Something About Ocean [DEGUST...

By Ami_ideas

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[Duologia] "Discreto e sério, Ocean Sky é o presidente da maior companhia de Gás do país. Um homem arrogante... More

Prólogo
1. Meu Nome é Amelie
2. Minha Mãe é Linda!
3. O Agasalho do vovô
4. Jones = Confusão
5. Projeto Bronx (Área 31)
7. Damn Sexy!
8. Bónus (Por baixo das roupas)
9. Bruna VS. Liam
10. Muito Mais Do Que Isso...
11. Sensações Incompreendidas
12. A Sorveteria do Parque das Vitórias
13. Surpresas da Vida
14.As Cores em Mim
15. As Cores Em Mim (Não Foi Sua Culpa)
16. Uma Descoberta. Uma Curiosidade e Um segredo
17. Um encontro Diferente
18. Em Busca do Equilíbrio
19. Diz Que Me Quer
20. Heaven Sky
Aviso
21. Bónus (Assessoria de Imprensa)
22. Cada Jones Com Seu Par
23. Flores Para Você
24. Confrontos
25. O Aniversário de Walter
26. I Put A Spell On You
27. Conversas Amistosas (?)
28. Conversas Amistosas (?) Parte 2
29. Medo de Amar
30. Uma Noite Longa
31. Ajustes de Contas
32. Something About Ocean
33. Amizade Inquebrável
34. Prelúdio de Felicidade
35. Erro Fatal (Final)
Considerações da Autora
Epílogo " Uma Gota no Oceano "
Já Na Amazon
Coração Ferido
Votação Melhores do Ano
DISPONÍVEL NA AMAZON!

6. Porque Ela Dança Comigo (Bónus)

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By Ami_ideas

A casa onde morava ficava no alto de uma colina, longe do barulho da cidade e de vizinhos curiosos. A companhia de segurança era obrigada a trocar os trabalhadores e os sistemas de acesso uma vez por mês, e apesar de poucas vezes ter visita, quando as tinha, os carros passavam por cancelas e um processo de vistoria minucioso.

A entrada da casa branca tinha pilares romanos e uma bela porta de vidro que só aparentava ser frágil, mas era blindada, assim como as várias janelas que iam do chão ao teto. A sua casa era toda decorada de branco, com sofás de veludo que formavam um L, um ecrã igual ao de cinema ocupava mais da metade da parede, dois vasos de porcelanas estavam em cima de uma consola antiga, com um espelho em cima. Os quadros eram obras caras que retratavam Dante, Rembrandt, Da Vinci e Raphael. Um exímio tapete oriental substituía a carpete, e a cozinha em aberto com a sala de jantar era toda equipada com tudo o que qualquer mestre de culinária poderia sonhar.

Ocean parou a distância observando o brilho da limpeza de sua casa, os livros estavam ordenados por ordem alfabética e cores, assim como os discos de vinil que tanto prezava. Tirou o casaco e a gravata, correndo para o quarto da lavandaria pois jamais voltava a albergar uma peça usada, no guarda-roupa, e em seguida foi guardar a sua mala no escritório. A casa tinha cinco quartos, mas Sky tinha feito questão de os ocupar com outras funcionalidades, deixando apenas a suíte principal onde dormia. Uma forma clara de não receber visita.

Voltou para sala, ligou a música clássica e enquanto escutava La Bohème de Puccini, preparou algo para beber e relaxar. Tinha sido uma semana cansativa para variar, mas era o único momento em que não se permitia pensar nos fantasmas do passado. O telefone de última geração tocou, despertando-o de seus tormentos e só atendeu por ver o número de Walter ali na tela.

— Alô? Aconteceu alguma coisa?

Relaxa tio. Eu só liguei para saber se você está bem.

O presidente da GaSky respirou fundo, e deu um gole da sua bebida. Raramente bebia, mas tinham dias em que precisava se afogar ou explodiria.

— Estou bem sim, e você? — Perguntou tentando encontrar uma amabilidade na voz que não existia. Era duro como uma pedra, e mesmo criando os filhos de sua irmã com todo o afinco, tinha deixado os dois na mansão Sky a viver com os empregados.

