As Doze Luas - Filhos do Alvo...

By isarodres

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| Livro um da trilogia As Doze Luas | Lizandra Verlack estava satisfeita com sua mente cética e sua banda p... More

as doze luas
localizações
um
1| Passagem de Morte
2| Quando o Sol Começa a Nascer
3| Uma Luz Insistente
4| Passagem Só de Ida
5| Contra Os Príncipes das Trevas
6| Em Meio a Escuridão
7| Expansão Mental
8| À Base de Riscos
9| Veículos Incoerentes
10| Tão Claro Quanto a Luz do Dia
11| Anjos
12| Tudo se Transforma
13| O Caminho Do Vento
dois
14| Parede Fria
15| Memórias Emergentes
16| Trevas Dissimuladas
17| Quedas Fatais
18| Táticas de Guerra
19| Luzes que Reacendem
20| Instrumentos de Luz
21| Ateando Fogo
22| Mais Que um Ciclo
23| Tudo é Temporário
24| Corações Celestiais
25| Identidades Esquecidas
26| Órbitas Gravitacionais
28| À Luz Do Dia
29| Somos Céus Noturnos
30| Impossível
31| Postos à Prova
32| Erguer O Mundo Em Chamas
33| Loucuras Compatíveis
34| Sanidades Consumidas
35| A Fúria Celestial
36| Rebeliões Internas
37| Azul É Mais Quente
38| Como As Asas de Um Corvo
39| Tormenta de Fogo
40| Anjos Mortais Amam
três
41| Engano Etéreo
42| Ventos e Trovoadas
43| Guardiões Naturais
44| Labirinto Mental
45| Fumaça e Sangue
46| Como Um Alvorecer
trocando ideias comigo
47| Em Meio às Chamas
48| O Veneno Que Perdemos
49| Segredos Escondidos nas Trevas
50| À Perdição
51| Sentinelas Infernais
52| Fogo Consumidor
53| Quando o Sol Se Põe
54| Renascer Das Próprias Cinzas
55| O Homem de Um Olho Só
56| Que Comece o Jogo
57| À Sombra do Caos
58| Queimaremos Juntos
59| Guerra e Fogo
60| Filha do Alvorecer
nota final da autora

27| O Grande Fundador

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By isarodres

✹❂✹

— Quem são os pequenos? — perguntou Liz com uma dose de excitação na voz. Teve a impressão de voltar a ser uma menina inocente de quatro anos conhecendo o mundo.

Rafael passou os dedos por alguns livros, lendo os nomes nas lombadas.

— São crianças, em sua maioria órfãs ou que moravam nas ruas. Vivem aqui e aprendem o que devem aprender de acordo com a idade. Alguns elementais juntam-se a nós também, com o intuito de controlar os poderes...

Liz ergueu as sobrancelhas, os olhos vagaram entre o teto abobado e piso.

— Elementais?

— Filhos de humanos e fadas.

Ele pronunciou como se fosse o fato mais óbvio.

— Isso é... Caramba! — Liz não tinha palavras suficientes para descrever tudo que perambulava seus pesamentos, ou tinha tantas que dariam para escrever o roteiro de um filme.

— Finalmente — Rafael disse num sussurro ao encontrar um livro especifico. Puxou-o e segurou com firmeza, como se fosse perdê-lo. Ele andou até o centro da biblioteca e parou de frente a uma parede, entre uma estante e outra. — Venha aqui, por favor. — ele pediu em um tom elegante. O modo como falava soava refinado, não parecia com um brasileiro.

Ela levantou e seguiu-o com o olhar. Curvou a cabeça para um lado, analisando os quadros postos na parede. Deu passos curtos até Rafael, que apoiava o tronco em uma mesa muito antiga, feita de madeira, e encarava as diversas molduras posicionadas simetricamente.

No centro, uma pintura de Leonardo da Vinci, ao lado direito deste, a pintura de Albert Einstein, ao lado esquerdo, Martim Lutero. Contornando estes haviam outras pinturas de figuras marcantes na sociedade, como Isaac Newton, Nicolau Maquiavel, Charles Chaplin e até Bob Marley. Acima de todos os quadros havia uma placa de bronze com os mesmos dizeres que Liz vira antes de passar pelos grandes portões.

