UMA CARTA PARA MIM

Autorstwa filhadatrindade

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Angelina Forbes é uma jovem com personalidade forte, cheia de energia e marcas. Depois de perder sua irmã mai... Więcej

Prólogo ❤
Capítulo 1 - Escola nova ❤
Capítulo 2 - De cara com a Barbie ❤
Capítulo 3 - Novas pessoas ❤
Capítulo 4 - Você parece com ela ❤
Capítulo 5 - No terraço ❤
Capítulo 6 - Egoísta ❤
Capítulo 7 - Ferrou ❤
Capítulo 8 - Castigo ❤
Capítulo 9 - Você não está sozinha ❤
Capítulo 10 - Anjo ❤
Capítulo 11 - Surpresa ❤
Capítulo 12 - Um encontro? Acho que não ❤
Capítulo 13 - Ame seus inimigos ❤
Capítulo 14 - Anna ❤
Capítulo 15 - Sinal ❤
Capítulo 16 - Dias passados ❤
Capítulo 17 - Abraços grátis ❤
Capítulo 18 - Isso sim é um encontro ❤
Capítulo 19 - Briga ❤
Capítulo 20 - Desmaio ❤
Capítulo 21 - Uma velha amiga ❤
Capítulo 22 - Tensão ❤
Capítulo 23 - Show de talentos ❤
Capítulo 24 - Revelações ❤
Capítulo 26 - O monstro está nas ruas ❤
Capítulo 27 - A coisa certa a fazer ❤
Capítulo 28 - Isabel ❤
Capítulo 29 - Viagem ❤
Capítulo 30 - A verdade está a caminho ❤
Capítulo 31 - Algo bom está por vir ❤
Capítulo 32 - Esclarecimentos ❤
Capítulo 33 - Maldito sorriso ❤
Capítulo 34 - O amor está no ar? ❤
Capítulo 35 - Feliz aniversário ❤
Capítulo 36 - Meus queridos ♥
Capítulo 37 - Voltando a Academia Star ❤
Capítulo 38 - Eu ainda...❤
Capítulo 39 - Um roubo ❤
Capítulo 40 - Alguém está em perigo ❤
Capítulo 41 - Troca de mensagens ❤
Capítulo 42 - Podemos virar... cinzas ❤
Capítulo 43 - Eu te amo ❤
Capítulo 44 - Enfim... Lar! ❤ [Penúltimo capítulo]
Capítulo 45 - Sabor de amor ❤ [Último capítulo]
Epílogo ❤

Capítulo 25 - Momento de dor ❤

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Autorstwa filhadatrindade

Dedico esse capitulo as minhas leitoras ansiosas LillaSantos e RebecaXabudNeumann 

"Para sempre, Ele é glorificado. Para sempre, Ele é exaltado. Para sempre, Ele ressuscitou. Ele vive, Ele vive!"  - Kari Jobe, Forever;

VAMOS AO CAPITULO

Eu não estava com animo, nem forças para me levantar da cama, eu só queria dormir para evitar o rio de lágrimas que está preso dentro de mim. Eu sempre fui tão auto-suficiente e forte, não sei por que me deixei levar por um romance colegial. Desde aquele fiasco do show de talentos eu não consigo sair do meu quarto e já é domingo. Eu só consigo dormir a base de remédio e quando ele faz efeito, meus pais me perguntam o que houve, mas não tenho energia para explicar, aquela cena... As palavras que saíram da boca dele ficam repetindo na minha cabeça a todo instante, a última coisa que eu quero é falar sobre isso.

Eu estou me sentindo desolada, sem chão, em pensar que as palavras dele que eram doces como mel aos meus ouvidos se tornaram tão amargas e falsas. Vejo as coisas de outro ângulo e outra perspectiva, tudo antes tinha as cores do arco-íris, mas agora é como um filme antigo em preto e branco. Um filme triste, que não tem final feliz. Não vai terminar na mocinha indo correndo de encontro ao seu amado, perdoando toda e qualquer mentira ou traição.

