UMA CARTA PARA MIM

By filhadatrindade

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Angelina Forbes é uma jovem com personalidade forte, cheia de energia e marcas. Depois de perder sua irmã mai... More

Prólogo ❤
Capítulo 1 - Escola nova ❤
Capítulo 2 - De cara com a Barbie ❤
Capítulo 3 - Novas pessoas ❤
Capítulo 4 - Você parece com ela ❤
Capítulo 5 - No terraço ❤
Capítulo 6 - Egoísta ❤
Capítulo 7 - Ferrou ❤
Capítulo 8 - Castigo ❤
Capítulo 9 - Você não está sozinha ❤
Capítulo 10 - Anjo ❤
Capítulo 11 - Surpresa ❤
Capítulo 12 - Um encontro? Acho que não ❤
Capítulo 13 - Ame seus inimigos ❤
Capítulo 14 - Anna ❤
Capítulo 15 - Sinal ❤
Capítulo 16 - Dias passados ❤
Capítulo 17 - Abraços grátis ❤
Capítulo 18 - Isso sim é um encontro ❤
Capítulo 19 - Briga ❤
Capítulo 20 - Desmaio ❤
Capítulo 21 - Uma velha amiga ❤
Capítulo 22 - Tensão ❤
Capítulo 23 - Show de talentos ❤
Capítulo 24 - Revelações ❤
Capítulo 25 - Momento de dor ❤
Capítulo 26 - O monstro está nas ruas ❤
Capítulo 27 - A coisa certa a fazer ❤
Capítulo 28 - Isabel ❤
Capítulo 30 - A verdade está a caminho ❤
Capítulo 31 - Algo bom está por vir ❤
Capítulo 32 - Esclarecimentos ❤
Capítulo 33 - Maldito sorriso ❤
Capítulo 34 - O amor está no ar? ❤
Capítulo 35 - Feliz aniversário ❤
Capítulo 36 - Meus queridos ♥
Capítulo 37 - Voltando a Academia Star ❤
Capítulo 38 - Eu ainda...❤
Capítulo 39 - Um roubo ❤
Capítulo 40 - Alguém está em perigo ❤
Capítulo 41 - Troca de mensagens ❤
Capítulo 42 - Podemos virar... cinzas ❤
Capítulo 43 - Eu te amo ❤
Capítulo 44 - Enfim... Lar! ❤ [Penúltimo capítulo]
Capítulo 45 - Sabor de amor ❤ [Último capítulo]
Epílogo ❤

Capítulo 29 - Viagem ❤

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By filhadatrindade

Dedico esse capítulo à minhas lindas MayaraSilva782 PrincessesinGod AninhaMaiia e princesspinknica ♡ love u ♡

☆ Não esqueçam de votar e comentar 

"Deus não te nenhum fardo que você não possa suportar"

❤ VAMOS AO CAPÍTULO ❤

Angelina narrando

Angelina narrando

Eu não sei por que meus pais tiveram a ideia de viajar, eu não estava nem um pouco afim, mas depois de muito pestanejar e pedir pra não ir me convenci que seria inútil tentar convencê-los do contrário. Eu estava aprontando minhas malas para viajar para a casa da minha avó, eu não queria viajar, mas eu sabia que ia me fazer bem. E eu estava com saudade dos meus avós, fazia tempo que não os via, a última vez foi no velório de Anna; os pais da minha mãe eram muito doces, eu os amava como ninguém. Ficar perto deles me acalmava.

Eu já estava mais conformada com essa viagem de ultima hora, mas o que me deixava triste era que Bernardo não viria conosco, não que nós não queríamos, mas ele preferiu ficar, com a desculpa de ter que resolver algo importante por aqui, não quis entrar em detalhes, mas eu não iria invadir sua privacidade. As meninas vieram aqui se despedir de mim e todas ficaram tristes, especialmente Isabel. Ela fez um drama como ninguém.

Acho que mudar os ares e parar de pensar em Vincent com certeza iria me fazer bem, eu estava precisando parar de pensar nele. Mas eu me reaproximei de Deus, eu nunca pensei que me sentia tão incompleta sem ler a bíblia e orar pelo menos uma vez ao dia, tem se tornado uma necessidade árdua em mim, eu chego a ficar sem dormir se não faço isso. A dor parece estar sendo dissipada com o passar dos dias, mas eu ainda sinto os resquícios da traição implantados no meu coração.

Mas, eu já posso sentir o consolo do Espírito Santo na minha vida. Eu estou mais aberta com meus pais, contei tudo a eles, tudo que passei na escola com Vincent e como eu sinto saudades da minha irmã. Um dia desses passamos o dia inteiro juntos apenas orando e louvando, eu toquei piano para eles e eles cantaram comigo, Bernardo se juntou a nós no fim do dia e até cozinhou. Tem sido dias alegres apesar de toda minha dor e decepção.

