Dedico esse capitulo as minhas lindas princesspinknica, PrincessesinGod e PrincesadeTres <3 As princesas do wattpad ♥
"Disse-me ainda: "Está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. A quem tiver sede, darei de beber gratuitamente da fonte da água da vida. O vencedor herdará tudo isto, e eu serei seu Deus, e ele será meu filho. " Apocalipse 21: 6-7
♥ Vamos ao capitulo ♥
Depois de comermos a deliciosa torta da minha mãe, todos tiveram que ir embora. Eles me animaram um pouco, mas eu ainda queria ficar quieta no meu canto. Obviamente eu não consegui o que eu queria.
Isabel me arrastou para um passeio pelo parque do bairro. O clima estava gelado, mas nada de fazer os dentes tremerem, agradável.
Esse parque sempre me trazia memórias da Anna, não vinhamos sempre aqui, mas só de ter estado aqui com ela, ela me vem à cabeça. A cada passo que eu estava dando eu sentia mais e mais falta da minha irmã. Acho que nunca vou conseguir tirar ela da minha cabeça.
— Aqui é tão bonito, parece cenário de filmes. – Isabel diz me acordando dos meus devaneios.
— É. – Respondo-lhe
— Olha... – Ela coloca suas mãos em meus ombros para me parar e me fita por uns minutos — Você encontra outro carinha Angelina, ele não é a ultima coca-cola do deserto. – Ela diz em uma tentativa inútil de me consolar.
— Tanto faz.
— Parece o fim do mundo ter o coração partido, eu sei, mas não é, você vai superar, porque coração não parte de verdade, está tudo na sua cabeça. – Piscou para mim.
Apenas concordo com a cabeça e continuamos a caminhar, ela continua a tagarelar sem parar e eu apenas balanço a cabeça, mas não presto atenção em uma palavra.
— Vamos comprar um sorvete? – Ela diz.
— Isso fica do outro lado do parque Isabel, estou cansada de andar – Sento-me no primeiro banco que vejo para não ser arrastada novamente.
— Já vi que vou ter que ir comprar para nós duas. Espera aí! – Ela sai antes de eu dizer mais alguma coisa, eu não tenho alternativa a não ser esperar ela com o sorvete.
Fico olhando para árvore em cima de mim que estava com galhos secos, eu estava me sentindo exatamente como essa árvore. Seca.
Algumas folhas penduradas, mas o primeiro vento que bateu as levou para bem longe. É isso, assim mesmo que me sinto, qualquer golpe por mais fraco que seja eu vou cair. Nem preciso fechar meus olhos para sentir o arder e as lágrimas querendo me presentear. Pisco os olhos e suspiro, olho em volta e fico aliviada por não ter ninguém olhando.
Um tempo passa e nada da Isabel voltar, começo a ficar preocupada, mas recebo uma mensagem dela dizendo que a fila da sorveteria está grande e que vai demorar um pouco. É a pior mentira que já ouvi, ela com certeza está com alguém, mas isso não me importava e nem era da minha conta, na verdade eu me senti mais tranqüila por poder ficar mais um tempo sozinha. Apenas admirando o céu de onde eu estava e sentir o geladinho tocando minha pele.
— Oi – Viro-me e não acredito em quem encontro, era a ultima pessoa que eu precisava ver agora.
Levanto-me rapidamente para ir embora, mas ele me puxa pelo braço e me para.
—Me solta Leonard – Peço um pouco agitada e ele me solta.
— Eu sinto muito pelo o que aconteceu – Eu já estava virada para ir embora, mas paro quando ele diz isso.
— Eu também sinto – Viro-me para olhá-lo, ele não era o culpado disso.
— Quer caminhar? – Ele me pergunta com a voz baixa.
— Não.
— Por favor – Olho nos olhos dele, e antes de negar novamente, terminando consentindo a ir.
Um silêncio constrangedor se instala por quase vinte minutos e aquilo começa a me incomodar demais, eu queria um foguete para poder ir para a lua e sair dessa situação.
— Eu... – Ele começa a falar, mas hesita — Eu sinto muito, de verdade.
— Você já disse isso – Ralho.
— É, mas...
— Olha você não tem culpa. Vincent é seu melhor amigo e é claro que você guardou o segredo dele. Eu não o culpo de ter um amigo mentiroso – O interrompo e ele sorri fraco.
— Ele já se arrependeu do que fez, ele está muito mal mesmo – Diz.
— Ele devia ter se sentido mal antes de me fazer gostar dele e mentir na minha cara. – Retruco e vejo-o arregalar seus olhos castanhos — Me desculpe, fale de qualquer coisa menos dele.
— Você vai passar as férias aqui? – Ele muda de assunto e agradeço internamente.
— Não sei, meus pais trabalham em hospital e não tem muito tempo para viagens – Respondo.
Meu telefone toca e vejo a foto de Isabel na tela, gesticulo com as mãos para Leonard esperar um pouco e ele consente. Atendo o telefone e fica em silencio por alguns segundos.
— Isabel?
