Entrei no hospital rapidamente passando pela recepção.
O enfermeiro parecia estar a minha espera, ele me parou no corredor.
- senhora Edwin?.- Acenei para ele.- Me acompanhe por favor.
Eu o segui até o elevador e fomos para o terceiro piso. Eu olhava para ele na esperança que ele notasse o meu desespero e me explicasse o que havia acontecido e porque ela estava ali. Mas parecia que ele não queria fazer parte daquilo.
Ele seguiu na frente até o quarto 011, se inclinando para abrir a porta para mim.
- Por favor, Senhora.- Engoli seco e entrei.
Vanessa estava na cama com algo enfiado no nariz para ajuda-la a respirar.
Ela viu que eu estava parada na porta e fez um sinal para que eu entrasse.
- Eleanor, venha. Esperava por você.- Me aproximei, parando ao lado da cama. Ela segurou minha mão e bateu com a outra na cama.- Sente-se aqui, comigo.- Fiz o que ela mandava.
- Olá, querida.- Sussurrei.
- Primeira lição, nunca se atrase, uma mulher pontual é uma mulher com poder.- Sorri para ela.
- Sinto muito, Vanessa.
- Tudo bem, só não faça de novo...
- Não sobre isso, sobre você. O que aconteceu...como você...
- A criança, aconteceu comigo o que sempre acontece com pessoas que tem câncer, nós chegamos ao fim.- senti forçada a ter que segurar as lagrimas e meus olhos arderam.- Você está linda, como sempre.- Ela me fitou no olhos.- Sabe, podem continuar dizendo que você se parece com Phillip Edwin, mas você tem tudo de Luke.- Juntei as sobrancelhas.
- Conheceu o meu pai?.- Perguntei.
- Em um passado bem distante, eu acho.
- Como ele era?.- disse sem querer dizer. Ela fez uma careta.
- Ninguém que você gostaria de ter conhecido. Bom, eu disse que você está linda mas não significa que tenha que sair vestindo essas roupas de malandro.- Ela me olhou de cima a baixo.- Que gosto horrível. Quando sair daqui procure por Desmond, ele vai te entregar tudo e lhe dizer o que fazer.- A olhei confusa.- Minha roupas, por favor use minhas roupas, garanto que cada um delas custou mais de três mil dólares, então por favor não cometa nem um crime com elas.
- Porque me trouxe aqui, Vanessa? Como posso ajudar você?
- não pode me ajudar, Elle. Estou morrendo.- A voz dela falhou. Respirei fundo.- Só queria te dizer uma coisa, meu doce.- Ela apertou minha mão e respirou fundo.- Tudo que precisa para estar a frente de quem a quer, está na Florida. Procure por alguém chamado Serpente.
- Como assim, Vanessa? Como ele vai me ajudar com William?.- Ela fechou os olhos devagar e sua respiração ficou lenta.
- Chame a enfermeira...- Ela pediu.
- Enfermeira!.- gritei enquanto saia correndo do quarto atrás de ajuda.
*********
- Pode me explicar isso, William?!.- Bem Homerfild entrou no escritório quase berrando. Havia cerca de treze homens no cômodo com ele e todos pararam de conversar e encararam Ben, ele era o único homem que ousava levantar a voz para Blake.
- O que houve, Ben?.- William disse sorrindo.
- Saiam todos!.- Ele disse.- Vamos, homens, saiam agora!
Eles fizeram o que ele disse.
- Você ficou louco de vez, William?.- Se sentou na frente dele.- Não vai fazer isso, não, você não enlouqueceu de vez.
- Qual o problema?.- William disse tranquilamente.
- A porra do problema, William, é que você esta mesmo querendo patrocinar bandidos, ladrões de carros. Caralho, William!
- Patrocinar não, fazendo negocio, dinheiro.
- Ladrões de carro não é negocio, Blake.- William revirou os olhos.
- Claro que é!
- Aqui não é velozes e furiosos não, Blake.
- Porque você não põem uma camisa decente na vida?.- William passou por ele indo até a varanda.
- não adianta fugir não, não vou deixar você fazer essa babaquice.
William se virou parando na frente dele bruscamente. Ele levou o dedo no peito do amigo e o encarou, olhou bem nos olhos.
- Escuta aqui, cara...você não tem que deixar eu fazer nada, você não manda em mim, Bem, pelo contrario, eu mando em você.
- construímos isso juntos, não vou deixar você fazer merda sozinho...cara.
William sorriu e quebrou a tensão.
- fica frio, cara. Eu sei o que estou fazendo.- Ele deu um tapinha no ombro de Ben e saiu.