— O que realmente significa? — indagou, parecia ansiosa, não só pelo olhar, mas fora como se uma mão a tocasse de dentro para fora.

Rafael deu uma breve vislumbrada às janelas, que mostravam os diferentes tons de verde, sempre que olhava a paisagem sentia um formigamento entre os dedos. A tranquilidade daquele lugar o fazia esquecer do quanto a cidade era caótica, ele era levado a mais profunda tranquilidade.

— Desde o início, serviremos ao Criador do fundo da alma, em nome da verdade e da oportunidade de viver na Terra. — ele retorquiu. — Todos eles... — Rafael acenou com a cabeça na direção dos quadros. — ...Foram Anjos Mortais. Tiveram as almas encarnadas aqui na Terra, despertaram em algum momento e passaram pela vida terrestre seguindo o que foram designados. — ele abaixou a cabeça para encarar Liz. — Assim como nós.

Liz entreabriu os lábios, seus olhos dançaram entre a placa de bronze e todos aqueles retratos.

— Todos eles matavam demônios e faziam essas coisas loucas que você faz?

Um sorriso ameaçou sair do canto da boca dele.

— Alguns. Não é como você imagina. Cada humano tem um chamado maior do universo. Assim é com os anjos humanos, cada um tem sua missão. A minha é seguir missões designadas somente a mim. Alguns tinham a capacidade de ensinar como Marley, considerando que ele era lento demais para guerrear, se é que me entende...

Liz gargalhou.

— ... Ou a de lutar pelos direitos humanos como Chaplin, alguns, como Lutero, lutaram pela falsa doutrina que a igreja católica pregou durante a Idade Média, sobre Newton, bom, dizem que o foi o melhor guerreiro de sua época, isso sem contar os cálculos que revolucionaram a astronomia. — Seu peito inflou após pronunciar tais palavras, recuperando o fôlego para possíveis outras explicações. Rafael não tinha paciência para aquilo, mas gostava quando as pessoas o escutavam com atenção, como Liz naquele momento. — É isso que nos diferencia dos meros mortais. Fazemos a diferença.

Ele inclinou levemente o pescoço, encontrando o olhar dela sobre si. À luz baixa que as luminárias proporcionavam, as íris dela pareciam brilhar como ouro sendo forjado no fogo.

— Alguns, como Einstein e da Vinci, mudam a locomotiva da história. — ele mordeu a lateral do lábio inferior. — Ainda não sabe de nada, Verlack.

Ela olhou para cima rapidamente.

— E o que está esperando para me mostrar tudo?

Rafael esboçou um sorriso malicioso.

— Uma ocasião mais apropriada.

Liz corou como se tivesse mergulhado o rosto em um pote de blush e mordeu os lábios fortemente, percebendo tarde demais o duplo sentido.

Ele saiu do lado dela e andou até o sofá em que antes Liz estava sentada, chamando-a com um aceno de cabeça.

— Senta aí. — ele falou, se acomodando no móvel sem muitas formalidades, com os cotovelos sobre o estofado, apoiando o tronco e as pernas jogadas. — Tenho uma história para lhe contar.

Ela soltou o ar que comprimia e deu meia volta, sentou-se no braço do móvel, de frente para Rafael, e apoiou os cotovelos nos joelhos. Notou que ele estava analisando o livro que havia pego na estante.

Liz entrelaçou as mãos no cachos.

— Rafael — pronunciou e ele levantou a cabeça para fitá-la, tirando uma mecha de cabelo do rosto. — Eu não sei mais quem sou, sabe, é tudo uma grande luta na minha mente. — disse e seus lábios permaneceram entreabertos.

— É questão de controle, a mente é uma fera selvagem, domine-a e verá o quão poderosa é.

Liz o encarou e por um segundo acreditou que se afogara naqueles olhos penetrantes que a olhavam com precisão.

— Você fala como um filósofo renascentista.

Eles trocaram sorrisos e Liz desviou o olhar para as grandes janelas.

— Deve estar uma loucura, não é? — ele perguntou, sem tirar o olhar dela, alguns cachos estavam soltos do coque apressado que ela havia feito. Rafael sentiu um formigamento entre os dedos indicador e polegar, sempre tinha sensações como aquela quando desejava desenhar algo.

Liz afirmou com a cabeça, mas, era um dos momentos em que ela estava dentro de si mesma e só depois de voltar a vida real pode prestar atenção no que ele havia perguntado.

