Sequestrada (1º Edição - Comp...

بواسطة ThamirsGomes

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Classificação: Recomendada para maiores de 18 anos Gêneros: Drama (Tragédia), Romance e Novela, Violê... المزيد

Apenas finja que nada aconteceu e continue vivendo. Afinal..
Capítulo 1
Capítulo 2 - "E quantas vezes você pensou em desistir de tudo?"
Capítulo 3
Capitulo 4
Capítulo 5
Capitulo 6
Capitulo 7
Capitulo 8
Capitulo 9
Capitulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 17
Capítulo 18
Capitulo 19
Capítulo 20
Capitulo 21
Capítulo 22
Capitulo 23
Agradecimentos

Capítulo 16

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بواسطة ThamirsGomes

Assim que ela parou em frente a delegacia eu senti um frio na barriga. Eu iria vê-lo novamente depois de 3 meses.

— Eu vou ficar aqui. - Cameron disse me tirando do transe. Acenei com a cabeça e abri a porta saindo do carro. Respirei fundo e atravessei a rua.

Era véspera de Natal então só haviam 4 pessoas na delegacia e todos pareciam ocupados. Olhei no relógio de parede que marcava onze e meia da noite. Fui até o balcão e me encostei nele.

— Eu vim aqui em nome do meu pai, o prefeito, ver o Senhor Puckerman. - O homem me olhou e franziu a testa.

— Eu não recebi nenhuma ligação sobre isso.

— E realmente precisa? - perguntei séria.

— Se me der licença vou ligar para ele para confirmar. - disse o cara tirando o telefone do gancho.

— Sabe que está tendo uma festa em minha casa. Você irá mesmo atrapalhar meu pai para dizer algo que ele já sabe? - ele pensou um pouco, olhou para mim e para o telefone. Se ele ligasse para o meu pai eu estaria ferrada.

O rapaz suspirou e colocou o telefone de volta no gancho.

— Venha comigo. - ele disse se levantando e andando em minha frente.

Passamos por um corredor e ele abriu uma porta para mim. Uma pequena sala apenas com uma mesa e duas cadeiras de frente para a outra.

— Espere aqui. - ele disse saindo da sala. Sentei na cadeira e esperei. Meus dedos batucavam em cima da mesa e minhas pernas balançavam repetidamente. O que eu iria falar pra ele? Na verdade, o que eu estava fazendo aqui!? Várias perguntas rolavam na minha cabeça e eu nem percebi que a porta foi aberta quando os dois entraram.

O mesmo cara que vi na recepção voltou segurando Harry pelo braço algemado.

— Você tem 1 minuto. - O guarda disse, colocando Harry sentado em minha frente do outro lado da mesa e saindo em seguida.

O silêncio era mínimo, só se ouvia o barulho da lâmpada no lustre do teto. Eu não sabia por onde começar e ele me olhava sem desviar ou piscar os olhos.

— Não esqueça que só tem um minuto. - Harry quebrou o silêncio me fazendo engolir em seco, ao ouvir aquela voz grossa me fazendo arrepiar.

— O que você tem contra o meu pai? - foi a única coisa que eu consegui pensar. Ele riu.

— Ainda pensa que ele é uma boa pessoa?

— Não, eu sei o que ele fez. - seu sorriso desapareceu. — Sei das fotos. - sua expressão era confusa.

— Ele te contou?.

— Não, eu ouvi ele conversando com outro cara. Que fotos são essas? - perguntei me apoiando na mesa.

— Pensei que já soubesse.

— Eu não sei, o que é?

— Não te interessa.

— Me interessa sim! - disse rapidamente. Fechei meus olhos e passei as mãos pelo cabelo. — Eu não entendo porque ele é assim, porque ele fez essas coisas. - disse baixo. Matou minha própria mãe.

— Ele não tem coração. - talvez ele estivesse certo, em pensar que meu próprio pai me deixou nas mão de sequestradores, todos armados.

— Preciso da sua ajuda para tirar ele do cargo de prefeito. Preciso das fotos.

— O delegado é amigo do seu pai. Não vai adiantar nada falar algo para ele, os dois trabalham juntos. - me lembrei da ultima vez que fui em um jantar na casa do delegado, era uma casa enorme e linda, um salário de delegado não compraria uma casa daquelas e sua esposa nem trabalhava.

