[Degustação] Malícia

By JuliannacCosta

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Apenas primeiros capítulos, história completa disponível na Amazon. ATENÇÂO! Essa história contem cenas de c... More

Prólogo
1 - Dirty Talking
1.1 - No Cinena
2 - 69
2.1 - No divã
2.2 - Na festa
3. Masturbação
4. Espanhola
4.1 - Na cama
4.2 No escritório
Prontas?
Interlúdio
1.1 Preliminares
2 - BDSM
2.1 - Submissão
2.2 - Disciplina
2.3 - Bondage
3 - Dominação
3.1 - Caçada
4 - Recompensa
4.1 - Punição
5 - Spanking
6 - Roleplay
7 - Coleira
7.1 - Intrusos
7.2 Ciúmes
8 - Wax Play
8.1 - Masoquismo
8.2 - Reciprocidade
8.3 - Switch
8.4 - Experimental
9 - Ego
10 - Chefe
Aviso!

1. Controle de orgasmo

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By JuliannacCosta


Eu me sentia virgem.

Como se nenhuma impureza deliciosa jamais me tivesse tocado.

Apertando meus joelhos, logo abaixo da linha da saia. Balançando as pernas compulsivamente, enquanto aguardava, sentada, que a secretária chamasse meu nome.

Mordi meu lábio, assistindo o sulco que minhas unhas vermelhas formavam sobre minha pele. Tentar controlar a respiração era uma atividade impossível que eu logo abandonei.

O tiquetaquear do relógio sobre a mesa parecia ficar cada vez mais alto em minha mente perturbada e inquieta.

Uma oportunidade.

E não uma oportunidade qualquer...

A melhor das oportunidades.

Prostituição era uma arte. Uma que exigia performance. Ou pelo menos era assim para mim e para outras como eu.

"Acompanhantes de luxo" era uma expressão pequena, que não suportava explicar tudo que precisava ser dito. Eu nunca tinha mais do que uma noite para convencer um homem de que ele era tudo que eu queria e eu era tudo que ele precisava. E oh... como eu os convencia. Era lindo assisti-los dançar e se contorcer. Seguindo meu ritmo. Obedecendo minha música.

Eu trabalhei em hotéis, em clubes, em festas, em atendimentos privados... Eu já tinha feito tudo.

Mas agora era diferente.

Agora eu tinha sido convidada para sentar na mesa dos adultos e, pela minha vida, eu não perderia a oportunidade.

A tarefa era simples: ser a namorada contratada de um ricaço esnobe pelo tempo que ele quisesse.

A recompensa era inimaginável: uma pequena fortuna como pagamento seria apenas o começo. Depois disso... depois disso, eu seria uma lenda. A primeira profissional aprovada pela Willex a oferecer um serviço daquele tipo serviço.

Claro, você poderia pagar um jantar para sua vizinha e ela poderia fingir ser sua namorada por um fim de semana, durante a festa de casamento de um primo.

Poderia contratar uma prostituta na rua para te servir durante um par de dias, te chupando copiosamente enquanto murmurava mentiras.

Ou até mesmo uma acompanhante de luxo para manter ao braço durante uma festa de gala da empresa, atraindo olhares e salivas.

Mas eu não seria nada disso.

Eu seria a mulher que você contrata quando quer alguém que te foda como ninguém jamais fodeu. Alguém que realize todos os seus desejos mais safados, sem qualquer hesitação ou julgamento, e então levante para fazer seu prato favorito enquanto elogia o programa que você mais gosta. Eu seria a companhia perfeita. A namorada que você sonhou. A esposa que você nunca soube desejar. A puta que empurraria para o esquecimento todas as outras.

Tudo isso por um preço justo, é claro.

Era a melhor oportunidade.

Eu só precisava que a secretária chamasse meu nome.

- Senhorita Yasmine. - ela sorriu, finalmente - Ele disse que você pode entrar.

Assenti, educada e levantei. Passei a mão pela saia me certificando que minha roupa estava alinhada e apresentável. Meus cabelos escuros soltos e bem penteados, um perfume suave.

- Senhor Delvak. - cumprimentei.

- Yaya, sente-se. - convidou, em um sussurro, ainda com o telefone no ouvido. Concluiu a conversa apontando para a cadeira a sua frente e eu me sentei.

Vindo de um dos cantos da sala, um gemido longo e ofegante chamou minha atenção, perturbando-me.

A mulher sentada ao sofá tinha os cabelos negros sobre os olhos. Bagunçados, em um penteado caótico que apenas o tesão é capaz de compor.

É incrível o quanto as pessoas se enganam sobre sexo.

Se uma mulher geme muito alto, rebola muito vigorosamente ou perde o controle da respiração, o homem acha que fez um bom trabalho.

O que eles não percebem é que tudo isso é fácil demais de forjar.

Os gritos, a respiração descompassada, o rebolado pervertido.

Até a lubrificação pode ser estimulada com um pouco de imaginação, ou acesso a um pote de lubrificante que o cliente nunca suspeitou que você tivesse.

Mas os cabelos não mentem.

Quando o tesão é grande demais para suportar e seu corpo não pede licença para simular cenas do Exorcista, o cabelo é o primeiro a sofrer. Quando você vibra por inteiro e agarrar lençóis e travesseiros deixa de ser suficiente, são os cabelos que suas mãos buscam. Agarrando-os com a intenção de arrancá-los para aliviar um pouco da tensão que te consome.

E quando o homem sabe o que está fazendo...

É aí onde o cabelo mais sofre.

Agarrar bundas e peitos é para os iniciantes.

Um pouco mais de instrução, e o homem está agarrando coxas e estômago.

Mas precisa ser bom para ousar fazer uma mulher gozar tocando nada além de braços, ombros, pés... e cabelos.