— Quer dizer, não. Está uma luta, mas não uma loucura, não mais. Eu sempre soube que fazia parte de algo mais profundo, como se tivesse algo de mim que eu não conhecia. No fundo, tudo está começando a fazer sentido. Sempre senti que tinha algo que mais ninguém tinha, um propósito importante para viver aqui, talvez... — Talvez fosse uma covarde por tentar fugir de algo que não tem fuga.

Rafael examinou-a como se aquela informação fosse vantajosa.

— Você tenta analisar, mas, é algo que não pode ser analisado. Pode ser sentido e experimentado.

— Eu só não quero ser outra pessoa. — Liz protestou, com certa voracidade, mas não proposital.

— É verdade que quando permitimos a entrada no anjo dentro de nós não há mais volta. — ele respirou fundo. — Ele assume total controle, nos deixando parcialmente no comando, mas continuamos sendo nós mesmos.

Liz refletiu alguns minutos em silêncio, piscou várias vezes antes de contestar.

— Conte-me a história.

Rafael afirmou com a cabeça, parecia avaliar de que parte iniciaria.

— Era uma vez... — ele disse em um tom meio irônico, meio zombeteiro.

Liz sorriu, não entendia como ele conseguia lhe fazer ter vontade de rir com tanta simplicidade.

— Bom, alguns livros dizem que há muitos anos, após a queda de Lúcifer e tudo o que nos é dito, houve uma época em que todos esqueceram de Deus e anjos assumiram corpos humanos na terra, para ensinar as leis que regem o universo aos homens e expulsar os demônios que aqui já habitavam. Esses anjos não tinham pecado em si e por serem criaturas divinas, não se adaptaram a forma de vida humana. Foram "contaminados"... — ele fez sinal de aspas com as mãos. — ...Pela perversão da humanidade. Alguns, foram enganados por Satã e tomaram mulheres humanas para si, como diz a bíblia, as criaturas geradas dessa união foram chamadas de Nephilim. Os Nephilins eram vistos como deuses, tinham uma enorme capacidade psíquica, poderes de levitação, controle da mente e uma força excomunhal. Como acha que as pirâmides foram construídas? — Rafael levantou uma sobrancelha. — Eles foram usados como uma tentativa de Satã de dominar a humanidade, controlaram e escravizaram os humanos. Certamente estavam mexendo no código genético humano para perverter a criação de Deus a ponto de tornar a redenção impossível. A raça humana sucumbiu para o lado negro da força. — Rafael falou com destreza e um misto descontraído e espontâneo que arrancava breves risadas de Liz.

— E o que aconteceu? — indagou ela.

Rafael esticou o corpo mais para frente e cruzou os braços acima dos joelhos.

— Aconteceu um dilúvio e praticamente todos morreram, tanto Nephilins quanto mortais. Apenas um homem foi polpado por escutar ao Criador. Noé. Dizem que fora o único cuja família não teve alterações no código genético.

Arrepios percorreram a pele de Liz e ela alisou os braços tirando parcialmente o foco de Rafael. Enquanto ele contava, flashs rápidos corriam por sua mente. Lutas, sangue, água e corpos afogando-se. Era tão familiar...

— Após isso, os anjos tementes ao Criador acorrentaram os caídos que realizaram tal feito no abismo, mas alguns caídos continuaram a vagar a terra e continuam até hoje...Malditos infernais...

Liz franziu o cenho.

— ... Alguns celestiais continuaram a fazer suas missões, descendendo os infernais, mas, apesar de possuírem o livre arbítrio, não assumem mais corpos humanos para não correr o risco de se corromperem. E você deve se perguntar onde nós nos encaixamos nisso tudo. Bom, é um mistério, entretanto, as lembranças dos primeiros Anjos Mortais aqui nos guiam em busca da verdade.

— Continue. — Liz pronunciou passando a mão pelo queixo.

— Se anjos nascem como humanos, não se lembrando de suas verdadeiras identidades, não se corrompem, já nascem pecadores e quando despertam, contribuem na missão de auxiliar o equilíbrio planetário. Saímos de nossos postos para ganhar a capacidade de evoluir como os humanos. No corpo angelical não tínhamos essa capacidade, pois, já éramos seres ascensionados. A evolução espiritual é o que torna a vida humana tão fascinante. Por essa e talvez outras razões, anjos passaram a encarnar na terra.