No fundo eu esperava que houvesse um mal-entendido, mas não tem. Estou em um conflito interno entre minha mente e meu coração. Meu coração diz vai, perdoa. Mas minha cabeça diz que ele é um traiçoeiro e traidor. Meu coração sempre foi fraco e sempre me meteu nas maiores ciladas do mundo, eu não posso mais confiar nele, eu só posso confiar na minha mente que é mais racional e sabe os contras que eu estou enfrentando. Uma mentira assim.

Como ele pôde se autodenominar cristão? Ele olhou dentro dos meus olhos e mentiu. Falou de Cristo com uma simplicidade, mas guardava algo assim em seu peito, algo tão cruel. Como ele pôde trair alguém tão doce como a Anna e ainda mais se envolver com a irmã dela? Será que ele pensou que assim eu jamais descobriria ou quando descobrisse eu o perdoaria tão fácil? Ou pensou que assim ele me faria desistir da minha vingança?

Numa coisa ele está certo: não quero mais me vingar. Porque eu sei que o meu Redentor se levantará ao meu favor, toda essa mentira afinal de contas me ajudou a ver isso, que não preciso usar da minha força para fazer justiça. Eu tenho tantas coisas para me preocupar, mas não consigo parar de pensar nele, maldito. Tomou meu coração como um ladrão no meio da noite.

Esse deve ser meu castigo por tê-lo deixado, por ter abandonado o meu Criador, Aquele que morreu por mim. Eu fui tão ingrata e infiel, e ainda tenho sido apesar de retornar aos cultos não tenho procurado ter intimidade alguma com ele. Só de pensar nisso mim já sinto minhas lágrimas caindo, quentes e sem controle. Meus olhos não param de arder, quando me olho no espelho, tenho nojo de mim por não ter confiado em Deus, por ter me entregado a alguém sem o consentimento d'Ele. Sinto-me tão suja, manchei o nome da minha irmã e o meu. E o pior de tudo foi ter confiado tão cegamente nele.

Quando eu tenho forças pra me levantar da cama, me sento na minha cadeira de frente a janela e fico olhando para a rua, vendo as crianças rindo e se divertindo como se aquilo fosse o único motivo de suas existências. A única preocupação deles é não ralar o joelho ou não sujar a roupa para não levar bronca, queria voltar a ter somente essas preocupações. Voltar à fase de ter nojo de garotos e só ficar com meus amigos. O tempo parece estar em câmera lenta, não favorece a minha dor e sofrimento, só faz eu me angustiar mais e mais.

Ainda estou sentada na janela, mas já percebo o sol se pondo. Eu nem ao menos sei que dia é. Eu mal comi, ou troquei de roupa, não por falta de higiene, mas por falta de coragem mesmo. Se eu sentar na minha banheira é capaz de eu me afogar. Se eu comer algo, vou-me sentir enjoada e vomitar tudo, ouço batidas na porta e parece que estão tocando bateria dentro do meu quarto. Porque estou tão sensibilizada?

Coloco as minhas pantufas que está a minha frente e levanto-me da cadeira, vou em direção a porta e pego na maçaneta, mas minha mão treme e começo a suar e sinto muitas lágrimas caindo. Escoro-me na porta e sento-me no chão frio.

— Ruiva, abre a porta, por favor! – Ouço a voz suave de Bernardo, mas não consigo dizer nada, pois meus soluços tomam uma proporção incontrolável. — Olha, todo mundo está preocupado com você, principalmente seus pais, sua mãe estava chorando ontem à noite. Eu não sei o que aconteceu, mas você precisa se reerguer – Ouvi-lo falando me deu um nó na garganta, a última coisa que eu queria era fazer meus pais sofrerem por bobagens de uma adolescente burra. — Você está aí desde sexta-feira Angelina, e já é segunda-feira. Você não tem comido nem bebido nada.

