Contos De Anti-heróis

بواسطة W4LL4C3

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(o livro está em construção) Nestas histórias tentarei passar para o Wattpad todos os meus contos do meu pequ... المزيد

A Divisão Do Livro.
{Primeiro Ato}
Raynha, Xeque-mate!
O Contrato.
Semi-estado Da Putrefação.
Tarkízio E Aialion.
Domínios Da Psique.
Quem Sou Eu? (parte 1)
Abrindo Um Portal!
Planeta Andrômeda.
{Segundo Ato}
A Estrela Chamada Dor.
Dois Capítulos.
As Peças Do Quebra-cabeça.
Reflexos Apurados. (parte 1)
Reflexos Apurados. (parte 2)
Reflexos Apurados. (conclusão)
Um Mundo Feito De Sonhos.
O Mestre Dos Mitos.
Nas Costas Da Fera.
Asa Negra (parte 1)
Asa Negra (conclusão)

Quem Sou Eu? (conclusão)

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بواسطة W4LL4C3

Vitórias de um lado
e perdas do outro.

Ela estava ali de pé tentando conter o próprio flagelo que as suas mãos descontroladas lhe obrigavam a fazer. Era forte, resistente, durona, mas uma hora tudo aquilo caíria em ruínas. Tinha perfurações não só nos pés, mas havia o líquido quente e rubro escorrendo de uma perfuração no ombro, seu rosto sangrava num ferimento abaixo do olho roxo e inchado. Suas vestes estavam rasgadas, escoriações espalhadas por todo o corpo. E uma coisa martelava em sua mente, se isso tudo que ela fazia por seu amado cumplice fazia sentido, se era isso mesmo o que ela queria...

- Eu não queria fazer isso Mical. Mas você está determinada. A dor foi o único meio que eu encontrei para ainda estar acima do seu auto-controle.

Sua voz e a da sua intrusa, as duas em sua cabeça. Agindo em uníssono. A sua em contraste e a outra em sua mente.

- Sai do MEU cérebro!

- NÃO - e com a voz alterada continuou -, vou ficar até descobrir porque você está fazendo isso.

- Isso nunca...

- Quem está por trás disto?

- NÃO. Saia das minhas lembranças!

- Não tem o outro jeito mesmo! Porque você não me dá escolhas?

A mente de Mical era um enigma. Os pensamentos eram turvos, algumas lembranças mais recentes eram encobertas por uma sombra. Era como se ela estivesse num transe, agindo como num estado hipnótico. Sem o domínio sobre si mesma. A única lembrança clara era distante, bem no fundo do inconciente. Uma luz no fim do túnel, era como Elkandra via.

O túnel logo se desfez quando ela passou, Elkandra ouviu sussurros, numa língua incomprensível. Uma mulher de estrutura alta, careca, com uma cicatriz no canto direito do rosto, cuspiu num canto perto de seu pé. Estava armada com uma lâmina e a sua cicatriz sangrava.

"Esse é o teste final, Mical. Somos quinze e você será a primeira a cair. O que Mandrael precisa é de uma gerreira, e você é óbvio que não entende isso. Não passa de uma piada. Uma dominadora de mentes fracas que não sabe manejar uma espada."

"Viemos aqui para provar qual de nós é a mais forte ou para bater um papo? Menos palavras e mais ação."

Elkandra arqueou a sobrancelha quando a careca em instantes ergueu uma segunda lâmina que flutuava no ar. E as emanações de sua dominação psíquica se ligavam a lâmina numa áurea cinzenta. Quando desceu para decepar, uma terceira lâmina a atravessou-lhe pelo ventre erguida por duas mãos femininas demais para uma guerreira. Elkandra era apenas um fantasma em meio a uma arena de sangue, no meio de um ringue entre duas adversárias que falavam línguas estranhas. Uma das guerreiras ela conheceria mais tarde. Era Mical em sua juventude. Provando o sabor do sangue da adversária pela sua terceira vez. Nesse tempo seus cabelos loiros estavam mais curtos, cortados igualmente a de um homem. Sua lâmina de ouro fazia par com o peitoral dourado, as botas eram de um couro grosso, o cinturão encrustado de pedras de rubi e a calça legue escura de malha elástica. O rosto das gladiadoras era coberto por uma máscara de platina. Mical ainda tinha a face escondida. Foi um de seus golpes traiçoeiros que partiu ao meio a máscara da mulher careca. A luta que estaria para ser a mais árdua terminou em instantes, com a dor que fez a sua adversária sentir, Mical rapidamente entrou em sua mente, fez ela achar que as suas tripas caíam para fora pelo corte na barriga. Era uma ilusão. Antes que a sua oponente recobra-se a visão ela golpeou com a lâmina por um lado traiçoeiro - pelas costas - e em instantes separou o pescoço dela da cabeça.