— Isso é surreal! — ela olhou para cima e esboçou um leve sorriso.

— Sim, é, mas, quem sabe a verdade? Há muitas verdades no mundo e só saberemos o que nos levou até aqui quando voltarmos a nossa dimensão, se é que voltaremos.

Ele mexeu no cabelo, bagunçando-o mais. Liz teve uma vontade estranha de passar a mão pelos fios castanhos dele, pareciam ser sedosos. Ela balançou a cabeça.

— Talvez tenhamos escolhido isso, do mesmo modo, como outros anjos escolheram cair. E como uma prova de fidelidade, o Criador tenha nos dado o livre arbítrio, a liberdade de escolher um dos lados, entre a luz e as trevas. Para voltarmos ao caminho Dele voluntariamente. — disse Rafael.

Liz adentrou no olhar dele, foi como se caísse em um poço fundo.

— É nisso que acredita? — ela indagou, arqueando levemente as sobrancelhas.

— É uma hipótese. Não levo nenhuma história como verdade absoluta.

— Você não é do tipo...

— Padronizado? — ele completou.

— Sim, não é dos que acreditam em qualquer coisa por aí ou se atreve a fazer algo forçadamente. — E eu gosto disso, ela completou mentalmente.

— E isso te atraiu. — Rafael disse com convicção, a olhava como uma pantera, analisando cada movimento. Não se sabia o que esperar dele, um ataque súbito ou apenas um rugido.

Um sorriso ameaçou sair de Liz, mas ela prendeu-o enquanto suas bochechas esquentaram.

— Não seja convencido, muito menos iludido. — Ela revirou os olhos. — Pode parar de provocar, por favor?

Rafael sorriu presunçosamente. Liz teve uma vontade insuportável de fazê-lo parar.

— Tem uma grande diferença entre ser convencido e ser realista, mas eu paro, sem problemas. — ele balançou as mãos a frente do corpo.

— E então, o que vem depois? — Liz desviou rapidamente o assunto, porém, Rafael não se importou.

— Com os anjos não cientes de quem são, demônios tentam lhes cegar a todo custo, aproveitando-se de situações que a própria vida nos coloca, pois, somos poderosos o suficiente para destruí-los com um único golpe, entretanto, mesmo com os artifícios de Satã, nas primeiras encarnações os anjos despertaram e aprenderam a como lidar com o mundo por si mesmos. O poder divino se manifesta quando necessário. Conforme suas lembranças voltavam, descobriam seus propósitos, missões e habilidades, a como descender e evitar os demônios, a como levar o caminho da luz às pessoas. Tais habilidades se desenvolveram mais quando o filho do Criador desceu a Terra, já que antes, não havia amor — Rafael piscou demoradamente, como se estivesse lembrando de algo. — Você já deve ter estudado a idade média...

Ela balançou a cabeça, lembrava bastante, apesar de na maior parte do tempo ter dormido nas aulas de história.

— Houve um tempo, na Idade Média, chamado de trevas. Não apenas por conta da falta de desenvolvimento cultural e tecnológico como alguns historiadores defendem. Foi o tempo em que os demônios fizeram a festa, trazendo a peste negra e a cegueira aos mortais, além disso, vampiros tomaram conta das cidades e do povoado, reduzindo em grande escala a população mundial. Foi um massacre pior, proporcionalmente falando, do que na época do nazismo.

Liz arregalou os olhos.

— Está me dando uma aula de história ou tentando me assustar?

Ele deu um sorriso irônico.

— A parte interessante os livros mundanos não contam. Com o início do Renascimento, uma instituição foi criada, apelidada por muitos de Ângelo Gard. O fundador foi ninguém menos que nosso amigo Leo, ali. — Rafael olhou para o retrato de da Vinci. — Foi todo um processo para fazer acordos com todos os seres místicos, contudo, nada foi em vão. Esse processo ficou conhecido como A Trégua. Os vampiros foram proibidos de beber sangue humano ou então, nós Anjos Mortais, temos permissão para matá-los. — uma luminosidade maligna tomou conta do olhar dele. — Da Vinci dedicou sua vida a toda essa causa após despertar. Ele descobriu o poder dos cristais e de diversas outras pedras. Escreveu livros instrutores, que nos mostram a canalizar nossas próprias energias e transformá-las em fogo celestial, ensinou a usar o poder da mente, porém, esses livros são ocultos da nossa sociedade e boa parte da vida de Leonardo foi manipulada e corrompida para o satisfazer das grandes corporações.

