Estávamos sentados na sala esperando a mãe de Daphne, para finalmente começarmos a jantar. Conversávamos tranquilos e aproveitávamos disso para nos conhecer.
O Senhor Estefan aparentava ser um homem legal, apesar de as vezes parecer estar meio desconfortável por estar ali. E olha que quem teria mais chance de se sentir assim era Mharessa. Mas não, ela estava conversando com todo mundo, sorrindo, rindo, se demonstrando interessada. Ela era uma menina muito agradável. Imagino que seja parecida com sua mãe com os olhos do pai, afinal ela não lembrava nem um pouco a Daphne. Enquanto Daphne tinha olhos castanhos, cabelos negros e uma pele perfeitamente bronzeada ela tinha cabelos castanhos claros, olhos verdes e uma pele branquinha.
Já Penelope era uma mulher super decidida e bem humorada, estava bem feliz e de bem com a vida aparentemente .
Estava tudo indo bem e espero que continue assim. Espero que não ocorra brigas, que ninguém faça cagada, principalmente eu. Enfim tudo ocorra bem!
Por favor!
( ... )
Conversávamos tranquilos, quando finalmente Penelope surge com luvas de cozinha segurando uma travessa de comida com um cheiro extremamente agradável. Dava vontade de pegar a travessa, sair correndo, se esconder e comer sozinho em algum lugar.
- Aleluia! - disse Estefan. - Não aguentava mais de fome.
- Desculpa Estefan, esqueci de trazer os aperitivos. - disse ela rindo envergonhada.
- Ah que nada. Mas o cheiro parece estar bom, isso compensa hein?
- Fico feliz. - ela sorri.
- Fazia tempo que eu não jantava aqui. Vocês não me convidaram mais. - ele fingi uma tosse.
- Como se você tivesse tempo. - sussurra Daph baixinho.
- Ah, não tinha motivo por isso. - Penelope diz sem graça, fuzilando Daphne com o olhar.
- Ah tudo bem, entendo. Mas então como se conheceram? - pergunta ele.
- No trabalho, como imagino que a Daphne disse, nós estamos fazendo um filme e interpretamos o casal protagonista. - digo sorrindo.
- Olha que diferente. - diz ele irônico. - Eu imaginei que Daphne namoraria alguém que fosse par romântico com ela, sabe isso é tão normal entre os atores. Se conhecem no set de filmagens, começam a conversar, acham que se apaixonaram e começam a namorar. De repente do nada vemos eles separados. - Daphne o fuzila pelos olhos.
- É isso é realmento muito normal, eu não posso discordar. Mas acontece que isso não é algo que acontece com a gente. Eu estou realmente apaixonado pela sua filha e quero fazer de tudo para que ela seja feliz. Eu não faria planos á toa com ela se fosse só mais um namoro na minha vida. Eu não vejo as coisas assim. A vida nós dá a chance de procurarmos nossos interesses sejam sociais, de religião, carreira, seja o que for. E o amor se inclui nisso e eu sinto que eu encontrei na Daphne o amor que todos tanto procuram, á cada dia que passo ao seu lado eu confirmo isso! - digo sorrindo encarando Estefan.
Ele me olhava surpreso e parecia não saber o que dizer, na real nem eu sei da onde saiu forças para essas palavras saírem de dentro de mim, mas uma coisa eu sei, não podia deixar Daphne ser atacada pelo seu pai. Ela sorri para mim, se levanta e me abraça. Mharessa estava em choque também parecia ter ficado encantada com as minhas palavras.
- Daphne, dessa vez você acertou em cheio, Ryan é muito perfeito! Não liga pro que o papai diz. - disse Mharessa sorrindo para nós dois.
- Obrigado Mha, isso é muito importante pra mim, - diz Daphne retribuindo o sorrindo.
- Com certeza filha. - Penelope fuzila Estefan pelo olhar. - Ele deve estar inconformado que finalmente você encontrou alguém decente. Porque sinceramente filha, seus outros namorados... não falo nada. - diz ela irônica e todos rimos, exceto Estefan que apenas revira os olhos.