Mais ou menos. Sabe o que eu queria? — Walter soube soar a um pedinte que não comia há três dias, e por isso o tio o deixou continuar. — Chama o Pequeno-Falcão para brincar comigo. Amanhã é sábado.

— Pequeno-Falcão? — Não compreendeu.

O Marlon, filho da moça das roupas cheias de alegria.

Sky teria rido se pudesse pois as crianças tinham uma maneira de ver o mundo de uma forma diferente. Moça das roupas alegres repetiu para si.

— Verei o que faço.

Tio? — Chamou antes de desligar. — Você me ama?

— Claro, Walter.

Então por quê todo mundo me deixa sozinho aqui nesta casa tão grande? O Liam não para em casa, e você vêm muito poucas vezes. — Fez uma pausa. — É porque eu não sei andar? Prometo que quando completar oito anos conseguirei andar de novo e vocês todos irão gostar de mim.

Um aperto ocorreu o gélido coração de Sky ao ouvir o sobrinho dizer aquilo. Acreditava que iria andar, mas a sua paraplegia era irreversível.

— Amanhã virei visita—lo e... trarei o seu amigo. — Se arrependeu em seguida de dizer aquilo, pois tudo o que queria era estar em sua casa sem ninguém o incomodar.

Tio?

— Sim, Walter?

Não convide a Rebecca. Só a moça das roupas alegres.

— Por quê? — Quis saber.

Porque ela dança comigo.

Assim que desligaram, ele se levantou e foi tomar um banho quente e demorado, e enquanto enxaguava seus cabelos cor de cobre, pensava no encontro com sua noiva. Tal ideia fez os olhos encontrarem o reflexo do seu corpo nos vidros da box do chuveiro, e de todas as vezes que olhava aquilo que mais o incomodava, o pesadelo de anos atrás voltava como uma corrente de marés vivas. Engoliu em seco, e se preparou com afinco.

.

.

.

O Hotel era sempre o mesmo e o quarto de mesmo número, bem arrumado com todas roupas de cama e toalhas brancas. Enquanto subia o elevador, se lembrava da viagem para as Ilhas Maldivas, pois Rebecca tinha voltado a ser alegre e a não fazer perguntas.

— Pensei que não fosses vir. — Ela estava estendida na cama apenas de uma lingerie preta rendada com ligas e meias até ao meio da coxa. Sua pele estava ligeiramente bronzeada por conta do sol que apanhara na viagem, e destacava ainda mais os belos olhos verdes. Se levantou para preparar a dose de uísque e o entregou mesmo a tempo, pois este já se tinha desfeito do casaco.

— O Walter ligou. — Era breve como sempre, e ingeriu a bebida inspecionando o corpo magro de mais. Um padrão que a sociedade elitista insistia em firmar.

— Se quiser eu posso ir busca-lo para passear amanhã — sugeriu de forma simpática, apenas para agradar. Se aproximou e depositou um beijo molhado nos lábios do futuro marido.

— Vamos estar em casa. — Pousou as mãos na cintura e apertou-a. Rebecca mordeu o lábio inferior com malícia, apenas para o provocar. Apesar de esconder alguma coisa, Ocean sabia ser um bom amante e lhe dar prazer.

— Então posso chegar cedo e organizar um bom almoço para todos nós? — Levantou os olhos verdes a procura de os cruzar com os dele, mas Ocean foi rápido a se esquivar.

Não. — Virou-a ao contrário e encostou a protuberância por trás dela. — Agora use a venda.

A noiva quis refutar, mas já estava há muito tempo naquela relação para saber quando é que o limite daquele homem batia no alto, e por isso preferiu seguir as ordens necessárias para ter uma noite prazerosa. Apesar de sentir falta de um contacto menos regrado, não era de todo insatisfatório. Também contava com o dia em que Ocean iria contar o seu tão bem guardado segredo.

Usou a venda e apertou-a com força, se perdendo para a escuridão. Aguardou em silêncio, as carícias demoradas e os toques profundos das delicadas mãos dele. Gemeu quando sentiu os seios serem paulatinamente apalpados, e breves beijos depositados na sua coluna vertebral. Não que fosse um homem de muitas preliminares, mas a potência de cada dedo no lugar certo e pressão, levavam—na à Lua.

