Something About Ocean [DEGUST...

De Ami_ideas

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[Duologia] "Discreto e sério, Ocean Sky é o presidente da maior companhia de Gás do país. Um homem arrogante... Mai multe

Prólogo
1. Meu Nome é Amelie
2. Minha Mãe é Linda!
3. O Agasalho do vovô
4. Jones = Confusão
5. Projeto Bronx (Área 31)
6. Porque Ela Dança Comigo (Bónus)
7. Damn Sexy!
9. Bruna VS. Liam
10. Muito Mais Do Que Isso...
11. Sensações Incompreendidas
12. A Sorveteria do Parque das Vitórias
13. Surpresas da Vida
14.As Cores em Mim
15. As Cores Em Mim (Não Foi Sua Culpa)
16. Uma Descoberta. Uma Curiosidade e Um segredo
17. Um encontro Diferente
18. Em Busca do Equilíbrio
19. Diz Que Me Quer
20. Heaven Sky
Aviso
21. Bónus (Assessoria de Imprensa)
22. Cada Jones Com Seu Par
23. Flores Para Você
24. Confrontos
25. O Aniversário de Walter
26. I Put A Spell On You
27. Conversas Amistosas (?)
28. Conversas Amistosas (?) Parte 2
29. Medo de Amar
30. Uma Noite Longa
31. Ajustes de Contas
32. Something About Ocean
33. Amizade Inquebrável
34. Prelúdio de Felicidade
35. Erro Fatal (Final)
Considerações da Autora
Epílogo " Uma Gota no Oceano "
Já Na Amazon
Coração Ferido
Votação Melhores do Ano
DISPONÍVEL NA AMAZON!

8. Bónus (Por baixo das roupas)

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De Ami_ideas

Hoje as Oceanettes do meu grupo no WhatsApp lançaram campanha pedindo Bónus de Ocean, com direito a pedido no Facebook e gostos na Publicação. Se esforçaram muito então este capítulo é merecedor.

Mais uma vez saltando a parte da Bruna e deixando um Bónus do casal principal.

Não consegui corrigir o Capítulo peço perdão mas amanhã faço isso. Me doi a coluna coluna e preciso me deitar. Um beijo e boa leitura!

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Explicar que nunca tinha viajado de avião lhe pareceu um pouco ridículo, vendo a calmaria do homem à sua frente, e o pior de tudo era que a primeira experiência seria num jato privado e de luxo, que ficava reservado numa área do aeroporto junto de outros aviões com o nome Sky e o emblema da GaSky.

Quando Amelie analisava o seu chefe, conseguia verificar que era um homem rico e sofisticado, mas poucas vezes conseguia palpar a real dimensão da sua fortuna, e ficou se imaginando em que lugar da Forbes ele ocuparia na lista dos mais ricos. Como um homem tão inacessível, podia estar na sua frente com aquela cara de normal, com os olhos fixos no computador.

- Está tudo bem? - A aeromoça usava um conjunto azul-escuro, com um laço vermelho no pescoço e um pequeno chapéu redondo no topo da cabeça cujos cabelos estavam bem presos.

- Eu acho que sim. - Foi sincera na resposta, até porque não podia reclamar. O jato mais parecia uma pequena sala de estar de luxo, com cadeiras de couro brancas, mesas fixas e uma carpete creme. Tinha ecrãs com canais infinitos, revistas de variados estilos e uma cozinha com tudo o que se podia querer comer ou beber. - Um pouco nervosa.

- Quer algum calmante? Uma bebida? - Sugeriu a moça, era magra e alta com um sorriso que parecia ter sido agrafado no meio do rosto.

- Traga-lhe um Krug Clos d'Ambonnay, e por favor se retire pois preciso trabalhar em silêncio. - Não foi um pedido apesar de ter usado um irónico por favor, e continuou de cenho unido a digitar com pressa diante do seu MacBook Pro-24 Quilates, todo preto.