- Tá, tá. Desculpa filha, é realmente estranho isso, nem dá pra acreditar que tu vai desencalhar de vez. - diz ele irônico.
- Isso não é impossível como pode ver. - fala Daphne rindo, indo abraçar o seu pai, Penelope se aproxima de mim.
- Que bom que eles se resolveram antes de comer. - ela sussurra em meu ouvido, me fazendo rir.
- O que vocês estão falando de tão particular que não pode ser dito em voz alta? - pergunta Daphne desconfiada.
- Ixii Daph, toma cuidado para a sua mãe roubar seu " alguém decente ". - fala Mharessa nos fazendo rir.
- Ai ai, não é nada disso. Na verdade não é nada demais. - digo.
- Aham sei. - diz ela ainda desconfiada, eu me aproximo dela e abraço de lado e lhe dou um beijo na bochecha, mas ela afasta.
- Filha, você sabe que eu não curto novinhos. É mais fácil sua irmã do que eu. - Mharessa fica vermelha com essa declaração. - Não posso ter uns segredinhos entre eu e meu genro não? - finaliza Penelope.
- Pode, afinal é bom que vocês se deem bem. - diz ela sorrindo e ela me beija.
- Quanta melação, pela mor de Deus! - bufa Estefan.
- Ok pai, haha. Você tá incluído nisso aqui também. - ela se aproxima dele e o abraça.
- Ai filha. - ele finalmente sorri.
- Epa também quero abraço. - diz Mharessa.
De repente estávamos todos juntos num abraço enorme e eu não sei como eu vim parar aqui. Mas estava tão bom e confortável que era impossível desgrudar. Realmente a família de Daphne é o que eu esperava. é claro com uns probleminhas. Mas toda família perfeita, tem seus pequenos problemas e conflitos que sempre são resolvidos no final!
( ... )
Finalmente começamos a comer, sorte que a comida ainda estava quente, se não teríamos que comer esquentada no micro-ondas e não seria a mesma coisa. A comida estava super agradável e o jantar também. Continuamos a conversar enquanto comíamos.
- Então Ryan quantos anos você tem mesmo? - pergunta Estefan.
- Tenho 18, vou fazer 19, em outubro. - digo.
- Olha tem a mesma idade que Daphne. Sabe eu sei que até agora não pareci muito agradável e tal, mas a verdade é que eu gostei muito de você. Eu concordo totalmente com Penelope, você é diferente dos outros namorados de Daphne, por isso saiba que eu aceito total esse namoro. - fala ele sorrindo e eu retribuo.
- Obrigado Senhor Collins. - respondo sorridente.
- Que nada, eu que agradeço da minha filha estar em boas mãos.
- Sim está.
- E ele filha também está? - pergunta Penelope.
- Sim mãe. Na hora que meio que ele se declarou pra mim e surpreendeu o papai eu não pude falar o que queria, então vou dizer agora. Espero que ainda conte. - ela diz diretamente pra mim.
- Claro. - sorrio meigo.
- Bem pai, mãe, mana, Ry... saibam que o que eu sinto por ele é algo tão diferente dentro de mim, que chega a ser estranho, por isso que é tão especial, afinal eu nunca senti isso por ninguém. Por isso sei que o amo e que quero ficar com ele. - fala Daphne sorrindo para mim.
- Eu shippo total DaRyan. - fala Mharessa.
- DaRyan? Chupo? Que? - pergunta Estefan confuso, nós fazendo rir.
- Sim pai, DaRyan é o S - H - I - P - P - E - R do Ryan com a Daphne, ou seja, o nome do casal deles, ou melhor a junção do nome deles, entendeu? - explica Mharessa.
- Sim, eu não sei de todos esses termos loucos que vocês usam, mas não sou lerdo. - responde ele irônico.
- Ainda bem. - diz ela baixo, mas eu e Daphne conseguimos ouvir e rimos.
- Do que estão rindo? - pergunta ele.