— Quero que venha por cima. — Sussurrou no ouvido, e retirou os dois dedos de dentro do canal molhado, todo corpo feminino estava arrepiado como nunca. Se existia algo que não poderiam desmentir, era a clara química sexual.

Ocean baixou as calças e colocou o preservativo com uma prática digna do livro de recordes, depois sentou-se na borda da cama e conduziu Rebecca até ao centro. Segurou as mãos dela para ter a certeza de que não o tocariam, e assistiu o corpo sentar sobre o seu membro ereto. Com certa facilidade, a bela mulher começou a rebolar enquanto gemia o seu nome, num sobe e desce frenético. Sentia-o ir até ao fundo com toda sua grossura e comprimento, e roçar o seu mais íntimo.

Ela não demorou a gozar, sentindo o corpo inteiro tremer e gritando enquanto se debatia com mãos presas. Deixou-se beijar sentindo a barba rala roçar seu rosto, e em seguida sentiu quando foi algemada. Afinal a noite ainda tinha acabado de começar.

***

Tocaram a campainha, e Amelie foi abrir de chinelos a arrastar. Estava a arrumar a loiça do pequeno-almoço, e Marlon desenhava na mesa com os vários lápis de cores. Maria Tereza não tinha dormido em casa, mas enviara uma mensagem de texto a dizer que estava tudo bem, e Bruna estava no plantão.

— Quem é? — Abriu a porta, estava só de uns calções verdes e uma blusa de alças vermelha sem sutiã. Os seios baloiçavam livres e alegres.

— Oi querida. — Mirko sorriu parado na entrada, mas o riso não lhe foi retribuído. — Posso entrar?

— Não. — Negou prontamente, segurando a porta aberta pela metade e um ar ameaçador.

— Por quê o mal humor? Só quero ver meu filho. — Era magro e alto, com a pele muito clara e os cabelos cheios de caracóis. O sorriso malandro estava estampado no rosto.

— Eu... estou sozinha. — A mão estremeceu, mas o olhar mesmo sem os habituais óculos, ainda era firme.

— Estás com medo de cair nos meus braços? — Sacaneou, olhando com atenção para os mamilos pontiagudos que se desenhavam na blusa. — Como você está gostosa!

— Volta outra hora Mirko, agora não. — Insistiu sem pestanejar, e viu que o pai do filho deu um passo em frente e não para trás.

— Podíamos recordar os velhos tempos...

— Ela disse que não! — A voz rouca arrancou um sobressalto em Jones, sem acreditar na figura séria e de terno em pleno sábado. — Bom dia.

— Na boa, preta. Estás metida com esses ricaços filhos da puta, quando se cansarem de ti, podes me ligar. — Mirko era mais baixo que Ocean, mesmo assim o desafiou com o olhar. — Fala para meu filho que eu passei aqui, mas depois não reclama que não venho! Fui!

Amelie soltou um suspiro tão profundo que não passou despercebido aos olhos analíticos de Sky.

— Eu tenho um convite a lhe fazer. — Foi direto ao assunto assim que ela se recompôs. — Não por mim, mas por meu sobrinho Walter. Ele convidou você e seu filho Marlon para passar o dia de piscina na mansão da família.

— Por favor entre. — Deixou-o passar ainda admirada pelo convite. — Não sei o que dizer.

— Tem algum plano para hoje? — Levantou uma sobrancelha.

— Não. — A resposta saiu tão rápida como soou óbvia. Apesar de as vezes ir sentar no muro e conviver com os conhecidos do bairro, não era o mesmo que ter amigos permanentes e saídas frequentes.

— Então como é que não sabe o que dizer? — Colocou as mãos nos bolsos num prático gesto habitual.

— Eu só não quero incomodar. — Foi franca.

— Acredite que me incomodará muito mais se não aceitar. — Rebateu.

— Tio! — Marlon apareceu da cozinha com um sorriso sincero.

— É senhor Sky, Marlon. — Corrigiu Amelie ao ver o desconforto do chefe.

— Ué, mas vocês não são amigos? — Perguntou e se agarrou às calças de Sky numa falha tentativa de o abraçar.