Amelie tentou repetir o nome pronunciado, mas ignorou logo a seguir pois sequer se dera tempo de o ouvir direito, não que fosse burra, afinal falava quatro línguas diferentes e em breve iria seguir com o seu mestrado, mas ainda tinha muita coisa que descobrira apenas ao adentrar no mundo de Sky. Suas irmãs sempre sugeriram para que ela vivesse mais, e aproveitasse a vida direito, uma vez que ganhava bem e podia desfrutar de bons prazeres, o problema era que ela tinha-se fechado numa concha que significava apenas a busca pelo conhecimento e sucesso.

- Aqui está. Qualquer coisa que precisar pode apertar o botão. - A aeromoça lhe entregou uma taça de champanhe borbulhante, saindo logo em seguida sem se atrever a chegar perto do homem mal-humorado.

A secretária só tivera uma noite para se preparar, despedir do filho cujo coração minguava quando estava distante, e falar com Bruna. Sequer dormira direito, nervosa com a viagem e com o propósito da mesma, sem contar que teve que rever o Projeto Bronx com atenção, avaliando a proposta da GaSky e criar protocolos os quais eram verificados pelo chefe naquele exato momento. Se lembrou da entrevista quando Ocean avisou que deveria estar disponível a qualquer altura e que não teria vida própria a não ser trabalhar para ele. Mesmo assim não conseguia deixar de se perguntar que tipo de homem dispensava a namorada em pleno sábado de sol, para se fechar num escritório apenas preocupado com sua empresa? Tinha algo de errado, Amelie podia jurar, só de ver o cabelo tão bem arranjado como se tivesse sido medido por régua e compasso, a barba sempre bem aparada e o sobrolho grosso que acentuava as suas feições inquisitivas. A roupa sempre impecável, tinha um brilho próprio que emanava do corpo musculado. Que tempo tinha de ir ao ginásio? E toda limpeza e arrumação ao seu redor era estritamente verificada, desde o copo limpo, água mineral até guardanapos de pano que não podiam ser repetidos. Maniento, se fosse pobre seria bem diferente!

Bebeu um gole e tentou sentir o sabor daquilo, as bolhas pareceram explodir na sua boca. Chegou a conclusão que era o tipo de bebida que as pessoas deveriam aprender ou que estavam acostumadas, porque podia jurar que uma cerveja era melhor e bem mais fresca.

O capitão avisou que iriam descolar, e o coração de Jones escorregou para o joelho deixando um vazio no peito. Colocaram os cintos e se ajeitaram nas cadeiras, um de frente para o outro.

- Eu vi os seus protocolos. - Ele estava sereno, como se acabasse de acordar e tivesse ido se espreguiçar no jardim de sua casa.

Amelie pousou a taça no lugar próprio, e apertou os braços da cadeira luxuosa com força, tentando disfarçar o medo assim que o jato começou a deslizar pela pista. Nem um sorriso falso lhe escapou dos lábios, mas aguardou o chefe continuar a falar. Isso não aconteceu.

- O que achou deles, senhor Sky? - Apertou os olhos quando se deu conta de que pareceram ganhar velocidade, e depois subiram em direção aos céus. Reprimiu um grito ao sentir como se um cubo de gelo tivesse caído no seu estômago e a sensação do sangue ter ido se alojar nos seus pés.

- São bons. - Ocean a olhou de esguelha, e estreitou os olhos da cor do oceano e do céu, ao ver a expressão da secretária que parecia ter sido arrancada os intestinos.

Ela levou a taça com a mão trémula assim que sentiu o avião se estabilizar no ar, e bebeu desta vez com todo o gosto possível, para só depois se empolgar pela resposta obtida.

- Obrigada, senhor Sky. - Sorriu com orgulho.

- Mas não é o suficiente. - Cortou a breve alegria dela, encarando a janela e as nuvens brancas no infinito céu azul. - Imagina que vários iguais tenham sido elaborados para a apresentação, temos que ter uma vantagem.

- Uma vantagem? - Se recompôs ciente dele a ter visto aterrorizada.

- Algo que os faça desistir da OilGas por completo. Uma mancha da empresa. - Colocou a mão no queixo, e deixou a interpretação rolar no ar.

Aquela hipótese veio como uma bomba para Jones, se apercebendo de imediato o que o presidente da GaSky queria que fizesse. Não estava ali por conta de sua competência, mas sim por saber da fraude cometida pela antiga empresa onde trabalhava.

- Quer que eu...?