Os olhos de Liz brilharam como duas pedras de topázio.

— O mundo deveria saber de tudo isso! — ela exclamou, entusiasmada.

Rafael nunca a vira assim.

— Mas não sabem. As pessoas estão mais preocupadas em serem marionetes, escravas da matrix que deturpadora.

Liz assentiu com a cabeça, meio frustrada, angustiada em pensar que ela estava com a mente fechada a tudo isso há pouco tempo.

Ele prosseguiu:

— Com o passar dos séculos a instituição se propagou pelo mundo, em sedes, pelas diversas cidades globais. A sede principal fica abaixo da Catedral de Florença, na Itália, cidade proveniente de da Vinci. — Rafael jogou as costas no sofá, deitou e colocou um dos braços atrás da cabeça. — A finalidade da instituição, além de manter a trégua entre os seres do submundo, é ajudar não só pessoas, mas auxiliar o despertar dos Anjos Mortais e encontrá-los; É levar amor ao próximo, no caso, ajudando os necessitados e livrando-os da ilusão impregnada no mundo. O símbolo que você viu lá na frente, do leão com asas, é a marca da Ângelo Gard. O leão simboliza Adonai, ou Deus, como os mundanos o chamam. E as asas simbolizam nosso verdadeiro ser individual. A imagem completa simboliza a união das duas coisas.

Após falar Rafael fechou os olhos, como se fosse dormir ali mesmo. Olhando-o daquele jeito, Liz pôde notar com mais atenção o quanto os traços de seu rosto eram precisos e bonitos.

— Fim. — Rafael proferiu.

— Mas, já? — Liz disse com uma pontada de decepção.

— Toma. — Rafael esticou a mão que segurava o livro para ela. — Eu só fiz um resumo, você encontrará mais nesse livro e futuramente em todos esses. — ele passou os olhos pela biblioteca.

Liz pegou e o analisou, possuía uma capa dura da cor vermelha, e o título chamava atenção pelas letras douradas. O GRANDE FUNDADOR

Ela abriu na primeira página — evidentemente o livro era velho, tinha páginas amareladas como se tivessem sido manchadas por café —, nela, havia uma única frase escrita:

"Uma vez que você tenha experimentado voar,
você andará pela terra com seus olhos voltados
para céu, pois lá você esteve
e para lá você desejará voltar."
— Leonardo da Vinci

A jovem entreabriu os lábios em uma expressão de surpresa. Da Vinci realmente fora um Anjo Mortal, fora como ela...

Liz mirou seu olhar no vasto céu noturno; Sempre o venerou, como se de alguma forma tivesse uma ligação com ele; Feito parte dele. Perdera as contas de quantas noites passara encarando as estrelas, desejando voar para longe e esquecer que os problemas existiam, considerando no fundo do peito, que não se encaixava em um mundo tão desprezível em que os homens se matam por dinheiro.

Dedicado à CHOCOLUNE18 porque eu amo esse capítulo e achei que você merecia ele. Fiquei tão feliz quando vi que leu todos os caps disponíveis em dois dias, sério, muito obrigada por acompanhar minha história ❤❤

🔶 GENTE!! AGORA É SÉRIO! FOCO AQUI! O que vocês acharam da história de como surgiu os anjos mortais e da instituição criada pelo Leo da Vinci? Quero muuuuito saber a opinião de vocês. Sério mesmo, respondam ae. Foi algo que eu inventei e quero saber se ficou bom. 🔶

Espero que tenham gostado. Esse cap foi uma mistura de estudo bíblico, história e minha mente fértil. Deu pra perceber que eu amo história e ao contrário da Liz eu fico bem acordada nas aulas. Eu tive a ideia de fazer do Leo um anjo mortal em uma das aulas, e um dia pesquisando sobre ele, encontrei aquela frase ali em cima, escrita pelo mesmo. Foi o que me motivou mais a escrever isso (Ninguém perguntou, mas eu falo mesmo assim).

É isso, beijos e até. 😘

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