O homem que sabe o que está fazendo agarra cabelos.

É um fato da natureza.

Curto ou longo, não importa. As marcas são sempre perceptíveis.

E os cabelos da morena no sofá de Delvak contavam uma história completa:

Ela estava se divertindo há algum tempo.

Ela estava se divertindo muito.

A mão ainda enfiada entre as penas deslizando pelo líquido que escorria do seu prazer. Os dedos servindo de atrito para o que certamente deveria ser a parte mais sensível de seu carocinho.

Sua masturbação era preguiçosa e hipnótica.

Lambeu dois dedos e os usou de pinça para prender o próprio seio.

- Muito bem. - desligou o telefone e sorriu para mim, como se nada fora do normal se passasse ao seu redor - Como está?

- Bem, obrigada. - engoli em seco - O senhor?

- Ótimo. Como foi a pesquisa?

- Produtiva. - acenei, tentando ignorar a mulher a poucos metros de mim que começava a beirar um orgasmo intenso e inescapável.

Ele tinha um jeito de tocar a gravata que exalava sensualidade. Como se o movimento fosse intencional, para atrair os olhares para o tórax largo e delicioso que ele escondia por baixo da blusa branca.

- Perfeito. - ele se reclinou em sua cadeira e eu tive que lembrar de respirar. Três dias desde que o vi pela última vez, mas seu cheiro não era facilmente esquecível. Ou seu gosto... - Me conte, então. - pediu.

Era mais um teste.

Ele sabia perfeitamente tudo que eu iria dizer, mas queria ouvir as palavras ainda assim.

- Joe Matzen. - comecei, anunciando o nome do potencial cliente em uma voz mais alta do que seria necessário - Neto de Ernest Matzen, o bilionário. - completei, sabendo que o nome dispensava introduções.

- Quero detalhes, senhorita Rembord. - pediu.

- Ernest Matzen... - apertei os olhos. Os gemidos tiraram minha concentração por um instante - fez uma fortuna ao abrir uma empresa de seguros. Usou o dinheiro em investimentos arriscados, que pagaram muito bem. Hoje, a Matzen Inc. é um dos maiores conglomerado de seguradoras do mundo além de ser dona de uma porção de outras empresas.

- Como?

- Indústria do couro, ferrovias, fábricas de doces e... aspiradores de pó. - completei. Essa parte sempre me deixava confusa.

- Nada muito excitante, não é?

- Não. Mas tradicional e estável. - lembrei, conseguindo recuperar meu equilíbrio.

- Certamente. Agora, fale-me sobre Joe.

A mulher gritou, aguda, assisti suas pernas tremerem em espasmos incontroláveis.

O líquido escorria de suas pernas brilhando em suas coxas tesas.

Respirei fundo.

- Bem, sua mãe era filha única de Ernest Matzen, morreu há alguns anos. Joe nunca foi próximo do pai. Cresceu sob a tutela do avô que o está criando para a liderança da empresa. Usa o sobrenome da mãe.

- Interesses?

- Cavalos, rock clássico, restaurantes caros, óperas. Não gosta de ser incomodado. Freqüenta festas, bebe socialmente. Tem uma vida social ativa, mas nunca foi remotamente associado a qualquer tipo de escândalo. É visto em eventos públicos sozinho, ou com namoradas estáveis. Não tem o hábito de trocar de companheiras com frequência e, se o faz, não as apresenta ao público.

- Ex-namoradas?

Gemido intercalados.

Do tipo que você só exala quando a pressão em seu estômago é forte demais e, embora precise ser arrancada de seu corpo de algum modo, você não tem mais lucidez suficiente para decidir se quer respirar ou gemer.

- Quatro. Uma colega de faculdade, atualmente advogada no ramo bancário, estiveram juntos por pouco menos de um ano. Outra colega de faculdade, atualmente cirurgiã pediátrica, os jornais dizem que era a favorita de seu avô, acabaram e voltaram algumas vezes. Uma modelo sueca, formada em história da arte, com que ficou por um ano. E uma empresária sul-africana com quem passou poucos meses.

- Está ciente da situação com a cirurgiã?- ergueu as sobrancelhas.

- Sim, senhor.

- Será um problema?

- De modo algum. - prometi, enfática.

- Vai precisar ser ainda mais discreta.

- Eu entendo.

- Ótimo. Mas como pretende ser discreta?

- Como pretendo...? - não entendi a pergunta, mas ela logo se tornou obsoleta, a mulher no sofá atingiu sua crise de um modo intencionalmente ruidoso e meu olhar fugiu para sua performance mais uma vez.

- O que pretende dizer caso seja... Senhorita Yaya? - eu o senti rir - Quer que eu lhe dê alguns instantes para se juntar a sua colega em meu sofá? Podemos continuar depois.

- Oh, não senhor. Perdão. - acrescentei, pedindo desculpas pela minha atenção dispersa.

- Está se desculpando por estar excitada? - provocou.

Eu respirei fundo.

A mulher no sofá era parte do teste.

- Estou me desculpando por não querer me masturbar agora. - devolvi - Acho que essa falta de vontade sempre é recriminável, você não?

Ele sorriu.

Tinha um poder em seu sorriso.

Um que me fazia lembrar de sua voz rouca em meu pescoço dizendo que queria minha bunda. Ou meus peitos. Ou que queria que eu tirasse a roupa para que um desconhecido enfiasse a língua na minha boceta.

A sedução de Delvak era simples de definir:

Ele era um tesão em forma de carne.

Proibido e saboroso.

Assim que você o via, não conseguia evitar imaginar qual seria o gosto de tê-lo na língua.

E então você o tinha na língua, e não conseguir parar de reviver o momento.