- Os negócios não são um conto de fadas, Amelie. Existe muita coisa envolvida, e apesar de a nossa empresa ser a melhor, sempre irão comprar projetos. Eu nunca pagaria por isso, mas apenas falar sobre o quão bom somos não adianta. - Fez uma pausa com o seu ar sério. - Uma coisa é você comprar os investidores, e outra é eles saber que depois poderão ser roubados.

Amelie baixou os olhos para esconder a deceção. Aquela viagem era a sua esperança de se elevar num patamar maior para negociações, e providenciar contratos e abusar da sua habilidade para convencer. Era para isso que tinha estudado, e não para revelar podres da concorrente.

- Não precisa falar muito. Iremos ao jantar no salão do hotel e certamente estaremos com os responsáveis em alguma conversa. Apenas se lamente sobre a razão de sua saída da OilGas, e será suficiente. - Concluiu sem deixar margens para questionamentos, e ao verificar o sinal verde no painel do jato, voltou a abrir o seu computador portátil.

***

A ilha de Santa Maria ficava a duas horas da cidade. Era bonita com um mar azul e areia branca. Era possível ver várias embarcações turísticas e luxuosas, assim como instâncias, jeeps e motos de tração. O maior e único hotel era a maior edificação do lugar, com um formato circular e todo pintado de um amarelo que se enquadrava junto do brilho solar. Gaivotas sobrevoavam os céus, e várias barracas montadas no mercado organizado vendiam preciosidades locais, era óbvio que aquela ilha era de longe um lugar para negócios que precisassem de formalidades tal como aquele, e pela sua clareza paradisíaca, revelava a forma prática pela qual os responsáveis pretendiam lidar com o Projeto.

O quarto era moderno, com uma cama grande cheio de almofadas brancas e edredons macios, e uma porta que dava ao banheiro e uma varanda com a vista para o mar. A geladeira estava recheada com doces e bebidas frescas. E ainda atordoada pelo primeiro voo de sua vida, decidiu tomar um banho na bela banheira com hidromassagem e relaxar um pouco os seus músculos. Era um domingo de sol, mas não sabia se podia vestir um biquíni e ir se deitar na areia da praia, ou se devia trabalhar em alguma coisa.

O celular tocou e viu o número privado em sua tela.

- Alô?

- Sim, Amelie. Pode aproveitar a tarde e pedir o que quiser comer na receção, nos encontraremos apenas as dezanove horas no corredor. Passe bem.

Até ia responder mas a ligação tinha sido cortada! Olhou para o relógio e ainda eram onze da manhã, o que queria dizer que ia ficar sozinha praticamente o dia inteiro. O que pensava? Que Sky ia-lhe fazer companhia e apresentar a ilha para ela? Riu da própria ideia e decidiu se preparar para ir a praia. O biquíni era roxo e verde, e optou por uns chinelos amarelos e um grande chapéu de palha, levou uma toalha e algumas revistas encontradas no quarto, junto do telefone.

Lá fora estava quente, e havia muito movimento de famílias em turismo e também dos residentes na ilha. Amelie parou para comprar uns óculos escuros grandes com as pontas bicudas, e alguns colares coloridos e pulseiras de conchas, e só depois foi para praia. Aproveitou para ligar para as irmãs, falou com o filho e com Walter por meia hora pois tinham muitas novidades para contar. Quando terminou, estava sozinha mais uma vez. Se ressentiu.

- Ei! - Uma voz masculina a chamou, e fez com que se virasse de barriga para cima para poder encarar o dono da voz. - Eu conheço você!

- Não... creio. - Amelie analisou-o com atenção, tinha uma estatura mediana e o cabelo ondulado, não era magro e sua massa não era tão definida. Os olhos eram castanhos-escuros, e tinha um sorriso encantador que formava covinhas nas bochechas.

- Eu sou o Alan. Você não é a secretária do diabo? - Enterrou a prancha dele na areia, e passou a mão pelos cabelos molhados. - Sou seu colega, assistente da Malvina.

- Er... olá. - Ergueu o corpo e se sentou dobrando os joelhos, meio sem graça. A verdade é que era a primeira a chegar e a última a sair da empresa, muito pouco conhecia as centenas de trabalhadores. - Desculpe eu...