— Eu não pensei em entregar para ele. - pensei sim. Contar que o prefeito está dormindo com sua mulher faria ele ficar do meu lado. Mas nem eu sei se daria certo.

— Então pensou em que? - Olhei para baixo e ele já soube que eu não tinha um plano em prática.

— Podemos fazer um acordo? - perguntei olhando para ele de volta. Harry sorriu e se encostou na cadeira de qualquer jeito. Suas duas mãos algemadas foram de encontro ao seu queixo para dar uma leve coçada. A blusa acabou levantando um pouco e eu pude ver um pequeno nome tatuado na cintura ao lado.

Natalie.

Como só agora, com ele de roupa pude perceber ela?

— Tem certeza que quer fazer um acordo com quem arruinou a sua vida. Olha que essas são as suas palavras. - ele disse me fazendo olhar para outro lado rapidamente.

— Eu me lembro. - disse. — Eu posso arruinar a vida de outros também. - encaro.

— E começara com o seu pai. - ele riu.

— E depois com seu amigo. - disse séria. Seu sorriso se fechou rapidamente. — Quer entrar na lista também? - perguntei sarcástica. — Bom, você me deixou passar fome por dias, mas... - fiz uma cara de pensativa. — Posso te livrar dessa se você me ajudar.

— Acha que eu tenho medo de você?

— Eu sei que não, mas você quer sair daqui, não quer? - perguntei. Meu Deus, como eu estava adorando estar no comando. Minha vontade era de soltar uma gargalhada e começar a fazer uma dança vitoriosa.

O silêncio pairou pelo ar e naquele momento, nenhuma palavra precisava ser dita, pois eu já sabia sua resposta.

Peguei meu celular no bolso de trás da minha calça e procurei pelo número de Cameron.
No primeiro toque ela atendeu.

— Distrai todos da delegacia, por favor, até eu sair?

— Minha fama de dramática finalmente vai ser levado a sério. - ela disse animada antes de desligar. Voltei a guardar meu celular do bolso mas não voltei a olhar para Harry.

— Vai me tirar daqui? - ele perguntou.

— Não é isso que você quer? - ele não respondeu. — Então temos um acordo? - olhei para ele e o mesmo sorriu.

— Com certeza. - ele disse.

Enquanto esperávamos o sinal eu me distraia com os meus dedos, não queria ficar encarando Harry sem motivo nenhum. Já estava constrangedor demais ficar em silêncio.

— Quer realmente fazer isso com seu pai? - ele puxou um assunto.

— Eu perdi uma pessoa importante na minha vida por causa dele, então ele devia perder a coisa mais importante dele. - mais um silêncio. — Como conseguiu que fosse preso? - perguntei depois de alguns minutos.

Ele demorou para responder, deveria estar pensando na resposta, mas quando foi abrir a boca para começar, ouvimos um grito feminino.

Cameron.

Percebi o alívio nos ombros de Harry antes de levantar da cadeira. Aproximei minha cabeça até a porta e consegui ouvir várias vozes. Abri um pouco a porta e olhei para o corredor e depois paraHarry que olhava para algo atrás de mim.

Meu traseiro.

— Tá olhando o que? - disse me virando de frente para ele.

— Só estava olhando. - ele disse com um sorriso no rosto. Rolei meus olhos e voltei a olhar para o corredor. — A propósito. Bela bunda. - eu não sei se rolava os olhos ou se sorria.
Sai para fora da sala e andei até o final do corredor. A delegacia estava vazia. Voltei para pequena sala e puxei Harry que estava de pé pela mão algemada inusitadamente.

— Fique aqui. - disse assim que chegamos perto da porta de entrada. Sai para fora e um pouco longe havia uma roda cheia de pessoas um pouco no meio da rua. Provavelmente os policiais. Voltei para dentro e Harry mexia nas mesas dos federais. — Não temos tempo pra você estar roubando. - disse andando até ele.

— Não estou roubando sua idiota, estou tentando achar a chave das algemas. - ele respondeu. Minha alto estima de estar no comando havia caído. — Abre aqui. - ele me entregou a chave e eu abri as algemas.