Havia um grau de naturalidade no que ele fazia, era evidente.

Mas muito deveria ter sido aprendido. Meticulosamente aprimorado.

Um mestre em fazer mulheres encharcarem até as calcinhas ficarem pesadas demais para se manter no corpo. E então um mestre em despi-las e em lavá-las com sua saliva até que elas derretessem em nada mais além de sensação.

Causar aquele tipo de impacto sexual nas pessoas era minha pretensão de vida.

- Ela está mentindo pra mim. - sussurrou.

- Com licença? - pisquei os olhos.

Delvak apontou para a morena sobre o sofá.

- Está testando um gel novo. Intensificador de orgasmos. Eu não estou satisfeito com os resultados e decidi supervisionar um teste. - o toque sobre a gravata. De propósito. - Mas ela está mentindo para mim. - explicou - O gel é bom. Mas não é tão bom.

- Talvez ela goste muito dos próprios dedos. - ajudei, no mesmo tom baixo que ele usou.

- Não. Eu a assisti no começo. Demorou dez minutos para encontrar o próprio clitóris. - expirou, demonstrando algo genuíno entre irritação e cansaço - Se incomodaria?

Empurrou um pote para mim sobre a mesa. Eu sabia o que era antes de pegá-lo.

- Gostaria de um retorno verdadeiro. - explicou.

- Claro. - prometi, ainda sem buscar o pote.

- Oh, já começaram? - a porta atrás de nós se abriu e os gemidos estavam de volta.

- Oliver, olá. - Delvak cumprimentou - Estava repassando as informações com a senhorita Yaya.

- Sven, apreciaria se me deixasse controlar meu próprio programa. - reclamou. Olhou sobre o ombro para a mulher no sofá antes de se sentar - Algo que preciso saber? - apontou com o polegar para a mulher que gemia alto demais para alguém que estava absolutamente silente, pós-orgasmo, há três segundos.

- Nada. - Sven explicou - Só vendo uma coisa. - seu olhar descarado não me abandonou e eu percebi que havia segundas intenções em seu plano, embora ainda não tivesse conseguido identificá-las.

- Hm. - Oliver aceitou com uma velocidade muito maior que a minha - Yaya...

A modelo gritou e eu revirei os olhos.

Está tentando chamar atenção dos dois cabeças da empresa.

Não vai chamar a atenção de profissionais com gemidos falsos, meu bem. Pare de envergonhar a categoria...

- Não é a primeira vez que Joe Matzen nos aborda, Yaya. - o professor Oliver explicou - Ele tem um apetite sexual muito específico.

- BDSM. - concordei.

- Sim, mas não é tão simples. Ele é submisso.

Eu acenei. Já tinha imaginado essa parte.

- E como você claramente sabe. - sorriu para mim - Nossa sociedade não vê com bons olhos o empresário jovem, rico, atraente e bem-sucedido que prefere uma companhia que o amarre e espanque. Ele teve... problemas com uma das namoradas após uma tentativa de ser honesto.

- Honestidade sexual nem sempre é bem recebida. Uma pena.

- Concordamos.

Delvak ainda tinha os dedos sobre o pote que me ofereceu, como se ignorasse cada palavra que Oliver dissesse e, no fundo, estivesse esperando apenas que ele se calasse para que pudesse continuar suas provocações exatamente de onde parou.

- O fato é que ele quer alguém que sacie suas vontades, mas não quer se preocupar com "honestidades mal-recebidas".

- Justo.

- O problema que permanece - Oliver continuou e eu notei que Sven tinha abandonado nossa conversa em absoluto. O corpo inclinado na cadeira, apoiava o queixo no punho enquanto assistia o espetáculo de masturbação fingida. - é que nós precisamos dar escolhas ao cliente. Nós somos a maior Casa de sexo do mundo. O cliente vem para nós quando quer opções, então não posso te apresentar a ele e dizer que escolhi você. Precisa partir dele.

- Eu entendo.

- Mas você é a única profissional do programa que foi completamente verificada e autorizada, então, vamos dar a Matzen a ilusão da escolha.

- Vai apresentar várias garotas mas quer que eu o conquiste?

- Exatamente.

- Sem problemas. - ergui um ombro.

- Rá! - minha confiança atraiu a atenção de Sven de volta para nós - Adoro essa garota!

Inclinei a cabeça agradecendo.

- É uma das melhores que temos aqui. Natya, querida, silêncio! Ninguém está acreditando em seus gemidos, nem você mesma. Yaya. - ordenou com um dedo - Venha até aqui. Mostre pra ela como é um gemido de verdade.

Natya abandonou os toques e Sven abriu o pote de intensificador de orgasmos fazendo algo dentro da minha vagina coçar.

Aquela sensação indescritível que faz o grelinho buscar qualquer tipo de atrito.

- Isso é mesmo necessário? - Oliver perguntou, exausto.

- Tire a roupa, minha linda.

Sven comandou, ignorando o colega.

Eu estava de pé e me despindo.

Estaria mentindo se dissesse que considerei não obedecer.

O frio da sala fez meus pelos eriçarem.

Ou talvez fosse o calor do olhar de Delvak sobre meu corpo nu.

Ele dava um novo significado para a palavra "fome".

Tinha fome nos seus olhos.

Fome no seu hálito.

Fome no jeito como me cercava, como um predador que sabe já ter o controle sobre sua presa.

Apoiou a bunda contra a lateral da mesa e ordenou que eu me aproximasse.

Sua mão pesou na parte baixa das minhas costas, logo acima das nádegas, quando me puxou pela cintura. Colando minha boceta em sua virilha.

- Aqui. - tocou meu cabelos soltos, colocando-os para trás - Explique para mim como vai convencer o cliente.