- Ainda és nova, vais ter muito tempo para conhecer toda gente. - Compreendeu de imediato e se agachou diante dela. - A cena da camisola colorida foi hilária, nunca ninguém fez aquilo.

- Er... - Ficou sem saber o que dizer. - Obrigada?

Alan riu mostrando os dentes brancos contra a pele bronzeada.

- Veio a trabalho? O chefe me mandou para averiguar os potenciais investidores e descobrir informações.

- Estou aqui com ele. Aposto que viemos complementar o seu trabalho. - Conseguiu ser simpática. - A parte boa é desfrutar desta visão.

- Pode crer. - Allan parecia empolgado em encontrar alguém. - Quer ir beber alguma coisa?

Ela olhou para os lados, sem saber ao certo mas acabou por concordar. Nunca era de mais, e assim acabou por passar uma tarde agradável falando mais da empresa e descobrindo coisas sobre colegas que nunca tinha visto. Eram quase seis da noite quando voltou para o quarto, um pouco leve por conta dos cocktails com álcool e viu uma caixa quadrada em cima da cama com um laço prateado. Encontrou o bilhete e o nome de Sky assinado, e com curiosidade a abriu, tirando de lá um vestido de cetim vermelho e longo, com um decote em forma de coração.

Jones deveria ter ficado contente com o presente mas estava claro a mensagem direta por trás dele. Voltou a esquecer a tarde divertida, se sentindo mais uma vez triste, e foi tomar um banho para se preparar, arrumar o cabelo e fazer uma maquilhagem básica, tirando o batom vermelho vivo.

Andou as voltas pelo quarto, olhando para o vestido muito bonito e sensual, e pensando em como não achava uma boa ideia vesti-lo. Respirou fundo sabendo que o chefe iria matá-la, mas decidiu pela roupa que trouxera de casa: Um vestido verde e com folhos suaves, amarou um lenço deixando o cabelo como um tufo na parte de cima, e usou uns sapatos rosas não muito altos. Carregou a caixa de presente e saiu a passos largos até a porta de Ocean, o aguardando do lado de fora.

Quinze minutos depois e nada deste aparecer como se tivesse adivinhado sua afronta por usar o que mais lhe convinha, e ela acabou por se decidir a bater na porta. Demorou para ele abrir, tinha os olhos semicerrados e um ar confuso.

- Amelie. Estou atrasado? - Perguntou adentrando para o quarto e cambaleou.

- Está tudo bem? - Fechou a porta apreciando a grande suíte com direito a sala de estar e jacúzi na varanda. Era óbvio que não estava tudo bem só pela pergunta que Sky lhe fizera de início.

- Fui tomar banho, vesti e... acordei com você batendo na porta. - Usava uma camisa branca e calças cinzentas, o casaco estava pendurado no cabideiro. Sentou-se na cama para calçar os sapatos e caiu de joelhos.

- Senhor Sky! - Ela correu em seu amparo, gravemente preocupada e tentou ajuda-lo.

- Não me toque! - Rosnou, levantando o rosto corado e franziu ao encarar a secretária. - Que roupa é essa?

- Acho melhor o senhor se deitar. - Aconselhou vendo como tinha os lábios secos, e o rosto vermelho. Levou a mão a testa dele e encontrou um vulcão em ebulição. - O senhor não passa bem. Vou pedir que tragam um médico.

- Não. Não. - Ele engoliu em seco, tremia e tentava manter os olhos abertos. - Tomei um paracetamol e vou ficar melhor.

- O Senhor precisa descansar. Não está em condições de deixar este quarto.

- E a reunião? Preciso falar com os investidores Amelie, não posso...

- Eu falo. - Cortou e se afastou para arranjar a almofada indicando que se deitasse.

- Isso é sério, um negócio de milhões de dólares. Não teria nenhum crédito e a minha presença é imprescindível. - Fez uma careta e levou a mão ao estômago, mostrando dor em seu rosto.

- Deite-se. Eu só tenho que fazer que eles saibam que a concorrente é fraudulenta, lembra? Isso não será difícil lhe garanto. - Recordou com firmeza, e viu o olhar de lado que o presidente da GaSky lhe deitou.