— Oi, cadê você?
— Ah, droga, me desculpe eu sai pra andar com um... colega de classe.
— Colega, sei. Acho que você já está seguindo meu conselho. Te vejo mais tarde!
— Isabel... – Ela desligou antes de eu contestar.
Com certeza eu vou ter que explicar isso para ela depois, pois ela não vai parar de falar. Sempre tenho que escolher as palavras certas com Isabel, se não ela entende tudo errado. Eu guardo meu telefone e me viro para falar com Leonard e dou de cara com ele, a proximidade entre nós fica um tanto quanto estranha, sinto meu rosto corar com a situação e me afasto rapidamente dele.
— Desculpe, eu tenho que ir – Balbucio.
— Tudo bem, quer que eu te acompanhe? – Pergunta.
— Não – Respondo rápido demais.
— Tem certeza? Eu posso ir...
— Não precisa. – Ralhei. — É... Desculpa. Estou indo.
Quando eu estou caminhando de volta para casa, Isabel estava sentada no banco onde eu tinha ficado antes e tomando um dos sorvetes de pote.
— Já? – Seu olhar decepcionado veio ao meu encontro.
— Era só um colega.
— Aham. – Ri e me dá o outro pote de sorvete.
Eu devia ser mais grata a ela, ela realmente tem tentado me animar sem nem saber o que houve comigo, tenho sido egoísta só pensando em mim, mas é algo que não consigo evitar. Não consigo me preocupar com nada além de mim.
Eu queria tanto que Anna estivesse viva, se não, nada disso teria acontecido. Eu ainda estaria no meu colégio de meio período, feliz com minha irmã e a igreja, feliz com minha família e segura do que eu quero. Sem carências, sem sofrimento. Sem me cobrar tanto algo. Sem egoísmo. Eu sinto que não sou eu mesma, estou presa em uma personalidade que não é minha, me importando mais comigo mesma do que com Deus e meus pais que são as coisas mais importantes para mim.
Eu estou cheia de dizer amar a Cristo, mas não demonstrar isso com minhas atitudes. Eu sinto que meu sofrimento é o pior de todos, mas não é. Há pessoas que morrem queimadas, dilaceradas apenas por dizer o nome de Jesus, eu sou livre para dizer isso e mesmo assim tenho um amor tão miserável e uma ingratidão enorme. Meu ego está tão inflado.
Não, eu não me esvaziei de mim mesma, se não eu não estaria nesse estado deplorável. Eu preciso de uma luz, eu preciso tomar uma atitude real de cristã. Parar com esse drama e seguir em frente.
É tão difícil fazer isso, praticar os ensinamentos de Cristo e o amar sobre todas as coisas, mas eu preciso conseguir fazer isso. Levantar a cabeça e carregar a minha cruz. Isso está na bíblia. Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me; Eu preciso seguir isso, porque é isso que eu quero.
Isabel narrando
Minutos atrás.
Voltei da fila do sorvete e nada da Angelina, dei uma boa olhada em volta, mas ela tinha virado fumaça. Então peguei meu celular para ligar para ela.
— Isabel?
— Oi, cadê você?
— Ah, droga, me desculpe eu sai pra andar com um... colega de classe.
— Colega, sei. Acho que você já está seguindo meu conselho. Te vejo mais tarde!
Desligo antes dela poder dizer algo. Precisa de um momento a sós comigo mesma e parece que ela vai se divertir sem mim. Sentei no banco onde anteriormente ela estava e abri um dos potinhos de sorvete e comecei a tomar.
Quando olhei para frente vi uma menina, cabelos castanho escuro, cílios enormes e um livro na mão. Parecia Anna. Sorri de canto e continuei tomando meu sorvete.
Flash back on
Eu estava no meu carro preto, bem na esquina, vidros fumês com isolação do som interno. Com o som ligado num volume que não me deixasse surda.
— No, you didn't have to stoop so low have your friends collect your records – Gotye tocava na rádio. — And then change your number I guess that I don't need that though
— Now you're just somebody that I used to know – Cantei a última parte junto, com as mãos no volante batendo os dedos ao ritmo da música.
Meu coração estava tão acelerado e esperançoso, finalmente, depois de meses, ia acontecer.
Quando ouvi as risadas pela rua, tirei o som e baixei o vidro, lá estavam eles. A família perfeita. Voltando, provavelmente da igreja, numa tarde qualquer.
Família perfeita.
Sorri comigo mesma e olhei eles entrando felizes dentro de casa.
— Ninguém é perfeito para sempre.
Flash back off
Eu precisava sorrir. Eu nunca me senti tão feliz.
Continua...
"Ele enxugará dos seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem tristeza, nem choro, nem dor, pois a antiga ordem já passou". Apocalipse 21:4
Tadinha da nossa Angelina, né gente? Ela está tão triste que está dando dó </3 Será que é o fim de #Vincenlina? Deixe a opnião de vocês nos comentários ♥ Não esqueçam também de votar e deixar a tia Mile feliz ♥ Até o proximo capitulo ♥