- Delvak, isso não me parece necessário. - Oliver repetiu.

- Escute, minha putinha. - suspirou no meu ouvido e eu percebi que era seu calor o que me causava os arrepios. Definitivamente, o seu calor - O idiota ali atrás quer saber se é necessário. É necessário que você fique nua me falando safadezas? É necessário que eu te foda?

- Sim. - eu respondi, gaguejando em saliva, antes mesmo que ele concluísse as frases que planejava.

- Viu, Oliver? - respondeu muito devagar - Temos definições diferentes de "necessário". - sibilou, libidinoso.

Quando o homem acaba de te chupar, ele lambe os lábios de um jeito único. Um jeito que mistura devassidão com sabor e prazer. Uma modo único de lamber os lábios que não é possível de replicar no dia a dia.

Ou era o que eu achava.

O modo como Delvak experimentava o lábio inferior me fazia supor que ele tinha acabado de levantar das minhas pernas, depois de me beber até saciar uma sede implacável que ele, claramente, sentia por todas as mulheres molhadas que já cruzaram seu caminho. E, por Deus, não deveriam ser poucas.

- Estou esperando. - avisou.

Seu toque no meu corpo era sóbrio.

Não apertava bundas ou peitos.

Nem sequer estômago ou coxas.

Apenas um toque denso e relaxado em minha cintura nua, fazendo minhas entranhas se aquecerem.

Algo erótico sempre presente em estar nua ao ser abraçada por um homem vestido. Uma sensação deliciosa de impotência que faz até mesmo a mais experiente das dominadoras sentir um calafrio que começa pela boceta e termina em todo lugar.

- Ouvi dizer que você precisa de companhia. - toquei sua gravata, ensaiando o que deveria dizer para Matzen.

- Muito genérico. - um tapa estalou na popa da minha bunda, fazendo-me tremer - Tente de novo.

- Por que está perdendo tempo com aquelas garotas quando sabe que vai voltar pra casa comigo? - gemi.

- Muito ensaiado - outro tapa, dessa vez mais forte - Você não está pegando um universitário em um bar, Yaya. Consegue fazer melhor que isso.

- Sven - Oliver pediu - Talvez se deixarmos...

- Shh, Oliver. Só assista e veja se consegue aprender algo, han?

O outro riu, ainda sentado, como se conhecesse bem demais o quanto Delvak consegue ser insuportável.

- Não vou precisar falar. - disse quando Delvak rebolou devagar raspando sua virilha no meu corpo. Minha boca secou - Posso conquistá-lo só com o olhar. Toques breves.

- Gosto da sua confiança. Mas não sei se acredito.

- Sei que posso! - prometi.

Ele me girou de costas, encaixando minha bunda em sua virilha. Uma de suas mãos estava em meu pescoço, enquanto seu braço ainda me mantinha presa pela cintura. Eu usava nada além do par de saltos e a convicção em minhas pernas começavam a fraquejar.

- Sabe do que eu mais gosto em BDSM? - ele não estava sussurrando. Ele não precisava sussurrar.

- Quando alguém te dá os tapas que você merece? - Oliver levantou para conseguir um ângulo de visão mais adequado para nos acompanhar.

- Ha-ha. Olhe pra ele, Yaya... está com inveja porque não entende necessidade como nós entendemos. - Delvak conseguia colocar um nível vergonhoso de erotismo na palavra "necessidade". Eu suspeitava que ele conseguiria colocar um nível vergonhoso de erotismo em qualquer palavra. - Não. Eu gosto dos tapas. - explicou para o amigo - Mas tem outra coisa que eu gosto mais. Quer tentar adivinhar? - ele escorregou o mindinho entre os lábios da minha vagina e eu gritei que "sim", rápido demais.

- Bon... bondage. - ofeguei. Ele parecia ser o tipo que gostaria de amarrar uma mulher.

- Não. - o tapa dessa vez foi mais suave, mas não foi na minha bunda. Sua palma estalou contra minha bocetinha me fazendo erguer uma das pernas como um animal. - Shh, shh. - empurrou minha coxa para baixo - Calma. Eu te conto. - seu dedo médio escorregou me penetrando sem aviso e meu estômago começou a convulsionar. Eu estava molhada, mas havia uma lubrificação adicional em sua mão. Sem dúvidas, o bendito gel que ele queria testar. - Controle de orgasmos. - explicou me massageando devagar. Sua lentidão era quase desesperadora - BDSM é uma questão de controle. E o que pode ser mais poderoso do que controlar o orgasmo do outro? Se você tem o prazer de outra pessoa em suas mãos. - girou os dedos devagar e eu senti um gemido se formando atrás da minha garganta - Então, ela te pertence.

Eu não sabia o que ele esperava de mim, mas eu estava a um toque no grelo de distância de começar a jurar que eu era dele.

- Olhe pra isso. - ele sorriu quando eu gemi baixinho - Está ouvindo, Natya? Um gemido natural! Oliver ali. - puxou meu queixo - Oliver achou que eu não conseguiria te dobrar, porque você é uma dominatrix profissional.

- Nunca disse isso. - cantarolou, desafiando a mentira de Delvak.

- Vamos mostrar pra ele como eu consigo te dobrar? - empurrou minhas costas, forçando meus peitos contra a mesa, arrebitando minha bunda sobre os saltos para que ficasse a sua disposição - Vamos mostrar pra ele como você gosta? - a ponta de seus dedos faziam cócegas logo abaixo da minha bunda, onde as coxas se unem para formar o sexo. - Mas vamos fazer assim. - sua gargalhada era preenchida de malícia - Você está proibida de gemer.

- O quê? - girei o rosto pressionado no tampo da mesa escura.

