Hoffen: Unidos

By drikacsa

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''São duas realidades totalmente diferentes. Eu vim de fora dos muros e a realidade de quem vive lá fora, vai... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17

Capítulo 6

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By drikacsa


                                                                                 6

                                                                               Axel

Faz uma semana desde que eu trouxe Justine de fora dos muros, depois que ela se mudou para a casa do governador nunca mais a vi e prefiro assim. Justine não entende da mesma forma que nós o que significa ser considerado um traidor, apesar de tudo, temo por ela, não me sinto confortável em deixar uma garota sair sozinha por aí, por mais que eu tenha certeza que ela sabe fazer isso melhor do que qualquer um de nós. Bato na porta da casa dos gêmeos e Max abre. Ele usa um smoking preto com uma gravata borboleta como o meu, seu cabelo está penteado para trás, sorrio em ver Max tão formal.

- Minha mãe me obrigou – Ele diz revirando os olhos – Ela quase não nos deixou ir.

- Fiquei sabendo que ela não quer vocês tão próximos de Justine.

- Na verdade minha mãe não tem nada contra a Justine, ela tem medo é do governador.

- Eu teria mais medo da garota – Digo e ele sorrir. Espero sentado na sala junto a Max enquanto Mia se arruma.

- Acha que a Mia pode querer ajudar a Justine? – Max pergunta – Não sei se acredito que Mia aceitaria ficar fora disso tão fácil, ela sempre quis saber a verdade.

- Não importa, eu não vou deixar ela ir.

- Sabe que ela só faz o que ela quer, posso apoiar Mia do tanto que for, mas ir lá fora? Eu não vou me arriscar tanto.

- Esse é o pensamento certo – Digo.

- Me preocupo com Justine.

- Eu também, mas ela fez a escolha dela, é a única de nós que tem esse privilegio.

- Estou pronta – Mia diz vindo até nós, ela usa um vestido azul escuro que marca cada curva do seu corpo e vai até os seus pés, seus cabelos loiros e cacheados estão presos enquanto apenas um cacho está solto.

- Está linda – Digo. – David vai pirar – Ela me olha furiosa. Max não se segura a rir o que só piora a situação.

- Vocês tem sorte de eu considerar vocês irmãos porque caso o contrario eu os mataria – Ela diz e vai indo na frente, continuo sorrindo junto a Max. Entramos os três no elevador. Mia e Max sempre foram como irmãos para mim, apesar de todas as nossas brigas. Ana a mãe deles, sempre brincava dizendo que tinha trigêmeos e realmente sempre foi assim, tive ela como uma mãe a minha vida inteira.

- Não vejo a hora de falar com Justine, deve ter sido um inferno todos esses dias lá – Encaro Mia.

- Ela vive na melhor mansão dessa cidade, acha que ela não está bem?

- Ela vive com o governador, deve está prestes a se suicidar. – Max rir – Esse jantar, Justine, aposto que ele vai usar isso para diminuir a pena do pai de David.

- Ele jamais seria solto por isso – Digo revirando os olhos – Vamos, não quero perder tempo. – Vou indo na frente, quando chegamos no carro Mia para e cruza os braços, ela tenta ficar seria mas logo rir.

- Serio? Estamos indo para um festa de pessoas importante e você vai chegar com um carro militar?

- Algum problema?

- Na verdade não, adoro chegar chamando atenção – Ela diz e entra no carro.

- Sinto que você faz isso desde que dividíamos o mesmo útero – Max diz e eu sorrio junto a eles.

Quando chegamos em frente a mansão do governador, um fila de carro se forma e a mansão está completamente iluminada, holograma na entrada mostra uma foto de Justine sorrindo, ela parece apenas uma garota normal assim. Seus cabelos agora um pouco mais curtos do que antes ainda é o mais incomum, as garotas da cidade geralmente não deixam seus cabelos crescerem tanto, ela usa roupas formais, contrarias as que Mia a fez comprar. Entrego a chave ao manobrista e vamos em direção a entrada, um holograma aparece indicando para colocarmos nossas digitais, fazemos e nossas entradas são liberadas.

A decoração é nenhum pouco modesta, o mais bonita de todas as festas que já frequentei aqui, algumas pessoas se espalham pela sala, continuamos até o salão da festa, onde se tem mais pessoas dos trajes mais elegantes aos mais modestos. Encontro meu pai e o governador conversando com alguns convidados no canto do salão, o olhar de meu pai me encontra e depois os gêmeos, ele faz um sinal para que eu fiquei de olho neles, faço que sim e desvio meu olhar dele.

- Vou encontrar Justine – Mia diz, mas eu a seguro.

- Mia ela logo virá.

- Não vou fazer nada Axel, eu prometo. – A chamo para o canto onde ninguém se encontra.

- Precisa ser cautelosa – Digo a ela – Justine tem dado trabalho a eles por causa das coisas que você falou, ela não parece confiar neles, já desconfiam que você falaram algo a ela, então por favor não deixe tão claro. Meu pai me disse que ela só fala de vocês, seja cautelosa, tudo bem?

- Sim, eu vou ser cautelosa. – Ela sorrir, mas logo seu sorriso desaparece, me viro em direção ao seu olhar e percebo o motivo, David acabou de chegar. – Ele deveria ter vergonha de vim aqui, o pai dele matou os pais dela.

- David não tem culpa.

- Mesmo assim eu teria vergonha. – David parece nos ver, ele vem até nós com um grande sorriso, Mia cruza os braços e o encara.

- Está linda, Mia – Ele diz.

- Obrigado – Ela sorrir forçada.

- Estão todos muito ansiosos para ver Justine – Ele diz – Eu também estou, ainda não tive uma oportunidade de conversar com ela direito.