- Mas isso não tem nada a ver. Porque essa é a única lembrança nítida que você tem? - Perguntou-se Elkandra para si mesma.

- Chega! Não a nada aqui que lhe diz respeito. Já disse para não invadir minhas lembranças!

- E o que vai fazer? Lembra que eu estou no controle do seu corpo?

A lembrança de Mical paralisou, as imagens começaram a ficar disformes por uma sombra como todas as lembranças anteriores...

Elkandra ouviu um urro e a lembrança antiga da aparência de Mical ganhou proporções surpreendentes...

A cabeça estava inchada, os olhos esbugalhados, as costas ficaram largas; os braços e as pernas ganharam músculos similares a diversos tumores um sobre o outro; os joelhos foram torcidos para trás, para dar a impreensão de que a monstra andaria recuando; os lábios se colaram unindo-se numa única pele e a abertura dos olhos se rasgaram nos cantos; os pés ficaram grandes e a lâmina aterrou na mão como parte de uma ossada exposta.

A lembrança de Mical tornou-se um Bloqueio Psíquico.

- Acho que já estou de saída.

Elkandra recuou levitando, afastando-se daquela aberração. Um confronto contra um Bloqueio Psíquico terminaria com uma das duas com a psique exterminada e o atual cérebro num irreversível estado vegetativo.

- Agora que quer parar com os jogos psíquicos? Eu acabei de bloquear a minha psique. Agora somos só eu e você, querida Elkandra.

Elkandra levou uma braçada. Foi lançada a sete metros pelas turvas lembranças de Mical que ainda eram encobertas pelas sombras.

***

Do lado de fora o corpo de Mical continuava trêmulo no mesmo lugar. A espada de diamante ainda fincada em seu pé que ainda sangrava. Mical estava morrendo, pois uma de suas veias haviam sido rompidas pelo esforço que ela fez ao tentar recuperar suas ações. Por isso o sangue em demasia.

O corpo de Elkandra - escondido atrás de uma placa sólida de titânio semi-enterrada no chão - moveu sozinho como se tivesse levado um violento e invisível choque elétrico, rolou sozinho no chão. O sangue veio depois manchando a manga comprida esquerda num corte grande no braço. O confrontro entre as psiques, Mical saberia depois, também afetava o corpo dos combatentes como se a psique do indivíduo ainda estivesse lá dentro.

***

Andrinn veio correndo, congelou o asfalto no caminho, escorregou de joelhos e com o punho endurecido acertou uma das pernas de Tarkízio. Ao lado do irmão ela viu Tarkízio cambalear vários metros à frente, raspando partes do corpo no asfalto.

- Será que seu golpe foi o suficiente? - Perguntou o seu irmão esfregando o vermilhidão que havia ficado em seu rosto.

Ela viu Tarkízio se levantar com a perna bamba. Como se o golpe dela não tivesse feito tanto efeito assim.

- Acho que isso te responde.

O queixo de Androw quase veio ao chão.

- Caramba! O que vamos fazer?

- Bater de frente contra ele. Assim ele não tem espaço para dominar nenhum elemento sequer.

- Tentar lutar contra um especialista em artes marciais, você quer dizer. - Soltou o ar frio pela boca. Desanimou. - Não vai ser nada fácil.

- E não é apenas isso. Não vamos usar mais usar o nosso domínio do gelo, nem muito menos qualquer outro domínio para-elementar.

- Andrinn, tem ideia do que falando?

- Meu irmão, Tarkízio foi treinado não só pelos humanos que tendem a ser excelentes estrategistas, mas também foi treinado pelo o seu pai, o Rey Tranos, o Governador do nosso planeta natal. Você conhece Tranos tão bem quanto eu. Sabemos que ele é praticamente invencível. Sabe-se lá o que ele andou ensinando ao filho. Não se espante ao vê-lo tão forte quanto nós em tão pouco tempo de treinamento. Não se arrisque usando seu elemento tão perto dele, não queremos que ele descubra novos truques sozinho.

Androw que era de poucas palavras apenas concordou, mesmo contra a sua própria vontade. Tarkízio usava apenas alguns elementos que havia aprendido a dominar. Ele manipulava elementos para-elementares, poderia fazê-los simplesmente surgir a sua frente. Os irmãos viram os elementos surgirem acima da cabeça de Tarkízio formando uma gigante estrela - cada ponta era formada por um para-elemento, pedras e barro sustentavam a estrela como pés pontudos, lava e gelo apontavam para os lados como braços a convite de um abraço mortífero, e no topo como um chapéu estava a densa e pesada fumava que ameaçava tragar o que estivesse em seu caminho.