- Se você gemer, eu paro. - seu dedo entrou em mim mais um vez - Aqui, linda... isso, deixa eu entrar. - Dois dedos. Agarrei as bordas da mesa. - Sim, essa é a brincadeira. - prometeu - Eu te fodo, e você fica em silêncio. Se abrir a boca, eu paro. Combinado?

Ele girou aqueles dedos maravilhosos e eu temi que uma palavra, mesmo que de concordância, o afastasse. Apenas balancei a cabeça indicando que tinha entendido.

- Você entende rápido. - sorriu, ao dar um beijo em meu ombro - Oliver, viu como ela entende rápido? Adoro essa garota.

Seus dedos me abandonaram quando ele precisou das mãos para abrir as calças.

- Oliver, me passe uma daquelas camisinhas, sim?

Eu podia ver o professor Stow, voltando a se sentar, ao nosso lado, quando Delvak indicou as camisinhas do outro lado da mesa. Oliver balançou a cabeça como se tivesse preguiça de se esticar para buscá-las e, ao invés disso, pescou do próprio bolso uma tira escura de preservativos que ofereceu ao colega.

- E essas suas porcarias miúdas cabem em mim? - aceitou a tira oferecida.

- Ha-ha. - resmungou.

Atrás de mim, ele vestiu a própria ereção com destreza, antes de pressionar a glande contra minha entrada.

- Certo, Yaya. Agora, preste atenção.

Ele moveu o quadril se enterrando em mim, forçando-me a morder o lábio inferior.

Puta merda, eu tinha esquecido como ele era imenso. Entrou e entrou até ser impossível segurar o gemido. Mordi a língua e resisti bravamente para não deixar escapar qualquer som ou ele iria embora. Eu sei que iria.

- Oliver te ensinou tudo que poderia sobre sexo. - sua voz estava na minha orelha. Eu mal conseguia me concentrar em suas palavras com aquele pau imenso me rasgando, enquanto ele... ele falava como se me foder afetasse em nada sua concentração. - Ele te ensinou as técnicas, os toques, as palavras. Mas tem uma coisa que ele não ensinou. Não pode ter ensinado, porque não sabe.

- Ah, é mesmo? - Oliver resmungou.

- É mesmo. - mordiscou minha orelha e eu espremi os olhos com força - O principal segredo da sedução é algo que só eu sei.

- Oh, por favor, nos ensine. - Oliver reclamou fazendo Delvak parar e eu quis espancá-lo.

- Você quer tomar meu lugar? - ofereceu. Imaginei que Oliver calaria, mas ao invés disso levantou e veio experimentar minhas coxas.

- Não, estou curioso para saber aonde está indo.

- Hm. Faça silêncio e eu te deixo assistir.

- Assistir? Acho que vou precisar ajudar ou a moça nunca gozaria. - suas mãos me apertaram e eu bati a testa contra a mesa. Meus lábios tremiam enquanto meu corpo convulsionava.

- Uma guerreira. - Delvak continuou seu movimento, eu me retorcia para impedir o mínimo gemido. - Muito bem, Yaya. O segredo é ser surpreendente.

- Só isso?

- Cala a boca, Stow.

- Eu achei que ia ser algo mais emocionante.

- A simplicidade é emocionante. Você não nota porque não sabe foder direito.

- Hmhum.

- É muito fácil aceitar sexo no Negligê ou no quarto de um cliente, Yaya. Mas é diferente de receber sexo na sala do chefe ou em uma festa normal. Entendeu? - eu não sabia se deveria responder, mas ele tinha um gingado no quadril, me fodendo com uma paciência imaculada e eu achei melhor ficar quieta. Delvak enfiou os dedos pelos meus cabelos, penteando-os em um rabo de cavalo que enrolou em uma das mãos. - Você precisa levar sexo ao Matzen onde ele não espera. - seus lábios quentes umedecendo minha nuca. Arrepios. Tantos arrepios. A mão de Oliver desistiu de experimentar minhas pernas e subiu até onde o pau de Delvak me invadia. Testando meu clitóris com toques descontraídos. Eu não ia conseguir controlar o gemido. - Faça Matzen desejar o orgasmo em um ambiente que ele nunca esperaria pensar nisso. E então, frustre-o. A frustração é o que passa a mensagem mais clara: "seu orgasmo me pertence". Aí você o tem.

Eu estava rebolando.

Se para o pau de Delvak ou a mão de Stow, eu não sabia.

Eu não me importava.

Mas eles eram lentos. Os dois.

De propósito. Uma provocação.

E eu precisava de mais.

Oh, por favor. Mais. Só um pouco mais.

Um beliscão pinçou minha nádega direita com brutalidade.

- Quem te mandou rebolar?

Mas eu não consegui parar. Delvak precisou abandonar minha cintura para segurar minha bunda e impedir que me quadril se movesse loucamente de encontro ao seu cacete. Eu senti a camada de suor se formando sobre minha pele. Esfriando minha inquietude febril.

- E você achou que ela não ia gozar. - Delvak suspirou, agarrado às minhas ancas. Se enfiou e se retirou de mim, bem devagar, como que para provar um ponto. Como que repetindo que ele estava certo: era dono do meu orgasmo, então era meu dono.

- Achei que ela não ia gozar porque você já partiu direto pra penetração ao invés de lhe garantir alguma preliminar.

- Penetração não é o ápice de prazer das mulheres, Oliver. - as mãos enfiadas como garras em meus quadris se moveram, dedos se alongando, até me libertar - Então, eu uso penetração como preliminar. Depois eu dou toda a atenção para o seu clitóris.

- Essa ideia é uma merda.

- Comigo funciona todas as vezes.