Eu limpo freneticamente minhas lágrimas e me levanto cambaleando, estava sem forças até mesmo para ficar de pé. Mais uma vez coloco minha mão na maçaneta, mas dessa vez consigo girar a chave e abrir a porta. Quando abro, vejo os olhos de Bernardo preocupado comigo e não consigo ter outra reação a não ser pular em seu pescoço.

Bernardo provavelmente seria o único a me entender, ele amava Anna tanto quanto eu. Ele me abraça forte e me acolhe e eu molho sua camisa pólo com minhas lagrimas. Desgarramos-nos e dou passagem para ele entrar no meu quarto. Ele se senta na cadeira e eu sento na minha cama, ele fica de frente pra mim, mas eu abaixo a cabeça. Estou muito constrangida por ele estar me vendo assim.

— O que houve? – Questiona. Ele passa uma das suas mãos no meu rosto fazendo-me levantar a cabeça.

— O Vincent... – Engulo em seco, falar o nome dele dói tanto. — Foi o Vincent que namorou a Anna. – Revelo afinal, ele me olha surpreso, mas não diz nada, não parece bravo.

Eu desvio meu olhar tentando segurar as lágrimas, e ele se senta ao meu lado, pega um dos meus travesseiros e coloca em seu colo e me puxa para deitar. Eu me encolho toda e fico deitada no seu colo sentindo seu cafuné no meu cabelo que devia estar com um cheiro horrível. Olho para a porta e vejo minha mãe sorrindo fraco para mim, não hesito em me levantar e abraçá-la bem forte. Eu nunca quis ferir meus pais com meu sofrimento, mas eu fiz isso e me sinto péssima por isso.

— Minha filha, eu te amo tanto – Minha mãe diz me puxando para mais perto de si.

— Eu também mãe, eu te amo muito – Digo engasgada — Me perdoe por isso – Peço.

— Xiii querida, você não tem culpa – Ela me afaga e eu começo a ser invadida por um carinho materno. Sinto-me ser apertada por mais alguém e sei que Bernardo está nos abraçando também.

Depois de explicar aos dois tudo o que aconteceu na sexta, eles preferiram não dizer nada. Minha mãe foi preparar uma torta de morango para mim – minha favorita – e Bernardo foi chamar Isabel para me ajudar com o banho e as roupas. Apesar de Isabel ser um pouco arrogante, ela realmente entendia de roupas e deixar alguém muito bem arrumada. Eu fui muito grosseira com ela da última vez, com ela e com Amanda, e até me sinto mal por isso.

Eu deixei a porta aberta e me deitei na cama para sentir a brisa do vendo vinda da janela bater no meu rosto, estava com tantas lágrimas que senti meu rosto gelar.

— Olá! – Isabel entra animada no meu quarto, mas muda a expressão assim que vê meu estado. — Credo mulher! – Ela joga a bolsa em cima da minha mesinha e me puxa e em seguida me empurra para o banheiro — Só sai daí quando estiver devidamente limpa.

Eu não tinha outra escolha, eu sabia como ela era e sei que não me deixaria sair do banheiro até que eu estivesse bem limpa mesmo. Eu liguei a ducha e tirei minhas roupas, quando toquei na água senti uma sensação tão boa. A água percorrendo meu corpo me deu uma sensação de alivio e leveza. Eu fico mais de meia hora no banho e saio, coloco meu roupão e seco meu cabelo. Mal consigo me olhar no espelho, mas consigo me ajeitar decentemente.

— Isabel, já acabei – Ouço a porta sendo aberta e ela me olha satisfeita.

— Agora sim. – Quando entro vejo Amanda, Kathy e Verônica sentadas na minha cama, meio tímidas e eu me sinto constrangida. — Elas vieram ajudar.

— Tudo bem. – Disse com um sorriso fraco.

— Escolhemos essa roupa aqui para você – Isabel pega a roupa que estava pronta no cabide e coloca na frente do meu corpo para analisar. — Vai lá, se veste – Ela me dá o cabide e me empurra de volta para o banheiro.