Vendo bem, não era uma estrela que era conjurada especialmente para eles, eram cinco estalactites suspensas no ar que formavam tal desenho. Andrinn e Androw correram de encontro a Tarkízio que a medida que os via mais próximos tão rápido lançava as conjurações uma de cada vez.

***

Nunca demônios foram tão insistentes e duros na queda como esses que ele enfrentava. Tarkízio achava que as habilidades de um demônio se resumiam apenas a condições sobre-humanas e características monstruosas, mas dominar gelo? Dominar técnicas de luta? Desde quando se tornaram tão traiçoeiros?

Ele havia visto o reflexo de Yngrid ferida, doeu-lhe muito o coração. Não, não poderia ser uma alucinação. Ela haveria encontrado uma maneira de voltar dentre os mortos como havia prometido a ele?

Enquanto lançava sua nova conjuração para-elementar contra os demônios que se aproximavam seus olhos marejaram, o coração pesou quando viu alguém estendido no chão a poucos metros de distância. Tudo fez sentido quando o seu cérebro voltou a comandar seus sentidos sem a interferência dos poderes psíquicos de Mical. Quando os seus olhos recobraram a visão permitindo-o ver além da ilusão plantada em sua mente. Lágrimas arrependidas molharam sua face...

Havia uma jovem desacordada e ferida escondida atrás de uma placa de titânio. Tinha cabelos compridos da cor de folhas de árvore. O rosto estava voltado ao chão repleto de arranhões. Não demorou muito para que ele percebesse que aquela fosse a sua guarda-costas que ele raramente via, mas que de alguma forma sentia que sempre estivera ao seu lado para protegê-lo. Elkandra...

Vê-la daquela maneira tão indefesa o fez lembrar de Yngrid, do quanto eram semelhantes uma com a outra.

Com o pensamento a ficha caiu.

Ele não tinha visto Yngrid, era Elkandra. Sua mente começava a se reorganizar, uma terrível enxaqueca tomou conta de sua cabeça com as lembranças que voltavam rapidamente ao lugar, os olhos arderam...

No lugar de demônios, viu estranhos;
No lugar de estranhos, viu amigos;
No lugar de amigos, viu borrões...

Depois viu a escuridão. Pois um golpe de Andrinn, junto com um golpe de Androw, ambos num grande estrondo e numa super velocidade impressionante o levaram a nocaute.

***

O golpe combinado dos Irmãos Generais levaram o corpo de Tarkízio ao chão, abriu uma cratera na pista de concreto e chicoteou poeira contra o corpo pálido e trêmulo de Mical que estava muito distante deles.

O corpo de Mical parava de tremer aos poucos, lentamente desabando sem forças de se manter de pé, e o olhar perdendo a expressão. Perdendo a vida.

- Fio-de-prata, por... Favor. Eu não estou bem...

Elkandra mal tinha forças para se arrastar, a respiração estava difícil e ela se engasgava regurgitanto sangue. Parecia que a placa dos destroços da nave edeniana havia caído sobre ela esmagando um dos seus braços num corte profundo. Como se um caminhão de carga tivesse lhe atropelado de propósito. Também havia-lhe costelas quebradas, ematomas e inchaços.

Ela chamou novamente os Fios-de-prata dessa vez apelando para suas psiques. Androw que estava mais perto correu até ela em sua super velocidade afastando-a do vômito. Elkandra recebeu-o com um olhar de agradecimento cansado.

- A Tiraria sucumbiu. - Um código entre os guerreiros citraneanos para afirmar que todos os inimigos neste confronto caíram, ou seja, estão mortos. Depois Elkandra respirou profundo e fechou os olhos murmurando que precisava descansar.

Os guerreiros citraneanos que estavam presentes nas despedidas ao filho do Governador chegaram para dar reforços tarde demais - não eram tão velozes quanto seus generais -, entre eles alguns médicos já socorriam Tarkízio e principalmente Elkandra que dentre eles eram os mais feridos e estavam desacordados, outro cuidava do vermilhidão no rosto de Androw causado por uma sola metálica da bota de Tarkízio. Andrinn a única que estava bem olhava entre os citraneanos em busca do Governador.

Um daqueles guerreiros veio até Andrinn, era um novato careca de pele marrom ausente de pelos, dentes escuros de quartzo e olhos amarelos sem pupila. Ele ajoelhou-se no concreto diante dela em forma de respeito, da mesma forma que ela fazia perante o Governador.

- As suas ordens, Braço Direito.

Andrinn não ficou muito surpresa com suas palavras, aquela expressão significava ela estava temporariamente na liderança de todo o seu povo. O Governador estava ausente e ela nem precisou perguntar porque, Tarkízio teve sua psique conturbada por uma edeniana de confiança de Mandrael, um óbvio anúncio de traição.

Agora Mandrael prestaria contas pessoalmente com o seu próprio irmão, o Governador Tranos.

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