Saímos de lá e começamos a andar pelo lado ao contrário de onde estavam os policiais. Assim que passamos do lado do estacionamento da delegacia, foi a vez de Harry pegar na minha mão e me puxar para o lado oposto. Ele andava em direção a uma viatura vazia.

— O que vai fazer? - perguntei.

— Precisamos de um carro. - ele disse abrindo a porta da frente da viatura que estava destrancada.

— Temos um carro.

— Um carro desses é melhor, assim não vamos ser parados. - ele disse entrando no carro, suspirei e dei a volta entrando no banco do passageiro.

Ele se abaixou e começou a mexer em uns fios embaixo do volante. Rapidamente o carro roncou ligando.

Seguimos para estrada principal e antes de passarmos pelos policiais que estavam parando cada carro que passava, Harry encostou o carro no meio do mato.

Depois de 1 minuto em silêncio total lá dentro, esperando Cameron com a minha mala, me lembrei da pergunta sem resposta que fiz a Harry.

— Não me contou porque estava na cidade. - ele não seria tão burro de aparecer lá sem os outros caras.

— Não era nada. - porque eu sentia que isso era mentira?
Um pequeno carro vermelho encostou atrás da gente e eu sai apressada da viatura.

— E ai. - disse indo até Cameron que saia do carro.

— Aqueles caras são uns tarados. - ela disse abrindo a porta do banco de trás e pegando a minha mala.

— Obrigada. - disse assim que ela me entregou.

— Vê se toma cuidado. Não quero você voltando com outro curativo no ombro ou em outro lugar.

— Pode deixar. - disse olhando para trás. Harry não havia dado as caras, ele continuava dentro do carro.

— Lembre-se que o ponto fraco do homem é o saco. - ela sussurrou e depois rimos.

— Vou me lembrar.

— Bom, é agora. - ela disse me abraçando. Eu não queria ir, mas também não queria ficar. Senti uma lagrima cair e me soltei do seu abraço para não vir outras. Fui até a viatura e Harry destravou o porta malas para mim. Coloquei minha mala lá dentro e assim que fechei a traseira do carro, olhei novamente para Cameron. Suspirei fundo e andei até a porta do passageiro do carro para seguirmos viagem até Miami.

Dia seguinte. 10h00am

Estávamos ainda na estrada. Pois é, não tínhamos chegado em Miami ainda, pois assim que passamos pelos policiais na estrada, paramos em um hotel e pedimos dois quartos. Não estávamos mais com a viatura, Harry havia abandonado, feito uma troca ou sei lá o que, por um outro carro. Era um pouco velho, mas o som era ótimo.

Ele bufou alto assim que liguei o som e a música Fance da Iggy Azalea começou a tocar.

First thing, first, I'm the realest. (Realest)
Antes de mais nada, eu sou a autêntica. (Autêntica)
Drop this and let the whole world feel it (Let them feel it)
Largue isso e deixe o mundo inteiro sentir. (Deixe-os sentir)
And I'm still in the Murda Bizness.
E eu continuo causando inveja.

Eu cantava junto com a música enquanto ele dirigia.

I can hold you down, like I'm givin' lessons in physics
Eu posso te atrapalhar, como se tivesse ensinando física.
(Right, right?)
(Certo, certo?)
You should want a bad bitch like this
Você devia querer uma vadia do mal assim.
Drop it low and pick it up just like this
Que desça até embaixo e suba de volta assim.

Quando começou o refrão eu abaixei o volume.

— Preciso ir ao banheiro.

— Não vamos começar com isso novamente.

— É sério!

— Por que não fez no hotel?

— Porque não estava com vontade. - ele bufou e encostou o carro. — Não vamos discutir isso de novo. Isso está parecendo até um déjà vu. - Ele bufou novamente e voltou a dirigir, mas dessa vez não deu a volta e andou na contra mão que nem um doido.

Passou um tempo e um posto de gasolina estava logo a frente, e para a minha surpresa, era o mesmo posto da outra vez.

Harry estacionou e assim que descemos do carro, andamos em direção a loja de conveniência. Dessa vez não era uma mulher que se encontrava atrás do balcão e sim um homem barbudo e bem cabeludo, ele ouvia um rock pelo celular no alto falante.