Visto-me até que fico satisfeita com sua escolha, um cropped vermelho com alguns detalhes brilhantes, e uma saia de cós médio com a estampa quadrangulada e uma sapatilha da mesma cor do cropped. Ajeito meu cabelo com a escova e passo um pouco de protetor solar. Saio do banheiro e Amanda está com meu babyliss na mão e as meninas com maquiagem também.

— Ah não gente, pra que isso tudo? – Pergunto.

— Porque você está horrível – Diz Amanda.

—Obrigada – Respondo irônica e faço as meninas rirem, mas eu não tenho nenhuma vontade de sorrir.

Sento-me na frente da penteadeira e deixo as meninas me fazerem de boneca, até que elas não exageram. Nada mais que um delineador, rímel, blush e batom matte clarinho, os cachos são de leve nas pontas do meu cabelo. Eu só consigo olhar no espelho para ver se não estão exagerando na dose, mas fora isso desvia meu olhar o tempo inteiro. Eu estou tendo um sério bloqueio com o espelho, cada vez que eu olho para ele quero ser como os seres noturnos das histórias que não conseguem se olhar no espelho.

Elas finalmente acabam e decidem ligar a televisão para ver algo, todas se aconchegam na cama e eu fico sentada em frente ao meu computador apenas ouvindo a televisão. Olho meu celular em cima da mesinha e lembro que o deixei desligado por três dias seguidos. Ligo-o e de cara vejo muitas ligações perdidas de várias pessoas. Incluindo Vincent e Amanda, até Leonard tentou me ligar, mas foi apenas uma vez. Eu bloqueio mais uma vez e ignoro as ligações perdidas e as mensagens recebidas.

— Torta pronta, meninas! – Minha mãe aparece dizendo.

— Oba – Kathy comemora.

— Uhuu – Verônica diz.

— To morrendo de fome – Isabel pula da cama e é a primeira a sair do quarto.

— Eu também – Concorda Amanda com Isabel.

Eu apenas fico parada observando a alegria delas e não tenho vontade de comer, eu queria voltar a dormir. Levanto-me para ir em direção a porta, mas olho de soslaio para minha cama.

— Filha? – Minha mãe me chama novamente e eu vou a sua direção.

Eu me sento na cama e meus olhos ardem, eu não sei o que está acontecendo comigo. Toda essa situação me pegou de jeito, eu estou destruída, literalmente.

— Querida – Minha mãe se senta ao meu lado e coloca uma das suas mãos em meu cabelo. — Você precisa se levantar, não deixe essa situação te abater. Ele errou querida, mas ele não pode ser o motivo de te deixar tão mal assim, ninguém merece suas lágrimas. Você é uma menina forte e tão inteligente. Deus vai te mostrar o caminho para se recompor e superar isso. Isso que você está sentindo vai passar quem sabe o que Ele te reserva no futuro? Eu não sei, seu pai não sabe, e nem você, mas tenho certeza que é a melhor coisa do mundo. Ele sempre quer o melhor para a gente meu amor. – Eu deito em seu ombro e abro bem meus olhos, se eu os fechar não conseguirei conter minhas lágrimas.

— Obrigado mamãe – Digo.

— De nada, meu anjo – Ela diz levantando minha cabeça e deposita um beijo na minha testa — Agora vamos comer! – Exclama levanto-se animada e a sigo até a cozinha.

Sou muito grata a Deus por ter me dado uma mãe tão maravilhosa quanto ela, eu realmente devo ouvir seus conselhos e me manter forte. Eu sei que consigo superar isso, mas no momento a dor parece que vai esmagar meu coração e fazer um suco com todo o sangue do meu corpo. Eu não entendo por que temos que nos sentir tão mal, não posso deixar a tristeza e a mágoa me dominarem, eu preciso me reerguer, o problema é que não sei como.

Continua...

"Portanto, cada um de vocês deve abandonar a mentira e falar a verdade ao seu próximo, pois todos somos membros de um mesmo corpo." Efésios 4:25

#Bernalina ou #Vincelina ? Comentem <3

 Até a próxima amores ♥

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