- Nunca vi isso funcionar melhor que que o jeito tradicional. - Oliver acariciava meus pentelhos, fazendo de minha virilha um pequeno bichinho de estimação, acuado, sob seu controle.

- Isso é porque você não está fazendo direito. - Delvak empurrou sua mão para mostrar onde eu deveria ser tocada.

- Basta estimular o clitóris durante a penetração também, idiota.

Eles competiam pelo toque ao meu grelinho e minha transpiração se intensificou. Gotas engordando em minhas sobrancelhas, escorregando pelo meu rosto até pintar a mesa escura, com baques suaves de impacto que eu só conseguia escutar porque um de meus ouvidos estava colado na madeira.

- Bem, eu comecei com penetração e não escuto Yaya reclamando. Está achando ruim, Yaya? - riu.

Eu mordi os lábios para não gritar.

Não conseguia mais respirar. Toda minha escassa concentração dedicava-se a não gemer.

Não gritar.

Não emitir qualquer som.

Ou eles parariam. E eu me odiaria por ter sido fraca.

Dentro de mim algo latejou.

Diferente.

Inusitado.

Certo... o que é isso agora?

- Vamos testar isso também, então. - Delvak convidou - Fazemos uma seleção de modelos. Você faz do seu jeito, eu faço do meu. - minha virilha tremia por dentro, como se todo o pau de Delvak estivesse coberto por uma capa de vibração - E a gente vê quem faz mais mulheres gozar, mais depressa, combin... Ei, o que houve?

Meu corpo oscilou tentando encontrar uma posição mais confortável, uma que me propiciasse maior alívio, apenas para descobrir que ela não existia. Minha vísceras ferviam em desejo não atendido, como se a razão da minha excitação viesse não mais de caralhos que me invadiam antes ou depois das preliminares, mas sim de dentro. Minha angústia sexual se traduzia em tremores violentos, e sua fonte estava dentro de minha própria carne. Um desejo libertino que nascia em mim mesma e ali se condensava.

Eu não sabia o que estava acontecendo, mas não quis perguntar. Os movimentos de Delvak, por mais irritantemente lentos que fossem, era a única coisa que ainda aplacava o meu desespero por atrito.

Quis implorar.

Quis chorar.

E puta merda, como eu quis gemer.

Gemidos afogavam-se em minha garganta enquanto eu sentia seu movimento me invadir, encontrando meus lábios fechados, desfazendo-se em tosse e convulsões.

- Deixe-a a gemer, Sven.

- Não. Ainda não. Mas eu te ajudo. - ele tapou minha boca com violência e, sua mão em meus cabelos segurava o rabo de cavalo firme como uma coleira, forçando minha cabeça para o alto mais uma vez.

E foi aí que ele me fodeu.

Me comendo de quatro sobre sua mesa, agarrado aos meus cabelos como se eu fosse uma cachorra na coleira. E foi exatamente assim que arfei: como uma cachorra. Sentindo o suor pesar na minha pele aquecida e avermelhada, aflita por um alívio que nunca parecia chegar. Meus peitos balançando no ar frio de sua sala.

- Devia ter começado com preliminares. - Oliver avisou - Muito mais difícil fazê-la gozar assim.

- Quem gosta de coisa fácil é você. - sua língua estava nas minhas costas, uma lambida áspera na minha nuca e eu senti que começaria a gozar em qualquer instante - Além do mais, mulheres sempre gozam assim.

- Sabe... - a voz feminina me atingiu de surpresa - "Sempre" e "nunca" não são boas palavras para se usar em sexo.

Arrisquei abrir os olhos e vi a professora Strome parada ao nosso lado, atrás de Oliver.

Havia lágrimas em meus olhos e eu não me demorei observando os trejeitos imperiais que ela sempre portava. A mulher deveria ter sido uma rainha na encarnação anterior. Alguma realeza egípcia a quem os homens adoravam como se fosse uma deusa. Seu espírito estava acostumado a ser venerado e seu porte deixava isso eternamente evidente.

Mas Delvak se enterrou uma última vez em mim antes de reduzir a velocidade, arrancando-me do meu clímax antes que eu pudesse saboreá-lo.

Entreabri os lábios para sugar mais ar, mas no cuidado para não deixar escapar um gemido, deixei escapar apenas saliva. Babando sobre a mesa escura em um claro sinal de desejo incapaz de se desfazer.

Quanto mais se aproxima do orgasmo, mais nosso corpo se torna traiçoeiro. Não se pode mais confiar nas pernas. Não se pode mais confiar nos pulmões. Não se pode mais confiar nos quadris. Não se pode mais confiar nos olhos.

E nunca se pode confiar na boca.

Ela é a mais perversa das traidoras. Exibindo sorrisos, gemidos, mordidas e lambidas que entregam exatamente o nível de nosso tesão.

Mas a pior de todas as demonstrações, a mais vil e falsa, é a saliva.

Quando se perde o controle sobre a saliva, é certo que seu corpo desistiu.

Está entregue a quem o possui e não tem mais qualquer pudor em esconder essa verdade.

Eu salivei pela mesa do presidente da Willex quando sua namorada - ou seja lá o que ela fosse - nos encontrou.

Pelo nosso último encontro, eu podia apenas imaginar como o relacionamento dos dois não deveria ser... ela sabia que o namorado passou o fim de semana fodendo uma prostituta bem treinada e, não apenas não parecia se incomodar, parecia fazer parte do plano.

"Relacionamento aberto" não devia nem começar a descrever o que devia se passar entre aqueles dois.

Mas eu tinha o rabo para o ar e um cacete comprometido enfiado em uma boceta que parecia coçar de uma insuportável alergia interna. Eram estímulos demais para que eu conseguisse me ocupar em convenções sociais.