Nem precisei perguntar nada para ele, porque já sabia o caminho do banheiro. Assim que cheguei, a porta estava trancada, provavelmente ocupado.

— Chegou bem na hora que eu estava saindo. - Uma mulher com os cabelos longos cacheados e mais alta que eu disse assim que abriu a porta. — Tem uma poça de água no chão. - ela olhou para os meus tênis air force branco de cano baixo da Nike . — Ainda bem que não está de salto. - a mesma disse apontando para suas sandálias que tinha um salto grande, era por isso que a moça era maior que eu.

Eu apenas sorri torto e ela seguiu para fora do banheiro. Entrei nele e fiz o que tinha que fazer e assim que terminei fui até a pia lavar minhas mãos. Fiquei me encarando no espelho procurando algo que eu não gostava. Talvez as olheiras que ultimamente eu estava tendo por não dormir direito por causa dos meus pesadelos. Balancei a cabeça despachando o pensamento e mexi no cabelo arrumando.

Sai de lá e andei pelo corredor até chegar no mercadinho. Encontrei a mesma mulher de frente para Harry. Ela mexia no cabelo e mordia os lábios quando dizia algo para ele. Ele parecia não se importar com ela ao seu lado, mas também não prestava atenção no que ela falava.

Andei em direção a eles e quando Harry me viu pude ver seus ombros relaxarem.

— Vamos? - ele perguntou. A mulher me olhou assim que apareci em sua frente.

— Hãm, estão juntos? - ela perguntou sem graça. Eu apenas dei um sorriso de canto meio antipática e ela já soube a resposta. — Me desculpe. - ela disse se afastando da gente.

— Vamos? - foi a minha vez de perguntar. Assim que passei ao lado de uma estante de óculos, peguei um, experimentando e achei que realmente ficou bom. O sininho pendurado na porta soou assim que saímos do lugar. — Fiquei surpresa por não encontrar ela em cima do balcão e vocês se agarrando. - comentei enquanto andávamos em direção ao carro. Pude ouvir o atendente da loja gritar. "Ei você não pagou por isso!" mas não dei importância.

— Ela tinha cheiro de naftalina. - Harry disse sério entrando dentro do carro, também ignorando o cara que agora saia da loja.

— Achei que era por causa da Jenna. - disse me lembrando do nome da garota que agarrou ele na boate, mas me arrependi novamente já podendo ouvir sua resposta ignorante.

— Temos um relacionamento aberto. - ele disse numa boa me deixando surpresa.

— E ela sabe disso? - perguntei colocando o cinto de segurança e ele sorriu sapeca. O cara do balcão estava logo à frente do carro, pensando que, com aquele gesto iria nos parar. — Imaginei. - disse baixo sorrindo também. Harry deu ré, deixando na nossa visão o posto longe e um cara indignado.

Não deu 5 minutos e meu celular começou a tocar. Olhei no visor e não era Cameron.

— Seu pai? - Harry perguntou.

— Não. - disse olhando para o visor.

— Sua amiga?

— Não. - ele limpou a garganta.

— Namorado? - não respondi e neguei a chamada. Josh não era mais meu namorado, mas ele insistia que estávamos juntos novamente. — Acho que a resposta é sim.

— Não. Não namoramos mais, mas ele não entende.

— Como que ele não entende? - perguntou interessado.

— Eu também não sei. Foi ele que terminou, mas assim que voltei para casa depois de tudo aquilo que aconteceu, ele age como se nada tivesse acontecido. Ele terminou comigo dizendo coisas sem sentido que agora estava livre de mim e de todos. Que ele não aguentava mais ordens. Eu nem queria namorar com ele, meu pai que me obrigou, achou que seria melhor para mim. - Assim que terminei de falar meu celular começou novamente a tocar. — Rww. - disse com raiva. Olhei para tela e Josh ligava novamente. Abri a janela do meu carona e o vento começou a sacudir o meu cabelo. — Adeus meu amor, vou sentir saudades. - disse beijando meu celular e jogando-o em seguida pela janela.

