Capítulo 19 - Give Me The Fucking Truth

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Olá meus amores!

Apresentamos a vocês nossa Elena!

Este é um capítulo que foi muito difícil para nós escrevermos, por diversos motivos. Algumas coisas serão reveladas então leiam com atenção.

Recomendamos ouvir a música What Now da Rihanna quando for indicado.

Bem, espero que estejam preparados.

Boa leitura!

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Lauren's Point Of View

Após receber uma mensagem de Camila dizendo que estava cansada e que já havia chegado em casa, respondi que ela deveria descansar e nós deixaríamos para nos ver no dia seguinte, desejei uma boa noite, tudo isso caminhando em direção ao meu quarto. Eu havia estranhado o jeito que Camila tinha agido mais cedo, mas preferi dar espaço a ela, afinal quando sentisse necessidade, ela me contaria o que havia acontecido durante o almoço que poderia ter deixado-a incomodada com algo. Adentrei em meu quarto, liguei a luz e fui recebida por uma voz que eu já estava me acostumando, e até apreciando em ouvir.

- Eu sabia que um dia seu apreço por mim cresceria, maninha. - Disse Lucas usando o maldito poder de ler mentes.

- Você sabia que é bem irritante fazer isso? - Questionei divertidamente, retirando o casaco que estava usando.

- Eu imagino que sim, mas me divirto com os seus pensamentos. - Lucas sorriu debochadamente. Sorri maliciosamente. - Não Lauren, não invente de ter pensamentos sujos! - Gargalhei.

- Okay... Agora diga Lucas, qual o motivo de sua visita? - Perguntei direta. Eu sabia que ele estava aqui por algum motivo, eu sentia isso. Lucas respirou fundo.

- Quero que me conte tudo sobre a primeira vez que fostes julgada. - Lucas foi tão direto que me senti um pouco atordoada.

- Não. - Caminhei em direção a cama, eu queria sentar.

- Lauren, não perguntei se você quer me contar, eu disse que quero. Eu exijo saber sobre tudo. Absolutamente tudo. - Olhei firmemente para Lucas que devolvia o mesmo olhar. Parecia um pequeno duelo.

- Lucas, escute-me, não há necessidade para isso. - Tentei fugir, como sempre.

- Lauren se eu estou aqui exigindo isso, é porque há necessidade sim. - Lucas disse firme, levantando da cadeira que estava. - Não sei o porquê de todo o caos que está se instalando, mas eu exijo que me conte absolutamente tudo, com detalhes, para que eu possa lhe ajudar de alguma forma. - Lucas parou de se aproximar, nos deixando frente a frente. Eu estava encurralada. - Não me venha com rodeios, só sairei daqui com a maldita história completa. Portanto, não prolongue essa discussão inútil, e conte-me tudo o que aconteceu. - O olhar penetrante de Lucas era o mesmo que o meu, e vi que não havia saída, eu tinha que contar a história que me destruía a cada dia que se passava. Respirei fundo.

- Okay, você tem razão. - Fechei meus olhos - Sente-se, a história é um pouco longa.

- Não se preocupe, terei bastante tempo e paciência para ouvir cada vírgula dela. - Lucas disse ao dar meia volta e caminhar em direção a cadeira que há instantes atrás ele estava sentado. Sentei em minha cama, de frente para ele.

- Procure não me interromper, só se for realmente necessário. - Lucas afirmou com a cabeça. - O ano era 1942, lembro de ter me materializado para observar melhor os humanos, sempre tive um fascínio inexplicável por eles. Lembro-me até hoje do dia que a vi pela primeira vez - Sorri ao lembrar - Era 2 de dezembro, haviam decorações natalinas por todos os cantos, mas o momento vivido ali não era o dos melhores. As pessoas esperavam e tentavam promover e proclamar amor, mas tudo que enxergavam era o ódio. Os humanos nomearam esse terrível momento de Segunda Guerra Mundial. Um dos piores marcos históricos, onde milhares de pessoas foram assassinadas por diversos motivos, mas para mim, é algo como um período de tempo que vivi momentos de glória e de total terror. - Lucas estava atento a cada palavra que eu dizia, e inconscientemente eu estava prolongando a história, pois no fundo, não queria ter que desenterrar tal fato, mesmo tendo ciência de que era injusto deixá-lo sem a verdade. - Enquanto eu caminhava calmamente, senti alguém esbarrar em mim, em seguida ouvi sua voz melodiosa pedindo-me perdão, e essa foi basicamente a primeira vez que vi Elena. Sorri para ela como uma forma de tranquilizá-la, e lembro-me bem dela nervosa por supostamente ter manchado minha roupa. "Quem em todo Berlin sairia com uma roupa toda branca? Nem mesmo eu fico assim senhorita." Foi o que ela me disse após tantos pedidos de desculpas. Eu apenas sorri. "Lauren", lhe disse calmamente, e ela me fitou confusa, com seus lindos e encantadores olhos, onde naquele dia estavam acinzentados. - Sorri ao relembrar cada segundo do nosso primeiro encontro.

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