Ouvir - A Beautiful Mess-Jason Mraz
Eu olhava toda hora para o relógio que estava ali no bar. Queria entender por que ela precisava demorar tanto para se arrumar. Sorri ao lembrar do sorriso dela quando acordava, definitivamente ela não precisava nem um pouco demorar para ficar bonita, ela era naturalmente assim.
Pedi um drink enquanto ela não chegava, verificando se tudo estava em seu devido lugar.
Você tem o melhor dos dois mundos
Você é o tipo de garota que pode derrubar um homem,
E levantá-lo de volta novamente
Suspirei e tomei em um só gole todo o liquido gelado que estava em meu copo. Talvez dessa forma todo o meu nervosismo fosse embora. Mas nada adiantava.
Olhei para trás e então, finalmente eu vi ela. Um pouco insegura do que iria acontecer, ela mexia em suas mãos. Porem o seu sorriso sincero não saia de seus lábios, tão pouco o brilho perfeito de seus olhos.
Levantei e me encontrei com ela bem na metade do caminho. Ela me abraçou e beijou o meu pescoço, suspirando em seguida.
Alfonso sorrindo: Você demorou. – Ele olhou para ela. – Mas está linda!
Seu estilo é bastante seletivo,
embora sua mente é bastante imprudente
Bem, eu acho que isso apenas sugere
que isso é apenas a felicidade
Annie sorrindo: Obrigada, e obrigada pela flor.
Alfonso: Por nada. Se você sorrir assim todas as vezes que eu lhe presentear com flores, acho que irei dar muitas mais.
Annie mesmo abraçada com ele, jogou a cabeça para trás, gargalhando. Poncho ficou olhando admirando tanta beleza.
Annie sorrindo: Deixa de ser bobo menino, mas eu gostei da flor, não recuso ganhar mais.
Alfonso: Falta uma coisa.
Annie olhando surpresa pra ele: Falta?
Alfonso encarou ela: É claro que falta.
E não ligue pros meus nervos, chame de ficção
Mas eu gosto de ficar imerso em suas contradições
Minha querida
Porque nós estamos aqui, aqui nós estamos.
Anahí: O que?
Eu não deixei que ela pensasse muito, coloquei o cabelo que estava na frente para trás, com uma leve caricia em seu rosto. O beijo ocorreu em seguida, como se nunca tivéssemos nos beijado, o beijo ocorreu tão gostosamente que foi impossível querer parar. E na verdade nem paramos, continuamos a nos beijar enquanto ainda havia folego para isso.
Senti Anahí se arrepiar e estremecer seu corpo. Paramos o beijo com dois selinhos e então olhei para ela.
Alfonso sorrindo: Vamos, se não perdemos o espetáculo.
Bem, dói um pouco quando as palavras amáveis que você escreve
Meio que se transformam em lâminas
E a vida boa e cortês foi algo que ouvi falar mas é bom dizer que jogamos sujo
Oh querida
Porque nós estamos aqui, aqui nós estamos.
ANAHÍ
Poncho beijou minha mão e então me conduziu para fora do bar. Fomos o caminho inteiro em silencio, mas não por que nós não tínhamos assunto, pois assunto era que não faltava, porem parecia que precisamos daquele silencio naquele momento, os dois, não apenas só um. Sentia que algo bom demais estava a caminho. Sentia que algo perfeito demais ia acontecer.
Assim que paramos um garçom arredou a cadeira para que eu pudesse sentar, Poncho olhou para ele e o garçom assentiu, saindo em seguida. Parecia tudo tão combinado.
Annie sorrindo: Aqui é perfeito.
Alfonso: Só mais um pouco e vamos ter um cenário ainda mais bonito.
Annie pegou na mão dele: O que vamos fazer depois do jantar?
Alfonso beijou a mão dela: Decidimos depois, enquanto ainda jantamos. Mas, eu deixo totalmente para você escolher.
Annie sorrindo: Acredita que eu estou mais calma agora?
Alfonso: E por que?
Annie sorriu: Eu estava nervosa, não sabia exatamente o que pensar disso de bilhete, flor e tudo mais. E eu fiquei pensando em mil e uma coisas enquanto coloca esse vestido, esse anel, a minha aliança. – Ela passou o dedo na aliança e no anel. – E agora estou aqui, tão relaxada que nem parece a louca que estava no quarto, tão ansiosa como poderia ficar.
Alfonso passou o dedo por cima do anel dourado dela: Você gosta de dourado?
Annie surpresa com a pergunta: Tem seu charme e sua ocasião, mas preferia usar dourado só na minha aliança de casamento. – Ela ficou olhando para as mãos deles juntas. – Esse anel eu ganhei dos meus pais, quando eu me formei. – Ela riu, chamando atenção de Poncho. – E desde então quero fazer dessa aliança como se ela fosse a minha aliança de casamento!
Poncho olhando para ela: Pensei que fosse uma vontade desde criança.