- Não precisa chamar nenhum médico, vou descansar um pouco e fico bem. - Virou-se de lado e lhe deu as costas.

- Vou levar o seu cartão magnético e volto para ver como está. - Alertou mas sem resposta, apenas levou a chave eletrónica em cima do criado mudo, e apagou as luzes do lugar fechando a porta.

Seu coração bateu a mil por hora enquanto andava até ao elevador, se perguntava como ia encarar peixes graúdos e lhes convencer de que o Projeto Bronx deveria ser entregue à GaSky? Sentiu um frio na barriga ao chegar no térreo, e seguir para o principal salão ainda meio desnorteada.

- Alan? - Correu até ele que estava a beber um copo com um líquido cor de âmbar que mais parecia uísque. - Que bom que o encontrei.

Este estava diferente sem as roupas de praia, o cabelo seco mostrava uma tonalidade de um dourado muito escuro, e as roupas sociais lhe conferiam uma postura mais séria.

- O que se passa?

- O Senhor Sky não passa bem, e temos um encontro com três dos grandes investidores. - Coçou a testa e olhou dentro dos olhos do colega. - Se conseguirmos isso, há muita chances de uma promoção salarial e nosso nome na boca dos demais.

- Isso é...

- Impossível? - Jones sorriu. - Venha.

O salão era oval, com uma gigante claraboia a ocupar a maior parte do alto do teto e exibindo a noite nublada. Lá dentro era tudo requintado, com mesas com flores iluminadas e variadas mesas de bufê para todos os gostos. Os dois colegas foram encaminhados para a mesa onde três homens de idade se encontravam, um deles era o Presidente da Câmara Municipal da cidade, e o outro o Assessor do Ministro do meio Ambiente, o terceiro estava ligado a Engenharia Petrolífera junto do departamento presidencial do país.

- Boa noite. Alan Newman e a senhorita Amelie Jones. - Tratou de se introduzir. - Somos colaboradores da GaSky.

- E o Sky? - O primeiro perguntou, tinha bigode e poucos fios de cabelo e sua pele era escura.

- O senhor Sky não está bem de saúde, e é grave pois nunca falha a uma reunião, ainda mais de tamanha importância, o que só comprova o seu nível de debilitação. - Justificou Amelie com bons modos. - Sou a sua Secretária e este senhor é o nosso Financeiro.

Alan olhou para ela sem compreender, mas ficou calado compactuando com o que dizia, embora soubesse que era mentira.

- Mande as melhoras para ele, e tenham uma boa noite. - O Deputado disse, sem demonstrar nenhum indício se estava aborrecido ou não.

- Agradecemos, mas gostava de poder transmitir algumas palavras que me foram ditas, se não vos for inoportuno. - Se atreveu e viu como os três homens a encararam avaliando-a e trocando olhares negativos entre si, por isso Jones se adiantou a prosseguir. - Nós preparamos planilhas e protocolos detalhados, nada que já não devam ter visto em outras empresas. Contudo, não é o facto de a GaSky ser a número um, algo que igualmente sabem, e sim da transparência com a qual trabalhamos. Sou moradora do Bronx e me sentiria inspirada em ver a nossa comunidade em boas mãos, pautando pela transparência em verbas e gastos, como nenhuma outra seria capaz de apresentar. O nosso diretor Financeiro, o senhor Newman está aqui como prova disso, mas também falando como cidadã e tendo as eleições em vista, seria bom para os responsáveis pelo Projeto Bronx e da área 31, uma forma de realocação honesta e aberta para os habitantes, e a certeza de uma exploração correta para o benefício do governo e do nosso país.

O Engenheiro olhou para os outros dois, segurando um meio sorriso entre os lábios.

- Transparência é algo que podemos pedir a qualquer uma das empresas concorrentes. - Rebateu com certa curiosidade.

- Com toda certeza, mas só a GaSky estaria disposta a aceitar uma Auditoria da noite para o dia, se me permite dizer as nossas concorrentes pediriam tempo para poder limpar a sujeira para debaixo do tapete. - Amelie afirmou sem pestanejar, ganhando uma coragem que não sabe de onde vinha.

