas se machucaram por minha culpa - Percebi Alycia abrir os olhos, cada vez mais atenta ao que iria dizer - Eu estava perdida Alycia. Eu era egoísta, não pensava em ninguém a não ser em mim mesma, agia por impulso e sempre colocava a responsabilidade nos outros pelas minhas próprias ações. Então, como forma de punição eu fui expulsa para aprender com meus próprios erros, e eu sinto que aprendi. Mas, o medo de ainda ser aquela Lauren irresponsável e egoísta persiste em mim.

- Lauren, não importa o que você fez no passado. O passado simplesmente ficou para trás. Você não pode viver sempre olhando para seus erros anteriores, você tem que seguir em frente. Eu não quero saber o que você fez, porque aquilo já não é importante. O que você é agora é o que importa. - Alycia procurou minhas mãos por cima da mesa e apertou cuidadosamente - Você já não é a mesma Lauren de quando você chegou aqui. Antes, você era amargurada, soberba, teimosa, egoísta e egocêntrica. Hoje, você diferente. Seja quais foram os seus erros no passado, você aprendeu com eles.

- Não é assim que funciona as coisas Alycia - Me levantei da mesa e fui em direção da janela da cozinha. O sol começava a ficar mais forte anunciando um novo dia - Eu fiz coisas que não merecem perdão. Ontem meu irmão esteve aqui e ele me fez lembrar de coisas do passado, disse o mesmo que você, que eu mudei. Mas, eu temo que ainda exista aquela Lauren covarde e que Camila ou quem mais esteja perto de mim se machuque.

- Todos merecem perdão Lauren. Seu irmão está certo - Alycia se aproximou atrás de mim - Espera, seu irmão esteve aqui? Eu não vi ninguém ontem aqui. - Questionou confusa.

- Meu irmão está em todo o lugar Alycia. Mas, - Me virei para encarar a jovem. Eu gostaria de dizer a verdade a ela, contar todos os detalhes de minha vida. Mas, ainda não era o tempo. Alycia não acreditaria em mim. - Conversamos pelo... Celular. Ele sempre fica em minha cabeça - Disse apontando para minha cabeça e ri com a ironia das minhas palavras.

- Oh, entendi. - Alycia respondeu. Lauren, você conhece o mito da Fênix?

- Sim. A ave que ardia em chamas, morria e depois de um período voltava das cinzas. Ela sempre representou o renascimento, a continuidade e o ciclo de vida e morte.

- Muitas vezes somos como a Fênix. Passamos por momentos na vida que gera transformações. É como a morte e a vida. O morrer de uma pessoa antiga, de erros, da pessoa que éramos, então queimamos, nos transformamos e surgimos das cinzas, com vida. É como o sol - Alycia se aproximou da janela ao meu lado e o fitou - No final de cada tarde ele se incendeia e morre, renascendo toda a manhã. - Alycia virou em minha direção e nos encaramos por alguns segundos - Permita-se a aceitar sua transformação Lauren. Aquela Lauren que chegou aqui a alguns meses já queimou, morreu e se transformou. Não carregue as cinzas dela para sempre.

- Isso foi tão frase de Camila - Eu ri para tentar minimizar o clima pesado que se instalara

- Oh, sim! Eu a ouvi dizer isso certa vez. Sempre quis falar isso para alguém - Alycia riu mais ainda e gargalhamos juntas - Mas, Lauren, sério, pense nisso.

Respirei fundo olhando novamente para o sol. Será que eu realmente me transformei? Eu não sabia da resposta. Mas desejei imensamente que sim. Eu esperava que sim.

_________________________

"Todos bem? Eu particularmente não fiquei. Tanto que tive muitas dores de cabeça depois rs". (Raíssa)

Sinceramente? Esse foi um dos capítulos, quiçá O capítulo, mais intenso, delicado e doloroso que já escrevemos. Foi o capítulo que mais nos emocionamos planejando, escrevendo e revisando. Esperamos que nada tenha sido forte demais, mas saibam que era necessário. Também esperamos que vocês tenham entendido e se colocado no lugar da Lauren, afinal, sei que ninguém aceitava o jeito da bichinha no começo da fic (só queriam agredir a minha bichinha).

A nossa querida cúpido terá que tomar sérias decisões.

Até o próximo capítulo!

@psyarmony e @Raissa_Fitz


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