- Nada não. - dizemos em uníssono.
( ... )
Havíamos terminado de comer, inclusive a sobremesa, então me ofereci para lavar a louça, é claro que Penelope não queria deixar, mas eu insisti tanto que ela acabou deixando.
Mas mesmo assim, Penelope lavava os pratos, eu os secava e Daphne os guardava. De repente deu vontade de ir no banheiro na Daphne, deixando eu e Penelope sozinhos na cozinha.
- Ryan você não precisava fazer isso menino. - fala Penelope.
- Claro que precisava. Queria agradar a sogra, não pode? - digo irônico.
- Olha que prendado. Pode sim. Sério de verdade agora a Daphne acertou, nenhum dos exs dela pediram pra lavar sequer um copo. Quer dizer exceto o Tyler, mas ele ainda é estranho, sorte que agora são só amigos. - diz ela.
- Também acho ele meio estranho. - digo baixo.
- Oi? Fala alto, se não eu não escuto. - fala ela rindo.
- Ah não é nada, só estava pensando " alto ".
- Ah sim, você é um pouco estranho, mas também é legal.
- Eu sei, não é nem a primeira e nem a última a me dizer isso. - digo irônico e rimos.
- Sério por favor quero ver VOCÊ esperando a Daphne de noiva no altar. - suplica Penelope.
- Eu também! - eu sorrio e ela retribuí.
- Você promete?
- Prometo! - eu estava prometendo para a mãe de Daphne, mas parecia que eu estava prometendo para mim mesmo.
( ... )
Depois de comermos muito, conversarmos muito, arrumarmos tudo, finalmente eu ia embora, só faltava me despedir.
- Tchau Ryan , apareça de novo hein? - diz Penelope simpática.
- Claro que eu venho, não vai faltar oportunidade. - respondo.
- Tchau cunhadinho, espero te ver logo de novo. - fala Mharessa me abraçando.
- Com certeza cunhadinha. - digo simpático.
- Tchau rapaz! Cuida direito dela e não vacila não, se não vou cortar seu amiguinho fora. - ele me ameaça.
- Eu sabia que o senhor era meio bravinho, mas não sabia que chegava a ser assassino de órgãos genitais. - digo irônico e ao mesmo tempo com medo.
- Haha, Ryan você é uma figura. - ele bate em minhas costas.
- E eu Ryan? - pergunta Daph manhosa.
- Eu ia deixar o melhor por último.
- Uiii. - ela sorri maliciosa.
- Daphne por favor, seus pais estão aqui. - sussurro em seu ouvido e ela ri.
- Eu sei. - ela sussurra de volta, me fazendo rir também.
- Tchau amor. - beijo ela.
- Mas já? - ela faz biquinho.
- Sim já. Fica tranquila que vamos nós ver amanhã.
- Ah bom! - ela sorri, aquele sorriso sincero e apaixonante que só ela sabe fazer.
- Até amanhã sua boba! - beijo ela de novo e vou até o meu carro, entro e fecho a porta.
- Aleluia a melação vai acabar. - Estefan revira os olhos nós fazendo rir.
- Ai só você pai. - diz Daphne.
Aceno para eles, eles acenam de volta e ligo o meu carro, começo a dirigir rumo ao meu condomínio.
( ... )
Foi bom conhecer os pais de Daphne, eles são legais, parecem ser boas pessoas e são bem humorados. Mesmo a Mharessa, que se eu não estiver louco começou a ter uma quedinha por mim, o que é um pouco estranho, mas mesmo assim ela é bem legal.
Apesar de tudo mesmo, de todas as brigas e desavenças, os probleminhas que temos, eu quero ficar com a Daphne e cumprir a promessa que eu fiz hoje.
" - Sério por favor quero ver VOCÊ esperando a Daphne de noiva no altar. - suplica Penelope.
- Eu também! - eu sorrio e ela retribuí.
- Você promete?
- Prometo! - eu estava prometendo para a mãe de Daphne, mas parecia que eu estava prometendo para mim mesmo . "
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