- Mulheres são diferentes. - Lexa Strome avisou, em toda sua elegância - Já está meio tarde para vocês dois aprenderem isso, não?

- Mas se você tivesse que escolher. - Oliver pediu - Preferia preliminar antes ou depois?

Delvak me fodia devagar.

Mais devagar do que jamais tinha fodido até então.

Como se sua atenção tivesse lhe escapado completamente.

Mas suas mãos permaneciam no meu corpo. Puxando meus cabelos para expor o balançar calmo dos meus seios. Descendo pelo meu estômago para experimentar o princípio dos meus pelos púbicos.

- Se eu pudesse escolher, gostaria que vocês soubessem encontrar o ponto G sem dificuldades.

- Hm. - Delvak gemeu atrás de mim - Bem aqui.

E então ele estocou seu pau com uma brutalidade desnecessária. Atingiu um ponto sensível dentro de mim, fazendo com que minha boca se arreganhasse em uma explosão de saliva e um gemido que, por milagre, eu sufoquei.

Ele repetiu, embora com menor intensidade, apenas para deixar claro que sabia onde estava.

- Não acho que atingiu. Mas deve ter chegado perto. - Lexa avisou, com tédio na voz - Aqui, deixe-me tentar.

Ela lambeu os próprios dedos antes de afastar Delvak de mim com um tapa.

Mal sua encorpada ereção me abandonou e eu senti os dedos longo me tomarem.

Ela raspou por dentro da minha vagina com autoridade de quem sabia exatamente o que estava buscando e eu senti o pau de Delvak entre as bandas de minha bunda nua. Agora era ele quem trepava o ar como um animal, seu autocontrole dissipando-se diante da mera proximidade de Lexa.

A mulher devia ter uma coleira poderosa ao redor do seu pau... E o que ela precisou fazer para adestrar a selvageria daquele caralho era algo que merecia ser estudado. Mas ali estava Delvak, quieto como um gatinho manso, fodendo as bochechas do meu cu em respeitoso silêncio, esperando sua vez.

Ela encontrou o ponto dentro de mim com uma facilidade incrivelmente maior que de Delvak. E com uma precisão digna de aplausos. O homem atrás de mim trepava na minha bunda, perdendo o controle. A mão que não prendia meus cabelos agarrou meus peitos, com uma potência tal que me garantiu sua certa intenção de arrancar uma porção de carne. Seus dentes encontraram meu ombro e eu fechei os olhos.

Lexa massageou uma parte de mim que nunca antes tinha recebido tão meticuloso cuidado e uma vibração se espalhou por baixo de minha pele. Uma sensação poderosa de formigamento que só nos atinge quando é muito intensa a fraqueza ou o tesão. No meu caso, ambos.

Eu não sentia mais minhas mãos ou pés. Minhas pernas tremiam e minha bunda assava rapidamente com o atrito contínuo e implacável. Sven soprou ar frio contra minha coluna e então foi demais pra mim. O gemido veio poderoso, atravessando-me apesar dos meus lábios bem fechados, escapando do meu corpo como se fugisse de mim através da pele.

- Deliciosa. - Sven encheu a boca com seu elogio e eu o imaginei babando. Se por mim ou por ela, eu não saberia dizer.

- Parece que Lexa a fez gemer e você não, Sven. - Oliver gargalhou.

- Concorrência injusta. - gemeu, ele também entalando em saliva.

- Me mostra onde fica? - Oliver pediu para Lexa, cheio de dengo. Eu tinha certeza que ele não precisava de ajuda. Sven tinha certeza que ele não precisava de ajuda. Lexa tinha certeza que ele não precisava de ajuda. Os três se entreolharam em uma safadeza que não deveria ser frequentemente permitida a alguém de fora do seu grupinho e eu me senti honrada.

Ou teria me sentido se não estivesse beirando as imediações de um desmaio. Eu precisava gozar logo, ou morreria.

Convulsionaria até morrer.

Mas Sven não me permitir ultrapassar a barreira. Sempre alternando as velocidades nos momentos errados como se me punisse.

- Oh, bem aqui. Me ajuda? - ela gemeu para Sven lhe oferecendo os dedos, que ele prontamente enfiou na boca, guloso. Lambendo-os e molhando-os. - Obrigada. - sorriu e se retirou para perto de Oliver.

Delvak encontrou a entrada da minha boceta mais uma vez e se enfiou, nervoso.

Não era mais como antes. Não era uma dança sacana apenas para o meu benefício enquanto ele conseguia seguir sua reunião como se nada estivesse acontecendo. Agora, ele estava ali. Comigo. Com ela. Agora, ele estava fodendo de verdade.

Lexa experimentou os dedos de Oliver na boca e eu respirei fundo para tentar assistir.

Uma rainha. Uma rainha forçando seu súdito a lhe servir.

Eu estava errada. Minha pretensão de vida não era ser sensual como Delvak.

Era ser sensual como ela.

Chupou e lambeu os dedos em sua boca antes de sentar-se na mesa, abrindo as pernas apenas o suficiente pra lhe dar passagem.

- Oliver, traga-a até aqui. - Delvak rugiu, aflito.

Mas seu colega apenas lhe devolveu um sorriso ao aceitar o toque de Lexa.

Eu ouvia o impacto de sua virilha contra minha bunda ficando mais acentuado a medida que ele me comia mais fundo e mais colérico.

- Não. - Lexa suspirou. Agora, era ela quem parecia inabalável diante dos eventos - Você fode aí. - decidiu e Oliver se deixou conduzir.

Delvak me puxou pelos cabelos com força, erguendo-me contra seu ombro. Meus peitos sacudiam incontroláveis enquanto meu corpo recebia suas estocadas furiosas. Seus braços eram largos e fortes de modo que, quando me abraçava, era como se tocasse meu corpo inteiro ao mesmo tempo. Estava em meus seios, em meu estômago, em meus ombros. Envolvida pelo seu toque, penetrada por sua impaciência.