— Mais ou menos. — A mãe respondeu e arregalou os olhos ao ver as calças de marca manchadas pelas mãos sujas pelo lápis de cor. Ocean se segurou como nunca, mas o maxilar ficou bem vincado.

— Então é tio. Tio. Tio! — Aos sorrisos começou a saltar na frente dele, querendo claramente ser carregado.

— É... o senhor é tio do Walter lembra? — O menino fez que sim com a cabeça. — E veio nos convidar para ir lá visitar ele, quer?

— Eba! — Marlon correu de braços abertos a imitar o voo de um pássaro em direção ao quarto. Amelie riu sem jeito.

— Sinto muito por suas calças.

— Não tem de quê. — Os lábios mal se moveram, tamanho desconforto.

— Volto em alguns minutos.

Ocean permaneceu em pé e de braços cruzados, sem acreditar que se tinha submetido àquilo. O seu plano era deixar a secretária e o filho lá, e depois ir embora no segundo seguinte.

— Tio! — O adulto revirou os olhos ao ouvir ser chamado assim. — Olha os meus calções do Nemo. Combinam com pixina não é?

— Piscina. — Amelie veio atrás com uma grande sacola de palha, o cabelo numa trança única e envolta num lenço azul, uns óculos cat-style e um longo vestido que imitava um arco-íris. — Não incomode o senhor.

— Podemos ir? — Ocean estava ansioso por sair daquele lugar que em nada se comparava ao luxo a que estava habituado.

O Maybach Landaulet os aguardava do lado de fora, tinha uma cor champanhe e lá dentro a classe demonstrava os milhões que custavam. Amelie se sentiu pequena enquanto acomodava Marlon e depois se sentava ao lado do condutor.

— Não devia aparecer por aqui com esses carros. — Comentou assim que este começou a dirigir.

— Naquele dia quis vir sozinho e escondido, mas sou um homem muito bem vigiado senhorita Jones. — Respondeu cheio de arrogância.

— O senhor é, mas nós não. Se pensarem que de alguma forma desfruto deste luxo, posso-me tornar um alvo fácil. — E isso incluía toda sua família.

— Certo. — Fechou o semblante.

— Tio! — Mais uma vez Marlon sentado atrás mostrou sua presença. — Seu carro tem o telhado de vidro.

— Quer ver uma coisa? — Sky se mostrou recetivo apenas por querer exibir as qualidades do veículo. Era um colecionador de Maybach, inclusive tinha um Exelero na garagem de sua casa.

— Quero! — A criança de seis anos se empolgou, e abriu a pequena boca avermelhada quando viu todo vidro de cima descer lentamente para trás, igual a uma janela, e deixar o carro descapotável. — Uau! Uau! Mamãe olha só.

A mansão também era outro espetáculo de ostentação, pois não se via onde começava ou acabava dado a extensão magnífica de portas e janelas. Pinheiros também pareciam ser a herança do lugar, pois roubavam a maior parte da vista.

Encontraram Walter a espera deles na entrada, mas não estava junto da habitual enfermeira como era de se esperar, e sim da belíssima Rebecca Stoning.

— Ora, ora. Que surpresa agradável! — Ela sorriu perto da rampa adaptada que ficava junto às escadas de mármore.

— Eu disse para não a convidar! — Walter estava emburrado e de braços cruzados. Nem ver Marlon o alegrou de imediato.

— Walter! — Sky não a tinha convidado, mas também não queria que o sobrinho fosse rude.

— Olá Walter. — Amelie sorriu para ele, enquanto Marlon corria na sua direção.

— Eu sei o que significa Walter, minha mãe me falou. — O filho de Jones se aproximou do amigo. — Comandante do Exército!

— Viu só, seria perfeito mas você estragou tudo convidando Rebecca! — O menino embirrou ainda mais.

— Por que está falando isso, Walter? — A noiva de Sky ficou sem graça. — Pensei que fossemos amigos.

— É porque você tem alma fria. — Foi verdadeiro. — Mas ela, é colorida e dança comigo!

Os olhos de Ocean numa das raras vezes encontraram os de Amelie, um quanto curiosos. Talvez não Houvesse apenas Alguma Coisa Sobre Ocean para ser desvendada.

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