Os três senhores se permitiram sorrir, encantados com a determinação da jovem negra.

- Muito bem, senhorita... Jones. - O Presidente da Câmara Municipal a encarou com atenção. - Vou gostar de trabalhar consigo um dia destes, ainda é ingénua de certa forma, mas tem certo potencial.

- Eu gostava de ouvir mais sobre as questões da Avaliação das empresas Sky. - O Engenheiro petrolífero olhou para Alan que esboçou um sorriso. Ser assistente da exigente Malvina Rubilout tinha-lhe valido ilimitados conhecimentos. - Jantem connosco.

No fim da noite, a secretária voltou para o quarto completamente alegre pelo seu feito, na verdade algumas coisas na vida precisavam de coragem. Os investidores sabiam que ela não era uma negociadora ao nível deles, mas tinham reconhecido o seu esforço. Abriu a porta da suíte e não viu Ocean deitado na cama como esperara, mas um barulho de estrondo vindo da casa de banho chamou sua atenção. Correu até lá e levou a mão ao peito ao encontra-lo deitado no chão junto ao vaso sanitário, tinha vomitado e tremia de frio contra o chão.

- Senhor Sky! - Chamou aflita, e voltou para o quarto e ligou para a receção do hotel. - Alô? É uma urgência, preciso de um médico.

- Hoje é domingo, não temos nenhum médico nas nossas dependências e a enfermeira não dorme aqui.

- Como? Tenho alguém a passar mal!

- Vamos ligar para que venha da cidade, mas demorará duas horas e será acrescido ao valor da fatura.

- Duas horas? E o que eu faço?

- Tentarei mandar chamar a enfermeira aqui na ilha, mas temos remédios e todo o tipo de coisas necessárias na estante do banheiro caso precise ministrar alguma coisa.

- Que tipo de hotel de luxo é este? - Rosnou contra o telefone fixo e o desligou batendo forte e cheia de medo do que podia acontecer. Pensou em chamar por Alan, mas primeiro tinha de ajudar o chefe caído no chão.

Se desfez dos sapatos altos, e voltou ao banheiro segurando Ocean pelos braços e sentindo o quanto estava quente. O que poderia ser?

- Consegue-me ouvir? - Virou-o de frente com muito custo.

- Não... me toque. - Era suposto olhar para ela, mas virou a cabeça para o lado.

- Eu não sei o que o senhor tem, mas precisamos controlar essa febre. - Agarrou-o pelos braços fortes com toda força que tinha. - Vou-lhe despir e lhe dar um banho gelado. Tudo bem?

- Não! - Ocean entrou em pânico, se debatendo contra ela. O cabelo cor de cobre estava colado na testa, e o rosto completamente corado pela febre alta. - Me deixe. Vá embora!

- Olhe para mim. - Ordenou com altivez. - Olhe. Para. Mim!

Com muito custo, Sky virou o rosto e mesmo assim não a olhou na totalidade, deixando o belo olhar de lado. Amelie estava ajoelhada no chão junto dele, e segurou o queixo dele pela primeira vez, obrigando-o a encara-la.

- Olhe para mim. - Pediu mais uma vez, e desta Sky obedeceu depositando com muito custo o seu belo olhar cor do oceano e do céu. - Confie em mim.

Ele negou com a cabeça e emitiu um esgar pela dor que lhe cobria o corpo, apertando os olhos com força para em seguida abri-los.

- Vou ter de despi-lo e lhe dar um banho para controlar essa febre, depois terá de entrar nos cobertores e beber muita água ao longo da noite. Não sei o que tem, mas eu cuidava de Marlon assim quando não conseguia leva-lo ao hospital. - Disse ainda de olhos fixos nele e sem pestanejar. - Se morrer aqui vai ser ainda pior do que eu lhe ver nu.

Era para ser uma brincadeira, mas Ocean não riu. Apenas encostou a cabeça contra o azulejo gelado, e deixou as mãos relaxarem de cada lado do corpo trémulo. Sua respiração acelerou a medida em que as mãos escuras e delicadas começaram a desabotoar a sua camisa, encontrando então o motivo de todos os seus medos por baixo daquela roupa.

Amelie descobriu então, Alguma Coisa Sobre Ocean.

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