Procura-se um marido

ANAHÍ

 Saímos do apartamento de mãos dadas, e ficamos assim o tempo inteiro.

Tomamos nosso café da manha e Poncho não parou de me dar beijinhos, e ele também fazia carinho na minha mão e hora ou outra passava disfarçadamente a mão na minha perna que esta exposta.

Annie rindo tirando a mão dele: Deixa de safadeza, Herrera, eu não deixei.

Poncho: Quer namorar comigo, Annie?

Eu engasguei com meu suco e olhei assustada para Poncho.

Ele realmente me perguntou isso?

Poncho: Você me disse uma vez que não havia feito um pedido oficial, e agora eu não quero correr o risco de cometer o mesmo erro.

Annie sorriu: é claro que eu aceito. Sim, eu quero namorar você, Poncho.

Eu estava procurando um marido, e acabei encontrando um namorado.

Para ser marido é apenas um passo, não é?  

ALFONSO

  As palavras saíram tão depressa que nem ao menos as senti sendo pronunciadas.
E a surpresa foi maior ainda quando Annie aceitou o pedido sem pensar duas vezes.
O beijo que se seguiu depois do pedido talvez tenha sido melhor do que todos os outros que já havíamos trocado.
Era ela, e eu sabia.
Era ela que eu queria.

Annie rindo e sentindo os beijos de Poncho no rosto dela: Pensei que jamais iria me fazer esse pedido Alfonso.

Poncho sorriu e olhou para ela: Eu poderia ter ido para o pedido mais importante, que é o de casamento, mas, antes merecemos namorar não acha?

Annie sorriu: Acho sim!

Annie envolveu seus braços no meu pescoço e voltamos a nos beijar.
Se pudéssemos ficaríamos o resto do dia naquele chamego, porem, não era possível e logo eu paguei o nosso café da manha e fomos para o trabalho.

Dulce: PONCHOOOO!

Poncho olhou pro lado e para o outro e depois encarou Dulce: Eu?

Dulce abraçou o amigo: Claro que é você... Pediu?

Poncho: Pedi o que?

Dulce: Ora, ela em casamento.

Poncho sem entender: Quem eu pediria em casamento?

Maite: Deixa de ser tonto Alfonso. Sabemos que tiveram uma noite selvagem no apartamento de vocês.

Poncho riu: Noite selvagem?

Annie sorrindo; Liga para elas não Ponchito... O cérebro delas é 75% reservado para a safadezas.

Maite: E o seu não é reservado né amiga? Você pratica 100% aquilo que seu cérebro estava reservando não é?

Poncho sorrindo: Vou trabalhar... Tchau meninas...  

ANAHÍ

Poncho me abraçou e me deu um beijo no rosto.

Safado.
Eu que tenho que te provocar e não o contrario.

Sentei no meu lugar, e o olhar sugestivo de duas loucas não paravam de me encarar.

Annie: O que foi? O que eu fiz?  

Maite arredou a cadeira ate ela: Selvagem? Não minha amiga Annie, o que vocês tiveram essa noite não foi apenas selvagem!

Dulce ficando do outro lado de Annie: Foi canibalismo mesmo.

Annie olhou para as duas assustadas: O QUE?

Maite: Ele te comeu Annie, por que esses roxos só explicam isso.

Annie fechou os olhos: Não estão escondidos?

Maite riu: Sua safada, então foi canibalismo mesmo!

Annie: Calada Maite... E não foi canibalismo.

Dulce: Foi o que então?

Annie: Foi intenso, apenas isso.

Maite: Intenso é o que eu e o Chris praticamos, minha amiga, o seu foi canibalismo e eu não duvido que ele tenha te jogado na parede, fazendo os vizinhos receberem poeira.

Annie: Poeira?

Dulce: Sim, por que qualquer dia vocês levam o prédio a baixo.

Maite riu: Anda abalando estruturas em Annie.

Eu tive que rir, sim, essas minhas amigas são completamente loucas.

Annie: Vou contar um segredo, mas não pode sair daqui...

Maite: Boca de tumulo amiga.

Dulce: Conta...

Annie: Eu e o Poncho estamos namorando.