Os portões se abrem quando Harry aperta um botão do pequeno controle. Ele dá a volta na fonte que ficava em frente a casa e para o carro ao lado dos degraus da porta principal. Desço do carro olhando em volta não encontrando nada de diferente. A casa era a mesma, o jardim era o mesmo, os coqueiros eram os mesmos e até o clima era o mesmo. Eu não sentia saudades daqui.

Harry sai do carro e sobe os degraus entrando. Respiro fundo nervosa e atravesso a porta da sala me vendo perdida. Não era bom estar de volta, em vez de me lembrar de como eu era feliz com minha família eu me lembrava de como eu sofri estando aqui.

— O que ela está fazendo aqui? - me assustei quando Jenna aparece na sala.

— Ela me ajudou a sair da cadeia. - Harry diz sentando de qualquer jeito no sofá.

— Cadeia? - ela pergunta assustada. — Como assim?

— Cadeia, ué. Você já esteve em uma. - Harry responde grosso.

— Onde? - ela pergunta e ele demora para responder. Jenna olha para mim e depois volta a olhar para ele. — Onde ficou com a cabeça de ir pra lá? - ela diz indignada já sabendo a resposta. — Por que não avisou pra gente?

— Eu estou aqui não estou? - Harry diz levantando os braços impaciente. Jenna apenas me olha com raiva e vai até o sofá abrindo as pernas e subindo em cima dele. Quando ela se aproxima para beija-lo, ele a afasta se levantando.

— Estou cansado. - ele diz indo até as escadas.

— Desde quando? - Jenna perguntou sentada no sofá, indigitada por ser rejeitada.

— Desde agora. - Harry diz subindo as escadas mas parou em seguida virando o corpo. — Deveria dormir um pouco. - ele diz olhando para mim, eu não respondo, ainda continuo perdida em frente a porta de entrada. Assim que ele sobe, Jenna me olha novamente com raiva e vem até mim parando em minha frente.

— Eu quero passar piveta. - ela diz me encarando com raiva.

— Deu para perceber que você está um pouco gordinha para querer tanto espaço. - digo dando um passo para o lado e abrindo um dos meus braços fazendo um gesto para ela passar.

— Não devia mexer comigo.

— Você que não devia mexer comigo. - digo confiante. — Pode me olhar com essa cara feia quando quiser, eu não tenho medo de você. - Não mais. Pensei.
Ela me dá uma última olhada antes de sair da casa batendo o pé. Eu não me sinto feliz por ter a provocado, ela poderia fazer algo ruim contra mim.

Tiro esses pensamentos da cabeça e ando até as escadas, subindo-as. Assim que chego no corredor vou até o meu antigo quarto. Mas não consigo entrar. Flashbacks vem em minha mente quando olho para a cama e eu me viro rapidamente trombando em algo ou alguém. Mas antes de levantar a cabeça para ver quem é, eu me acabo em chorar. Lágrimas escorrem pelo meu rosto enquanto estou apoiada no ombro de alguém, mas para peito do que ombro. Senti a pessoa passando as mãos pelas minhas costas me consolando. Era Blaine, eu tinha certeza, ele seria o único que deixaria eu me apoiar e chorar em seus ombros.

Assim que funguei meu nariz, senti o cheiro do perfume.
Não era o Blaine.

Fiquei tanto tempo dentro do carro com essa pessoa que já até sabia o cheiro de seu perfume.

Me afastei lentamente passando as mãos nas minhas bochechas para secar minhas lágrimas e olhei para o rosto da pessoa.

Harry me olhava sem nenhuma expressão no rosto. Mas sabia que não estava com raiva ou algo do tipo.

— Desculpa. - digo com a cabeça baixa não querendo olhar diretamente para ele.

— Tem outro quarto se você quiser. - eu apenas balanço a cabeça que sim. Ele anda em minha frente e eu vou logo atrás, para o final do corredor. O quarto era do mesmo tamanho que o outro, mas esse tinha uma pequena sacada em frente ao jardim.

— Estou no quarto ao lado. - Ele diz dando a volta entrando em uma das portas um pouco afastada que havíamos passado em frente. Entrei no quarto e encostei a porta. Tirei meus tênis e subi na cama me enrolando na coberta. Não passou muito tempo para eu cair no sono.

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