Eu abandonei minhas instruções e gemia como a boa puta que sempre fui. Ele não pareceu se importar. Lexa tomou a mão de Oliver e introduziu um de seus próprios dedos na boceta, junto com um dos dele. Ensinando-o a encontrar o ponto exato dentro dela.

- Bem... aí. - gemeu baixinho.

Eu gemia bem.

Mas ela gemia melhor.

A boca entreaberta, sugando o ar aos poucos, agarrando-se aos ombros de Oliver enquanto ele explorava com dedicação o ponto que ela tinha lhe mostrado.

- Assim. - instruiu.

- Oliver... - Sven parecia perder a sanidade - Traga ela até aqui.

Stow se demorou, dedilhando Lexa até sua cabeça pender no pescoço.

Delvak agarrou minhas coxas e me castigou pela desobediência de seus amigos.

- Oliver... - Delvak rosnou e seu colega finalmente riu, abandonando o corpo feminino que tocava.

- Não. - Lexa tomou seu casaco nas mãos, mantendo-o firme - Ele acha que manda. - ela explicou para Oliver - Mas está errado. Eu mando.

Ele deu de ombros para Sven e se colocou de joelhos entre as pernas dela, engolindo-a com a boca.

Eu esperei que ela gemesse alto e estridente, provocando revoltas e tremores de descontrole em Delvak. Mas ela não gemeu.

Ela não emitiu qualquer som.

Ela não lhe dedicou qualquer atenção.

Ao invés disso, apenas se permitiu cair sobre a mesa, ainda completamente vestida, recebendo um glorioso boquete, com a cabeça de Oliver enfiada entre suas pernas.

Havia prazer em seu semblante, mas não um prazer evidente de provocação. Apenas um prazer genuíno.

Ela aproveitava o momento para si e Delvak que se fodesse, ou me fodesse, ou fodesse Oliver.

Qualquer um, menos ela.

Ela não poderia ser fodida por ele. Não ali. Não agora.

Agora, ela decidiu ser fodida por Oliver.

E rainhas só são fodidas por quem selecionam.

Eu ia gozar.

Ia atingir minha crise assistindo Lexa atingir a sua.

Mas ele me abandonou.

A rigidez que me preenchia se foi, largando-me em fraqueza e frustração.

- Sai. - disse para Oliver.

Lexa deixou os sapatos escorregarem, apoiando os pés sobre os ombros de Oliver, negando o interesse de Sven.

- Me mostra onde está? - implorou, mudando de estratégia - O ponto. - ele arfava, em pânico - Não sei onde fica. Me mostra?

- Depois. - ela respondeu longamente - Agora, você pode assistir, se quiser.

E foi isso que ele fez.

Assistiu.

Duro e de pé.

Esperando que ela terminasse de gozar na boca de seu colega.

E ela gozou sem pudores ou modéstia.

Minha respiração encontrou seu compasso e o ardor febril abandonou minha pele, aos poucos.

Mas eu ainda estava violentamente frustrada.

Controle de orgasmo.

Foi uma lição importante. Uma que, com alguma sorte, eu conseguiria aplicar em Matzen.

Oliver lambeu os restos de Lexa em seus lábios e sorriu para Delvak, dando de ombros.

- Minha vez? - ele se aproximou, com um sorriso irritado de quem não acredita que a mulher iria lhe fazer esperar.

Ela tocou seu pau com as pontas dos dedos e ele fechou os olhos. Seu quadril se moveu sozinho, mas ela apenas o guardou de volta na cueca, fechando as calças, como pode, dado o empecilho causado pelo volume.

- Eu disse "depois". - piscou um olho para ele.

Delvak a agarrou pelo pescoço e beijou sua boca com uma volúpia que eu nunca o tinha visto demonstrar. Sempre controlado e comedido. A insanidade apenas o acometia quando ela estava por perto.

- Como faz isso? - sussurrei.

- Controle de orgasmos está relacionado a velocidade. - Delvak me explicou, se ajeitando nas calças - É isso que precisa fazer com...

- Não estava falando com você. - expliquei, indicando Lexa.

Ela sorriu.

Delvak abriu um meio sorriso de indignação e eu vi seus ombros caírem quando Oliver explodiu em gargalhadas.

- Como consegue controlar um homem... assim... com tanta facilidade?

- O que eles te disseram? - ela cruzou as pernas, sem descer da mesa.

- Controle de orgasmos, surpreender o cliente, seduzi-lo...

- E você acha tudo isso bobagem?

- Bem... - torci o nariz sem querer ofender meus chefes.

Ela riu.

- São bobagens. - aceitou - Bobagens de garotos.

- Então o quê? - pedi, me aproximando.

- Oh, querida. É a coisa mais simples. - Delvak e Oliver a ajudaram a descer da mesa, recolocando seus saltos - Se você quer que um homem poderoso te queira desesperadamente, basta lhe dizer que ele não pode.

Ela deu dois tapinhas em uma das bochechas de Oliver e um beijo casto na outra.

Passei a mão pelos meus cabelos.

Impecáveis.

Mais penteados do que estavam antes.

Talvez eu estivesse enganada.

Talvez os cabelos não fossem o melhor indício que uma mulher foi bem fodida.

Talvez dominar um homem forte fosse mais simples do que eu imaginava.

Talvez sexo fosse uma coisa fluida com segredos que nunca seriam plenamente descobertos.

Talvez.

Mas diante de tantas dúvidas, apenas uma certeza permanecia:

Era ela.

Eu queria ser como ela.

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