Termino de arrumar minhas malas, com toda roupa necessária para duas semanas. Pego minha bolsa e coloco algumas coisas para me distrair durante o vôo. Afinal, estamos indo para Exeter, uma cidade de Londres.

— Vamos logo filha, se não perderemos o vôo – Minha mãe aparece no quarto me chamando.

— Estou pronta, só preciso de ajuda com as malas – Digo apontando para as duas malas, uma gigante e outra pequena.

— Estou aqui para isso – Bernardo adentra meu quarto com um largo sorriso para mim.

Bernardo pega as duas malas e eu pego a minha bolsa, minha mãe e ele saem do quarto, eu dou uma boa olhada e fecho a porta. Bernardo coloca nossas malas no carro e nos despedimos; eu sentiria falta dele. Entro no carro e meus pais entram também, olho pela janela e dou um "tchau" para ele que corre um pouco atrás do carro me fazendo sorrir e derramar uma lágrima.

Quando chegamos ao aeroporto não demorou muito para embarcarmos, fiquei junto com meus pais na primeira classe, o vôo não demorou muito, pouco mais de uma hora. Mas, eu me sentia muito cansada. Quando chegamos meu pai foi pegar as malas enquanto eu e minha mãe fomos procurar o vovô e a vovó. Procuramos e logo avistamos os dois de mãos dadas acenando para nós. Meus olhos se encheram de lágrimas e corri para abraçá-los.

— Eu senti tanta falta de vocês – Disse no meio dos dois.

— Oh querida, também sentimos sua falta – Vovó Marta me diz acariciando meu cabelo.

— Você está maior! E mais magra – Meu avô, Gabriel, aperta minha barriga.

— Homem deixa-a em paz, ela acabou de chegar! – Minha avó dá um tapa leve no meu avô que retribui beijando sua mão. — Logo ela engorda – Disse ela com um sorriso amistoso.

Eu sempre voltava pra casa com uns quilinhos a mais, visitar eles dois dava nisso, mas eu não me importava, tinha ficado sem comer e ando comendo mal há vários dias, não me importo de engordar um pouco, além do mais, nunca me importei com isso.

— Mãe, é bom te ver – Minha mãe abraça minha avó

— Estou com ciúmes – Meu avô diz fingindo se sentir afetado.

— Velho ciumento esse o meu – Minha mãe diz e beija os cabelos brancos do vovô.

Eu e minha avó começamos a rir dos dois que começam a rir junto conosco, meu avô sempre foi ciumento comigo, minha mãe e com a vovó; mas ele sempre passava por cima do ciúme com humor. Ele sempre foi bem humorado e sempre sabe nos fazer rir. Acho que é por isso que meus pais me trouxeram aqui, uma terapia de risos iria me ajudar.

Depois de alguns minutos meu pai apareceu com nossas malas, sendo ajudado por alguns funcionários do aeroporto. Meu avô e eu ajudamos a colocar as malas no carro e fomos para a casa deles. Chegando lá, reparei que o jardim da vovó continuava bem cuidado como sempre, e ainda tinha um balanço na frente da casa a qual eu brincava com a Anna. O balanço era todo feito de galhos de árvores, e ficava na frente da casa que ficava de frente há um lago.

Lembro-me de ficar horas brincando ali, e lembro de ter ajudado meu avô a construir esse balanço. Eu havia brigado com Anna por ter ralado o joelho e queria me mostrar superior pegando coisas pesadas. Do outro lado da frente da casa tinha uma fonte que tinha gravado nela "fonte dos desejos". Eu realmente acreditava que isso funcionaria um dia, meus desejos se realizaram até o ano passado, quando a morte da minha irmã fez tudo desabar.

Finalmente entramos em casa e o cheiro de bolo de laranja estava invadindo toda a casa, suspirei fundo fazendo todos rirem comigo. Vovô fez a gente soltar as malas na sala e ir direto para a cozinha, sentamos-nos à mesa com uma toalha de frutas e um fruteiro bem no meio e minha avó nos serviu o bolo, ela pegou uma calda de chocolate e chantili e jogou no meu.

— A senhora a mima – Meu pai diz e minha avó coloca o mesmo para ele também. Ele coloca o dedo para experimentar e rimos da sua cara.

É tão bom estar aqui, em apenas alguns minutos me esqueci totalmente do mundo real, fiz questão de desligar o telefone para não ser incomodada, ficamos o resto da tarde conversando sobre coisas de quando eu era mais nova. Vovô fez questão de mostrar os dois álbuns de fotos da família e ficamos contentes em ver todas as fotos, era muito bom ver recordações tão felizes de todos nós juntos.

[...]