Annie: Não! Meus relacionamentos sempre foram falidos Poncho. Acho que com você está sendo o mais normal de todos, se assim eu posso dizer. Apesar de toda paixão que temos, chega a ser normal comparado com os meus outros relacionamentos. E depois que ganhei o anel, tive apenas um relacionamento, que eu pensei seriamente que iria ser casamento, mas não foi. E você? Eu nunca ouvi você falando que queria se casar e ter uma família.
Nós continuamos aqui
E que bonita confusão é essa?
É como adivinhar algo quando a única resposta que temos é sim
Eu fiquei olhando para ele, sem saber o que dizer, sem saber como reagir. Então o garçom se aproximou, colocou duas taças na mesa, fazendo assim a gente separar as mãos.
Local e vista do jantar.
Olhei para o horizonte perfeito enquanto o garçom colocava o vinho nas taças, eu estava completamente encantada, ali só tinha nós dois, e apenas nós dois.
Quando o garçom se foi, eu voltei a olhar para ele, e para minha surpresa uma caixinha estava em cima da mesa.
Annie: O q...O que é isso?
Alfonso pegou na mão dela: Essa viagem vai ser sim inesquecível Annie, não pelos motivos errados, mas sim pelos motivos certos.
Ele levantou tirou a aliança com o solitário brilhante,era um anel de noivado com corte princesa. Eu fiquei apenas olhando tão surpresa, que a qualquer momento poderia chorar tamanha era a minha emoção.
Ele se ajoelhou e olhando bem para mim, perguntou:
- Annie, quer casar comigo?
Eu não sabia como expressar aquilo que eu sentia, apenas o abracei, me jogando em cima dele, e o enchendo de beijos. O encarei e o beijei. O nosso primeiro beijo como noivos. O beijo começou tão intenso e com tanta urgência, mas aos poucos foi ficando lento, mas não menos intenso. Acabamos por nos dar três selinhos seguidos, e eu finalmente respondi.
Annie olhou para ele: Sim, é claro que sim!
O anel deslizou em meu dedo, e eu suspirei satisfeita. Afinal, procurar marido pra que? Eu estava noiva do Poncho!
Voltamos a nos sentar e ficamos ali, naquele lugar perfeito entre beijos e caricias, jantando e comemorando o nosso noivado.
Depois levantamos e saímos pela praia, tirei minha sandália e fiquei pulando muito feliz por ali.
Poncho estava sentando, olhando para mim. Olhando como eu ia correndo para o mar e voltava correndo das ondas, como se eu fosse uma criança feliz.
Sentei de frente para ele e sorri.
Annie: Vamos dançar?
Poncho beijou o ombro dela: Vamos, claro. Onde quer ir?
Annie: Ouvi dizer que tem um barzinho bem bacana. Ele é bem perto da praia. Vamos lá?
Poncho: Vamos sim.
Annie mordeu o lábio inferior dele: Então vamos, meu noivo!
Coloquei minha sandália assim que saímos da areia. Fomos para o barzinho que eu havia falado para Poncho, quando chegamos, coisa que não demorou muito já que era bem perto, encontramos aquele cenário que me deixava super louca. A musica e o ritmo caribenho.
E ao som de Wisin y Yandel, sentamos em uma mesa, vendo as mulheres com suas saias rodadas dançando.
Havia uma área externa, onde mais pessoas dançavam, e ao redor, mostrando o limite que os clientes poderiam ir, onde varias tochas iluminavam ainda mais aquele cenário perfeito.
Poncho sorriu: Que lugar incrível.
Annie: Eu quero beber.
Poncho sorriu: O que?
Annie: Tequila!
Poncho levantou: Vou pedir.
Vi Poncho pedir a nossa tequila e depois eu resolvi ir atrás dele, não me importava de beber ali mesmo no balcão.
Annie rindo: Vamos fazer vira vira?
Poncho: Sério?
Annie: Super sério. Eu e as meninas nas festas da faculdade fazíamos muito isso, será que você aguenta?
Poncho desafiado: Vira vira de quantos copos?
Annie riu; 4!
Poncho arqueou a sobrancelha: 5?
Annie olhou para o barmen: 5 tequila pra cada!
Foi divertido. O olhar que o barman lançou para nós dois e a expressão de não acreditar naquilo.
Colocou cinco copos de cada lado, e depois com a garrafa encheu todos. Conseguimos chamar atenção com isso, algumas pessoas ficaram ao nosso redor, esperando que nós começássemos.
Poncho com um copo na mão: Sal apenas uma vez e o limão só ao final do quinto copo.
Annie riu: Super fechado.
Coloquei muito, mais muito sal na minha mão, e lancei meu olhar desafiador para ele. E então começamos, coloquei todo o sal na boca e comecei a beber copo por copo de tequila, sem olhar para Poncho. Assim que terminei o quinto copo corri pro limão, sugando até não ter nada mais.
Fiz uma careta quando terminei, e olhei para Poncho.
Ele estava simplesmente escorado no balcão olhando para mim, seus copos vazios.
Poncho: E agora o que eu ganho?
Annie olhou pros dois lados e chegou bem perto dele: Não posso falar agora, é proibido!
Pisquei pra ele saindo de perto do balcão e indo dançar com uma das mulheres que rodavam a saia. Poncho ria, já que eu trocava um pouco as pernas, só um pouco.