- Ninguém liga David – Encaro Mia irritado.

- Eu estava tentando ser legal – Ele diz.

- Só que você não é legal – Ela revira os olhos.

- Posso provar você do contrario? – Ele pergunta e ela continua calada – Dança comigo e nós podemos conversar um pouco?

- Ela vai adorar – Digo e pego na mão de Mia entregando a David.

- Não...

- Mia – Digo e ele me encara irritada, mas deixa que ele a conduza. Fico ali mesmo apenas observando as pessoas, Justine não demora mais que cinco minutos. A porta do salão de festa se abre e lá está ela, um vestido vermelho e longo, não colado como o de Mia, mas longo e solto, seus cabelos estão soltos e ondulados, com certeza é a mais bela da festa. Aos poucos as atenções se voltam a ela que apenas se encolhe, ela parece está prestes a sair correndo dali. Vou até ela, seguro sua mão e sorrio.

- Perdida?

- Um pouco.

- Está linda – Digo.

- Obrigado – Ela parece tímida. – Axel não estou me sentindo bem, sinto que vou vomitar com as pessoas me olhando.

- Está nervosa, é normal.

- Onde está Mia e Max? – Ela pergunta enquanto seus olhos percorrem o salão.

- Mia está dançando com David e não faço a mínima ideia de onde Max esteja. Um silencio paira sobre nós, não tenho mais o que dizer e muito menos ela, ambos parecemos perdidos sobre o que fazer.

- Justine – Ouço o governador chama-la atrás de mim, me viro e meu pai também está ao seu lado, o olhar dele para em minha mão segurando a dela, a solto. Agora todos parece está nos olhando, a musica para e todos ficam em silencio – Gostaria de apresentar a todos minha neta Justine River – Ele diz pegando em sua mão – Pensei que jamais a veria e descobrir que ela está viva resgatou um pouco do meu filho e espero que no coração de cada cidadão que o peso da possível morte de Justine seja perdoado, isso não significa que ele não vá pagar pelos seus crimes, mas que a sua pena será reduzida. – Ele encara ela – Não estamos hoje aqui para falar disso, estamos aqui porque quero que conheçam minha nova herdeira e comemorem comigo a sua volta. – O governador abraça ela e a encara por alguns segundos antes de concluir – Seja bem vinda querida.

- Obrigado – Ela diz. Palmas e a musica volta.

- Muito bem – O governador diz – Quero que conheça alguma pessoas.

- Quero dançar com Axel antes – Ela para por um segundo pensativa – Posso? – Ela pergunta, mas não parece satisfeita com isso.

- Claro – Ele se vira e faz um sinal para que eu me aproxime dela. Encaro meu pai que não parece contente. Pego em sua mão e a levo para próximo de Mia e David, elas se abraçam e eu a conduzo.

- Desculpa – Ela diz depois de ter pisado no meu pé pela terceira vez.

- Gosta desse tipo de festa? – Pergunto a ela.

- Me parece com as festas que minha professora descrevia nas aulas de historia.

- Professores traidores?

- Sim. – Quando algum professor é considerado traidor, não faz as tarefas do campo, apenas nos educam, mas muitos dizem que é uma educação limitada.

- Como foi todos esses dias lá?

- Os piores, vocês faziam tudo ser mais legal, nem mesmo me deixam ir ver vocês. Diziam que eu tinha muito o que fazer e daqui dois dias vou para a escola, eu não quero ir, não que eu não goste, mas eu não vou saber o que fazer. Na comunidade nós tínhamos livros velhos e aqui vocês tem tudo isso e eu nem sei usar meu CTphone ainda.

- Calma – Digo a ela – Qualquer duvida, qualquer problema pode contar comigo.

- Isso não é verdade – Ela diz e sei do que ela está falando.

- Justine, eu já expliquei a você, já fui lá fora e não, eu não quero trocar a vida que tenho aqui por aquilo.

- Aquilo Axel, é liberdade, isso aqui não passa de uma prisão.

- Uma prisão de luxo? Não acha isso incrível?

- Luxo nenhum paga a minha liberdade, quer passar a vida inteira sem saber o que sua mãe o deixou? Quer apenas seguir as ordens do seu pai? Como consegue não confronta-lo? Mal o conheço e tudo que eu mais amo é vê-lo com raiva de mim sem poder fazer nada.

- Com você, mas eu não. Meu pai não criou um filho, ele criou um soldado.

- E eu digo que você não é apenas isso, mas não vai ser aqui que vai descobrir isso.

- Tentador – Digo e a giro – Creio que o olhar que ele me direciona agora quer dizer para solta-la, porque tem muitas pessoas querendo falar com você – Digo encarando meu pai. Paro e a solto, mas é a Justine, ela adora provocar. Ela me abraça por quase dez segundos e beijo meu rosto, se o olhar dele era a frio, agora são duas grandes pedras de gelo.

Meu pai se aproxima de mim.

- Tente não se encantar por ela – Ele diz.

- Por que não?

- Vai ocupar meu lugar no futuro e não poderá fazer isso se envolvendo com ela.

- Sim senhor – Digo.

- Falo serio, Axel.

- Eu também, pai. O que lhe faria pensar que ela iria querer alguma coisa comigo?

- É uma selvagem, uma farda pode atrair ela. – Ele sai e respiro aliviado, talvez Justine tenha razão, eu vivo em uma prisão. Encontro ela novamente comprimentando alguns convidados, quando ela me ver, abre um grande sorriso e eu retribuo. Talvez eu me atraia por uma selvagem.

Sumi, mas voltei. Gente eu tinha perdido o arquivo de hoffen, mas recuperei ai tinha esse capítulo pela metade e só terminei ele, espero que gostem e vou voltar a escrever. COMENTEM E ESTRELINHA.

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