Depois de guardar minhas malas no quarto de hospedes, fui até a parte de trás da casa aonde tinha uma varanda com uma rede amarela e um banco em baixo da janela do meu quarto. Eu adorava esse lugar tão aconchegante. Sentei-me na rede e me balancei um pouco, uma brisa suave bateu no meu rosto e me senti sendo abraçada pelo Espírito Santo, foi uma sensação tão incrível que não contive minhas lágrimas.

Obrigado Deus, por tudo. Eu não conseguia pensar em outra coisa, Ele tem sido tão bom comigo, tão misericordioso. Fecho meus olhos e me concentro nos sons ao meu redor, folhas balançando, pássaros cantando, pedrinhas caindo na água. Tudo tão suave e calmo, tudo que eu precisava.

Abri meus olhos e vi uma porta entreaberta num cômodo solitário mais a frente do terreno, eu não me lembrava daquele lugar, sai da varanda e entrei lá. Quando abri a porta tinha apenas um piano e um quadro com uma foto da minha família reunida. Eu chorei ao ver aquele retrato, eu devia ter uns dez anos, tenho saudades daquela época. Aproximei-me do quadro e limpei com minha mão a poeira em cima dele.

— Querida? – Viro-me e minha avó está parada na porta com um sanduíche e suco de laranja. Vou até ela, dou um sorriso e pego o lanche da sua mão.

— Obrigado vovó – Digo beijando sua bochecha quente e macia.

— Será que minha neta pode me fazer um agrado e tocar piano? – Ela pediu, mas eu não queria fazer isso. Faria-me chorar como criança, e vim aqui justamente para não chorar. Mas, eu já estava chorando apenas com o pedido. — Oh querida, esqueça, apenas coma seu lanche e entre antes que esfrie – Ela me abraça depois sai de dentro do cômodo.

— Vovó?

— Sim meu amor? – Ela se vira para me olhar.

— Me desculpe – Ela sorri e sai.

[...]

Passado mais de uma semana eu estranhei não ter recebido nenhuma ligação de Bernardo, apenas algumas mensagens. Isabel me mandava mais mensagens que ele. Assim como os outros. Eu não mexia muito em nenhum eletrônico porque queria aproveitar tudo aqui o máximo possível, minha avó convidou alguns primos para vir e nós divertimos muito. Eu estava me divertindo relembrando os tempos antigos.

Depois de um dia cansativo aqui, eu fui para o meu quarto e peguei meu notebook decidido a olhar minhas redes sociais, não tinha nada de muito interessante, mas daí apareceu algo que partiu meu coração, não doeu tanto quanto eu imaginei que doeria, mas eu senti uma facada. Uma foto de Vincent e Elise numa pizzaria, e era recente. Ele não se arrepende? Ou já me esqueceu? Talvez nunca tenha se apaixonado, pensamentos ruins começaram a invadir minha mente e eu fechei o computador na mesma ora. Pus-me de joelhos e comecei a orar, deixei as lágrimas rolarem por alguns instantes, mas levantei-me e sai do quarto. Olhei pela janela e avistei o cômodo com o piano, eu estava sozinha em casa acho que não teria problema tocar um pouco.

Fui até lá e me sentei no banco, abri o piano antigo e comecei a dedilhar as teclas, meus dedos reconheciam bem aquele som. Respirei fundo, fechei meus olhos e continuei a dedilhar então uma música veio à minha cabeça Here da Kari Jobe.

Come and rest here
Come and lay your burdens down
Come and rest here
There is refuge for you now

You'll find his peace
And know you're not alone anymore
He is near
You'll find his healing
You're heart isn't shattered anymore
He is here

Breathe in
Breathe out
You will
You will find him here

I will rest in you

You will find him
You will find him here
You will find him
You will find him here

— Você toca tão bem querida – Me assusto com a voz da minha avó e ponho-me de pé rapidamente.

— Desculpa vovó, não queria tocar seu piano sem permissão

— Queria sim meu amor, mas não tem problema algum. Adorei ouvir você tocar – Ela chega perto de mim e me dá um abraço forte, olho por cima do seu ombro e vejo vovô escorado na porta com um sorriso largo e olhos brilhantes. — Eu te amo meu amor.

— Eu também amo você, amo os dois – Digo e chamo meu avô para o abraço, os dois riem e me apertam.

— Abraço em família! – Minha mãe aparece do nada com meu pai e nos abraça também.

Eu estava me sentindo incrivelmente bem, apesar de sentir falta dos meus amigos e uma angustia profunda ao lembrar do Vincent, eu estava consolada pelo meu Pai. 

Continua...

"Deixo a paz a vocês; a minha paz dou a vocês. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbe o seu coração, nem tenham medo. " João 14:27

são trinta capítulos e três mil e quinhentas leituras amoraaaaas, pirando!!! Obrigado pelo carinho imenso que vocês têm por mim e pelo livro ❤

Votem e comentem ♥ Até a próxima ♥

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